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CIÊNCIAS BIOLÓGICAS UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância Zoologia de Invertebrados 1º SEMESTRE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância Créditos e Copyright Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas aqui publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários. A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos. Copyright (c) Unimes Virtual É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou formato. SANT’ANNA, Bruno Sampaio Zoologia dos Invertebrados. Bruno Sampaio Sant’anna: Núcleo de Educação a Distância da UNIMES, 2016. (Material didático. Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas). Modo de acesso: www.unimes.br 1. Ensino a distância. 2. Ciências Biológicas. 3. Zoologia I. Zoologia dos Invertebrados CDD 591 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS PLANO DE ENSINO CURSO: Licenciatura em Ciências Biológicas COMPONENTE CURRICULAR: Zoologia dos Invertebrados SEMESTRE: 1º CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas EMENTA: Morfologia, distribuição, sistemática e modos de vida dos principais animais invertebrados pertencentes aos grupos: Protozoários, Poríferos, Cnidários, Ctenóforos, Platelmintos, Nemertínos, Asquelmintos, Moluscos, Anelídeos, Arthropoda, Lofoforados, Echinodermata, Chaetognatha e Hemichordata. Apresentar a classificação do Reino Animal e a evolução dos grupos. OBJETIVO GERAL: Conhecer os conceitos básicos de Zoologia, com ênfase aqueles relativos aos invertebrados. Adquirir conhecimento sobre a diversidade e sistemática zoológica. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Unidade I – Introdução aos Protozoários e Filo Porífera Objetivo da Unidade: Conceituar a história dos invertebrados, introduzindo os estudos dos diversos filos iniciando com os protozoários. Definir as principais características dos Protozoários e suas relações com o ser humano e com o meio ambiente. Definir as características diagnósticas dos poríferos e suas relações com o ser humano e com o meio ambiente. Estudar a morfologia, ciclo de vida, habitat e a taxonomia dos grupos desta unidade. Unidade II – Cnidários, Plathyelminthes e Nemertea CIÊNCIAS BIOLÓGICAS UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância Objetivo da Unidade: Definir as características diagnósticas dos cnidários, platelmintos e nemertinos e suas relações com o ser humano e com o meio ambiente. Estudar a morfologia, ciclo de vida, habitat e a taxonomia dos grupos desta unidade. Unidade III– Vermes pseudocelomados e Anelídeos Objetivo da Unidade: Definir as características diagnósticas dos animais pseudocelomados e dos anelídeos e suas relações com o ser humano e com o meio ambiente. Estudar a morfologia, ciclo de vida, habitat e a taxonomia dos grupos desta unidade. Unidade IV – Artrópodes Objetivo da Unidade: Definir as características diagnósticas dos artrópodes e suas relações com o ser humano e com o meio ambiente. Estudar a morfologia, ciclo de vida, habitat e a taxonomia dos artrópodes. Unidade V – Moluscos e Equinodermos Objetivo da Unidade: Definir as características diagnósticas dos moluscos e equinodermos e suas relações com o ser humano e com o meio ambiente. Estudar a morfologia, ciclo de vida, habitat e a taxonomia dos grupos desta unidade. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Unidade I – Introdução aos Protozoários e Filo Porífera Aula 01 - História da Evolução dos Invertebrados Aula 02 - Introdução aos Protozoários Aula 03 - Protozoários I - Filo Sarcomastigophora (Subfilo Sarcodina) Aula 04 - Protozoários II - Filo Sporozoa Aula 05 - Protozoários III - Filo Ciliophora Aula 06 - Filo Porífera Unidade II – Cnidários, Plathyelminthes e Nemertea Aula 07 - Introdução ao Filo Cnidária CIÊNCIAS BIOLÓGICAS UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância Aula 08 - Classes do Filo Cnidaria Aula 09 - Filo Platyhelminthes Aula 10 - Filo Plathyhelminthes – Classes Turbellaria, Monogenea e Cestoidea Aula 11 - Filo Platyhelminthes – Classe Trematoda Aula 12 - Filo Nemertinos Unidade III– Vermes pseudocelomados e Anelídeos Aula 13 - Vermes Pseudocelomados I - Filo Rotifera, Filo Gastrotricha Aula 14 - Vermes Pseudocelomados II - Filo Nematomorpha, Filo Acanthocephala, Filo Kinorhyncha Aula 15 - Vermes Pseudocelomados III – Filo Loricifera, Filo Priapulida e Filo Entoprocta Aula 16 - Filo Nematoda Aula 17 - Filo Annelida Aula 18 - Filo Annelida II - Classes do Filo Annelida Unidade IV – Artrópodes Aula 19 - Filo Arthropoda I - Evolução do Filo Arthropoda Aula 20 - Filo Arthropoda II - Introdução ao Filo Arthropoda Aula 21 - Filo Arthropoda III - Subfilo Crustacea Aula 22 - Filo Arthropoda IV - Classes do Subfilo Crustacea Aula 23 - Filo Arthropoda V - Classes do Subfilo Crustacea Aula 24 - Filo Arthropoda VI - Subfilo Hexapoda (Insetos) Aula 25 - Filo Arthropoda VI - Subfilo Hexapoda (Insetos) Aula 26 - Filo Arthropoda VIII - Subfilo Cheliceriformes Aula 27 - Filo Arthropoda IX - Subfilo Myriapoda Unidade V – Moluscos e Equinodermos Aula 28 - Filo Mollusca I - Introdução aos Mollusca Aula 29 - Filo Mollusca - Classes do Filo Mollusca Aula 30 - Filo Echinodermata – Introdução Aula 31 - Filo Echinodermata II – Classes CIÊNCIAS BIOLÓGICAS UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância Aula 32 - Filo Echinodermata III – Classes BIBLIOGRAFIA BÁSICA: BARNES, R.S.K.; CALOW, P.; OLIVE, P.J.W. Os Invertebrados: uma nova síntese. São Paulo: Editora Ateneu. 1995. BRUSCA, R.C.; BRUSCA, G.J. Invertebrados. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan. 2. ed. 2007. RUPPERT, E.E.; BARNES, R.D. Zoologia dos Invertebrados. 7. ed. São Paulo: Editora Roca. 2005. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: DALY, H.V.; DOYEN, J.T.; PURCELL III, A.H. Introduction to Insect Biology and Diversity. Oxford Univ. Press. 1998. KÜKENTHAL, W.; MATTHES, E.; RENNER, M. Guia de Trabalhos Práticos de Zoologia. Livraria Almedina, Coimbra. 1986. MARCONDES, C.B. Entomologia Médica e Veterinária. 2. ed. São Paulo: Atheneu. 2011. MARGULIS, L.; SCHWARTZ, K. V. Cinco Reinos: um guia ilustrado dos filos da vida na Terra. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2001. RIBEIRO-COSTA, C.S.; ROCHA, R.M. Invertebrados. Manual de Aulas Práticas. Série: Manuais Práticos em Biologia – 3. ed, Ribeirão Preto: Holos. 2002. CIÊNCIAS BIOLÓGICAS UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância METODOLOGIA: A disciplina está dividida em unidades temáticas que serão desenvolvidas por meio de recursos didáticos, como: material em formato de texto, vídeo aulas, fóruns e atividades individuais. O trabalho educativo se dará por sugestão de leitura de textos, indicação de pensadores, de sites, de atividadesdiversificadas, reflexivas, envolvendo o universo da relação dos estudantes, do professor e do processo ensino/aprendizagem. AVALIAÇÃO: A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações à distância e Prova Presencial, de acordo com a Portaria de Avaliação vigente. CIÊNCIAS BIOLÓGICAS UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância Sumário Aula 01 - História da Evolução dos Invertebrados .................................................... 10 Aula 02 - Introdução aos Protozoários ...................................................................... 14 Aula 03 - Protozoários I - Filo Sarcomastigophora (Subfilo Sarcodina) .................... 18 Aula 04 - Protozoários II - Filo Sporozoa .................................................................. 22 Aula 05 - Protozoários III - Filo Ciliophora ................................................................. 25 Aula 06 - Filo Porífera ............................................................................................... 28 Aula 07 - Introdução ao Filo Cnidária ........................................................................ 31 Aula 08 - Classes do Filo Cnidária ............................................................................ 35 Aula 09 - Filo Platyhelminthes ................................................................................... 38 Aula 10 - Filo Plathyhelminthes – Classes Turbellaria, Monogenea e Cestoidea ..... 42 Aula 11 - Filo Platyhelminthes – Classe Trematoda .................................................. 46 Aula 12 - Filo Nemertinos .......................................................................................... 50 Aula 13 - Vermes Pseudocelomados I - Filo Rotifera, Filo Gastrotricha ................... 53 Aula 14 - Vermes Pseudocelomados II - Filo Nematomorpha, Filo Acanthocephala, Filo Kinorhyncha ....................................................................................................... 57 Aula 15 - Vermes Pseudocelomados III – Filo Loricifera, Filo Priapulida e Filo Entoprocta ................................................................................................................. 61 Aula 16 - Filo Nematoda ........................................................................................... 65 Aula 17 - Filo Annelida .............................................................................................. 69 Aula 18 - Filo Annelida II - Classes do Filo Annelida ................................................. 72 Aula 19 - Filo Arthropoda I - Evolução do Filo Arthropoda ........................................ 76 Aula 20 - Filo Arthropoda II - Introdução ao Filo Arthropoda. .................................... 79 Aula 21 - Filo Arthropoda III - Subfilo Crustacea ....................................................... 83 Aula 22 - Filo Arthropoda IV - Classes do Subfilo Crustácea. ................................... 86 Aula 23 - Filo Arthropoda V - Classes do Subfilo Crustácea ..................................... 88 Aula 24 - Filo Arthropoda VI - Subfilo Hexapoda (Insetos) ........................................ 91 Aula 25 - Filo Arthropoda VI - Subfilo Hexapoda (Insetos) ........................................ 93 Aula 26 - Filo Arthropoda VIII - Subfilo Cheliceriformes ............................................ 96 Aula 27 - Filo Arthropoda IX - Subfilo Myriapoda .................................................... 101 Aula 28 - Filo Mollusca I - Introdução aos Mollusca ................................................ 104 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância Aula 29 - Filo Mollusca - Classes do Filo Mollusca ................................................. 108 Aula 30 - Filo Echinodermata – Introdução ............................................................. 112 Aula 31 - Filo Echinodermata II – Classes .............................................................. 116 Aula 32 - Filo Echinodermata III – Classes. ............................................................ 119 UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 10 Aula 01 - História da Evolução dos Invertebrados Neste nosso primeiro contato vamos conversar um pouco sobre a história da evolução dos invertebrados. É importante conhecer o início para compreender o foco dado à disciplina. Para compreender a evolução dos animais desde o passado até os dias de hoje são necessários que existam alguns vestígios do passado, sendo estes por meio de evidências morfológicas (fósseis) ou evidências moleculares (biologia molecular). Os fósseis preservam vestígios que datam de antes da última era Glacial. As partes rígidas dos animais podem ser preservadas sofrendo poucas mudanças na aparência, entre os invertebrados, estas incluem as conchas dos moluscos e braquiópodes, os esqueletos e as espículas dos equinodermos, mandíbulas etc. O exoesqueleto dos artrópodes pode estar fossilizado por inteiro ou preservado como finos filmes de carbono em rochas. As partes moles fossilizadas normalmente foram transformadas em pedra pela substituição do material orgânico por minerais que se encontram dissolvidos em águas subterrâneas. Os fósseis podem ser chamados de fósseis vivos (animais que não existiam mais, e que em algum período foi descoberta a espécie viva), já os fósseis são rastros, linhas, covas (impressões deixadas nas rochas por alguns animais, como por exemplo, a água viva). O registro fóssil pode nos trazer informações acerca da estrutura e do estilo de vida dos animais do passado e da sequência na qual eles surgiram: os fatos sobre a dimensão do tempo podem permitir a construção de árvores evolutivas. Mesmo em um grupo com muitos fósseis, como os artrópodes, alguns animais eram bastante comuns antigamente, como as trilobitas. Em relação aos crustáceos, as cracas da praia representam um formidável exemplo. Desde os primeiros fósseis até as formas modernas, existe uma tendência de redução no número das placas laterais ao redor do corpo. Portanto, por meio das descobertas dos fósseis, estes devem ser incluídos na reconstrução filogenética e podem influenciar a classificação dos grupos atuais. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 11 Muito já foi revelado sobre as relações evolutivas, a partir de estudos de genes altamente conservados, principalmente aqueles que codificam o RNA e os genes Hox que padronizam o desenvolvimento ao longo de um eixo. As pesquisas sobre estes e outros genes são muito intensas, de forma que qualquer publicação dos resultados tornar-se-á rapidamente desatualizada. Foi visto que os animais estão mais estreitamente relacionados com os fungos do que ambos com as plantas. Todos os animais multicelulares que conhecemos hoje têm um ancestral comum. As esponjas, por exemplo, foram consideradas de acordo com a morfologia tradicional, animais multicelulares mais simples e representam a primeira ramificação da árvore construída a partir de dados obtidos com genes ribossômicos. Já os ctenóforos e os cnidários se ramificam apósas esponjas. Os animais considerados triploblastosdesencadearam a explosão Cambriana. A determinação do tempo desses eventos é muito controversa, com as evidências moleculares sugerindo origens consideravelmente mais precoces que as evidências fósseis podem confirmar. Por meio de estudos moleculares as evidências dos genes 18SrDNA, realmente classificam os platelmintos como celomados protostômios em vez de colocá-los na base dos triploblastos; mais recentemente, as evidências dos genes Hox confirmaram esta classificação, que também se aplica aos nemertinos. Existem evidências moleculares de que os moluscos e anelídeos apresentavam semelhanças embrionárias larvais e surgiu a possibilidade de juntar os dois filos em somente um. Mas isto ainda não foi possível. Os nematódeos nos dias de hoje, são colocados perto dos artrópodes, reavivando um agrupamento antigo de animais com cutículas rígidas que sofrem mudas e usam a ecdisona no processo (no nematódeo Caenorhabditis elegans e no artrópode Drosophila melanogaster). Os protostômios estão divididos em dois grupos: os "Lofotrocozoários" e os "Ecdisozoários". Os Lofotrocozoários incluem os anelídeos, moluscos e protostômios com lofóforos (forônidas, briozoários e braquiópodes), enquanto os Ecdisozoários abrangem todos os artrópodes, onicóforos, tardígrados e nematódeos. Os platelmintos e os nemertinos são próximos dos Lofotrocozoários: as opiniões variam se eles devem ser inclusos entre estes. Pelo meio de evidências moleculares os únicos filos remanescentes dos deuterostômios são Equinodermos, Cordados e Hemicordados (se constituírem um filo separado). As relações entre eles, e especificamente a natureza dos hemicordados, continuam sendo tão controversas como sempre foram. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 12 Dois exemplos são considerados com maior profundidade: os equinodermos, porque o registro fóssil é particularmente satisfatório para muitas classes, e os artrópodes, porque os genes Hox de muitos exemplos estão se tornando particularmente bem conhecidos. Em ambos os casos, as evidências moleculares podem ser detalhadamente comparadas com as morfológicas, tanto a partir dos fosseis quanto dos animais vivos. O estudo morfológico dos grupos vivos pode fornecer argumentos que apontam para uma única origem dos artrópodes (monofilia) ou origens separadas para os crustáceos, quelicerados, insetos e outros (polifilia), mas as evidências fósseis e moleculares apontam para a monofilia. Por exemplo, acreditava-se que os apêndices birremes dos crustáceos os separavam dos artrópodes, que possuem apêndices não ramificados; antigamente, ambos eram unidos como unirremes (incluindo os onicóforos, miriápodes e insetos). A divisão do corpo no prossoma e no opistossoma se desenvolve de forma semelhante em todos os quelicerados vivos estudados e é uma característica exclusiva do filo. A ausência total de antenas não se deve à ausência do primeiro segmento que contém os apêndices: a expressão dos genes Hox nas aranhas e nos carrapatos mostra que, pelo contrário, o prossoma como um todo corresponde à cabeça de insetos e crustáceos, com as quelíceras no primeiro segmento que contêm os apêndices e os pedipalpos no segundo. Quatro pares de patas para a locomoção vêm em seguida: os apêndices usados como mandíbulas por muitos insetos e crustáceos são utilizados como patas pelos quelicerados. Os centípedes apresentam o mesmo conjunto de genes Hox dos insetos, na realidade, apresentado por todos os grupos de artrópodes: o fato destes genes não terem sido utilizados para produzir segmentos especializados não permite relacioná- los em particular com os insetos. Na realidade, com base em outras evidências, os centípedes parecem mais próximos dos quelicerados que dos insetos e crustáceos. A compreensão dos mecanismos moleculares não nos permite identificar locais e processos possíveis da mudança evolutiva. As filogenias baseadas nas mudanças (em taxas que podem variar) em um único gene podem ser incertas, mas fontes adicionais de informações estão sendo encontradas cada vez mais rápido; por exemplo, estudos do genoma inteiro da mitocôndria. Nos dois exemplos escolhidos acima, o estudo dos equinodermos está nos mostrando como pode ser proveitoso combinar as informações provenientes dos fósseis e das moléculas, e o estudo dos genes reguladores nos artrópodes revela novos usos para as informações moleculares. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 13 É emocionante ter à disposição novas ferramentas para estabelecer as relações entre os invertebrados. O registro da história, perdido em um tempo muito remoto, já não é mais tão inacessível. No entanto, o estudo das relações não pode desviar a nossa atenção dos animais propriamente ditos. A seleção natural nos proporcionou uma enorme variedade de animais. A sua estrutura, função e comportamento podem nos dizer mais sobre a evolução que aquilo que podemos aprender com qualquer filogenia. O maior desafio agora é preservar esses animais no mundo ameaçado e ameaçador dos dias atuais. Se acabarmos com as florestas, matarmos os recifes de corais e envenenarmos outros habitats terrestres, de água doce e marinha, os animais desaparecerão. A raça humana, como qualquer outra espécie, não pode sobreviver na ausência de muitas outras formas de vida. Atualmente, a preservação é a tarefa mais urgente de todos os biólogos. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 14 Aula 02 - Introdução aos Protozoários Nesta aula iniciaremos o estudo dos protozoários, seres unicelulares que habitam qualquer ambiente onde haja vida. Veja que interessante! Os protozoários apresentam como principal característica serem unicelulares, ou seja, não estão divididos em células. Alguns são coloniais e alguns com estágios de multicelulares em ciclos de vida. Apresentam aproximadamente 64.000 espécies, sendo mais da metade fósseis. Embora sejam unicelulares são organismos completos funcionalmente. São encontrados em qualquer ambiente que exista vida, como ambiente marinho, de água doce, solo ou em regiões de matéria orgânica em decomposição. As formas de vida podem ser as mais variadas possíveis desde vida livre, mutualismo, comensalismo e até parasitismo. A maioria dos protozoários são microscópicos, com exceção de alguns que podem ser vistos a olho nu. Apresentam-se sob as mais diversas formas: variável ou constante, oval, esférica ou outras. Não apresentam camada germinativa nem órgãos ou tecidos e neste lugar são encontradas organelas especializadas, com núcleo múltiplo ou único. Alguns mecanismos foram desenvolvidos para a locomoção, como cílios, flagelos e pseudópodes, sendo que alguns apresentam movimentos celulares diretos ou até mesmo sésseis. A excreção e a osmorregulação são realizados pelos vacúolos contráteis, estes se esvaziam ou se enchem mais frequentemente em protozoários de água doce do que nos marinhos e endossimbiontes. Em relação à nutrição, podem ser encontrados seres autótrofos (sintetizam seu próprio alimento por meio da fotossíntese), heterótrofos (precisam obter moléculas orgânicas a partir de substratos inorgânicos) e saprozóica (uso de nutrientes dissolvidos no ambiente ao redor). A reprodução pode ser assexual (por meio de fissão binária, brotamento e cisto) ou sexual por conjugação (troca de núcleos gaméticos entre organismos UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 15conjugantes) ou por singamia (união de gametas masculinos e femininos para a formação de um zigoto). Da fissão binária resultam dois indivíduos idênticos. Na fissão múltipla a divisão ocorre no citoplasma (citocinese) e é precedida por várias divisões nucleares. Caso a fissão múltipla seja associada à união de gametas ocorre a esporogonia. Quando a célula gerada é menor que a célula inicial é denominada brotamento (ocorre na maioria dos ciliados). Durante o processo sexual os gametas podem aparecer iguais sendo denominados de isogametas, mas quando são dois diferentes é classificado de anisogamia. A maioria dos protozoários parasitas quando se encontram em ambiente que o sujeitam freqüentemente a condições extremas difíceis, encistam (forma latente que permite a interrupção do metabolismo). O desencistamento varia de acordo com as condições encontradas no hospedeiro, ou até mesmo quando o ambiente se torna propício para o desenvolvimnto do protozoário. Os maiores filos e o mais importantse dos eprotozoários são: Sarcomastigophora (flagelados e amebas), Sporozoa (importantes parasitas intracelulares, incluindo o causador da malária) e o Ciliophora (ciliados). Filo Sarcomastigophora O Filo Sarcomastigophora inclui tanto os protozoários que se movem por flagelos (Mastigophora) quanto os que se movem por pseudópodes (Sarcodina). Subfilo Mastigophora (protozoários flagelados) Os protozoários flagelados ou mastigóforos incluem os protozoários que possuem flagelos. Eles incluem o maior número de espécies (cerca de 6.900). São comumente divididos em: fitoflagelados e zooflagelados. Os fitoflagelados geralmente têm um ou dois flagelos e tipicamente possuem cloroplastos. Esses organismos são conseqüentemente semelhantes a plantas, e muitos botânicos tratam as espécies desta divisão como algas. A divisão dos fitoflagelados contém a maioria dos membros de vida livre da classe, e incluem organismos tão comuns como Euglena, Chlamydomonas, Volvox e Peranema. Os zooflagelados possuem de um a muitos flagelos, não têm cloroplastos e são heterótrofos. Alguns têm vida livre, mas a maioria é comensal, simbiótica ou parasita em outros animais, especialmente artrópodos e vertebrados. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 16 A presença dos flagelos é a característica distinguível dos flagelados, e a maioria das espécies possuem dois. Podem ser de comprimento igual ou desigual, e um pode conduzir e o outro se arrastar, como no Peranema e nos dinoflagelados. O efeito hidrodinâmico dos ramos é o de fazer com que o flagelo puxe em vez de empurrar mesmo que as ondas flagelares passem da base para a ponta. Os flagelados que apresentam películas flexíveis e finas, são frequentemente capazes de um movimento amebóide, mas alguns crisomonas e outros podem desprender seus flagelos e assumir um tipo completamente ameboide de locomoção. Dentro dos fitoflagelados existem os dinoflagelados, os quais possuem um flagelo longitudinal e um equatorial nas depressões do corpo. São primariamente autotróficos e contêm clorofila. Quando a clorofila não é mascarada por outros pigmentos, o flagelado parece de coloração esverdeada. Se as xantofilas dominarem, a cor é vermelha, laranja, amarela ou marrom. As espécies verdes (tais como a Euglena) são logicamente autotróficas e armazenam o carboidrato como grânulos de paramilo. As espécies hetetróficas incolores podem depender de compostos orgânicos absorvidos a partir da água circundante ou podem ser fagotróficas, como o Peranema. A reprodução é assexual no gênero Volvox (fitoflagelado), através de várias divisões mitóticas de algumas células germinativas, formando uma esfera oca, com a extremidade para dentro. Várias colônias filhas são formadas dentro da colônia mãe. Nos zooflagelados ocorre uma nutrição heterotrófica, bem como em alguns outros grupos, e há muitas espécies parasitas. A maioria dos zooflagelados remanescentes possui de quatro a muitos flagelos. Há poucas espécies de vida livre (Hexamita) a maioria vive anaerobicamente nos intestinos de vertebrados e insetos, especialmente baratas-de-madeira e cupins, e tipicamente não têm mitocôndrias. Alguns zooflagelados causam doenças nos seres humanos como: A) Giardia intestinalis ocorre no intestino dos humanos e geralmente não produz nenhum sintoma, mas as infecções fortes podem causar diarreia. É transmitida por meio de infecção fecal e sua distribuição é cosmopolita; UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 17 B) Trichomonas vaginalis é um pequeno parasita com quatro flagelos anteriores que habita o trato urogenital dos humanos e causa uma doença venérea muito disseminada. Pode invadir tecidos vivos e a vagina de mulheres seriamente infectadas produz um corrimento amarelo-esverdeado; C) A Leishmania é o agente da largamente disseminada calazar e de doenças relacionadas da Eurásia, África e América e causa lesões cutâneas e interferência nas respostas imunes, entre outros efeitos. Os mosquitos-pólvora constituem o hospedeiro inseto sugador de sangue desse protista: D) A doença de Chagas é causada pelo Trypanosoma cruzi e é transmitida por barbeiros sugadores de sangue. Podem-se causar danos extensos no hospedeiro humano quando o parasita deixa o sistema circulatório e invade o fígado, o baço e o músculo cardíaco. Também há várias doenças de tripanossomos de equinos, bovinos e ovinos que possuem uma importância econômica considerável. A maioria dos flagelados possui extremidade anterior e posterior distinta, embora ocorra quase qualquer plano de simetria. A maioria nada livremente, mas há algumas formas sésseis. Há, também, muitas espécies coloniais. Na próxima aula, começaremos outro subfilo dos Sarcomastigophora (Sarcodina) assim como outros filos dos protozoários. Se alguma informação desta aula não ficou clara, envie sua duvida para a nossa Tutoria que ela prontamente o esclarecerá. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 18 Aula 03 - Protozoários I - Filo Sarcomastigophora (Subfilo Sarcodina) Iniciamos, na nossa mais recente aula, o estudo dos protozoários e dentro do Filo Sarcomastigophora estudamos o Subfilo Mastigophora (protozoários flagelados). Nesta aula falaremos sobre o Subfilo Sarcodina. Filo Sarcomastigophora (Subfilo Sarcodina) Amebas: As amebas podem ser nuas ou fechar-se em uma concha ou teste. As amebas nuas, que incluem os gêneros Amoeba e Pelomyxa, vivem no mar, na água doce ou em filmes de água ao redor de partículas de terra. A forma, embora constantemente mutável, é característica das diferentes espécies. Algumas formas gigantes alcançam vários milímetros de comprimento. Os protozoários amebóides adultos possuem extensões fluidas do corpo, denominadas pseudópodos. Os pseudópodos são utilizados para capturarem presas e, nos grupos bentônicos, também para locomoção. A forma ameboide de algumas espécies pode ser uma retenção de uma condição protista ancestral. No entanto, na maioria das espécies, provavelmente derivou secundariamente após a perda dos flagelos, pois muitos grupos possuem gametas flagelados em seu ciclo de vida. Os protozoários ameboides são assimétricos ou possuem uma simetria radial. Possuem relativamente poucas organelas e, nesse aspecto, são talvez os protozoários mais simples. Existem quatro grupos de protozoários amebóides: as amebas, o foraminíferos,os heliozoários e os radiolários. A ameba mais estudada é a Ameba proteus, que vive em cursos d’água e lagoas limpas. São encontradas na grande maioria em substratos pelo fato da necessidade de rastejar, com exceção de algumas que podem viver livres na coluna d’água. Existem muitas amebas que vivem no intestino dos humanos (endozoicas) e em outros animais. Os dois gêneros mais comuns são a Endamoeba e Entamoeba. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 19 A Entamoeba histolytica vive no intestino grosso e pode invaginar a parede intestinal, caso isto ocorra acarreta a disenteria amebiana que às vezes é fatal. A infecção se dá pela ingestão de água contaminada ou por alimentos que contenham os cistos. Outras espécies de entamoeba é a E. coli, no intestino, e E. gengivalis na boca. Nenhuma dessas causam doenças. Os protozoários ameboides são completamente heterotróficos. O seu alimento consiste em todos os tipos de pequenos organismos: bactérias, algas, diatomáceas, protozoários e até pequenos animais multicelulares (tais como rotíferos, larvas de copépodos e nematoideos). A presa é capturada e engolfada por meio dos pseudópodos. A ingestão (endocitose) pode se dar em qualquer ponto na superfície do corpo e, no caso das amebas que se movem ativamente, os detritos são geralmente liberados na parte traseira, à medida que o animal se arrasta para frente. Foraminíferos: Algumas espécies de foraminíferos vivem dentro de uma concha de câmara única, mas a maioria das formas tem conchas multicamerais. Os foraminíferos multicamerais começam a vida em uma câmara única, mas à medida que o organismo aumenta de tamanho, o citoplasma transborda através de uma abertura grande na primeira câmara e secreta outro compartimento. O processo é continuo por toda a vida do foraminífero e resulta na formação de uma série de muitas câmaras, cada uma das quais podendo ser maior que a precedente. Como a adição de câmaras novas segue um padrão simétrico, as conchas possuem uma forma e um arranjo de câmaras distintos. Muitos foraminíferos são bentônicos, mas as espécies de Globigerina e os gêneros relacionados são formas planctônicas comuns. As câmaras dessas espécies são esféricas, mas arranjadas de uma maneira um pouco espiralada. Os foraminíferos planctônicos têm conchas mais delicadas que as espécies bentônicas, e suas conchas comumente apresentam espinhos. Os espinhos são tão longos em algumas espécies, que o foraminífero fica visível a olho nu e pode ser coletado sem ser danificado com uma jarra. Alguns foraminíferos são sésseis. O Homotrema forma tubérculos calcários vermelhos e grandes com aproximadamente o tamanho de uma verruga no lado interno das cabeças coralinas. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 20 Muitos foraminíferos possuem diversidade incomum de protistas autotróficos simbiônticos tais como as clorófitas, diatomáceas ou algas vermelhas unicelulares, dependendo do foraminífero. Heliozários: Embora os heliozoários possam ser nus, encontram-se presentes esqueletos em algumas espécies, os quais podem ser compostos de pedaços orgânicos ou silicosos secretados pelo organismo e incrustados em um revestimento gelatinoso externo. Radiolários: Nos radiolários, quase sempre se encontra presente um esqueleto que é geralmente silicoso, mas na classe relacionada Acantharea, ele é composto de sulfato de estrôncio. Ocorrem vários tipos de arranjos esqueléticos. Um tipo tem uma estrutura irradiante, na qual o esqueleto compõe-se de espinhos longos ou agulhas que se irradiam do centro da cápsula central e se estendem para além da superfície externa do corpo. Um segundo tipo de esqueleto é construído na forma de uma treliça esférica ou bilateral, que é frequentemente ornamentada com farpas e espinhos. Reprodução: A reprodução assexuada na maioria das amebas, heliozoários e radiolários ocorrem por fissão binária. Nas amebas com concha macia, a concha divide-se em duas partes e cada célula-filha forma uma nova metade. Quando a concha é densa e contínua (como no caso de Arcella e Euglypha), uma massa de citoplasma protrai da abertura antes da divisão; essa massa protraída segrega uma nova concha. O animal de concha dupla agora se divide. A fissão múltipla é comum nas amebas e heliozoários multinucleados. A divisão nos radiolários é um pouco semelhante a das amebas com concha. O próprio esqueleto pode dividir-se e cada célula-filha forma a metade ausente, ou uma célula-filha recebe o esqueleto e a outra secreta um novo. A reprodução sexuada não é observada frequentemente nas amebas. Entre os heliozoários, conhece-se a reprodução sexuada em alguns gêneros, tais como o Actinosphaerium e o Actinophrys e várias espécies produzem estágios flagelados. Os estágios flagelados também foram descritos nos radiolários. No entanto, todos os UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 21 estágios flagelados nos protozoários ameboides não são gaméticos; em algumas espécies eles são dispersores assexuados. A reprodução nos foraminíferos envolve comumente uma alternância de gerações assexuadas e sexuadas (ciclo haplodiplóide). Resumindo, nesta aula discutimos o Subfilo Sarcodina, as amebas, os foraminíferos, os heliozários e os radiolários. Suas estruturas e maneiras de reprodução. Você tem alguma dúvida ou comentários que gostaria de fazer? Então o para nossa tutoria e vamos conversar mais sobre este assunto. Fique comigo, na próxima aula veremos o Filo Sporozoa, enfocando as suas principais características, ciclo de vida e representantes. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 22 Aula 04 - Protozoários II - Filo Sporozoa Prosseguiremos nosso estudo sobre os protozoários com o Filo Sporozoa. Acompanhe a aula! Filo Sporozoa ou Apicomplexa Os membros deste filo são endoparasitas e a presença do complexo apical caracteriza este filo. Este complexo apical está presente em apenas algum dos estágios do ciclo de vida, como em forma de merozoíto e esporozoíto. O ciclo de vida inclui tanto reprodução sexuada quanto assexuada e às vezes com hospedeiro intermediário. Os indivíduos apresentam esporo (oocisto) que é infeccioso para o próximo hospedeiro. Classe Sporozoea. Esta classe apresenta três subclasses: Greganidina, Coccidia e Piroplasmia. As Gregarinas são parasitas em invertebrados, com pouca importância econômica. Os Piroplasmas possuem alguma importância veterinária como, a Babesia bigemina que causa no gado a febre água vermelha. Babesia também é parasita dos seres humanos. Subclasse Coccidia São parasitas intracelulares dos vertebrados e invertebrados e estão inclusas espécies de importância médica e veterinária. O Toxoplasma gondii é o causador da toxoplasmose. São parasitas de ratos e apresentam estágio extraintestinal. Quando alguns mamíferos ou aves ingerem esporozoítos, os mesmos atravessam o intestino e começam a reproduzir-se rapidamente. A infecção em humanos é ocasionada pela ingestão de carnes mal cozidas, e o Toxoplasma pode causar pouco ou nenhum mal exceto em pacientes imunodeprimidos (AIDS ou drogas) ou mulheres durante a gestação (defeito no bebê). UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 23 O Plasmodiumsp é o causador da malária é uma doença grave, comum e difícil de controlar. Apenas quatro espécies de plasmodium infectam humanos, sendo que cada uma apresenta um quadro clínico. O parasita é levado pelo mosquito Anopheles gambiae e os esporozoítos são injetados no humano por meio da saliva (picada). Os esporozoítos penetram nas células hepáticas e iniciam a esquizogonia (múltiplas divisões assexuadas). Este período em que o parasita está no fígado é chamado de período de incubação o qual dura de 6 a 15 dias, dependendo da espécie. Depois desse período passam para as células vermelhas, ocasionando os sintomas de febre e calafrios. A eliminação dos mosquitos e locais de procriação por meio de inseticida, é eficaz no controle da malária. Mas em alguns casos os mosquitos tornam-se resistentes ao inseticida (P. falciparum), trazendo o significado da gravidade da doença em humanos. Além dos seres humanos, aves, répteis e mamíferos são parasitados pelo Plasmodium. No caso da ave a transmissão principal é o Culex. EVOLUÇÃO DOS PROTISTAS A evolução dos protistas é a história da célula eucarionte, e os protistas vivos refletem os diferentes estágios dessa história. Os primeiros protistas eram provavelmente formas ameboides que capturavam partículas alimentares por meio de fagocitose. A maioria dos protistas possuem mitocôndrias, que inicialmente podem ter sido organismos procariontes simbiônticos adquiridos por meio de um engolfamento. Os flagelos também podem ter sido adquiridos cedo, tanto antes como depois da aquisição das mitocôndrias, pois elas encontram-se ausentes em alguns flagelados vivos. Muitos flagelados vivos possuem cloroplastos, que se acredita terem surgido através de uma parceria entre os eucariontes fagocitários flagelados iniciais e os simbiontes procariontes. Alguns flagelados vivos retêm o seu fagotrofismo ancestral junto com capacidades fotossintéticas; outros são somente fotoautótrofos. Contribuindo para o conjunto confuso das linhagens de protistas, algumas espécies perderam seus cloroplastos e são heterótrofos secundários, e algumas perderam os seus flagelos e são ameboides secundários. Então, claramente, amebas, flagelados, heterótrofos e autótrofos não formam grupos caprichosamente relacionados. Algumas amebas são provavelmente mais intimamente relacionadas a alguns flagelados que a outros grupos ameboides. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 24 O sistema de classificação publicado em 1980 pela Sociedade de Protozoologistas reconhece somente seis filos. É simples, mas certamente artificial. O sistema de CORLISS reconhece 45 filos, o que provavelmente reflete melhor os grupos monofiléticos reais, significando que cada um tem um ancestral comum. Que tal a aula? Interessante o estudo do Filo Sporozoa? Importante também foi abordar a evolução dos protistas. Prosseguiremos na próxima aula com o estudo do Filo Ciliophora. Até lá! UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 25 Aula 05 - Protozoários III - Filo Ciliophora Nesta aula falaremos sobre um dos mais importantes grupos de protozoários. Vamos conhecê-los? Filo Ciliophora. O filo Ciliophora é o maior e mais homogêneo dos filos principais de protozoários, e todas as evidências indicam que seus membros compartilham um ancestral evolutivo comum. Foram descritas cerca de 7.200 espécies. Distribuem-se largamente na água doce, marinha e em filmes de água do solo. Cerca de um terço das espécies ciliadas são ecto e endocomensais ou parasitas. A forma do corpo é geralmente constante e em geral é assimétrica. Todas possuem cílios ou estruturas ciliares compostas como organelas locomotoras ou capturadoras de alimento em algum momento do ciclo de vida. Todas apresentam um sistemainfraciliar, composto de corpos basais ciliares ou cinetossomos, abaixo do nível da superfície celular e associados a fibrilas que correm em várias direções. Isso é uma característica distinta dos ciliados. O sistema infraciliar pode encontrar-se presente em todos os estágios do ciclo de vida, mesmo quando os próprios cílios são reduzidos. A maioria dos ciliados possui uma boca ciliar ou citóstomo. O corpo ciliado é tipicamente recoberto por uma película complexa, geralmente contendo várias organelas diferentes. A cavidade bucal é tipicamente característica dos filtradores. O alimento é trazido ao corpo e para o interior da cavidade bucal pelas organelas ciliares compostas. A partir da cavidade bucal, as partículas alimentares são empurradas através do citóstomo e ao interior da citofaringe. Quando as partículas alcançam a citofaringe, elas são coletadas no interior de um vacúolo alimentar. No Paramecium, o gênero mais familiar da ordem, um sulco oral ao longo do lado do corpo leva posteriormente a um vestíbulo, localizado a cerca de meio caminho para trás a partir da extremidade anterior. O vestíbulo, a cavidade bucal e a citofaringe juntos formam um funil grande e curvo. A membrana ondulatória (aí chamada de membrana endoral) corre transversalmente ao longo da parede direita e marca a junção do vestíbulo e da cavidade bucal. As três membranas também são modificadas. Duas delas (chamadas penículos) são grandemente aumentadas e UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 26 tendem consequentemente a ser mais semelhantes a uma membrana ondulatória em função do que a uma membrana mais típica. Os ciliados são os protozoários que se movem mais rápido. Os movimentos dos cílios adjacentes unem-se como resultado dos efeitos da interferência das camadas de água circundantes. Consequentemente, as forças hidrodinâmicas impõem uma coordenação dos cílios. O batimento dos cílios individuais, em vez de ser aleatório ou sincronizado, faz parte das ondas metacronais que deslizam ao longo da extensão do corpo. Não há evidências de que a infraciliatura funcione como um sistema condutor na coordenação. Ele pode servir primariamente na ancoragem ciliar e controlar a forma da célula. No gênero Paramecium, a direção do batimento ciliar efetivo é oblíqua ao eixo longitudinal do corpo. Isso faz com que o ciliado nade em um curso espiral e ao mesmo tempo rotacione no seu eixo longitudinal. O batimento ciliar pode ser revertido, e o ciliado pode mover-se para trás. Esse movimento para trás associa-se à chamada reação de evitação. Quando o ciliado entra em contato com alguma substância ou objeto indesejável, reverte-se o batimento ciliar. O ciliado move-se para trás por uma distância curta, vira ligeiramente no sentido do relógio ou contrário, e move-se para frente novamente. Se ainda encontrar condições desfavoráveis, a reação de evitação é repetida. Os estímulos externos são provavelmente detectados através da membrana celular, quando ela se modifica mecanicamente por meio de determinados cílios longos e rígidos que não exercem nenhum papel no movimento. O equilíbrio hídrico é dado pelos vacúolos contráteis, que são encontrados tanto nas espécies marinhas como nas de água doce, mas no caso das últimas, descarregam mais rapidamente. Em algumas espécies há um único vacúolo que se localiza próximo à porção posterior, mas muitas espécies possuem mais de um vacúolo. A reprodução sexuada envolve uma troca de material nuclear através de uma conjugação que geralmente precede uma série de divisões transversais. Através do contato no curso da natação, frequentemente pela liberação de substânciasatrativas, dois membros sexualmente compatíveis de uma espécie em particular se aderem comumente na região oral ou bucal do corpo. Os passos que levam à troca do material micronuclear entre os dois conjugantes são razoavelmente constantes em todas as espécies. Após duas divisões meióticas dos micronúcleos, todos degeneram menos um. Esse que sobra então se divide, produzindo dois UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 27 micronúcleos gaméticos geneticamente idênticos. Um é estacionário; o outro migra no interior do conjugante oposto. O núcleo migratório em cada conjugante move-se através da região de protoplasma fundida no interior do membro oposto do par conjugante. Lá os núcleos gaméticos fundem-se para formar um núcleo zigótico. Imediatamente após a fusão nuclear, os dois ciliados separam-se; cada um é agora chamado ex-conjugante. Após a separação, segue-se em cada ex-conjugante um número variável de divisões nucleares, levando à reconstituição da condição nuclear normal característica da espécie. A reprodução assexuada sempre se dá através de uma fissão binária, que é tipicamente transversal, com o plano de divisão cortando através das cineses as fileiras longitudinais de cílios e corpos basais. Isso ocorre em contraste com a fissão simetrogênica dos flagelados, na qual o plano da divisão é longitudinal. Os fusos mitóticos são formados somente na divisão dos micronúcleos. A divisão dos macronúcleos é geralmente obtida por meio de uma constrição. Quando vários macronúcleos encontram-se presentes, eles podem combinar-se primeiro como um corpo único antes de se dividirem. O mesmo vale para algumas formas com macronúcleos em contas ou alongados. Durante a divisão celular dos animais multicelulares, os centríolos (corpos basais) posicionam-se nos polos do fuso mitótico, provavelmente para assegurar que cada célula-filha receba um molde no qual um cílio possa ser produzido mais tarde. No entanto, à medida que a célula ciliada se divide, cada célula-filha recebe cílios e corpos basais (cinetossomos) replicados anteriormente no córtex celular. A maioria dos ciliados é capaz de formar cistos resistentes em resposta a condições desfavoráveis, tais como uma falta de alimento ou uma dessecação, fato visto nas aulas anteriores. O ancestral comum dos protozoários e dos metazoários era unicelular e a similaridade estrutural dos flagelos e dos cílios sugere descendência comum aos grupos com essas organelas. Estudos moleculares sistemáticos podem modificar a classificação atual. Nesta aula vimos a anatomia, ecologia e reprodução do Filo Ciliophora ou ciliados. Sugiro a você que complemente nossas aulas pesquisando na bibliografia e sites indicados. Pesquisa é uma atividade inerente a nossa profissão. Vamos nos habituar a elas. Até a próxima aula! UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 28 Aula 06 - Filo Porífera Filo Porífera ou espongiários (esponjas) é o tema desta nossa aula. Veja como é interessante. O filo Porífero designa em latim o que tem poros (porus, poro + fera, portador de). Foram registradas mais de 5.000 espécies de esponjas marinhas. O seu tamanho pode variar de alguns centímetros até 2 m de diâmetro. As esponjas são os animais multicelulares mais simples e muito diferentes de todos os outros. Elas não têm uma forma corporal fixa, tampouco um plano de simetria e são repletas de minúsculos poros e canais. São animais sésseis, algumas se encontram eretas, ramificadas, lobadas, pequenas, incrustantes e até mesmo podem perfuram rochas ou conchas. As esponjas podem ser utilizadas como abrigo por alguns caranguejos, nudibrânquios, ácaros, briozoários e peixes vivendo como comensais ou até mesmo como parasitas no interior delas. Estes animais também podem viver sobre moluscos, cracas, braquiópodes, corais ou hidroides. Elas dependem do fluxo de corrente que passa pelo seu sistema de canal único para trazer alimento e oxigênio e levar os dejetos para o exterior. Este filo não apresenta nenhum órgão ou tecido verdadeiro. Os sistemas nervosos e sensoriais são ausentes. A respiração e a excreção são realizadas por difusão. A parede corporal é formada por espículas (“esqueleto”) de carbonato de cálcio ou sílica e colágeno os quais permitem a sua sustentação e proteção evitando que os canais e as câmaras colapsem. As únicas aberturas corpóreas são os óstios (entrada de água) e os ósculos (saída da água). Elas dependem dos batimentos flagelares dos coanócitos para a água penetrar no interior desses animais através dos poros minúsculos chamados de óstios dérmicos. Existem três tipos de canais (asconoide, siconoide ou leconoide) nas esponjas. No canal asconoide as esponjas apresentam organização mais simples como a Clathrina sp. A água entra pelos poros dérmicos para a cavidade (espongiocele flagelada). Todas asconoides são encontradas na Classe Calcarea. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 29 Os canais siconoides, presentes em Sycon sp, possuem corpo tubular e ósculo único, apresentam canais radiais que terminam na espongiocele. A água entra através dos canais inalantes passando para as prosópilas. Esse canal é encontrado somente nas Classes Calcarea e Hexactinellida. Os leuconoides formam massas com ósculos numerosos. Recebem água pelo canal inalante e a eliminam pelo exalante. Este tipo de canal permite que mais coanócitos possam obter alimento. Este tipo de canal é considerado o plano principal para as esponjas por permitir maior tamanho e eficiência na circulação da água. As células das esponjas são variadas e com diferentes funções como a miso- hilo (tecido conjuntivo), pinacócitos (protetoras e contráteis), coanócitos (criam correntes d’água e apreendem partículas alimentares), arqueócitos (variedade de funções) ecolêncitos (secretam colágeno). A reprodução é assexuada ocorre por meio de brotamento, fragmentação e gêmula (brotos internos). As que apresentam reprodução sexuada são monoicas, ou seja, apresentam células sexuais femininas e masculinas em um único indivíduo. Apresentam grande capacidade regenerativa, não implica apenas na reorganização de todo o animal, mas também das partes feridas. Benefício das esponjas para os seres humanos. As esponjas produzem compostos bioativos, alguns dos quais podem nos beneficiar diretamente: por exemplo, foi descoberto que uma esponja usada há muito tempo pelos índios maoris da Nova Zelândia, promovia a cicatrização de um ferimento, devido a altas concentrações de um potente agente antiinflamatório. Uma lista crescente de tais exemplos enfatiza que nós precisamos conservar a diversidade bioquímica desses animais. Algumas esponjas são utilizadas para banho, como por exemplo, algumas da classe Demospongiae. Classe Calcárea UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 30 Também conhecidas como Calcispongiae são calcárias, podem variar de 10cm ou até menores. Possuem espículas de carbonato de cálcio que frequentemente formam uma franja ao redor do ósculo, apresentam três tipos de sistemas de canais (asconoide, siconoide e leuconoide). Um Exemplo de esponja asconoide é Leucosolenia sp. Classe Hexactinellida, São conhecidas como as esponjas de vidro, são muito diferentes das outras esponjas. Elas consistem em um pequeno grupo de 400 a 500 espéciesque habitam regiões no fundo do mar abaixo de 200 m de profundidade. O tamanho varia de 7,5 cm a mais de 1,3 m de comprimento. O esqueleto de espículas de seis raios está fundido por malhas chamadas de rede trabecular. A malha é belíssima como, por exemplo, a que ocorre em Euplectella sp. Elas são sinciciais (as células não têm delimitações). Não existem pinacócitos, nem células com qualquer contratilidade e até mesmo os denominados coanócitos não são células separadas. Os hexactinélidas são orientados de acordo com as constantes correntes do mar profundo. A Classe Demospongiae, representa 95% das esponjas. Possuem espículas silicosas ou espongina com canais leuconoide, apresentam uma família de água doce e o restante marinha. Exemplos: Thenea, Cliona, Spongilla, Myenia e as esponjas de banho. As esponjas apresentam um grupo antigo, através de estudos moleculares foi evidenciado que elas são grupo irmão de todos os Eumetazoa. Acabamos de conhecer os animais multicelulares mais simples e muito diferentes de todos os outros, as esponjas. Dúvidas? Estou à disposição para esclarecê-las. Até a próxima aula que será sobre Filo Cnidária. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 31 Aula 07 - Introdução ao Filo Cnidária Esta aula e a próxima são dedicadas ao Filo Cnidária, indivíduos de natureza marinha e urticante. Vamos a eles? O Filo Cnidária (gr. Knide, urtiga) apresenta esse nome por possuir células chamadas cnidócitos, as quais são urticantes (nematocisto). Existe um vasto número de indivíduos que pertencem a esse filo, aproximadamente 10.000 espécies amplamente dispersas no mar, que inclui algumas das criaturas mais estranhas da natureza como: hidras, águas-vivas, anêmonas do mar, corais moles (gorgônias) e outros. A coloração brilhante de muitas espécies combinada com sua simetria radial é com frequência incrivelmente bonita. Os cnidários são marinhos, com a exceção das hidras e de uns poucos hidrozoários de água doce. Embora todos os cnidários sejam basicamente tentaculados e radialmente simétricos, encontram-se duas formas básicas dentro do filo. A forma que é geralmente sedentária ou séssil (pólipo) habita rochas ou formações coralinas nas águas tropicais. A outra forma é livre-natante, ou flutuante (medusa). Tipicamente o corpo de um pólipo é tubular ou cilíndrico, com a extremidade oral (incluindo a boca e os tentáculos) direcionada para cima, enquanto a extremidade oposta ou aboral fica presa. Estes indivíduos possuem extremidade cefálica. A boca (que também serve de ânus) é a única abertura da cavidade interna, denominada "celêntero", a qual engloba ou inclui uma parte da água em que o animal vive. A simetria radial permite a captura de alimento de todos os lados, mas pode ser secundariamente modificada em relação a necessidades funcionais particulares. A troca gasosa ocorre através da superfície corporal geral. Os detritos nitrogenados (amônia) também se difundem pela superfície corporal geral. Como em muitos outros animais de água doce, há um influxo contínuo de água no interior dos corpos das hidras através da parede corporal. A água em excesso, que é hipoosmótica em relação aos fluidos teciduais, é removida periodicamente da cavidade gastrovascular através da boca. A cavidade gastrovascular age consequentemente como um vacúolo contrátil gigante ou um nefrídio de um animal superior. Os Cnidários podem mover partes de seus corpos (principalmente os tentáculos) para alterar a forma corporal. A locomoção (movimento de um lugar para outro) UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 32 ocorre nas medusas e também em alguns pólipos. O movimento por contração muscular requer um esqueleto, pois os músculos precisam de alguma resistência contra a qual empurrar para que haja algum efeito; após a contração, eles devem ser novamente estendidos. Assim como outros animais de corpo mole, os cnidários usam a incompressibilidade da água como um esqueleto hidrostático. Estruturas rígidas existem nos cnidários, como os esqueletos calcários de corais, mas não cumprem nenhuma função na contração muscular. Ao contrário das esponjas, os cnidários possuem uma cavidade intestinal revestida por uma endoderme, como a maioria dos outros animais. No entanto, nos cnidários, ela é referida como cavidade gastrovascular por funcionar na circulação além de nadigestão. A cavidade gastrovascular abre-se externamente em uma extremidade para formar uma boca. Nos cnidários, um círculo de tentáculos (representando evaginações da parede corporal) circunda a boca para ajudar na captura e na ingestão de alimento. Existem apenas duas camadas celulares, o ectoderma (também denominado epiderme) e o endoderma (também denominado gastroderme). Eles são separados por uma "mesogléia" gelatinosa, que contém algumas células e fibras de tecido conjuntivo, mas não é uma camada celular propriamente dita. Por essa razão, os Cnidários são considerados "diploblásticos" em contraste com todos os outros animais multicelulares (exceto as esponjas), os quais são "triploblásticos" por possuírem três camadas celulares. A Epiderme é composta das seguintes células epitélio muscular principais: Epiteliomusculares, Intersticiais, Secretoras de Muco, Células Receptoras e Nervosas. Os nematocistos são os tipos de cnido mais importantes e são encontrados em todos os cnidários. Os outros dois tipos, os espirocistos e os pticocistos, só são encontrados nos antozoários. Os nematocistos funcionam na captura de presas, e muitos podem injetar uma toxina. O cordão fica geralmente aberto na ponta e frequentemente se arma com espinhos. Na descarga, o cordão perfura o seu caminho no interior dos tecidos da presa e injeta uma toxina proteica que tem uma ação paralisante. Embora os nematocistos estejam ausentes na gastroderme das hidras e de outros hidrozoários, encontram-se presentes em áreas restritas desta camada nas outras classes de cnidários. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 33 O efeito tóxico dos nematocistos da maioria dos cnidários não é perceptível pelos humanos. No entanto, algumas espécies marinhas possuem nematocistos que podem produzir uma sensação de queimadura dolorosa e uma irritação ou até a morte. Quase todos os cnidários (incluindo as hidras) são carnívoros e alimentam-se principalmente de pequenos crustáceos. O contato com os tentáculos acarreta uma descarga de nematocistos, que enredam e paralisam a presa. Os tentáculos então puxam o animal capturado em direção à boca, que se abre para recebê-lo. As células nervosas arranjam-se em uma rede nervosa irregular ou plexo, na base da epiderme e da gastroderme, e concentram-se particularmente ao redor da boca. Um sistema de rede nervosa duplo na mesma camada corporal é comum nos cnidários que não sejam hidras. Uma rede nervosa age como um sistema de condução lenta e difusa de neurônios multipolares; os outros agem como um sistema de condução rápida de neurônios bipolares. A reprodução assexuada por brotamento (em pólipo) ou reprodução sexuada por gametas (em todas as medusas, em alguns pólipos) as formas sexuais são monoicas ou dioicas. O tipo larval é a plânula e ocorre clivagem indeterminada holoblástica. Importância ecológica dos recifes de corais Os recifes coralinos são a base de todo um ecossistema, uma vez que são habitados por uma grande variedade de peixes,crustáceos, equinodermos e muitos outros invertebrados. Eles foram denominados "as florestas tropicais do mar" e mantêm uma variedade ainda maior de espécies (mais de 93.000 foram descritas até hoje). Como as florestas tropicais, eles também correm um grande risco. Infelizmente, estes recifes estão sendo destruídos, em parte por predadores como a estrela do mar Coroa de Espinhos, mas principalmente pelos seres humanos. A poluição, a pesca, mineração e a remoção dos corais para venda causam sérios danos. As populações crescentes estão fazendo suas construções sobre corais frágeis e o desmatamento nas margens litorâneas faz com que camadas de sedimentos sejam transportadas até os recifes, fragmentando os pólipos. São necessários esforços urgentes de conservação, para preservar esse ecossistema marinho extremamente valioso. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 34 Nesta sétima aula vimos a morfologia e anatomia dos indivíduos do Filo Cnidária. Prosseguiremos o estudo do filo com as suas classes. Até a próxima aula! UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 35 Aula 08 - Classes do Filo Cnidária Vimos na aula anterior a anatomia e a reprodução dos indivíduos do Filo Cnidária. Para finalizar este assunto vamos estudar as classes em que se dividem. Classe Hydrozoa (Hidróides) Os hidroides caracterizam tipicamente estágios de pólipo (solitários e cilíndricos) e medusa no ciclo de vida. O seu tamanho pode variar de uns poucos milímetros até 1cm ou mais de comprimento, e, no entanto, o diâmetro raramente excede 1mm. Os pólipos são pequenos, sem mesentérios no celêntero, e a medusa pode ter um velo. As colônias de pólipos vivem frequentemente na região do entre-marés; alguns grupos são oceânicos. A Hydra vive na água doce. A extremidade aboral da haste corporal cilíndrica forma um disco basal, por meio do qual o animal prende-se a um substrato (locomoção). A extremidade oral contém uma plataforma ou cone chamado de hipostômio, com a boca no topo. Ao redor da base do cone encontra-se um círculo de cerca de seis tentáculos, este apresenta nematocisto e paralisa a presa, no entanto, a digestão começa somente na cavidade gastrovascular. As hidras reproduzem-se sexuada e assexuadamente. Na forma assexuada, os brotos, aparecem e desenvolvem hidras jovens. Geralmente a maioria das espécies é dióica, e as jovens eclodem na primavera quando o tempo é favorável. Classe Scyphozoa (Cifomeduzas) Inclui a maioria das águas-vivas maiores. Podem atingir um diâmetro do sino que excede os 2 metros e tentáculos que possuem de 60 a 40 m de extensão. A maioria dos cifozoários flutua em mar aberto em uma profundidade de até 3.000 metros. Sua coloração varia de incolor a rosa. Os sinos das diferentes espécies variam desde uma forma rasa de pires até o fundo de uma cuia. A margem do sino é lobada, possui um par de lóbulos e entre eles há um órgão do sentido (ropálio). A boca é central no lado da subumbrella*. O manúbrio normalmente forma quatro braços orais com frisos que são utilizados para a captura e ingestão de presa, como por exemplo, Aurélia aurita. No estômago dos cifozoários há quatro bolsas gástricas nas quais a gastroderme se estende em pequenas projeções dos tentáculos chamados de filamentos gástricos. Estes filamentos estão cobertos com nematocistos. Os filamentos gástricos estão ausentes nas hidromedusas. Um sistema de canais radiais se ramifica a partir de bolsas até um canal anelar e forma uma parte da cavidade gastrovascular. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 36 O sistema nervoso em cifozoários é uma rede nervosa com uma rede umbrelar que controla as pulsações do sino e outra rede mais difusa que controla as reações locais, tais como a alimentação. Os sexos são separados com gônadas na bolsa gástrica. A fertilização é interna. A larva plânula ciliada torna-se presa e desenvolve-se em um cifístoma. Por um processo de estrobilação, o cifístoma forma brotos (éfiras) denominado estróbilo. A partir do momento que as éfiras se desprendem, crescem até se tornar águas vivas maduras. Classe Cubozoa A forma medusoide é predominante e o polipoide é inconspícuo, na maioria dos casos é desconhecido. Algumas podem variar até 25 cm de altura sendo que a maioria tem aproximadamente 2 a 3 cm. As cubomedusas são nadadoras vorazes, alimentando-se principalmente de peixes. O envenenamento por algumas espécies pode ser fatal aos seres humanos. O ciclo de vida é completo e conhecido apenas por uma espécie, Tripedalia cystophora. Os novos pólipos brotam lateralmente, separam-se e saem rastejando. Os pólipos não produzem éfiras, mas se metamorfoseiam diretamente em medusas. Classe Anthozoa (Anêmonas do mar, Corais) São pólipos com aparência de flor. Não há nenhuma fase de medusa. São todos marinhos e encontrados em águas profundas e rasas, tanto em mares polares como em mares tropicais. Apresentam grande variedade de tamanho e podem ser solitários ou coloniais. A maioria das formas é suportada pelo esqueleto. Pólipos com divisões verticais (mesentérios) do celêntero. Não apresenta nenhuma forma de medusa. Subclasse Zoantharia Compreendem as anêmonas-do-mar, corais e outros. As anêmonas-do-mar são cilíndricas em forma com uma coroa de tentáculos organizada ao redor da boca caracterizando o disco oral. A boca produz a faringe, e dentro desta há o sifonoglife que cria uma corrente de água para dentro da faringe. A faringe produz a cavidade gatrovascular que é dividida em seis câmaras radiais (hexâmeros) e seis pares de septos primários, ou mesentérios. Os septos menores são chamados incompletos e a extremidade deste éfilamento septal. A epiderme na base da coluna secreta uma teca de esqueleto calcário, incluindo esclerosseptos que se projetam superiormente no pólipo entre seus septos verdadeiros. Em muitos corais coloniais, os esqueletos podem ficar UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 37 volumosos, construídos ao longo de muitos anos, com o coral vivo formando uma lâmina de tecido por cima de sua superfície. * Umbrella – Palavra originada do inglês, que significa guarda-chuva. As anêmonas são carnívoras, alimentando-se de peixes ou de qualquer animal vivo ou morto. Os sexos são separados e algumas são hermafroditas. Subclasse Ceriantipatharia Esta subclasse é representada pelos ceriantos e antipatários. Estes indivíduos apresentam septos casados, mas não pareados. Os ceriantos são solitários e vivem enterrados em sedimentos moles até o nível do disco oral. Ocupam tubos construídos com muco secretado e filamentos de organelas semelhantes aos nematocistos, para retrair. Os antipatários ou corais negros são coloniais e fixos a um substrato firme. O seu esqueleto é de material córneo e possui espinhos. Exemplos: Cerianthus sp, Antipathes sp, Stichopathes sp. Subclasse Alcyonaria São representados pelos corais moles e córneos, como penatuláceos, gorgônias e outros. Possuem pólipos com oito tentáculos (octômeros) e, tipicamente, oito tentáculos pinados organizados ao redor da margem do disco oral. A cavidade gastrovascular é grande e dividida por septos, mesentérios, que são extensões dentro da parede do corpo e se comunica por um sistema de tubo gastrodérmicos chamados solênicos, estes atravessam a mesogleia (cenênquima). O esqueleto é secretado no cenênquima e consiste em espículas cálcarias,espículas fundidas ou uma proteína córnea. Exemplos: Dendronephthya sp, Tubipora sp e Renilla sp. Com o estudo do Filo Cnidária encerramos a primeira Unidade de nosso curso onde estudamos os conceitos básicos de Zoologia, com ênfase àqueles relativos aos invertebrados, e também conhecemos a organização estrutural e funcional dos protozoários e seus principais filos, poríferas e cnidárias, e sua relação com o meio em que vivem. Agora revise as aulas e faça o exercício de autoavaliação. Dúvidas? Envie para nossa tutoria. Até a próxima aula! UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 38 Aula 09 - Filo Platyhelminthes Bem vindo à Unidade II. Acredito que seu desempenho nos exercícios de autoavaliação foi muito bom. Nesta aula iniciaremos o estudo dos filos que apresentam o corpo em forma de verme. O Filo Platyhelmintes (plathys= achatado + helmin= verme) são animais compridos, bilaterais acelomados (ausência de celoma) e sem apêndices. São triblásticos, isto é, possuem três camadas celulares que são ectoderme (externa), a mesoderme e a endoderme (interna). Os platelmintos incluem forma livre e parasitária. Três classes são completamente parasitárias e incluem os Trematoda, os Monogenea e os Cestoidea (solitárias). A quarta classe (os Turbellaria) é de vida livre sendo certamente o grupo a partir do qual surgiram os ancestrais das três classes parasitárias. A maioria dos turbelários possui epiderme ciliada que se estende por uma membrana basal. O rabdito é um envoltório mucoso, protetor ao redor do corpo quando há perda de água. Os Trematodas, Monogeneas e Cestodas não possuem cílios e ao invés de epiderme possuem tegumento. O sistema muscular possui forma de bainha e origem mesodérmica, camadas de fibras circulares, longitudinais e algumas vezes oblíquas abaixo da epiderme. O único espaço na cavidade do corpo é ocupado pelo tubo digestivo. Os espaços entre os órgãos são preenchidos com parênquima, uma forma de tecido conjuntivo ou mesênquima. O sistema digestivo é incompleto do (com boca, mas sem ânus) tipogastrovascular, ausentes em alguns animais. Eles são considerados primitivos em virtude da boca possuir uma única abertura para o trato digestório, eles não possuem cavidade corporal, não há nenhum sistema respiratório, sanguíneo e esquelético. O sistema nervoso dos platelmintos possui um par de gânglios anteriores com cordões nervosos latitudinais conectados por nervos transversais e localizados no UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 39 mesênquima. Os órgãos sensoriais são simples com a presença de ocelos em alguns. O sistema excretor apresenta dois canais laterais com ramos que apresentam as células-flama (protonefrídeos) fechados na extremidade proximal. Essas células são ausentes em algumas formas primitivas. A maioria dos platelmintos possui sistemas mais elaborados de órgãos glandulares musculares, que formam sistemas reprodutores hermafroditas extremamente complicados. A maioria dos turbelários reproduz-se sexuadamente e assexuadamente (fissão). Virtualmente todos os platelmintos são monóicos (hemafroditas), mas possuem fertilização cruzada. O vitelo para a nutrição do embrião é contido dentro da própria célula ovo (ovos endocélicos) enquanto outros turbelários como os tremátodes, monogêneos e céstodes, possuem os gametas femininos com pouco ou nenhum vitelo e várias dessas células circundam o zigoto dentro da cápsula do ovo denominado ectocélico. As formas parasitárias têm problemas ainda maiores. Elas possuem sistemas reprodutores ainda mais elaborados e uma série de larvas que facilitam a transferência entre hospedeiros. As planárias apresentam grande poder de regeneração. Em condições adversas este animal pode perder suas estruturas diferenciadas e encolher-se, aumentando novamente de tamanho e complexidade quando o ambiente tornar-se favorável. Simbiose e Parasitismo Muitos organismos dependem, para sua existência, de uma relação fisiológica íntima com outros organismos. Este relacionamento é conhecido como simbiose (do grego symbiosis, viver junto). O organismo maior é designado hospedeiro (pode receber benefício ou não) e o menor simbionte (recebe benefício). A relação simbiôntica normalmente é obrigatória para o simbionte, o que significa que este não pode viver sem o hospedeiro. Quando o simbionte pode viver sem o hospedeiro é chamada facultativa. Quando tanto simbionte como hospedeiro são beneficiados a relação denomina-se mutualismo, é o caso das algas que vivem nos amebócitos das esponjas dulcícolas e nas células gastrodérmicas dos corais. O metabolismo de cada espécie está associado à presença do outro organismo. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 40 No comensalismo, o hospedeiro não se beneficia, nem é prejudicado. O simbionte, ou comensal protege-se ou utiliza o excedente alimentar do hospedeiro. O peixe palhaço que vive entre os tentáculos de anêmonas é um comensal. As anêmonas podem sobreviver sem os seus simbiontes, mas o peixe não pode viver sozinho. A relação simbiôntica mais comum é o parasitismo. Neste caso, o hospedeiro é prejudicado pela presença do simbionte ou parasita. Há os parasitas que vivem na superfície externa do hospedeiro (ectoparasitas) e os que vivem internamente(endoparasitas). Alguns parasitas necessitam de dois hospedeiros para completar seu ciclo biológico. O hospedeiro do estágio de larva é o hospedeiro intermediário; e o do estágio adulto o hospedeiro primário. Quase sempre o benefício que o parasita recebe do hospedeiro é a alimentação. Os parasitas alimentam-se dos tecidos, dos líquidos corpóreos ou do alimento ingerido pelo hospedeiro. Quando o parasita encontra-se dentro de alguma parte do corpo do hospedeiro, ele tem ainda a vantagem de estar protegido. Esta relação, no entanto, apresenta alguns problemas. O principal é encontrar e penetrar em novos hospedeiros. Os ectoparasitas que não se alimentam com frequência constante podem apresentar uma parte do aparelho digestivo modificada para o armazenamento. Por outro lado, alguns endoparasitas que se utilizam de alimentos já digeridos pelo hospedeiro perdem totalmente o aparelho digestivo. O problema da penetração e fixação no hospedeiro resultou na evolução de uma grande variedade de estruturas como ventosas, ganchos e dentes. Certas enzimas podem facilitar a penetração em algumas espécies. A entrada mais comum dos endoparasitas é a boca do hospedeiro. O parasita pode permanecer no aparelho digestivo do hospedeiro ou, como em algumas espécies, perfurar a sua parede, alcançando assim outros órgãos. O problema de encontrar novos hospedeiros fez com que muitos parasitas produzissem uma quantidade enorme de ovos ou passassem por outros estágios de desenvolvimento. A espécie é perpetuada apenas se um pequeno número de indivíduos encontra seu próprio hospedeiro. O aparelho reprodutor dos parasitas é altamente desenvolvido para a produção de um grande número de gametas. Em alguns parasitas, a maior parte do corpo está voltada para a reprodução. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 41 As estruturas dos endoparasitas geralmente refletem o meio em que eles vivem. A locomoção está reduzida e os órgãos sensoriais que são encontrados nas formas de vida livre estão ausentes. O sistema nervoso
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