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Archigram: Revolução na Arquitetura

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TEORIA E HISTÓRIA DO URBANISMO
ALUNA: KAMILA DE ALMEIDA VIEIRA 
O Archigram surgiu a partir de a um grupo de estudantes de arquitetura e urbanismo recém graduados formado por por Peter Cook, Ron Herron, Warren Chalk, Dennis Crompton, David Greene e Mike Webb, que se reuniram para publicar uma revista ilustrada de caráter contestatório e provocativo, também denominada Archigram. Um nome que vem da junção entre as palavras architecture e telegram. A idéia era lançar uma publicação que fosse mais simples e mais ágil que uma revista  comum e que tivesse a instantaneidade de um telegrama. Entusiasmados com os efeitos dessa perspectiva de progresso, muitos arquitetos da época viam a arquitetura tradicional como um grande artefato obsoleto e compartilhavam a crença de que era possível e necessário uma transformação total da disciplina arquitetônica. 
Estes arquitetos ingleses não temiam romper todos os vínculos com a tradição e com os padrões estabelecidos. As suas propostas tinham sempre um caráter inovador e desafiador. Fazia o uso da tecnologia, para ironizar o seu uso exagerado. Certo ar de ironia e humor podem perceber-se nos seus projetos.
O grupo se considerava uma "válvula de escape para o pensamento". Sua ideologia era, como todo grupo de contestação e esquerda, de oposição à perspectiva de estaticidade, defendendo a criação dialética, a liberdade pessoal, ao ambiente flexível e aos desejos individuais, influências estas últimas possivelmente aos situacionistas. Pressupunham uma modificação drástica no cenário humano e urbano em múltiplas escalas, desde elementos do cotidiano, até a estrutura dos edifícios e cidades
Para entendermos a importância das idéias e dos projetos do grupo Archigram é necessário fazermos uma viagem no tempo até o início dos anos sessenta do século XX. Havia passado da segunda guerra mundial e muitos países do primeiro mundo entravam em um período de grande expansão econômica e tecnológica, impulsionando o desenvolvimento de revolucionários meios de transporte e de comunicação. As políticas de conquista espacial, o crescimento das redes de telecomunicações via satélite, o surgimento da robótica, dos computadores e a proliferação de todo tipo de eletrodomésticos, principalmente, a televisão, indicavam um novo panorama de desenvolvimento e de bem estar. Todos esses fatores característicos da revolução tecnológica conduziram, em aliança, ao desenvolvimento de uma nova linguagem cultural que contaminou todos os âmbitos de expressão.
Os antecedentes do movimento Archigram apontam para diversos processos de revisão formal contra uma possível retomada de alguns dos princípios arquitetônicos e formais do Movimento Moderno. Economicamente, tratava-se de um período de prosperidade e desenvolvimento dos países capitalistas, dentre eles a Inglaterra, local de onde vinham os membros do movimento.
O grupo se desenvolve a partir de um espírito vital e jovial que, herdado das vanguardas do início do século XX. Mais que uma exaltação à técnica o grupo buscava transcender os esquemas fordista-taylorista de produção e gerar uma alternativa para reprodutibilidade que possibilitasse maior interação do usuário e representasse uma alternativa à homogeneização e estandardização do estilo internacional. O fato é que as suas idéias e projetos são discutidos até hoje como exemplo de criatividade e de originalidade, servindo de referência e de inspiração para os arquitetos do século XXI. 
 As vertiginosas mudanças econômicas, sociais e culturais da época solicitavam novas alternativas de planejamento espacial fundamentadas em princípios como a mobilidade, a flexibilidade, a instabilidade, a mutabilidade, a instantaneidade, a efemeridade, a obsolescência e a reciclagem. A partir destes princípios foram surgindo os projetos do Archigram. 
As idéias e os projetos arquitetônicos repercutiram por todo o mundo, redefinindo a nossa própria maneira de entender e de lidar com a arquitetura. Os seus procedimentos influenciaram vários arquitetos e desencadearam toda uma onda de projetos experimentais. Os seus projetos procuravam antever e moldar o ambiente futuro, com propostas super criativas nas quais o campo da realidade se encontrava com o domínio da ficção, mais especificamente, com o imaginário da ficção científica.
Para eles, a arquitetura deveria abandonar seu reduto artístico, artesanal e histórico e penetrar no mundo da produção industrial. Boa qualidade de vida poderia ser proporcionada apenas pelo desenvolvimento tecnológico aplicado aos sistemas de organização voltado para os desejos individuais do homem e de sua sociedade. Muitos projetos de intervenção eram desenvolvidos tendo a cidade de Londres como campo de teste e experimentação. Ao contrário da tradição arquitetônica que sempre criou construções e objetos com rigidez e resistência para durar por gerações e gerações, as pesquisas que embasavam a criação dos projetos do grupo Archigram procuravam investigar o que aconteceria se todo o entorno urbano fosse programado para mudar no decorrer do tempo.
Com relação às características formais das soluções de projeto, é possível perceber muitas investigações estruturais, de recobrimento e de organização interna de funções, às quais eram incorporados tubos, cabos, painéis e superfícies modeláveis, reflexivas à luz, incorporando tudo o que fosse possível de tecnologia automotiva, aeronáutica, espacial, industrial, etc. 
A linguagem era influenciada pela circulação, movimento, fluxo escapando de modelos conservadores de fechamento e permanência. 
Projetos adotavam uma condição urbana mais "humana", apesar da inflação de recursos técnicos, valorizando as situações variáveis e transitórias do cotidiano. Propostas propunham situações urbanas que poderiam ser montadas em qualquer lugar e a qualquer tempo.
Assumiam a possibilidade de vivência numa sociedade nômade, na qual a casa se constituiriam um aparelho que pudesse ser levado consigo e plugada numa cidade-máquina.
campo do real x imaginário
Infra-estrutura leve
 Explorava o universo das estruturas infláveis e computadorizadas
nova visão da cidade do futuro
Edificações eram leves, flexíveis, instantâneas e efêmeras, que poderiam ser montadas e desmontadas em vários lugares.
O projeto  Plug-in City apresentava a proposta de uma cidade tentacular que seria construída a partir de uma mega-estrutura em forma de rede, erguida com produtos pré-fabricados, com vias de comunicação e de acesso interligando cada ponto do terreno. As múltiplas partes dessa mega-estrutura se comunicavam entre si através de um sistema de conexões físicas e de uma malha de circuitos comunicacionais e informacionais, materializados por amplas tubulações e articulações metálicas que serpenteavam como passarelas por todos os setores. Um espaço urbano planejado como um só edifício, constituído por elementos arquitetônicos móveis e inter-cambiáveis que se conectavam em elementos estruturais fixos do tipo espacial.
As residências, eram posicionadas unidades arquitetônicas “inteligentes” voltadas para todo tipo de serviços, com o objetivo de suprir todas as necessidades dos moradores. Uma maneira de oferecer ao mercado unidades ergonômicas, compactas, econômicas e de fácil transporte.
No Plug-in city  podia se encontrar hotéis, restaurantes, supermercados, farmácias, etc.
O seu planejamento estabelece um dispositivo eletrônico contínuo que registra e regula, as demandas de crescimento e de transformação do espaço urbano, de acordo com as exigências e necessidades de seus habitantes. As unidades arquitetônicas residenciais e de serviços dessa cidade interconexa eram planejadas para a obsolescência, ou seja, eram espaços criados para serem reprogramados e remanejados com o passar do tempo, de acordo com as mudanças ocorridas no cotidiano urbano e em conseqüência do surgimento de novas necessidades de consumo. De acordo com os integrantes do grupo, na atual época tecnológica, com trocas contínuas de necessidades, um edifício, uma ruaou até mesmo uma cidade inteira, chegam muitas vezes a cair em desuso, do ponto de vista de sua utilização, necessitando ser esporadicamente reprogramada e reconstruída.
Plug-in city
A Instant City propõe a cidade à deriva, como um evento tecnológico móvel que deriva sobre espaços subdesenvolvidos. O efeito dela sobre esses espaços subdesenvolvidos seria uma superestimulação deliberada para produzir a cultura de massa. É um evento tecnológico móvel que deriva em subdesenvolvidos, cidades monótono através do ar (balões) com estruturas provisórias (espaços de desempenho) no reboque. Apesar da globalização informacional propiciada pelos novos meios de comunicação, as pessoas moradoras das pequenas cidades sentiam-se ainda muito frustradas por não receberem informações e novidades dos grandes centros urbanos, onde tudo acontecia. Por isso a Instant City viria suprir as suas necessidades como uma “metrópole visitante”, gerando uma rede de informações que cobriria uma malha de cidades que se conectariam entre si no momento em que o evento arquitetônico ocorresse. 
O projeto propunha uma espécie de arquitetura móvel que oferecia uma série de eventos e de informações culturais que seriam levadas a localidades distantes das metrópoles, como pequenas cidades do interior. Um grande circo coberto de lonas erguidas por balões, sob as quais poderiam ser encontradas estruturas pneumáticas, guindastes leves, unidades móveis de apoio conectadas a carros e caminhões, máquinas de entretenimento, jogos de iluminação e uma série de equipamentos e sistemas audiovisuais e de TVs. Uma arquitetura do acontecimento, que surgiria do nada, interagiria com algumas comunidades e depois se esvaneceria.
 
 
 Instant City
Walking city
Walking City seria a cidade dinâmica cujos edifícios seriam enormes estruturas robóticas móveis, com inteligência própria, que poderiam percorrer o mundo livremente, movendo-se para onde seus recursos ou capacidades de fabricação fossem necessários. Esses edificios poderiam se plugar em estações para a troca de ocupantes ou para a restauração e abastecimento de recursos. Basicamente seria uma cidade capaz de sobreviver após um futuro arruinado por guerras nucleares, um mundo onde a mutabilidade e a inteligência artificial pudessem garantir sobrevivência. A cidade como objeto independente do contexto em que se insira. 
Várias cidades poderiam se interligar para formar maior "metrópoles ambulantes" quando necessário, e em seguida se dispersarem quando seu poder concentrado não fosse mais necessário. Edifícios ou estruturas individuais também podem ser móveis, movendo-se sempre que seu dono quisesse ou fosse necessário.
Uma arquitetura sem fundações e sem raízes, constituída com pernas tubulares que se deslocam pelo solo e pelas águas em constante movimento. Uma cidade sem lugar fixo, adequada para viajantes e nômades. Mistura de nave espacial com submarino atômico.

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