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INSTITUTO DE FORMAÇÃOE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA - IFETE
CURSO DE LIVRE EM PEDAGOGIA
RAIMUNDO OLIVEIRA DE PAULA
AS DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA NO 5º E 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL, NA UNIDADE ESCOLAR SÃO BENTO
CABECEIRAS / PI
2014
 RAIMUNDO OLIVEIRA DE PAULA
AS DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA NO 5º E 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL, NA UNIDADE ESCOLAR SÃO BENTO
Monografia apresentada como requisito final para a obtenção do titulo de Licenciado em Pedagogia, do Instituto de Formação e Educação Teológica – IFETE.Orientador: Professora Esp. Maria Sandoly Alexandre. 
CABECEIRAS / PI
2014
RAIMUNDO OLIVEIRA DE PAULA
AS DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA NO 5º E 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL, NA UNIDADE ESCOLAR SÃO BENTO
Monografia apresentada como requisito final para a obtenção do titulo de Licenciado em Pedagogia, do Instituto de Formação e Educação Teológica – IFETE.Orientador: Professora Esp. Maria Sandoly Alexandre. 
APROVADA EM ______/ _________/ _________
Orientador (a) Prof. Me.
1º Examinador (a) Prof. Me.
2º Examinador (a) Prof. Me.
___________________________________________________________________
Coordenar (a) Prof. Me.
CABECEIRAS – PI
2014
Dedico este trabalho a Deus, aos meus familiares, amigos e professores que de uma forma ou de outra fazem parte do meu existir.
Em primeiro lugar sou grata a Deus, pela coragem que me deste, 
Aos meus familiares presentes e amigos pelo constante incentivo, reconhecimento e compreensão, 
Aos meus mestres e em especial a professora orientadora pela paciência, e a todos que contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho.
RESUMO
O Presente trabalho aborda a importância de compreender o papel da escola enquanto espaço fértil para o processo de socialização da criança. A complexa rede de relações interpessoais constituída na sala de aula interfere diretamente na dinâmica da aprendizagem. O papel ocupado por cada integrante do grupo escolar é relevante no nível de desempenho dos alunos. O estudo desenvolveu-se em uma escola de Ensino Fundamental da rede de ensino de Ensino de Cabeceiras-PI, com base nos dados analisados verificou-se uma mudança positiva no comportamento dos alunos, conseguidas através de práticas recreativas e teóricas construtivistas que comprovassem a interação do grupo. Com base nas entrevistas analisadas após a aplicação do projeto, constatou-se uma melhora visível no nível de comportamento indicando que permanecendo em tal situação resolveriam problemas no processo de construção do conhecimento. Acredita-se que o trabalho desta pesquisa que ainda requer maior confirmação é um bom indicador para a conscientização do educador sobre o desenvolvimento social dos discentes, pois oferece meios de formar um cidadão mais ativo nas relações com seus grupos de convívio. Neste sentido, um dos instrumentos imprescindíveis para uma formação geral e que possibilite cidadãos críticos, autônomos e atuantes, nesta sociedade em constante mutação, seria a prática de leituras variadas que promova, de maneira direta ou indireta, uma reflexão sobre o contexto social em que estão inseridas. Uma vez que o movimento dialético da leitura deve inserir o leitor na história deste milênio e o constituir como agente produtor de seu próprio futuro, tal postura transforma o ato de ler enfadonho, acrítico, mecânico e, dessa forma, distante de uma categoria que una o ato de ler ao prazer, que permita a leitura como fonte de lazer.
Palavras-Chaves: Dificuldades. Leitura. Série inicial. Escrita.
ABSTRACT
The present work discusses the importance of understanding the role of the school as an area of ​​utmost relevance to the process of socialization of the child. The complex web of interpersonal relationships established in the classroom directly affects the dynamics of learning. The role played by each member of the group is relevant school-level student achievement. The study developed in a school of Elementary Education in the municipal Teaching Cabeceiras-PI, based on the data analyzed, there was a positive change in student behavior, achieved through practical and theoretical constructivist recreational proving that interaction group. Based on the interviews analyzed after implementation of the project, there was a visible improvement in the level of behavior indicating that in such a situation would resolve remaining problems in the process of knowledge construction. It is believed that this research work that still needs further confirmation is a good indicator for the educator awareness about the social development of students as it offers means to form a more active citizens in their relations with groups of conviviality. In this sense, one of the essential instruments for general training and that allows citizens critical, autonomous and active in this rapidly changing society, it would be the practice of varied readings that promotes, directly or indirectly, a consideration of the social context in which are inserted. Once the dialectical movement of reading must insert the reader in the story of this millennium and be as producer of his own future, such a stance transforms the act of reading tedious, uncritical, mechanical and thus far a category that unites the act of reading for pleasure, which can be read as a source of pleasure. The poor experiences with reading difficulties the reader away from the social and cultural context, makes not know what the man of deeper thought and wrote about him, alienating themselves from information and thus prevent their active and effective participation in society they are inserted in the rush of being in tune with the innovations, the school that served as the stage for research disregards the formation process of learning, merely invest in the circulation of images and failing to observe the quality of texts offering their students as a source of reading promoted in their place.
KEYWORDS: Difficulties. Reading. Initial series. 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	9
2 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA BREVE HISTORICO	11
3. A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA ESCOLA DE SÃO BENTO	16
3.1 A Origem e importância da leitura	17
3.2 A Importância da Leitura	17
4. A ESCOLA E A LEITURA E COM AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM ESCRITA E COMPREENSÃO EM LEITURA	24
4.1 A Leitura Considerada Como um Sistema Simbólico 	27
3.2 As Dificuldades de Leitura Identificadas em Salas de Aulas da Escola São Bento?	31
5. ANÁLISE DAS DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA NAS SÉRIES INICIAIS EM FOCO	40
5.1 A Instituição Unidade Escolar de São bento	42
6 CONSIDERAÇÕES	44
REFERENCIAS	45
APÊNDICES	47
APÊNDICE A	48
APÊNDICE B	49
APÊNDICE C	50
 
1 INTRODUÇÃO
As exigências educativas da sociedade contemporânea são crescentes e estão relacionadas às diferentes dimensões da vida das pessoas: ao trabalho, à participação social e política, à vida familiar e comunitária, às oportunidades de lazer e desenvolvimento cultural.
	O mundo passa atualmente por uma revolução tecnológica que está alterando profundamente as formas de trabalho e de interação, onde, numa economia cada vez mais globalizada, a competitividade desponta como necessária à subsistência humana. No afã de auto superar o homem moderno terminou o século XX em desarmonia consigo mesmo, sem reflexão crítica sobre as suas reais necessidades, as quais deveriam permear o próximo milênio.
	Sobre esta ótica, é oportuna a discussão sobre as formas de lidar com os novos tempos e, portanto, emergir o discurso sobre a qualidade de ensino nas escolas. Atentando para a ascensão no nível de educação de toda populaçãoe detectando os fatores que possam atender às novas exigências educativas que a própria vida cotidiana impõe de maneira crescente no meio social.
	Neste sentido, um dos instrumentos imprescindíveis para uma formação geral e que possibilite cidadãos críticos, autônomos e atuantes, nesta sociedade em constante mutação, seria a prática de leituras variadas que promova, de maneira direta ou indireta, uma reflexão sobre o contexto social em que estão inseridas. Uma vez que o movimento dialético da leitura deve inserir o leitor na história deste milênio e o constituir como agente produtor de seu próprio futuro.
	O exercício da leitura, tal qual se encontra atualmente legitimado nas escolas, não vai além de mera decodificação de signos gráficos, os quais são permeados de fragmentos de livros didáticos, para não fugir à regra imposta coativamente ao longo dos tempos da história do ensino no país, servindo como fonte de disseminação de uma ideologia. A ideologia que vai ao encontro dos interesses dos detentores do poder: a massificação e formatação do conhecimento humano.
A partir de então ditaremos aqui, os objetivos geral e especifico: Investigar os fatores que contribuem para as dificuldades da leitura e escrita nas séries iniciais da escola em questão
Identificar fatores que contribuem para o desenvolvimento do aluno no ambiente escolar;
Caracterizar a metodologia dos professores no processo de leitura;
Analisar como a relação do professor e aluno contribuem para o desempenho da leitura no cotidiano das crianças. 
.	À medida que a humanidade evolui, os desafios tornam-se cada vez mais difíceis, e como não poderia deixar de ser, essa evolução depende muito do desenvolvimento da educação, portanto devemos buscar cada vez mais ferramentas capazes de nos colocar na vanguarda das soluções, é por esse motivo que propomos as mais variadas formas de explorações textuais na relação ensino e aprendizagem como instrumento de apoio a tecnologia do futuro. 
Este trabalho foi realizado no Ensino Fundamental I de forma sistematizada e contínua, pois entendemos que desenvolver o gosto pela leitura, é um processo lento e deve ser trabalhado interativamente com as demais disciplinas curriculares como também a colaboração familiar e da direção da escola, tanto que os professores envolvidos são de varias disciplinas centrados em um apoio cultural e político vinculado com diversos ambientes interativos e científicos, como os da prefeitura local para que possa ampliar as formas e recursos econômicos contribuindo assim, para a transformação da informação em grandes descobertas e conhecimentos e estimulando infinitamente seres pensantes.
Tal postura transforma o ato de ler enfadonho, acrítico, mecânico e, dessa forma, distante de uma categoria que una o ato de ler ao prazer, que permita a leitura como fonte de lazer.
As fracas experiências com as dificuldades de leitura afastam o leitor do contexto social e cultural, faz com que desconheça o que de mais profundo o homem pensou e escreveu sobre si, alienando-se das informações e, consequentemente obsta sua participação ativa e efetiva na sociedade em que está inserido.
	Por esta perspectiva, obvia-se a necessidade da formação de leitores, pois se percebe que a participação no contexto social depende de sua visão de mundo, de seus valores, de seus conhecimentos, de sua reflexão e visão crítica, enfim, da leitura como instrumento do conhecimento. 
	Diante dos impasses tecnológicos e culturais do final do milênio, a Escola se revela como uma das instituições mais ameaçadas pelos novos rumos da sociedade. Espaço privilegiado do saber, a Escola mantém a escrita da palavra como texto básico no ensino, tornando o processo de leitura ainda mais complexo, embora o mundo das imagens virtuais já faça parte da realidade de muitos alunos.
2 A IMPORTANCIA DA LEITURA BREVE HISTORICO
Na pressa de estar em sintonia com as inovações, a Escola que serviu de palco para pesquisa desconsidera o processo formador de aprendizagem, limitando-se a investir na circulação de imagens e deixando de observar a qualidade dos textos que oferece aos seus alunos como fonte de leitura, promovido no seu espaço. Priorizando a substituição dos conhecimentos por informação, a Escola se descompassa e, sem formar leitores críticos ou incutir o hábito da leitura, prepara mal o cidadão que escreverá o “texto futuro”, que escreverá e perpetuará a nossa história.
	O desafio se encontra na necessidade da busca e implementação de mecanismos que propiciem a atração pela leitura na mais tenra idade, na fase da infância, em que a criança está descobrindo seu microcosmo, seu mundo, está despertando para a realidade subjacente e tentando participar desta realidade com suas novas fantasias e descobertas.
	Tomamos a liberdade e citar como oportuno o que, já no século XVII, afirmava o filósofo John Locke: (...) deve ser dado à criança algum livro fácil e agradável, adequado à sua capacidade, a fim de que o entretenimento que ela busca a motive e recompense como primeiro prazer.
	Partindo com este pressuposto, é meta deste trabalho apresentar as metodologias no processo de leitura e escrita nas séries iniciais na Unidade Escolar São Bento, localizada na zona rural do município de Cabeceiras – PI. É o que se pretende ao longo deste trabalho monográfico de pesquisa bibliográfica, através da escrita demonstrar aos leitores a relevância do educador na formação de novos leitores, numa concepção de que, o processo ensino-aprendizagem e a leitura podem ser empregadas como mecanismos de lazer, cultura e formação.
Com este propósito os capítulos foram organizados da seguinte forma:
I A leitura: Origem e importância da leitura. II A Escola e a leitura, as dificuldades de aprendizagem em escrita e compreensão em leitura. E que na conclusão mostramos os resultados, passo a passo da metodologia. Sabe-se que Nos dias atuais falar em dificuldade de aprendizagem é algo comum nas escolas. É vasto o número de justificativas para explicar as causas da não aprendizagem dos alunos. A leitura e escrita são as formas de linguagem mais avaliadas nas series iniciais do ensino fundamental sendo base da avaliação escolar. Ambas implicam em um duplo sistema simbólico visual e auditivo. Visto que a ação de ler e escrever se relacionam e são independentes, uma leva a outra.
A aprendizagem da leitura e escrita não se realiza da mesma forma para todos os alunos. 
Tal aprendizagem está condicionada a diversos fatores, que poderão contribuir para ou não, para um bom desempenho da aprendizagem leitora e para o desenvolvimento eficaz da linguagem escrita. A escrita apresenta em qualquer língua aspectos da fala. A leitura deve ultrapassar a simples representação gráfica e decodificação de símbolos, é antes de tudo, uma compreensão e entendimento da expressão escrita.
Em face disto, a proposta dessa pesquisa está em buscar conhecimentos através da literatura, para compreender as dificuldades apresentada pelos alunos na leitura e escrita nas series iniciais do ensino fundamental, identificando causas mais comuns com o propósito de oferecer informações metodológicas e pedagógicas, que contribuam para ações positivas no enfretamento das dificuldades da leitura e escrita. 
 	A realização da pesquisa se dá também, em virtude dos nossos questionamentos e da nossa impotência, no fracasso em auxiliar nossos alunos a vencer suas dificuldades no processo ensino aprendizagem, assistindo seus conflitos e dificuldades passivamente, algumas vezes por falta de conhecimento e atitude, outras vezes por incompetência e falta de bom senso.
 A bibliografia sobre as dificuldades de aprendizagem apresenta diversas definições e conceito, terminologias diferenciadas dependendo do autor, tais como: necessidades educativas especiais, inadaptações por déficit socioambiental, Distúrbios de Aprendizagem; Problemas de Aprendizagem; Deficiência na Aprendizagem e Dificuldade de Aprendizagem. 
Atualmente, a política educacional prioriza a educação para todos e a inclusãode alunos que, há pouco tempo, eram excluídos do sistema escolar, por terem deficiências físicas ou cognitivas; porém, um grande número de alunos (crianças e adolescentes), que ao longo do tempo apresentaram dificuldades de aprendizagem e que estavam fadados ao fracasso escolar pôde frequentar as escolas e eram rotulados em geral, como alunos difíceis.
Para realizarmos esta pesquisa bibliográfica recorremos às obras de teóricos como: Ferreiro e Teberosky (1999), Sampaio (2009), Gómez e Terán (2009), Collares e Moysés (1992), dentre outros que serviram de embasamento para o trabalho e para o esclarecimento de nossos questionamentos.
Buscamos ainda nesse trabalho de conclusão de curso que partimos da preocupação com a questão da leitura em sala de aula. Entre o que o educador espera do aluno enquanto leitor real, e o que a escola tem formado, existe uma grande interrogação. A leitura seja qual for seu objetivo? É uma atividade bastante complexa cuja metodologia de ensino (a partir da alfabetização) tem variado grandemente e podemos dizer, no entanto, que não só no Brasil em especial em Cabeceiras – PI, como em quase todo o mundo novos métodos mesmos os mais sofisticados, não têm surtido o efeito esperado. São constantes as queixas de que até mesmo os universitários leem pouco e mal ou de jeito nenhum.
Sempre que sempre estabelecer uma relação entre leitura aluno, professor e escola, e considerando a escola como espaço de mediação possível, surge, conseqüentemente, a questão que move a prática pedagógica e motivo de nosso trabalho que é possível à escola a ler? É possível, mais definidamente se indagando, ensinar a ler? 
Com essa preocupação tem-se manifestado nos últimos anos, em ações que, de alguma forma, procuram dar sustentação ao ensino; temos assistido à expansão de oferta variada de leitura, à mobilização para a existência de uso efetivo das bibliotecas escolares e empreendimentos arrojados em diferentes instâncias. Hoje, mais do que nunca proclama a necessidade da formação de um novo tipo de leitor, para atender as novas exigências do mundo contemporâneo.
Pensar a relação leitura e escola requer colocar a questão inicialmente posta; se de um lado, as políticas de leitura são necessárias, por outro, é preciso reconsiderar nesse processo o papel do professor, enquanto aquele que ensina a ler. Não é desconhecido por ninguém que o formador de leitor (dadas as diferentes circunstâncias, desde elas as históricas, sociais, econômicas e culturais) se encontra fragilizado em seu conhecimento sobre o próprio objeto de ensino. E mais, muitas vezes, domina muito pouco, ele próprio às competências de leitura que pretende ensinar. Sabemos esperançosamente que hoje mais do que nunca é possível lançar mão de contribuições de diferentes teorias e resultados de estudos e investigações em diferentes áreas para se repensar o ensino da leitura. 
O que acontece no dia-a-dia da escola no que diz respeito à leitura, é que há um distanciamento tão grande entre o que queremos, esperamos, e o que temos? O problema neste caso é a formação do leitor.
 Destacamos aqui palavras de Piaget, que vê o trabalho de leitura como uma batalha com três frentes diferentes:
 - "O ler para gostar de ler, seria garantir o interesse pela leitura e o do prazer de ler o ler para conhecer a língua" que seria a apropriação da estrutura da Língua Portuguesa.
 - "O ler para conhecer o mundo", seria quando se descobrem os conhecimentos construídos e busca saber mais, com profundidade das coisas do mundo.
 Tomando como referência principalmente as séries iniciais do Ensino Fundamental, acreditamos no momento que é "o ler para gostar de ler".
 Na primeira parte, abordamos o tema: O texto: como instrumento de intermediação entre leitor e escritor, ressaltando que, para trazer a leitura fruição é necessária a sedução, o encantamento, a paixão, a emoção, em seguida a tomada de consciência do que está fazendo, o conhecimento e o domínio. 
Para explicar os enfoques falamos o que é leitura, como e quando começamos a ler, como desenvolver o gosto e o interesse pela leitura. 
Entretanto, uma das preocupações é com o professor não leitor, esse é um dos grandes desafios enfrentados até hoje em todas as escolas.
 No caso da leitura e, formação de leitores considerarem o conjunto de habilidades, que precisa ser sistematizado e organizado, respeitando o processo de construção do leitor, que se tenha um ambiente favorável e acima de tudo um professor que ame a leitura.
A linguagem escrita faz parte do cotidiano das pessoas. Convive-se com uma série de textos impressos em diferentes objetos e lugares. Porém, um mesmo texto, além de poder ser lido de muitas maneiras pelo mesmo sujeito, cada leitor lê de sua forma pessoal e do lugar que ocupa socialmente.
 Sendo assim, torna indispensável uma prática de Avaliação de Leituras, que seja contínua, acolhedora, um ato integrativo e apoiar o progresso do aluno.
 Literatura Infantil na Escola foi tema enfocado no segundo capítulo, falando da necessidade de proporcionar a criança um contato prazeroso com a literatura. 
É importante o ato de ouvir e contar histórias para despertar o interesse e o gosto pela leitura.
A literatura é um dos maiores incentivos à leitura, bem como de grande importância, para a formação de qualquer criança. Ouvir muitas histórias... Escutá-las é o inicio da aprendizagem para ser leitor, e ser leitor é o caminho para a descoberta e compreensão do mundo. E por último, apresentam-se algumas alternativas de como o professor deve agir para formar hábitos de leitura nos educando, com sugestões de leitura e técnicas utilizadas, que possa contribuir para a formação do aluno leitor.
	As exigências educativas da sociedade contemporânea são crescentes e estão relacionadas às diferentes dimensões da vida das pessoas: ao trabalho, à participação social e política, à vida familiar e comunitária, às oportunidades de lazer e desenvolvimento cultural.
	O mundo passa atualmente por uma revolução tecnológica que está alterando profundamente as formas de trabalho e de interação, onde, numa economia cada vez mais globalizada, a competitividade desponta como necessária à subsistência humana. No intuito de auto superar o homem moderno terminou o século XX em desarmonia consigo mesmo, sem reflexão crítica sobre as suas reais necessidades, as quais deveriam permear o próximo milênio.
	Sobre este prisma, torna-se oportuna a discussão sobre as formas de lidar com os novos tempos e, portanto, emergir o discurso sobre a qualidade de ensino nas escolas. Atentando para a ascensão no nível de educação de toda população e detectando os fatores que possam atender às novas exigências educativas que a própria vida cotidiana impõe de maneira crescente no meio social.
	Neste sentido, um dos instrumentos imprescindíveis para uma formação geral e que possibilite cidadãos críticos, autônomos e atuantes, nesta sociedade em constante mutação, seria a prática de leituras variadas que promova, de maneira direta ou indireta, uma reflexão sobre o contexto social em que estão inseridas. Uma vez que o movimento dialético da leitura deve inserir o leitor na história deste milênio e o constituir como agente produtor de seu próprio futuro.
3 A IMPORTANCIA DA LEITURA NA ESCOLA DE SÃO BENTO
Buscaremos a definição ainda que generalizadora, uma vez que apresentaremos vertentes diferentes conforme o paradigma trabalhado - do termo leitura.
“A leitura é sempre apropriação, invenção, produção de significados. (...) Apreendido pela leitura, o texto não tem de modo algum – ou ao menos totalmente - o sentido que lhe atribui seu autor, seu editor ou seus comentadores. Toda história da leitura supõe, em seu princípio, esta liberdade do leitor que desloca e subverte aquilo que o livro lhe pretende impor”. Ferreiro e Palaccio, (1990, 138)
A definição de leitura na literatura recebe diferentes associações. As mais antigas referem-se à leitura como o processo de recepção e decodificaçãode linguagem, no caso o texto, colocando o leitor em um lugar de passividade durante o processo de leitura. E os investigadores que trabalhavam no campo dos problemas de aprendizagem, segundo Ferreiro e Palaccio (1990), dedicavam-se principalmente a determinar os fatores responsáveis pelas dificuldades na decodificação.
Por outro lado, outras definições surgem com novas percepções: Leffa (1996) diz que não se lê apenas a palavra escrita, mas o próprio mundo que nos cerca, uma vez que a leitura se dá também através de sinais não lingüísticos: podemos ler tristeza nos olhos de alguém, a sorte na mão de uma pessoa, ou o passado de um povo nas ruínas de uma cidade. Martins (apud Frömming, 2001), diz que ler não é uma questão de decodificar a estrutura aparente da fala; não basta decifrar palavras para que a leitura aconteça. Segundo Adam e Starr (apud Colomer & Camps, 2002), leitura é a capacidade de entender um texto escrito.
Percebe-se, a partir das três últimas definições, uma reconfiguração do quadro e pode-se afirmar que leitura não é apenas a decodificação do material escrito, o que é incontestavelmente um pré-requisito necessário para etapas posteriores do processo, mas, além disto, é a compreensão do texto. Segundo Kleiman (2002, p.10), a noção de compreensão de textos é um ato que “não é apenas [...] cognitivo com seus processos múltiplos, mas também um ato social entre leitor-autor que interagem entre si”.
Interação esta também presente na percepção de Levy (apud KATO, 1995) de que a leitura não se centra no texto já estruturado, mas na simulação de sua construção.
2.1 Origem e Importância da Leitura
A leitura é um dos objetivos fundamentais da atividade pedagógica, a qual possibilita que a criança entre em contato com inúmeras informações e conhecimentos. Afinal, todas as pessoas estão em contato com uma infinidade de textos todos os dias, sejam anúncios em jornais, revistas, bilhetes, avisos, cartas, quadrinhos, manuais, ou mesmo, obras literárias. 
A sociedade moderna faz isto a todo o momento. Por isso, a leitura é considerada de uso social, uma vez que os textos servem para informar, instruir ou dar prazer. No entanto, ajudar o aluno a desenvolver o gosto pela leitura é um desafio para os educadores atuais. 
No Brasil, o número de pessoas analfabetas é muito grande, sem contar as crianças em idade escolar que frequentam a escola e ainda não desenvolveram a capacidade de leitura. A quem se deve este fracasso? A política de ensino, a escola e/ou a família? Como as instituições de ensino lidam com crianças que entram e saem do mesmo jeito, sem dominar a leitura.
 Para Silva (1991, 36) “quanto mais o ensino real da leitura for distorcido no âmbito da escola e da sociedade, tanto melhor para a reprodução das estruturas sociais injustas, existentes no país”. Nota-se que muitas crianças não conseguem ler e escrever, resultando na reprodução de tais estruturas, relatadas por tal autor. 
Talvez esses argumentos de Silva (1991) possam responder tais questionamentos. A crise da leitura no Brasil não é, em essência, uma crise, mas uma ação muita bem planejada por aqueles que detêm o poder. Afinal, não interessa para a classe dominante que o povo tenha acesso ao conhecimento por meio do livro; o importante é manter o povo na ignorância de modo que as causas primeiras da miséria, da marginalização social e cultural sejam obscurecidas ao máximo. Assim, Jolibert (1994, p. 59) apresenta o perfil do leitor atual:
2.2 A Importância da Leitura
Desde os primórdios da civilização o homem busca habilidades que lhe tornem mais útil à vida em sociedade e que lhe possam tornar mais feliz. A criação de mecanismos que possibilitassem a disseminação de seu conhecimento tornava-se um leque de saber/poder, que ensejava respeito e admiração pelos companheiros.
Conforme Ferreiro e Palaccio (1990, 102): 
“A leitura é sempre apropriação, invenção, produção de significados. (...) Apreendido pela leitura, o texto não tem de modo algum – ou ao menos totalmente - o sentido que lhe atribui seu autor, seu editor ou seus comentadores. Toda história da leitura supõe, em seu princípio, esta liberdade do leitor que desloca e subverte aquilo que o livro lhe pretende impor”.
A definição de leitura na literatura recebe diferentes associações. As mais antigas referem-se à leitura como o processo de recepção e decodificação de linguagem, no caso o texto, colocando o leitor em um lugar de passividade durante o processo de leitura. E os investigadores que trabalhavam no campo dos problemas de aprendizagem, segundo Ferreiro e Palaccio (1990), dedicavam-se principalmente a determinar os fatores responsáveis pelas dificuldades na decodificação.
Por outro lado, outras definições surgem com novas percepções: Leffa (1996) diz que não se lê apenas a palavra escrita, mas o próprio mundo que nos cerca, uma vez que a leitura se dá também através de sinais não linguísticos: podemos ler tristeza nos olhos de alguém, a sorte na mão de uma pessoa, ou o passado de um povo nas ruínas de uma cidade. Martins (apud Frömming, 2001), diz que ler não é uma questão de decodificar a estrutura aparente da fala; não basta decifrar palavras para que a leitura aconteça. Segundo Adam e Starr (apud Colomer & Camps, 2002), leitura é a capacidade de entender um texto escrito.
Percebe-se, a partir das três últimas definições, uma reconfiguração do quadro e pode-se afirmar que leitura não é apenas a decodificação do material escrito, o que é incontestavelmente um pré-requisito necessário para etapas posteriores do processo, mas, além disto, é a compreensão do texto. Segundo Kleiman (2002, p.10), a noção de compreensão de textos é um ato que “não é apenas [...] cognitivo com seus processos múltiplos, mas também um ato social entre leitor-autor que interagem entre si”.
Interação esta também presente na percepção de Levy (apud Kato, 1995) de que a leitura não se centra no texto já estruturado, mas na simulação de sua construção.
Daí o surgimento das inscrições rupestres, simbologia, posteriormente e num estágio mais avançado das civilizações, os hieróglifos e as esculturas que denotavam sua própria e mais nobre conquista: a conquista de ser.
Nesse contexto surge à escrita e a leitura como emergentes à própria história da civilização. A criação dessa disponibilidade, é que deu origem a escrita e leitura, cria outras disponibilidades, pois ela é a básica, dela provêm as demais. Através da leitura e da escrita o homem conseguiu estreitar os laços de afetividade com seus semelhantes, harmonizar os interesses, resolver os seus conflitos e se organizar num estágio atual da civilização, com a abstração a que se denomina “Estado”. O homem se organizou politicamente. 
Mas voltando-se ao campo do conhecimento humano, que é o que por ora interessa, o mito poético que sempre embalou o homem, a fantasia dos deuses, descortinou as portas do saber, originando a busca da informação, do saber humano, do seu prazer.
Com o desenvolvimento da linguagem, a força das mensagens humanas aperfeiçoou-se a tal ponto ser imprescindível à sua própria existência. A busca do conhecimento tornou-se imperativa para novas conquistas e para o estabelecimento do homem como ser social, como centro de convergência de todos os outros interesses.
Na busca desse conhecimento, que se perpetua ao longo da história da civilização, percebe-se que quanto mais cedo o homem iniciar, mais cedo germinará bons resultados. Ou seja, a infância como uma fase especial de evolução e formação do ser, deve despertar-lhe para este mundo, o mundo da simbologia, o mundo da leitura.
No dizer de Bárbara Vasconcelos de Carvalho: “O conto infantil é uma chave mágica que abre as portas da inteligência e da sensibilidade da criança, para sua formação integral. O que fez Andersen o grande escritor universal e imortal foram as estórias ouvidas quando criança”.
	Por outras palavras, a imaginação humana é imperiosa para a construção do conhecimento, e conhecimento também é arte, daí a importância da Educaçãoinicial para enriquecer essa imaginação da criança, oferecendo-lhe condições de liberação saudável, ensinando-lhe a libertar-se no plano metafísico, pelo espírito, levando-a a usar o raciocínio e a cultivar a liberdade e o hábito da leitura.
	Nessa caminhada na construção do conhecimento humano, não é de se ater a relatividade da importância dos livros didáticos, muitas vezes o único acesso disponível para a maioria do público leitor infantil, sobre o que será discutido no discorrer do andar desta pesquisa.
Os seres humanos, desde muito cedo, aprendem a falar e a comunicar oralmente de forma espontânea, através de interações informais. Pelo contrário, as capacidades de ler e escrever são adquiridos mais tarde, apenas nas sociedades letradas e com a ajuda de pessoas "instruídas". Isto dá uma primeira medida da distância que separa a fala da escrita: uma situa-se mais perto do pólo natural do desenvolvimento humano – é universal, enquanto a outra se aproxima do pólo cultural - é historicamente determinada. “Além disso, a fala aparece, desde os tempos mais remotos, como uma constante, enquanto que a escrita se desenvolveu mais tardiamente” (Castro, S. L., 2000: 132-133).
Ressalta da idéia apresentada que o aparecimento e desenvolvimento da linguagem escrita, e conseqüentemente da leitura, se ficaram a dever à evolução das próprias sociedades. Assim, compreende-se que sejam cada vez maiores as exigências impostas aos indivíduos:
O desenvolvimento das sociedades modernas transformou a capacidade de leitura numa competência técnica e num direito cívico dos indivíduos. Neste domínio - no domínio das práticas de leitura -, como de resto de outros domínios, a competência técnica e a condição de cidadania encontram-se profundamente entrecruzadas. Pode dizer-se mesmo que um déficit de competência técnica equivale a um déficit de cidadania. Por isso, o acesso e a prática de leitura são problemas do primeiro plano nas modernas sociedades democráticas. (Fortuna & Fontes, 1999: 9)
Como diz José Morais (1997 pag. 83):
A leitura é já indispensável na vida quotidiana, quer no emprego quer fora dele, em contextos que exigem do cidadão maior destreza no manuseamento do escrito e distintas capacidades interpretativas. Ser capaz de "decifrar" o escrito já não é sinônimo de ultrapassar as dificuldades do dia-a-dia, pois as circunstâncias obrigam à utilização de fontes de informação muito diversificadas. É a fim de evitar a ambiguidade, sempre que a palavra leitura for referida, deve considerar-se a escrita alfabética como seu único suporte.
Nesta perspectiva que Josette Jolibert (1991: 20) defende a necessidade de a criança começar, desde cedo, a “ler de verdade”, isto é, a “ler escritos autênticos que vão do nome de uma rua escrita num cartaz a um livro, passando por um anúncio, uma embalagem, um jornal, um folheto, etc.”.
Na verdade, para o pleno exercício da cidadania, para uma participação ativa na sociedade, o indivíduo precisa de desenvolver capacidades que lhe permitam lidar com os diversos suportes de informação escrita:
A capacidade de ler deve ser encarada como um poderoso instrumento de aprendizagem e um meio através do qual o leitor possa extrair do papel impresso, do monitor eletrônico ou de qualquer outro suporte, uma satisfação pessoal, havendo, portanto, uma motivação prévia. [...] diversamente do que os avanços tecnológicos podem fazer crer, a aptidão da leitura será no futuro uma condição básica para aceder ao mercado do trabalho num mundo cada vez mais especializado, informatizado, hermético. (Antão, 1997: 12)
O que está aqui em pauta não é propriamente o fato de não se ler ou de fazê-lo em reduzida escala, mas sim a forma como se lê, ou seja, o domínio que se tem ou não sobre a acentuada diversificação dos suportes de informação escrita. Já não é o analfabetismo propriamente dito (mas também) que preocupa os responsáveis pela educação, embora se assuma que a formação escolar se correlaciona positivamente com as destrezas de leitura. Assiste-se, atualmente, a uma espécie de neo-analfabetismo de tipo funcional que se caracteriza pela incapacidade evidenciada pelos indivíduos em lidar com a escrita na resolução das dificuldades do dia-a-dia.
Neste sentido, a versatilidade da competência leitora é relevante para o aparecimento de “indivíduos que autonomamente saibam procurar a informação que lhes é necessária para a sua adaptação à sociedade” (Delgado-Martins, Costa & Ramalho, 2000: 128). Antão (1997), citando o Boletim Cultural da Fundação Gulbenkian, salienta que “não basta aprender a ler e a escrever”. É preciso [...] ler para compreender. Ler para interpretar. Ler para saber. Para ver. Para ser. Ler para participar.
 “Que se leia para se ser mais consciente e mais livre” GulbenKian (2004, 6).
O fato de se saber ler reveste-se da maior importância no processo de formação do indivíduo e na sua integração na sociedade. Aliás, a ausência dessa competência pode ter, aqui, repercussões graves, porque não se coaduna com as exigências de uma sociedade que, em permanente evolução, coloca desafios enormes aos seus membros: A incapacidade de usar a informação escrita, se não chega a ser uma questão de sobrevivência, é pelo menos fator de maior dificuldade de participação social - leia-se, de fato, exclusão social -, de maior dificuldade no acesso e na partilha de cultura comum, na mobilidade social, na vida de cidadão. (Dionísio, 2000, pg. 26)
Como, neste mesmo sentido, é assinalado por Jean (1978) “[saber] ler é ter a possibilidade de dispor de um instrumento próprio para adquirir conhecimentos, um saber, informações sobre o mundo e os homens” (p. 48). Lendo, aprende-se a ler e lê-se para aprender. O que está em causa não é o suporte, nem aqui se defende um ou outro tipo de material, mas sim a importância da competência de leitura. Frente a um livro ou um disco compacto (CD), com informação escrita, subordinados ao mesmo assunto, o que fica em questão é, sempre, a maneira como é processada a informação; é indubitável que para se aceder ao conteúdo dos dois suportes é indispensável o domínio das técnicas exigidas por cada um.
Na nossa sociedade, os estudos realizados apontam para a ausência de “competências literárias e linguísticas que permitam tornar o aluno e o cidadão indivíduos capazes de decidir, apreciar e julgar as coisas do mundo” (Sequeira: 2000: 55). Os resultados do PISA 20002 revelam, de fato, níveis de literacia indesejáveis: Pode-se [...] afirmar que a situação média dos alunos portugueses nesta recolha de informação sobre literacia de leitura é preocupante. O valor da média portuguesa situa-se abaixo da média da OCDE e muito distanciado dos valores dos países que obtiveram melhores classificações médias. (ME/GAVE, 2001: 12)
Conscientes da situação, alguns autores (cf. Delgado-Martins et al., 2000: 14), conjeturam que problemas maiores chegarão quando os dispositivos tecnológicos se estenderem a todos os espaços e serviços.
É mais ou menos consensual que “a escola é o lugar social privilegiado de produção de leitores” (Dionísio, 2000: 19). Nele, tão importante como ensinar a ler é fomentar hábitos de leitura duradouros que confiram aos indivíduos os requisitos necessários para responder às exigências de novos padrões de literatura impostos pelas sucessivas mutações tecnológicas e sociais: Não poderá o aluno [...] continuar somente a ler na escola, mas sim a aprender a ler, a perceber o modo como se lê, a desenvolver competências cognitivas, metacognitivas, linguísticas, e literárias, para que [...] não seja só um leitor na escola, mas um leitor na sua vida adulta. (Sequeira, 2000: 56). 
É necessário ter presente que a capacidade de ler dos cidadãos não decorre apenas de uma instrução eficaz nem os problemas de falácia de uma sociedade se resolvem com a escola de massas e com o cumprimento da escolaridade obrigatória, como deixa transparecer José Morais (1997, pag. 25): “A leitura só poderá desenvolver-se no contexto de uma política mais global de desenvolvimento culturala leitura não é só um problema de bibliotecas, depende também, indiretamente, do apoio dado ao teatro, ao cinema, à música, às artes plásticas, às exposições científicas”.
Esta idéia é também compartilhada por Castro, S. L. (2000: 147):
Ao defender que existem dois percursos essenciais para melhorar os níveis de literacia de qualquer sociedade. O primeiro situa-se na esfera de um ensino de qualidade “que promova a prática continuada da leitura”; o segundo assenta na “valorização sociocultural das práticas de uso da escrita, nas suas várias modalidades” que vão da leitura do livro à Internet, passando pelo jornal, manuais de instruções e horários de transportes.
Apesar de se ter consciência da existência de fatores muito diversificados que conduzem ao ato de ler (cf. Dionísio, 2000: 37-40), no âmbito deste trabalho, há que distinguir duas modalidades de leitura que parecem essenciais: a "leitura funcional" e a "leitura recreativa". Como as próprias designações sugerem, a primeira exercita-se por necessidade, pois os permite alcançar a informação necessária para a resolução dos desafios do quotidiano; a segunda é livre e fonte de liberdade, pratica-se pelo prazer de satisfação pessoal e contribui para o enraizamento de hábitos de leitura duradouros e para a vivência de novas experiências enriquecedoras. 
Quando se diz que uma determinada população não lê, normalmente, é esta última modalidade que está em causa. Este fato leva alguns autores a colocarem em questão este critério de avaliação dos hábitos de leitura, como por exemplo, Magda Soares (1998, 25), devido às diferenciadas condições de acesso ao mundo da escrita: [...] discriminam-se as camadas populares pelo reforço de sua concepção pragmática da leitura, a que se atribui apenas um "valor de produtividade", enquanto, para as classes dominantes, ler é proposta de lazer e prazer, de enriquecimento cultural e ampliação de horizontes. 
No entanto, independentemente dos métodos de aferição utilizados, é consensual que os índices de leitura dos cidadãos têm implicações sobre o desenvolvimento da sociedade. Entretanto por mais que se queira que os docentes se adequem as novas técnicas de aprendizado, fica em algumas situações impossibilitado, pois de nada adianta se querer uma atualização de pensamento se as instancias responsáveis não oferecem tais condições para o desempenho correto de determinadas táticas aplicadas a educação, cabe ai então uma melhor averiguação do que é e do que não é possível ser oferecido pelas secretarias aos seus professores e as escolas. 
3 A ESCOLA E A LEITURA COM AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM ESCRITA E COMPREENSÃO EM LEITURA
No que se refere à Escola e aos objetivos da leitura ou ao “Para que ler na escola?”, pode-se afirmar que ainda não existe nos currículos conhecidos e analisados, uma concretização de um pressuposto geral básico, qual seja o da articulação entre a função social da leitura e o papel da escola na formação do leitor. 
Se dimensiona essa função social como sendo a necessidade do conhecimento e a apropriação de bens culturais, a leitura funciona, em certa medida, um meio e não um fim em si mesma. Daí a importância do papel da escola em relação à leitura, que é o de oferecer aos alunos mecanismos e situações em que eles “aprendam a ler e, lendo, aprendam algo”.
Oportuna a citação:
A escola precisa ser um espaço mais amplamente aberto a todos os aspectos culturais do povo, e ir além do ensinar a ler e a fazer as quatro operações. Precisa investir em bons livros, considerando que a cultura de um povo se fortalece muito pelo prazer da leitura; e a escola representa a única oportunidade de ler que muitas crianças têm. É necessário propiciar nas salas de aula e na biblioteca a dinamização da cultura viva, diversificada e criativa, que representa o conjunto de formas de pensar, agir e sentir do povo brasileiro. (BRAGA,1985, P.7)
	O conceito básico de leitura, nesse contexto, passa ser então a “produção de sentido”. Essa produção de sentido, por conseguinte, é determinada pelas condições socioculturais do leitor, com os seus objetivos, seus conhecimentos de mundo e de língua, que lhe possibilitarão a leitura.
	Nesse sentido, a construção do conhecimento, segundo entendimento de alguns autores como elemento principal, se efetivará pelo hábito da leitura, uma vez inserida e enfatizada no contexto escolar. Afinal, é principalmente através da leitura que os alunos poderão encontrar respostas aos seus questionamentos, dúvidas e indagações, mormente no que concerne aos caminhos por onde permeiam na construção do seu conhecimento, e não apenas vinculados e adstritos a uma metodologia tradicional.
Recapitulando, o desenvolvimento da competência de leitura pressupõe atividades de ensino-aprendizagem, orientadas por pessoas instruídas. Na sociedade, o lugar onde genericamente se processa a aquisição dessa competência continua a ser a escola. Sendo assim, tal como nos diz Maria de Lourdes Dionísio (2000, 41), “a leitura é um produto, antes de tudo, escolar”. Nesta perspectiva, em primeiro lugar, compete ao sistema de ensino dotar os alunos de saberes que lhes permitam identificar sons, palavras, construir frases e compreender textos. No entanto, ao cumprir esta finalidade mais técnica, a escola de forma controlada, promove “atitudes e modos de ler que nos caracterizarão, por oposição a outros, quanto ao modo como nos vemos e vemos o mundo e, nele, a leitura” (p. 42). 
É neste sentido que a escola deve ser vista como uma comunidade de leitores: Na medida em que alunos e professores constroem [...] modelos particulares de leitura e entendimentos do que está envolvida na sua aprendizagem, nomeadamente a função social da leitura, a escola pode e deve ser olhada em termos de contextos de leitura em que introduz os alunos, dos sentidos em que os familiariza, quais ignora, que estilos estimula, que valores, hábito e atitudes promove. (Dionísio, 2000: 41)
O ensino da leitura é, por via dos fatos, um ato marcado. Nele, implícita ou explicitamente, prevalece a figura do leitor que se pretende criar. É desta "unidade na diversidade" que resulta a essência das comunidades de leitores, pois o que os une “de modo a torná-los, não uma soma de indivíduos, mas uma comunidade, não são os modos de aquisição, são as modalidades de recepção, são as condições "comuns" de leitura”.
Se levados em consideração que “para muitas crianças os manuais escolares ainda são os primeiros livros com que lidam” (Magalhães, 2000: 63) e que a escola é para muitos o único lugar de contato com livros e leitura, podendo ser entendida como espaço ideal para a estruturação de uma comunidade leitora cuja ação ultrapassará sempre os muros bem delimitados da instituição. 
Pode-se, pois ver a escola [...] como um espaço que deve proporcionar situações onde as experiências de leitura não sejam "dolorosas" [...] e, em conseqüência, possam ser avaliadas como dignas de serem repetidas. (Dionísio, 2000: 44)
A questão que se levanta aqui é a da implementação de hábitos de leitura duradouros susceptíveis de poderem “dotar os jovens com modelos de leitura e de vida consoantes com as exigências sociais e com concepções sedimentadas na cultura” (Dionísio, 2000: 67). No entanto, a perseguição deste objetivo, por parte da escola, parece não ter produzido ainda os efeitos desejados, na sociedade. Este fato é suficientemente evidenciado por Delgado-Martins, Ramalho e Costa (2000), no seu estudo sobre Literácia e a Sociedade, onde se afirma taxativamente que através da “revisão da literatura, sabe-se que a população escolar brasileira não atingia níveis de competência de leitura satisfatórios em relação ao nível internacional” (p. 12). A mesma conclusão, embora alicerçada noutra base empírica, foi retirada do Estudo Internacional PISA 2000, a que já se aludiu.
Em que tomou por base um estudo realizado em Portugal, a falta de hábitos e os níveis inadequados de competências de leitura remetem-se para a complexidadedo problema do ensino-aprendizagem e têm se tornado sem rumo, um pouco por todo o lado, investigações sobre o assunto. Admitindo que seja durante a escolaridade que se desenvolve o gosto de ler, isso faz da Escola, enquanto espaço e tempo de formação, o mais direto mediador entre a criança e o livro, dependendo muito da sua ação, positiva ou negativa, o caráter da relação que se estabelece e a dimensão que o ato de ler adquire para a criança. Cabe-lhe, pois, como principal instituição educativa, repensar o valor pedagógico da leitura numa formação integral [...]. (Herdeiro, 1980: 43)
Segundo esta autora, ao longo dos tempos, a escola privilegiou uma relação muito estreita com o manual ou livro enquanto “instrumento didático”, menosprezando o desenvolvimento do gosto de ler como objetivo educativo (p. 44).
Numa reflexão mais atualizada, Lourdes Dionísio (2000) considera que a reforma do ensino do início da década de noventa trouxe algumas evoluções no que se refere ao enquadramento dos objetivos programáticos do saber ler: Da leitura como meio, como "instrumento" de aprendizagem [...] assistimos [...] à sua definição como processo estratégico de construção de sentidos envolvendo capacidades e subcapacidades indispensáveis à realização dos atos naturais de leitura que a escola deve ensinar. [...] a leitura deixa de ser exclusivamente a habilidade de decodificação [...] para ser reconhecida como uma capacidade que se continua a ensinar, a desenvolver e a aperfeiçoar ao longo da vida de cada um. (p. 73-74).
A este propósito, é ainda importante o que a autora nos diz em relação ao ensino da leitura como competência transversal. Por um lado, como se tem tentado demonstrar, a sociedade tem vindo gradualmente a impor à escola a formação de mais e melhores leitores, por outro, é frequente ouvir vozes entre os profissionais da educação projetando essa obrigação para outros contextos, designadamente a família. 
Ora, sem pretender anular tudo quanto se disse sobre a importância da família no processo de ensino aprendizagem dos seus membros mais novos, concorda-se com Lourdes Dionísio, quando, em nota explicativa, diz que “a atribuição à família da responsabilidade da valorização da leitura é, no mínimo, contraditória com as funções da escola”. 
“A implantação da escola de massas” dá-se precisamente para alinhar as diferenças sociais, por isso, o sistema de ensino continua a ser o principal responsável pela implementação de hábitos de leitura, desempenhando um papel “tão mais importante e amplo quanto mais restrito for o da família, condicionada social e economicamente” (p. 50). 
No entanto, a atribuição taxativa desta função à escola pode levantar algumas inquietações, pois se admite o risco de se associar a leitura a uma obrigação escolar (ou a uma escola tida como obrigação), conduzindo, eventualmente, ao “afastamento em face de uma prática da qual não se conhece o sentido lúdico” (Lopes e Antunes, 1999: 31)
Muitas crianças aprenderão a ler e escrever e não encontrarão nenhuma dificuldade, e outras necessitarão de alguma ajuda especial para conseguir sucesso na mesma atividade. O fracasso escolar nas primeiras séries do ensino fundamental tem sido estudado pelos mais diversos profissionais preocupados com a escola, na busca de se explicitar os fatores que interferem no sucesso escolar e melhorar o ensino público no Brasil.
	As pesquisas se apóiam em fatores sociais, culturais, econômicos, cognitivos emocionais, institucionais ou orgânicos para explicar o fracasso escolar (Schiefelbein & Simmons, 1990; Cardoso-Martins, 1991; Brandão, 1992; Oliveira, Sisto, Souza, Brenelli & Fini, 1994; Vieira, 1998; Leffa, 1999; Capellini & Ciasca, 2000, entre outros); outras na metodologia de ensino e avaliação (Nunes, 1990).
	Não existe uma definição comum sobre o que vem a ser uma dificuldade de aprendizagem, como e por que ela se manifesta. As dificuldades de aprendizagem formam um grupo heterogêneo e é difícil defini-las, mas uma das manifestações mais evidentes de dificuldade de aprendizagem é o baixo rendimento, o que não necessariamente indica que a criança tenha dificuldade de aprendizagem. (Podem ser categorizadas como transitórias ou permanentes e ocorrer a qualquer momento no processo de ensino-aprendizagem e correspondem a déficits funcionais superiores, tais como, Llera, 1997; Dockrell & McShane, 1997, Garcia, 1998).
	A leitura e a escrita são as formas de linguagem mais avaliadas pelo ensino fundamental. Elas são a base para a avaliação escolar. Ambas implicam um duplo sistema simbólico, pois permitem transcrever um equivalente visual em um equivalente auditivo, ou o contrário.
3.1 A Leitura Considerada Como um Sistema Simbólico	
Alicerçado na linguagem falada, que por sua vez depende da linguagem interior. A relação entre a palavra escrita e o sistema simbólico de significação é uma operação cognitiva que envolve processos específicos como a codificação, decodificação, percepção, memória, entre outros. Para a pessoa decodificar e atribuir significado ao que está escrito é preciso ativar sua estrutura representativa, atribuir significado ao código de modo a reconhecer a palavra impressa, atribuir a essa palavra o significado correspondente e compreender a mensagem (Coll, Palacios & Marchesi, 1995; Garcia, 1998, Capovilla, 2000). 
Também, é preciso coordenar as informações de modo a conseguir interpretar a mensagem dentro de um contexto, pois a compreensão da leitura implica o reconhecimento das estruturas gramaticais, a consideração da ordem das palavras, o papel funcional das palavras, o reconhecimento e o uso dos sinais de pontuação. Nesse contexto, a compreensão da leitura tem a ver com a capacidade de fazer inferências, recorrendo a elementos mencionados no próprio texto.
	As dificuldades de leitura implicam normalmente uma falha no reconhecimento, ou a compreensão do material escrito. O reconhecimento é o mais básico dos processos, já que o reconhecimento de uma palavra é prévio a sua compreensão. Também há que se considerar que uma decodificação pobre leva a uma compreensão pobre; entretanto, uma boa decodificação não é a garantia de compreensão. As dificuldades de compreensão não estão,
Normalmente, no âmbito das palavras, e sim, no âmbito de orações e da integração da informação das orações (Dockrell, 1997, 65).
	As pesquisas sobre a leitura são diversificadas. A leitura aparece em temas de pesquisa tais como hábito de leitura e compreensão de textos (Santos 1981);
identificação da palavra no contexto (Vellutino, 1991, 54); programas de remediação (Dias, Morais & Oliveira, 1995, 76; Batjes & Brown, 1997, 87); dificuldades na leitura (Lyon, 1998); a compreensão de leitura em textos argumentativos, explicativos e narrativos (Vieira, 1998, 167); a leitura e seu contexto (Leffa, 1999, 24); a transição de leitura oral para leitura silenciosa (Kragler, 1995, 29); o processo da leitura e sua importância (Brandão, 1992), entre outros.
Por sua vez, a escrita é um processo complexo, que envolve habilidades diferentes da leitura, mas que implica, na construção da mesma estrutura, a representação cognitiva.
Segundo Garcia (1998,142) pode-se analisar a escrita no ditado, forma que foi utilizada nesta pesquisa, com base na análise acústica dos sons por meio da qual os fonemas componentes da palavra seriam identificados.
É a identificação do código. Segue-se com um reconhecimento das palavras e a atribuição de significado, para depois, ser ativada a forma ortográfica das palavras e os processos motores. É a atribuição de significado ao significante. Esse caminho supõe a compreensão do significado do que está escrito e a aferição da ortografia correta. Para escrever uma palavra que lhe foi ditada, o sujeito deverá ter construído a noção de letra, de número, de vogal, de consoante, de palavra e de frase. Além dessas construções, que implicam a construção do sistema de representação e na construção do código, o sujeito deverá dominar o sistema de significação, de modo a diferenciar significadoe significante.
Entretanto, Hayes e Flower (1980, citado por Bermejo & Llera, 1997,178) preferem analisar o processo da escrita por três processos, a saber, construção da representação mental do que pretende escrever antes da ação, a transformação da representação mental em representação escrita mediante um determinado sistema de convenções linguísticas e a revisão ou análise da representação escrita.
Escrever supõe tomado de decisões acerca do que vai ser escrito, como será escrito, que letras devem ser empregadas. Se alguém pede ao sujeito que escreva a palavra aniversária, ele terá que organizar as letras em um plano coerente e revisar o que foi escrito. 
Terá que lidar com diferenciações e negações para escrever, ou seja, diferenciar os signos entre si e excluir as letras que não devem ser utilizadas. É um processo muito lento a princípio que vai se tornando automatizado com o tempo, e essa automatização implica economia de memória e atenção, simplificando a tarefa, ao mesmo tempo em que se torna extremamente rápido. 
As dificuldades de aprendizagem em escrita podem se manifestar por confusão, inversão, transposição e substituição de letras, erros na conversão símbolos com, ordem de sílabas alteradas, lentidão na percepção visual, entre outros. Essas dificuldades podem se manifestar em áreas distintas como ao soletrar ou escrever uma palavra ditada.
	A questão da escrita, bem menos pesquisada que a leitura é abordada, principalmente, sob dois enfoques.
	Aparece relacionada à dificuldade (Deffenbaugh, 1977; Usova, 1978) e relacionada ao diagnóstico de crianças com problemas educacionais Vinsonhaler, 1982.
	A escrita, assim como a leitura, consiste em um conjunto de habilidades complexas, cujo processo requer que o indivíduo opere em diversos níveis de representação, sem deixar de lado o motor. Para ler e escrever é necessário que o sujeito possua a capacidade de realizar correspondências entre fonemas e grafemas.
	Conforme Guimarães (2004, 154):
“E a consciência sintática requer a capacidade de operar mentalmente sobre os mecanismos responsáveis pela representação das palavras, e dessas no seu contexto, por sua vez, a consciência fonológica requer a capacidade de manipular as subunidades da linguagem falada, ou seja, fonemas e palavras”.
 Assim, ler e escrever relacionariam duas significações e seriam interdependentes, pois a primeira levaria à segunda e vice-versa. Nesse contexto, a pesquisa e a observação de Whyte (1985) indicaram uma conexão entre leitura e escrita. A autora afirma que teóricos cognitivistas acreditam que a leitura e a escrita envolvem estruturas similares e que muitos pedagogos defendem o ensino da leitura e da escrita juntos e contextualizados.
	Na literatura é possível encontrar autores pesquisando a leitura e a escrita sob diferentes enfoques. A questão da leitura e da escrita aparece relacionada à dificuldade de aprendizagem nos trabalhos de Thomas, Englert e Gregg (1987, 153) e Berninger e Whitaker (1995). 
A consciência fonológica e a aprendizagem inicial da leitura e da escrita foram o objetivo da pesquisa de Cardoso-Martins (1991), cujos resultados mostraram que, de modo geral, as variações na consciência fonológica correlacionam-se com a aprendizagem da leitura e da escrita. Os resultados de Tiosso (1989) mostraram que as dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita não estavam relacionados com o potencial intelectual deficiente, assim como os achados neurológicos não justificavam tais dificuldades.
	Oliveira, Sisto, Souza, Brenelli e Fini (1994, 107) pesquisaram os fatores que poderiam explicar o desempenho de crianças em um ditado. As crianças foram avaliadas em relação à tendência operatória, tendência criativa, psicomotricidade, leitura e compreensão da leitura, sendo que os dois últimos pareceram explicar melhor o desempenho ruim dos alunos. Um estudo desenvolvido por Capellini e Ciasca (2000, 109) teve como objetivo avaliar a consciência fonológica de crianças com distúrbio específico de leitura e de escrita. 
Os resultados mostraram que as crianças com história de fracasso escolar apresentaram nível de leitura ortográfico, nível intelectual superior médio e bom nível de consciência fonológica. As autoras concluíram que o desenvolvimento da consciência fonológica ocorre concomitantemente com o processo de aprendizado da leitura. Por sua vez, Santos (2001, 50) concluiu que a falta de consciência fonológica pode contribuir para uma vagarosa aquisição da habilidade de reconhecer palavras.
	A quantidade de pesquisas dedicadas ao estudo da leitura é superior ao número encontrado de pesquisas sobre a escrita, levando a crer que o processo da escrita tem sido relativamente negligenciado pelos pesquisadores. A maior parte das pesquisas realizadas sobre a escrita concentra-se na ortografia, isto é, sobre a capacidade de recordar e reproduzir cadeias de letras aceitas como ortografia correta de determinada palavra.
	No entanto, poucos trabalhos abordam a leitura e a escrita como uma prática integrada, nos quais ambas determinam o sucesso ou o fracasso escolar com a mesma importância e amplitude. Para a realização desta pesquisa, tomou-se por questão a relação entre a leitura e a escrita, porque no caso do português, cuja estrutura gramatical, além de ser complexa, possui muitas exceções, as dificuldades de aprendizagem em escrita podem decorrer de inúmeras combinações. 
É importante ressaltar que uma pessoa ler uma palavra corretamente não implica que possa grafá-la com precisão. Uma coisa é ler e outra coisa é escrever, muito embora as duas atividades possam se desenvolver, integrando-se. Assim, foram colocadas questões tais como: no início da escolarização, os bons leitores seriam bons escritores? Os alunos com baixa compreensão de leitura são os que apresentam dificuldade de aprendizagem na escrita?
3.2 As Dificuldades de leitura Identificadas em salas de aula da Escola São Bento
Professores, psicólogos, fonoaudiólogos e os veículos de mídia têm-se voltado, principalmente nos últimos anos, para os processos de identificam de dificuldades leitoras em crianças, a dislexia. 
Os problemas relacionados à educação têm sido pauta em diversas áreas profissionais de todo o país. Em entrevista recente, Dilma Rousseff, presidente da República do Brasil, declarou as dificuldades e os avanços dos índices preocupantes no sistema educacional brasileiro. A educação, portanto, passa a ser responsabilidade publica e não somente dos profissionais diretamente ligados ao ensino brasileiro.
	A dislexia resulta de um processo de dificuldade aquisitiva de leitura, incapacidade de compreensão do que se lê, nessas condições, a criança consegue ler, contudo experimenta fadiga e sensações desagradáveis pela falta de assimilação do texto, apresentando um déficit de reconhecimento do mesmo. 
É importante a identificação precoce desta deficiência, pois quanto mais cedo identificado o problema melhor a aplicação do tratamento.
	O transtorno de desenvolvimento leitor manifesta-se através de uma leitura oral lenta, com bloqueios, omissões, interrupções, distorções, correções e substituições de palavras. A identificação da dislexia costuma acontecer na observação de crianças em torno dos sete anos de idade, geralmente no primeiro ciclo do ensino fundamental. As crianças em que são detectados os problemas entre os 5 ou 6 anos de idade compensa as faltas de aprendizagem mais rapidamente, considerando que encontram-se em uma faixa etária propicia para a aquisição de conhecimentos e que terão uma menor lacuna a repor do que aquelas que as dificuldades só são observadas 4 ou 5 anos após o processo leitor prejudicado.
	A solução destes tipos de transtornos depende da gravidade, tendo em vista, que se for um caso leve, de identificação em primeira fase, a intervenção é suficiente para a superação do problema, não restando sequelas na idade adulta. Contudo, se for um caso mais grave, sem rápida observação, é possível que ocorram manifestações posteriores mesmo com aplicaçãode tratamento.
Dificuldades no campo da dislexia, quando não tratadas e sendo apresentadas com frequência, tendem a gerar comportamentos negativos, causando algumas vezes, inquietações e até perturbações. 
Considerando a atual preocupação governamental com os problemas educacionais, vale ressaltar que a identificação precoce de casos de deficiência aquisitiva, como a dislexia, gera um menor custo no tratamento, uma vantagem econômica, do que situações detectadas tardiamente, tendo em vista, que o tratamento através de um programa de ensino, para crianças de 6 anos, durante um ano, é bem mais barato do que proporcionar um programa por meio de uma ajuda diária a uma criança de 10 anos que foi diagnosticada com atraso.
	A deficiência mental, a escolarização baixa ou inadequada e os déficits sensoriais não devem ser caracterizados como diagnósticos do transtorno do desenvolvimento leitor. Alguns critérios de diagnosticação da dislexia foram introduzidos por Stanovich (1992) como rendimento não satisfatório em provas padronizadas de leitura e alteração como fator de interferência significativa nas aprendizagens acadêmicas ou em atividades da vida cotidiana de requererem a habilidade leitora, não se devendo essa alteração, a um defeito de acuidade visual ou auditiva, nem a qualquer transtorno neurológico.
As crianças foram avaliadas em relação à tendência operatória, tendência criativa, psicomotricidade, leitura e compreensão da leitura, sendo que os dois últimos pareceram explicar melhor o desempenho ruim dos alunos. Um estudo desenvolvido por Capellini e Ciasca (2000) teve como objetivo avaliar a consciência fonológica de crianças com distúrbio específico de leitura e de escrita. 
Os resultados mostraram que as crianças com história de fracasso escolar apresentaram nível de leitura ortográfico, nível intelectual superior médio e bom nível de consciência fonológica. As autoras concluíram que o desenvolvimento da consciência fonológica ocorre concomitantemente com o processo de aprendizado da leitura. Por sua vez, Santos (2001) concluiu que a falta de consciência fonológica pode contribuir para uma vagarosa aquisição da habilidade de reconhecer palavras.
	A quantidade de pesquisas dedicadas ao estudo da leitura é superior ao número encontrado de pesquisas sobre a escrita, levando a crer que o processo da escrita tem sido relativamente negligenciado pelos pesquisadores. A maior parte das pesquisas realizadas sobre a escrita concentra-se na ortografia, isto é, sobre a capacidade de recordar e reproduzir cadeias de letras aceitas como ortografia correta de determinada palavra.
	No entanto, poucos trabalhos abordam a leitura e a escrita como uma prática integrada, nos quais ambas determinam o sucesso ou o fracasso escolar com a mesma importância e amplitude. Para a realização desta pesquisa, tomou-se por questão a relação entre a leitura e a escrita, porque no caso do português, cuja estrutura gramatical, além de ser complexa, possui muitas exceções, as dificuldades de aprendizagem em escrita podem decorrer de inúmeras combinações. 
É importante ressaltar que uma pessoa ler uma palavra corretamente não implica que possa grafá-la com precisão. Uma coisa é ler e outra coisa é escrever, muito embora as duas atividades possam se desenvolver, integrando-se. Assim, foram colocadas questões tais como: no início da escolarização, os bons leitores seriam bons escritores? Os alunos com baixa compreensão de leitura são os que apresentam dificuldade de aprendizagem na escrita?	
Na identificação de problemas relacionados a dificuldades de aquisição da leitura são fundamentais as observações de fatores etiológicos, neuropsicológicos, psicomotores e sensoriais, cognitivos, condutais e de linguagem. Esses fatores interferem diretamente na identificação do disléxico através da observação de problemas de linguagem de base em sala de aula. Existem prognosticadores relacionados ao sucesso e fracasso leitor, dentre eles destaca-se a inteligência geral, as aptidões de fala e linguagem, os processos de memória, as habilidades motoras e a predisposição a uma situação de risco. 
Esses prognosticadores são utilizados para a avaliação de populações em series iniciais. Quatro tipos de tarefas prognosticadoras das habilidades leitoras são destacados por Adams (1990), dentre elas a segmentação de silabas e fonemas, a manipulação de fonemas, a combinação de sons e as relacionadas a rimas. Certas evidências sugerem que existe um processo interativo bilateral entre as habilidades fonológicas e aprendizagem da leitura (Snowling e Stackhouse). 
	O uso de estratégias fonológicas para a leitura e escrita é um dos principais problemas reconhecidos em crianças disléxicas, principalmente ao que se refere ao processamento de novas palavras. Muitos estudos sobre crianças que manifestam características precoces de risco de dislexia ainda precisam ser complementados e desenvolvidos, em virtude disso, a discussão do assunto exige cautela e um maior aprofundamento, porém as habilidades de processamento fonológico em crianças continuam sendo importantes quesitos na identificação de um diagnóstico inicial para os casos de dislexia.
	Identificar as deficiências de leitura é de suma importância, pois ao detectar o quanto antes fica mais fácil criar métodos eficazes pata auxiliar as crianças que apresentam tais problemas. Essa preocupação tem mobilizado varias categorias de profissionais (fonoaudiólogos, professores, psicólogos) engajados em desenvolver estratégias de avaliação e até mesmo de intervenção, pois somente mediante a uma compreensão geral do problema, com coleta de dados, analises de casos é que se pode pensar em como agir dependendo de cada caso encontrando a melhor forma de sanar as deficiências.
	Em leitores com problemas podem ser percebido atitudes comportamentais diferentes, pois eles correm oi risco de adquirir ser tão inquietude, frustração e outros aspectos negativos, além disso, algumas crianças são consideradas como pertencendo a grupos de risco (se os membros da família são analfabetos ou possuem problemas, atrasos em atividades leitoras).
Há varias formas para identificar sucesso ou fracasso na leitura (testes de QI, aptidões de fala, de linguagem, de atenção, processos de memória, habilidades motoras, de aptidões fonológicas). Liberman (1974, 73) poucas crianças demonstram que, na pré-escola, conseguem segmentar palavras em fonemas, sendo mais comum para elas segmentarem em silabas quando isso ocorre é devido ao não conhecimento da correspondência entre letra e som, essa concepção ou habilidade fonológica está intimamente ligada à aprendizagem da leitura.
A maioria das crianças que apresentam dislexia começam a falar tardiamente, podem ser identificadas essas deficiências quando não conseguem ou sentem dificuldades ao utilizar estratégias fonológicas para ler e escrever palavras desconhecidas ou longas.
O distúrbio de linguagem envolve fracasso na leitura, problemas de sintaxe, deficiências fonológicas que prejudicam o desenvolvimento escolar afetando até mesmo a motivação da criança.
Os professores podem avaliar ou identificar estes distúrbios utilizando tarefas com rimas para ver se os alunos conseguem realizar analogias exercitando o som (pronuncia) e ortografia (escrita), a leitura por si só já é um mecanismo de analise onde se percebe fluidez, clareza, segurança ou dificuldades, empecilhos...
Podem ser realizados testes para avaliar essa fonológica (o grau de utilização) pedindo aos alunos que forneçam palavras que rimem com uma palavra chave proposta ou ainda que forneçam palavras derivadas de uma palavra X (Rimas= viver; correr, parecer... Derivadas= cama: caminha, camada,) estimulando a memória e o vocabulário que cada individuo possui, podem identificar criança que apresentem insuficiência em testes envolvendo memória de curto prazo e também em longo prazo.
Outra forma para identificar esse problema em sala de aula é pela comparação da leitura ou atitudes leitoras de crianças que não apresentam dificuldadescuja leitura é rápida, clara, com ritmo, fluidez e mesmo diante de palavras não familiares elas fazem uma pausa, mas por fim conseguem ler em oposição as que sofrem distúrbios que apresentam leitura não clara, muito lenta, lendo soletrando, confundindo e trocando algumas letras, fazendo pausas mais longas, com tom de voz baixo, tremulo angustiado ou ainda “lendo” tão velozmente embaralhando as palavras anteriores com as seguintes, ou pulando palavras, “engolindo” letras. Até mesmo em situações de fala espontânea falam “F” em lugar de “V” (fida em vez vida) ou “T” em vez de “C” (patote =pacote), um caso comum fala de “cebolinha” (clalo x claro) ou ainda confunde letras parecidas.
Um indicador relevante é o conhecimento de letras, procedimento para constatar a memorização dos fonemas, teste de rapidez da fala ou por testes de extensão, que podem ser realizados por psicólogos, fonoaudiólogos e professores.
Crianças que possuem habilidades fonológicas deficientes não entendem o “principio alfabético” apresentando dificuldade em aprender as relações entre som e letra dificultando a leitura além de acarretar erros ortográficos.
É comum no inicio dos anos escolares a leitura costuma ser lenta com pouca precisão principalmente diante de palavras tão usuais, a raiz do problema mais uma vez é fonológico, pois crianças fonologicamente competentes adquirem habilidades de decodificação enquanto as que apresentam dificuldades não aprendem as representações sonoras que os grafemas contêm, dificultando a leitura.
Podem identificar esses déficits de leitura com atividades que utilizem repetição trocadilhos, pronuncia de palavras polissílabas e de não-palavras, ou até leitura de palavras isoladas além de palavras em um contexto analisando os resultados, vendo as dificuldades o professor será capaz de perceber quais alunos apresentam leitura irregular.
Ao interagir com esses conhecimentos, o ser humano se transforma: aprende a ler e escrever, obter o domínio de formas complexas de cálculos, construir significados a partir das informações descontextualizadas, ampliar seus conhecimentos, lidar com conceitos hierarquicamente relacionados são atividades extremamente importantes e complexas, que possibilitam novas formas de pensamento, de inserção e atuação em seu meio. Isso quer dizer que as atividades desenvolvidas e os conceitos aprendidos na escola (que Vygotsky chama de científico) introduzem novos modos de operação intelectual: absorções e generalizações mais amplas acerca da realidade (que por sua vez transformam os modos de utilização da linguagem). A consequência, na medida na medida em que a criança expande seus conhecimentos, modifica sua relação cognitiva com o mundo (...) (Vygotsky, 1975, p.104).
A leitura pode ser concebida em partes, sendo elas: o reconhecimento, a decodificação e compreensão daquilo que se ler é de fundamental importância, tanto no reconhecimento das letras quanto na decodificação, ou seja, nos dois processos anteriores.
Alguns pontos que podem ser avaliados; se o vocabulário visual é limitado, se há erros visuais, se ocorre à identificação apenas em parte na palavra, se há dificuldade na decodificação, quais letras são conhecidas e quais ainda precisam ser mais trabalhadas, como se dá correspondência entre letras e sons, se utilizam um contexto na obtenção da compreensão do significado, se utilizam ou não a autocorreção, se o leitor consegue responder perguntas sobre o conteúdo do texto, se ele é capaz de descrever (após a leitura) características dos personagens, valores, comportamento, até mesmo sobre a velocidade da leitura se é lenta ou demasiadamente rápida, se eles entendem o que estão lendo, se podem memorizar o conteúdo, se podem fazer analogias com ocorrências cotidianas.
Há varias formas para identificar sucesso ou fracasso na leitura (testes de QI, aptidões de fala, de linguagem, de atenção, processos de memória, habilidades motoras, de aptidões fonológicas).Liberman e colaboradores (1974) demonstram que poucas crianças, na pré-escola, conseguem segmentar palavras em fonemas, sendo mais comum para elas segmentarem em silabas quando isso ocorre é devido ao não conhecimento da correspondência entre letra e som, essa concepção ou habilidade fonológica está intimamente ligada à aprendizagem da leitura.
A maioria das crianças que apresentam dislexia começam a falar tardiamente, podem ser identificadas essas deficiências quando não conseguem ou sentem dificuldades ao utilizar estratégias fonológicas para ler e escrever palavras desconhecidas ou longas.
Os distúrbios de linguagem envolve fracasso na leitura, problemas de sintaxe, deficiências fonológicas que prejudicam o desenvolvimento escolar afetando até mesmo a motivação da criança.
Os professores podem avaliar ou identificar estes distúrbios utilizando tarefas com rimas para ver se os alunos conseguem realizar analogias exercitando o som (pronuncia) e ortografia (escrita), a leitura por si só já é um mecanismo de analise onde percebe-se fluidez, clareza, segurança ou dificuldades, empecilhos...
Podem ser realizados testes para avaliar essa fonológica (o grau de utilização) pedindo aos alunos que forneçam palavras que rimem com uma palavra chave proposta ou ainda que forneçam palavras derivadas de uma palavra estimulando a memória e o vocabulário que cada individuo possui, podemos identificar criança que apresentem insuficiência em testes envolvendo memória de curto prazo e também a longo prazo
É preciso detectar os fracassos de ordem cognitiva ou se ocorre inadaptaões visuais, acústicas ou de memória ou mesmo pela falta de informação não-visual que é o conhecimento prévio que o leitor já deve possuir em sua mente para interagir com conhecimento a ser aprendida (informação visual, texto ou algo impresso) a falta de informação não-visual dificulta a leitura, daí então a atribuição do significado para facilitar o ato de ler.
A visão de túnel pode prejudicar os leitores, pois reduzem o campo visual tornado o material opaco e difícil de ler, seria como olhar tudo por um cano de papel, ela ocorre devido a situações de ansiedade e tentativa de processar muita informação de uma só vez não estando relacionado com a saúde ou eficácia dos olhos, mas com a visão em túnel, o leitor não consegue ver o texto ou parágrafos completos, mas seu campo visual se restringe a frases, palavras ou letras ou mesmo criar uma confusão impossibilitando a leitura.
Outra opção para identificar alunos que apresentam dificuldades de leitura, quando é proposta uma atividade de paráfrase, ou seja, recontar o texto com suas próprias palavras (testando habilidades de memória: entendimento, organização e competência linguística), pois alguns alunos não apresentam dificuldades em ler, pronunciar, mas eles decodificam sem obter nenhuma extração de sentido daquilo que estão lendo.
Muitos não conseguem detectar a palavra chave ou a mensagem central de um texto, em outros casos até a discriminação de letras que muitos confundem, pois vão além das questões de lateralidade, pois alguns professores ensinam estas letras de forma isoladas sem significação aparente quando seria bem mais eficiente ensinar com palavras dotadas de significação.
Outro aspecto a ser observado é se ao ler o aluno respeita as pontuações, se utilizar entonação em voz alta, também lembrando a importância da leitura silenciosa ir tendo o contato com o texto e pode fazer inferências.
Resumindo os professores podem detectar estes distúrbios se atentarem para os aspectos fonológicos, semânticos, sintáticos que ocasionam dificuldades no desempenho da aquisição da leitura. A educação, segundo estabelece a Constituição Brasileira, nos artigos 205 e 227, é um direito público subjetivo que deve ser assegurado a todos, através de ações desenvolvidas pelo Estado e pela família, com a colaboração da sociedade. 
Quando trata especificamente do direito à educação destinado às crianças e aos adolescentes, O Estatuto da Criança e do Adolescente, no artigo 4º, o descreve como um dever da família,

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