Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Unidade I CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Profa. Divane Silva Contabilidade Tributária Apresentação: Na disciplina Contabilidade Tributária, iremos tratar dos assuntos relacionados a legislação fiscal e tributária em nível federal, estadual e municipal., p Veremos a aplicação dos procedimentos técnicos adequados aos cálculos e contabilização dos impostos de acordo com a legislação em vigor, especificamente com os conceitos de p contabilidade fiscal e tributária, princípios e normas básicas da Legislação Tributária, escrituração fiscal e contabilização dos tributos indiretos: IPI, ICMS e ISS, além da apuração do PIS/Pasep e Cofins. Contabilidade Tributária A disciplina está dividida em 02 Unidades: Unidade I 1. Introdução à contabilidade tributária 1.1 Conceito 1.2 Registro 1 3 I i id b l1.3 Impostos incidentes sobre o valor agregado 2. ICMS 2.1 Disposições legais 2.2 Incidência 2.3 Não incidência2.3 Não incidência 2.4 Fato gerador 2.5 Contribuinte 2.6 Competência 2.7 Princípios constitucionais 2.8 Base de cálculo e alíquotas Contabilidade Tributária U id d IUnidade I 2. ICMS (..) 2.9 Exemplo de contabilização de ICMS recuperável 2.10 Exemplo de contabilização de ICMS não recuperávelnão recuperável 2.11 Crédito sobre aquisição de bens do ativo imobilizado 3. Substituição Tributária 3.1 Conceito 3.2 Tipos de ST no ICMSp 3.3 Contribuintes 3.4 Responsável 3.5 Casos nos quais não há a aplicação da ST 3.6 Mercadorias sujeitas a ST Contabilidade Tributária Unidade I 3. Substituição Tributária (...) 3.7 Base de cálculo da ST 3.8 Margem de valor agregado 3 9 Exemplo pratico de cálculo3.9 Exemplo pratico de cálculo operações subsequentes 3.10 Tratamento do ICMS em operações de venda para empresas da ZFM e ALC 4. IPI 4 1 Base legal4.1 Base legal 4.2 Competência 4.3 Incidência 4.4 Fato gerador 4.5 Contribuintes Contabilidade Tributária Unidade I 4. IPI (...) 4.6 Definição legal de industrialização 4.7 Princípios Constitucionais 4.8 Base de cálculo 4.9 Alíquotas 4.10 Escolha de classificação fiscal de uma empresa 4 11 O crédito do imposto4.11 O crédito do imposto 4.12 O débito do imposto 4.13 Exemplo de contabilização 4.14 Tratamento do IPI em operações de venda para empresas da ZFM e ALC Contabilidade Tributária Unidade II 5. ISS (ISSQN) 6. Contabilização do ISS sobre vendas de serviços 7. PIS e Cofins 8. Exemplo de contabilização de operações com mercadorias e serviços com tributação Unidade I 1 I t d ã1. Introdução A carga tributária no Brasil é muito elevada, tanto para a pessoa física, quanto para a jurídica. O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário estimava que a carga tributáriaTributário estimava que a carga tributária média no Brasil, nos últimos cinco anos, atingiria mais de 32% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, de tudo que é produzido internamente em nosso país, em média, 32% seriam destinados ao , recolhimento de impostos. Pois bem, esse número ultrapassou esta expectativa e chegou a mais de 35% no último ano. continua... Unidade I 1. Introdução A carga tributária brasileira começou a ser medida em 1947, quando o percentual apurado foi de 13,8% do PIB. A Receita Federal divulgou a receita A Receita Federal divulgou a receita tributária por base de incidência: % do PIB. 2005 2006 2007 2008 2009 20102005 2006 2007 2008 2009 2010 33,38% 33,35% 33,95% 34,41% 33,58% 35,04% Unidade I 1. Introdução Funções e atividades da Contab.Tributária. Escrituração e Controle Orientação. Planejamento Tributário. Escrituração fiscal das atividades do dia a dia da empresa e dos livros fiscais. Apuração dos tributos a recolher, preenchimento das guias de recolhimento e remessa para o Departamento de Contas a Pagar. Controle sobre os prazos para os recolhimentos. Assessoria para cálculos e provisões. Unidade I 1. Introdução Funções e atividades da Contab.Tributária Orientação: Orientação, treinamento e constante supervisão dos funcionários do setor de impostos. Orientação fiscal para as demais unidades da empresa (filiais, fábricas, departamentos) ou das empresas controladas e coligadas, visando padronizar procedimentos. Unidade I 1. Introdução Funções e atividades da Contab.Tributária Planejamento Tributário: estudo das diversas alternativas legais para a redução da carga fiscal, tais como:, Todas as operações em que for possível o crédito tributário, principalmente em relação aos chamados impostos não cumulativos ICMS e IPI. Todas as situações em que for possível o diferimento (postergação) dos recolhimentos dos impostos, permitindo melhor gerenciamento do fluxo do caixa. Todas as despesas e provisões permitidas pelo fisco como dedutíveis da receita. Unidade I 1.1 Conceito Contabilidade Tributária como uma especialização da Contabilidade Geral, que tem como objetivo adequar o registro das operações realizadas pelaregistro das operações realizadas pela empresa à Legislação Tributária. 1.2 Registro O registro das operações realizadas pelas empresas são feitos nos livros contábeis: Diário Razão entre outroscontábeis: Diário, Razão, entre outros. Obs.: operações que envolvem tributos são registradas nos livros fiscais, ver livro- texto, inclusive sobre Escrituração Fiscal Digital. Unidade I 1.3. Impostos Incidentes sobre o Valor Agregado Os impostos sobre o valor agregado ou valor adicionado incidem em cada fase do processo produtivo. p p O valor agregado de uma empresa representa o quanto de valor ela adiciona aos insumos que adquire em um determinado período; é obtido pela diferença entre as vendas e o total dos insumos adquiridos de terceiros (MP e MOD) → o valor será igual à soma de toda a remuneração dos esforços consumidos nas atividades da empresa. Estudaremos o ICMS, o IPI e o ISSQN. Interatividade Entende-se por valor adicionado: a) O quanto a empresa está disposta a pagar pelo produto. b) Todo esforço atribuído aos insumos adquiridosadquiridos. c) Os juros pagos sobre uma operação a prazo. d) O lucro almejado numa operação sobre venda. e) Os honorários pagos ou creditados aos proprietários da empresa. Unidade I 2. ICMS Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações. O ICMS é um imposto calculado “por dentro”. Isto significa que a alíquota incide sobre o valor do bem ou serviço, integrando o próprio valor. Ex: $ 100,00 com alíquota de 17% ICMS = $ 00,00 co a quota de % C S $ 17,00, líquido de $ 83,00 $17,00 / $ 83,00 = alíquota 20,48 % Unidade I 2. ICMS 2.1 Disposições legais A Constituição Federal de 1988 atribuiu aos Estados e Distrito Federal a competência para regulamentar o ICMScompetência para regulamentar o ICMS, pelas normas gerais pela Lei Complementar 87/96 (Lei Kandir) e pelos convênios firmados entre os Estados. Unidade I 2 ICMS 2.2 Incidência – LC 87/96 – Art.12 I. Da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento doque para outro estabelecimento do mesmo titular; II. Do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento; III. Da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente; Obs.: outras incidências, ver LT. Unidade I 2. ICMS 2.3 Não Incidência – LC 87/96 – Artº 3º I. Operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;impressão; II. Operações e prestações quedestinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semielaborados, ou serviços; Obs.: continua no LT. Unidade I 2. ICMS 2.4 Fato gerador LC 87/96, Art. 12 I. Da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento doque para outro estabelecimento do mesmo titular; II. Do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento; III. Da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em deposito fechado, no Estado do transmitente; Obs.: outros fatos, ver LT. Unidade I 2. ICMS 2.5 Contribuintes Todas as PF ou PJ que, de modo habitual, pratiquem operações relativas à circulação de mercadorias ou quecirculação de mercadorias, ou que prestem serviços de transporte interestadual ou intermunicipal e de comunicações ou telecomunicações, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.se c e o e te o Unidade I 2. ICMS 2.6 Competência→ Estados e DF 2.7 Princípios constitucionais a) Não cumulatividade: artigo 155, Par. 2º, inciso I da CF: o imposto devido em cada operação será abatido o valor pago na operação anterior. b) Seletividade: artigo 155, Par. 2º, inciso III da CF: quanto mais supérfluo for o produto, maior será a incidência do imposto. Unidade I 2. ICMS 2.7 Princípios constitucionais 2.7.1 Dão direito ao crédito Os insumos Mercadorias adquiridas de empresas tributadas pelo Simples Nacional. Obs.: maiores detalhes, ver LT. Unidade I 2. ICMS 2.7 Princípios constitucionais 2.7.2 Não dão direito ao crédito Art.20 LC 87/96: § 1º Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou que se refiram à mercadorias ou serviços alheios a atividade do estabelecimentoalheios a atividade do estabelecimento. Obs.: continua no LT. Unidade I 2. ICMS 2.8 Base de cálculo e alíquotas 2.8.1 Base de cálculo Art.13 da LC 87/96: I N íd d d i i tI. Na saída de mercadoria prevista nos incisos I, III e IV do artigo 12, o valor da operação; II. Na hipótese do inciso II do artigo 12, o valor da operação, compreendendo mercadoria e serviço;mercadoria e serviço; III. Na prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, o preço do serviço. continua... Unidade I 2. ICMS 2.8 Base de cálculo e alíquotas. 2.8.1 Base de cálculo Art.13 LC 87/96: (..) V – na hipótese do inciso IX do artigo 12, a soma das seguintes parcelas: a) O valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação, observado o disposto no artigo 14; b) Imposto de importação; c) Imposto sobre prod. industrializados.; d) Imposto sobre operações de câmbio. Obs.: maiores informações LT Unidade I 2.8 Base de cálculo e alíquotas 2.8.1 Base de cálculo Art.13 LC 87/96: (..) Tratamento do IPI na BC do ICMS Para que o IPI não faça parte da base dePara que o IPI não faça parte da base de cálculo do ICMS, devem-se observar, simultaneamente: a) A operação deve ser realizada entre contribuintes do ICMS; b) O d ti tá i d d t ã db) O destinatário do produto não pode utilizá-lo para seu uso/consumo ou integrá-lo em seu ativo permanente; c) A operação deve configurar fato gerador do IPI e do ICMS. Unidade I 2.8 Base de cálculo e alíquotas 2.8.1 Base de cálculo Art.13 LC 87/96: (..) Tratamento do IPI na BC do ICMS Situação 1 Aquis. 10 cadeiras para comercialização, ou seja, estoque de mercadorias para revenda Valor da mercadoria...... R$ 9.000,00 Valor do IPI ......................R$ 900,00 $Valor total da nota fiscal R$ 9.900,00 Base de cálculo do ICMS R$ 9.000,00 (x) 17% = ICMS de R$ 1.530,00 Unidade I 2.8 Base de cálculo e alíquotas. 2.8.1 Base de cálculo Art.13 LC 87/96: (..) Tratamento do IPI na BC do ICMS Situação 2 Aquis. 10 cadeiras para utilização na sala de reunião da diretoria, material este que ira compor seu imobilizado. Valor da mercadoria...... R$ 9.000,00 $Valor do IPI .....................R$ 900,00 Valor total da nota fiscal R$ 9.900,00 Base de cálculo do ICMS R$ 9.900,00 (x) 17% = ICMS de R$ 1.683,00 Interatividade Em relação ao Princípio Constitucional da Seletividade, pode-se entender que: a) A seleção dos produtos é feita pela própria empresa. b) A seleção refere se aos produtosb) A seleção refere-se aos produtos nacionais e importados. c) Quanto mais supérfluo for, maior será sua alíquota. d) Está relacionado à legislação de cada Estado. e) Trata-se de uma isenção tributária. Unidade I 2.8.2 Alíquotas diferenciadas entre os estados, como segue: (SP) 7% para os Estados da região Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o Estado do Espírito Santo; 12% para as regiões Sul e Sudeste; 18% nas operações internas e importações em SP, MG, RJ e 17% nos demais Estados; 7% nas operações produtos da cesta 7% nas operações produtos da cesta básica; 25% em oper. internas, interestaduais e importações de supérfluos. Unidade I 2.8.2 Alíquotas Em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro estado, adotar-se- á: a) A alíquota interestadual quando oa) A alíquota interestadual quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) A alíquota interna quando o destinatário não for contribuinte dele. Obs.: ver no LT a distribuição dos Estados e as respectivas regiões, para fins de alíquotas do ICMS. Unidade I 2.9 Exemplo de contabilização de ICMS recuperável Pela compra de mercadoria para revenda D – Est. Mercadorias (AC)........ 747,00 D ICMS a Recuperar (AC) 153 00D – ICMS a Recuperar (AC)........153,00 C – Fornecedores (PC).............. 900,00 Pela venda de mercadorias a prazo D – Clientes (AC)............................ 1.350,00 C – Receita Bruta vendas (DRE)... 1.350,00 Pelo registro custo mercadorias vendidas D – CMV (DRE).............................. 747,00 C - Estoque MP (AC)...................... 747,00 Unidade I 2.9 Exemplo de contabilização de ICMS recuperável Incidência do ICMS sobre a venda D – ICMS sobre Vendas (DRE)..... 229,50 C ICMS a Pagar (PC) 229 50C – ICMS a Pagar (PC).................. 229,50 Apuração do ICMS ao final do período D – ICMS a Pagar (PC)..................153,00 C – ICMS a Recuperar (AC).......... 153,00 Obs.: a empresa vai pagar de ICMS R$ 76,50 p p g $ , (229,50 – 153,00) Unidade I 2.9 Exemplo de contabilização de ICMS recuperável DRE Receita Bruta vendas................. 1.350,00 ( ) ICMS sobre vendas ( 229 50)(-) ICMS sobre vendas............... ( 229,50) (=) Receita Líquida de Vendas.. 1.120,50 (-) CPV.........................................( 747,00 ) (=) Lucro Bruto........................... 373,50 Unidade I 2.10 Exemplo de contabilização de ICMS não recuperável Pela compra da mercadoria D – Est. Mat. Escritório (AC)... 2.500,00 C Caixa (AC) 2 500 00C – Caixa (AC)........................... 2.500,00 Obs.; ICMS de 17% no valor de R$ 425,00 porém, não será recuperado, por tratar-se de um material de consumo. Unidade I 2.11 Crédito sobre aquisição de bens do ativo imobilizado LC 102/2000, Art. 20 § 5o estabelece que: I. A apropriação será feita a razão de um quarenta e oito avos por mês devendo aquarenta e oito avos por mês, devendo a primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento. Obs.: maiores detalhes, ver LT. Unidade I 2.11 Crédito sobre aquisição de bens do ativo imobilizado LC 102/2000, Art. 20 § 5o estabelece que: Exemplo aquis.a prazo de “uma central telefônica”R$ 30 000 com ICMS de 17%telefônica R$ 30.000 com ICMS de 17%. D – Equipamentos 24.900,00 D – ICMS a recuperar 5.100,00 C – Duplicatas a pagar 30.000,00 Apuração do ICMS ao final do mês: D – ICMS a pagar 106,25 C – ICMS a recuperar 106,25 R$ 5.100,00 / 48 m = 106,25 Unidade I 3. Substituição Tributária CF Art. 150, § 7º e LC 87/96. 3.1 Conceito Substituição tributária trata-se de um mecanismo de arrecadação de tributosmecanismo de arrecadação de tributos utilizado pelo fisco atribuindo ao contribuinte a responsabilidade pelo pagamento do imposto devido pelo seu cliente. 3 2 Tipos de ST no ICMS3.2 Tipos de ST no ICMS Sobre mercadorias. Sobre serviços de transportes. Obs.: maiores detalhes, ver LT. Unidade I 3. Substituição Tributária 3.3 Contribuintes 3.3.1 Contribuinte substituto E o responsável por reter e recolher o imposto incidente em operações ou prestações antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive do valor referente a diferença entre as alíquotas internas do Estado e a interestadual nas operações e prestações de serviços queoperações e prestações de serviços que se destinem ao consumidor final. Em geral, será o fabricante ou importador no que se refere às operações subsequentes. Unidade I 3. Substituição Tributária 3.3 Contribuintes 3.3.2 Contribuinte substituído É aquele que tem o imposto devido relativo às operações e prestações de serviços pagos pelo contribuinte substituto. 3.4 Responsável O contribuinte que receber mercadoria q sujeita a substituição tributária, de dentro ou de fora do Estado, sem que tenha sido feita a retenção total na operação anterior, fica solidariamente responsável pelo recolhimento do imposto não retido. Unidade I 3. Substituição Tributária 3.5 Casos nos quais não há a aplicação da ST alguns casos (outros, ver LT) a) Operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição da mesmasujeito passivo por substituição da mesma mercadoria. Por exemplo, a saída de uma fábrica de material elétrico para outra fábrica de material elétrico. b) Transferências para outro estabelecimento, desde que não seja varejista, do sujeito desde que ão seja a ej sta, do suje to passivo por substituição, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto recaíra sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a empresa diversa. Unidade I 3 S b tit i ã T ib tá i3. Substituição Tributária 3.6 Mercadorias sujeitas à ST Entre uma infinidade de materiais cuja sujeição nas operações está determinada nos convênios/protocolos assinados pelos Estados ou por uma maioriapelos Estados ou por uma maioria, destacamos: cimento, veículos novos, lâmpadas elétricas, lâminas de barbear, tintas e vernizes, pneumáticos, combustíveis, produtos alimentícios, bebidas quentes, materiais de construção,bebidas quentes, materiais de construção, ferramentas, bicicletas, cosméticos, produtos de higiene e limpeza, brinquedos, materiais elétricos, produtos eletrônicos, entre outros. Unidade I 3. Substituição Tributária 3.7 Base de cálculo da ST Art. 8º LC 87/96 BC = (valor mercadoria + frete + IPI + outras despesas x margem de lucro)despesas x margem de lucro) 3.8 Margem de valor agregado É determinada levando-se em conta os preços usualmente praticados no mercado, por meio de levantamentos por amostragem ou por informações cedidas pelas entidades representativas dos setores, no qual se adota a margem ponderada dos preços coletados. Unidade I 3. Substituição Tributária 3.9 Exemplo: operações subsequentes fabricante ou importador que está vendendo a mercadoria Valor da venda R$ 20 000 00Valor da venda............... R$ 20.000,00 Valor do IPI : 40% ......... R$ 8.000,00 Despesas de Seguro.... R$ 400,00 Fretes............................ R$ 1.200,00 Total............................... R$ 29.600,00 Cálculo do ICMS da operação própria: Cálculo do ICMS da operação própria: BC (20.000 + 400 + 1.200) = R$ 21.600,00 ICMS (alíquota interestadual) = 7% ICMS = R$ 21.600,00 x 0,07 = R$ 1.512,00 Unidade I 3. Substituição Tributária 3.9 Exemplo: (..) Cálculo do ICMS da ST: BC (ST) = (R$ 20.000 + R$ 8.000 + 400,00 + 1.200) = 29.600 + MVA (38%) = R$ 29.600 + R$ 11.248 = R$ 40.848,00 A formula do cálculo do ICMS ST: Base de cálculo (ST) x ICMS (alíquota interna) – ICMS interestadual =) (R$ 40.848 x 17%) – 1.512,00 = 6.944,16 – 1.512,00 = 5.432,16 Unidade I 3. Substituição Tributária 3.9 Exemplo (conclusão) Valor total da nota fiscal: Valor da venda............... R$ 20.000,00 Valor do IPI : 40% .......... R$ 8.000,00 Despesas de Seguro..... R$ 400,00 Fretes............................. R$ 1.200,00 ICMS ST......................... R$ 5.432,16 Total................................ R$ 35.032.16 Interatividade Em relação ao ICMS, pode-se afirmar que: a) Trata-se de um tributo federal. b) Todos os estados possuem apenas alíquota. c) Também é apurado sobre o consumo de energia elétrica e telecomunicações. d) Deve ser pago somente pelo comprador da mercadoria e ou serviço. e) Todos os produtos importados são ) p p isentos do ICMS. Unidade I 3. Substituição Tributária 3.10 Tratamento do ICMS em operações de venda para empresas da ZFM e ALC. A Zona Franca de Manaus (ZFM) compreende Manaus Rio Preto da Eva ecompreende Manaus, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo. Áreas de Livre Comércio (ALC) compreendem Macapá e Santana, no Amapá, Bonfim e Boa Vista, em Roraima, Tabatinga no Amazonas Guajará mirimTabatinga, no Amazonas, Guajará-mirim, em Rondônia, e Brasileia, com extensão ao município de Epitaciolândia, e Cruzeiro do Sul, no Acre. Unidade I 3. Substituição Tributária 3.10 Tratamento do ICMS em operações de venda para empresas da ZFM e ALC. Os benefícios abrangem o ICMS, IPI, PIS e Cofins que em situações de vendas paraCofins que, em situações de vendas para empresas estabelecidas na ZFM e ALC, terão tratamento especial quanto a estes tributos, exceto produtos supérfluos. O benefício será atendimento, se o adquirente estiver registrado na Suframaadquirente estiver registrado na Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) O nº inscrição deverá constar no documento fiscal de saída da mercadoria. Unidade I 4. IPI 4.1 Base legal CF- Art. 153, Inciso IV. Também instituído pelas Leis 4502/64 e 5.172/66 com posteriores alterações, está regulamento pelo Decreto 7 212 de 15 deregulamento pelo Decreto 7.212 de 15 de junho de 2010 4.2 Competência O IPI é um tributo indireto, cobrado pela União. A CF define o IPI - Artigo 153: Unidade I 4. IPI 4.3 Incidência Conforme Art. 2º do Decreto 7.212 15.06. 2010, o IPI, nacionais e estrangeiros, obedecidas as especificaçõesobedecidas as especificações constantes da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI (Lei 4.502, de 30 de novembro de 1964, artigo 1o, e Decreto-lei 34, de 18 de novembro de 1966, artigo 1o).o e b o de 966, a t go o) IPI Livros e jornais são imunes Obs.: mais informações, ver LT. Unidade I 4. IPI 4.4 Fato gerador 2 situações a) Na importação: o desembaraço aduaneiro de produtos de procedência estrangeiraestrangeira. b) Na operação interna: a saída de produto de estabelecimento industrial ou equiparado à industrial. Obs.: saída do produto: por venda, demonstração, ou por empréstimo. Unidade I 4. IPI 4.5 Contribuintes CTN, Art.51 a) O importador. b) O industrial. c) O estabelecimento equiparado a industrial.d) Os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas que não sejam empresas p q j p jornalísticas ou editoras, o papel destinado a impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade prevista na CF. Unidade I 4 IPI4. IPI 4.6 Definição legal de industrialização RIPI Decreto 2.637/98 Caracteriza-se como industrialização qualquer operação que modifique a natureza, f i t b to funcionamento, o acabamento, a apresentação, a finalidade ou o aperfeiçoamento do produto para consumo, tais como: a) Transformação. b) Beneficiamentob) Beneficiamento. c) Montagem. d) Acondicionamento ou recondicionamento. e) Renovação ou restauração. Unidade I 4. IPI 4.7 Princípios Constitucionais 4.7.1 Seletividade Art. 153, IV, par. 3º, inciso I da CF, quanto mais supérfluo for o produto maior será a incidência doo produto, maior será a incidência do imposto. 4.7.2 Não Cumulatividade Art. 153, IV, par. 3º, inciso II da CF, em cada operação será abatido o valor pago na operação anterioranterior. Unidade I 4. IPI 4.8 Base de cálculo 4.8.1 Procedência estrangeira a) O valor que servir ou que serviria de BC para o cálculo dos tributos aduaneiros, por ocasião do despacho de importação, acrescido do montante desses tributos e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis. 4 8 2 D d t i i4.8.2 Dos produtos nacionais a) O valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial. Unidade I 4. IPI 4.9 Alíquotas São várias de acordo com classificação fiscal do produto, ver a TIPITIPI. 4.10 Escolha de classificação fiscal de uma empresa. Não confundir TIPI com NCM, pois a TIPI e uma tabela na qual constam os códigos NCM (classificações fiscais das mercadorias) com as respectivas alíquotas de IPI para cada produto, separados por seções, capítulos etc. Unidade I 4. IPI 4.11 O crédito do imposto De acordo com a legislação tributária, para creditar-se do ICMS e do IPI, necessárionecessário. Que o ICMS e o IPI estejam destacados em documento fiscal hábil. Que o documento fiscal hábil seja emitido por contribuinte em situação regular perante o fisco. Que o documento fiscal hábil seja escriturado no respectivo livro de registro de entradas, modelo 1. Unidade I 4. IPI 4.12 O débito do imposto O débito do imposto se dá na saída do produto, por venda ou outra movimentação que seja tributada taismovimentação que seja tributada tais como empréstimo de produto de estoque, demonstração, mostruário entre outros. O IPI e um imposto que e calculado “por fora”. Diferente do ICMS, o IPI e agregado ao valor do produto e somado no total da notavalor do produto e somado no total da nota fiscal. Exemplo: Valor do produto......R$ 65.000,00 IPI de 10%.................R$ 6.500,00 Total da NF...............R$ 71.500,00 Unidade I 4.13 Exemplo de contabilização Aquis. mat. prima a prazo p/industrialização D – Estoque MP (AC)................ 41.500,00 D – ICMS a Recuperar (AC)..........8.500,00 D IPI a Recuperar (AC) 4 000 00D – IPI a Recuperar (AC)...............4.000,00 C – Fornecedores (PC).............. 54.000,00 Pela venda dos produtos a prazo D – Clientes (AC)...........................140.800,00 C – Receita Bruta vendas (DRE)...140.800,00 Pelo registro do custo do produto vendido D – CPV (DRE)................................. 41.500,00 C - Estoque MP (AC)...................... 41.500,00 Unidade I 4.13 Exemplo de contabilização Incidência do ICMS e do IPI sobre a venda D – ICMS sobre Vendas (DRE)..... 23.936,00 C – ICMS a Pagar (PC)...................23.936,00 D – IPI sobre Vendas (DRE)......... 12.800,00 C – IPI a Pagar (PC)........................12.800,00 Apuração do ICMS e IPI ao final do período D – ICMS a Pagar (PC)..................8.500,00 C – ICMS a Recuperar (AC)..........8.500,00p ( ) , D – IPI a Pagar (PC)...................... 4.000,00 C – IPI a Recuperar (AC)...............4.000,00 Unidade I 4. IPI 4.13 Exemplo de contabilização DRE Receita Bruta vendas.............. 140.800,00 (-) ICMS sobre vendas...............(23.936,00) (-) IPI sobre Vendas ..................(12.800,00) (=) Receita Líquida de Vendas..104.064,00 (-) CPV.........................................(41.500,00) (=) Lucro Bruto........................... 62.564,00 Unidade I 4. IPI 4.14 Tratamento do IPI em operações de venda para empresas da ZFM e ALC. São isentas as saídas para ZFM de produtos nacionais para seu consumoprodutos nacionais para seu consumo interno, utilização ou industrialização. Este benefício aplica-se aos produtos nacionalizados, quando oriundos de países com os quais o Brasil mantenha tratado Porém as remessas sairão comtratado. Porém, as remessas sairão com a suspensão até que se efetive a entrada na ZFM. A Isenção está no RIPI 4544/02 e alterações de 2010 (ver LT). Interatividade O IPI é devido somente na venda de um produto. Você concorda? a) Sim, conforme determina a TIPI. b) Sim, conforme determina o RIPI. c) Sim, conforme determina o CTN. d) Não, em uma saída por demonstração também há incidência do IPI. e) Não, o convênio entre os Estados estabelece outras modalidades. ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar