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Práticas de informática na educação

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AT 1
2 32
S
U
M
Á
R
IO
4 INTRODUÇÃO
6 UNIDADE 1 - O que é Tecnologia
7 1.1 - Equipamentos Tecnológicos Aplicados na Educação
8 1.2 - Informática na Educação
8 1.3 - A História do Computador
8 1.4 - A evolução do Computador 
13 1.5 - Origem da Internet 
14 1.6 - A evolução da Internet 
15 1.7 - Evolução do Homem diante do computador
17 UNIDADE 2 - Informática na Educação
17 2.1 - Informática na Educação Segundo Pierre Lévy
18 2.2 - Paradigmas Educacionais
19 2.3 - Mudança de paradigmas do professor
19 2.4 - O conhecimento como mercadoria
20 2.5 - O Futuro da informatização no ensino
21 2.6 - Pedido dos Professores: Fim dos diários
22 2.7 - Como adquirir um computador de acordo com a necessidade
24 2.8 - Conhecendo alguns Softwares e suas Utilidades
29 UNIDADE 3 - Geração Digital
29 3.1 Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC)
29 3.1.1 - Ensino a distância
33 CONSIDERAÇÕES FINAIS
34 REFERÊNCIAS
2 33
Olá, Cursista!
Primeiramente, parabenizamos por 
aceitar o desafio de fazer um curso que 
tenha a informática como disciplina. É 
sabido que se trata de ferramentas com 
grandes abrangências nas diversas áreas, 
e este curso lhe oferecerá subsídio para 
que esteja “plugado” nos acontecimentos 
do mundo.
Este guia traz uma referência impor-
tante a respeito das Práticas da Informá-
tica na Educação. É também um direcio-
namento para o ensino-aprendizagem.
A linguagem da apostila é de fácil 
acesso, procurando atender àqueles 
que não têm contato com o computador, 
como também aos alunos que possuem 
grandes noções, partindo das definições 
simples para as mais complexas, de pro-
gramas usuais para os mais avançados.
Para fins didáticos, organizamos 
os conteúdos da seguinte forma:
Unidade 1 - trata-se de elucidar os 
recursos tecnológicos que se dispõe nas 
escolas atuais, como também enriquece-
mos com novas tecnologias e possibilida-
des existentes. Apresentaremos a his-
tória do computador e alguns softwares 
tradicionais que possam ser utilizados na 
educação.
Unidade 2 - evidencia ideias de impor-
tantes filósofos e pensadores, oferecen-
do uma ampla noção daqueles que racio-
cinam neste campo e são referências à 
tecnologia na educação.
Unidade 3 - serão representadas pos-
sibilidades do futuro tecnológico diante 
dos direcionamentos de teóricos e das 
políticas públicas educacionais, enrique-
cendo o leitor com um conjunto de pos-
sibilidades e inclinações que permeiam a 
Informática na Educação.
O conteúdo, criteriosamente organi-
zado, tem como principal objetivo apre-
sentar e inserir o universo da Informática 
Aplicada na Educação, oferecendo uma 
ampla noção sobre os conceitos de tec-
nologias.
Com este material de apoio, você terá 
um direcionamento para a aprendizagem, 
e esperamos que tenha um bom curso, 
fazendo da tecnologia um objeto de apro-
ximação das pessoas, tornando-as ainda 
mais humanas.
Gerson Cuenca & Polyana Ap. R.da Silva
4 54
INTRODUÇÃO
“A simples introdução dos meios e 
das tecnologias na escola pode ser a 
forma mais enganosa de ocultar seus 
problemas de fundo sob a égide da 
modernização tecnológica. O desafio 
é como inserir na escola um ecossis-
tema comunicativo que contemple ao 
mesmo tempo: experiências culturais 
heterogêneas, o entorno das novas 
tecnologias da informação e da comu-
nicação, além de configurar o espa-
ço educacional como um lugar onde o 
processo de aprendizagem conserve 
seu encanto”. Jesús Martín Barbero
Começamos este guia com o pensa-
mento de Jesús Martins Barbero, não 
para apresentar ideias pessimistas sobre 
a tecnologia, mas para reafirmar que o 
aspecto humano é insubstituível no pro-
cesso pedagógico.
Este Guia de Informática na Educação 
tem como finalidade proporcionar aos 
alunos e profissionais da educação um 
estímulo e a possibilidade do uso da in-
formática neste contexto, como também 
as novas tendências tecnológicas edu-
cacionais. Apresentaremos aqui vários 
equipamentos e software que podem 
ser utilizados pelo professores e alunos 
fazendo o uso da tecnologia como instru-
mento do ensino/aprendizado.
O conhecimento dos recursos tecno-
lógicos é de fundamental importância, 
tanto para aqueles que querem fazer uso 
para aprender, como para os que ensi-
nam, aumentando a sua capacidade de 
expor seus conteúdos e entusiasmando 
o seu público.
A tecnologia é de grande valia para a 
valorização das informações, facilita o 
processo ensino-aprendizagem, mas não 
pode ser vista como o único elemento ca-
paz de resolver isoladamente os proble-
mas relacionados à educação. Metafori-
camente, se compararmos a tecnologia 
com a atividade do dia-a-dia, como a arte 
de cozer, diríamos que o fogão, utilizado 
pela cozinheira, é muito importante para 
o resultado, mas não é o principal “ins-
trumento”. Imaginemos três fogões: Um 
a lenha, um a gás (convencional) e um 
outro industrial com a mais alta tecnolo-
gia. O último, agregado ao artefato tec-
nológico, facilita e padroniza o bolo, mas 
a qualidade do alimento está no tato da 
cozinheira e no carinho com que coze. 
Esse exemplo se materializa, metafo-
ricamente, entendendo que a tecnologia 
é um item importante do ensino-apren-
dizagem, mas não deve ser o único, o es-
sencial é o gostar e o querer, pois ensina-
-se não somente para a “transmissão de 
conhecimentos”, da mesma forma que 
não se apreende com quem não há afi-
nidades. O ensino-aprendizagem ocor-
re com as afinidades, com o simpatizar 
com algo, está mais ligado à identificação 
com quem ensina do que com a aprendi-
zagem, fato este que é comum encon-
trarmos muitos alunos que escolhem seu 
curso por simpatizar com o seu professor 
que o “incentivou” a fazer.
A tecnologia é um meio e não um fim 
para o ensino. Um mecanismo em cons-
tantes modificações e de uso modera-
do, que não sobrevive sem o professor, 
4 55
o mediador desse processo. Lembramos 
que a implementação da tecnologia nas 
escolas não é uma forma de se resolver 
os problemas e sim de criar novos para a 
inserção da mesma.
6 76
UNIDADE 1 - O que é Tecnologia
Para compreendermos o uso da infor-
mática na educação, trataremos de tecno-
logia, começando com a sua definição e, 
para isto, iniciaremos com o mais concei-
tuado dicionário de sinônimos.
Tecnologia [Do gr. Tecnologia, ‘tra-
tado sobre uma arte’.] S.f. 1. Conjun-
to de conhecimentos, esp. Princípios 
científicos, que se aplicam a um deter-
minado ramo de atividade: tecnologia 
mecânica. 2. A totalidade desses co-
nhecimentos: vivemos a era da tecno-
logia. (Aurélio, 2000).
No que diz respeito à Informática na 
Educação, etimologicamente, essa não 
é somente o mais moderno maquinário 
para imprimir conhecimento, ou facilitar a 
aprendizagem. O computador, a internet 
ou outros recursos modernos são tecno-
logias que usamos para ensinar aos alu-
nos, mas não são as únicas, tomemos o 
cuidado de não confundirmos tecnologia 
de ponta 1 com tecnologia.
Ilustração 01
O homem, procurando aumentar seus 
limites cria objetos para buscar a eficiên-
cia. Lembremos que o martelo é tido como 
uma extensão do braço e mão, que o avião 
busca expandir os limites do homem com 
relação à locomoção, entre outros.
Voltando um pouco no tempo, o homem 
da caverna usava para caçar a lança, para 
abater os animais na busca de seus ali-
mentos ou para a sua defesa, para isso, 
usavam pedras lapidadas, como também 
para fazer os hieróglifos 2. Todos os ele-
mentos criados para um determinado fim, 
lapidados pelo homem ao longo da histó-
ria, podemos dizer que é tecnologia. 
No tempo atual, poderíamos enumer o 
seguinte processo evolutivo: giz, quadro-
-negro, caderno, lápis, caneta, borracha, 
mimeógrafo, Data-show, computador, 
internet, xerox, impressoras,livros, a lin-
guagem, etc. Todos esses elementos fa-
zem parte de uma lista extensa de uten-
sílios e conhecimentos capazes de auxiliar 
educador e o educando na arte do ensino/
aprendizagem.
Ao pensar em Informática na Educação, 
logo nos remete a ideia do computador, do 
Data-show e de outros recursos “moder-
nos” que utilizamos para auxiliar no en-
sino. Procurando facilitar o processo das 
noções deste e dos capítulos sequentes, 
evidenciaremos a apresentação e os ma-
nuseios de alguns equipamentos tecnoló-
gicos.
1- Tecnologia de última geração
2 - Marcas na caverna, cuja finalidade busca anotações rudi-
mentares.
6 77
1.1 - Equipamentos Tecno-
lógicos Aplicados na Educa-
ção
a) Retro Projetor
Ilustração 2 3 
Sendo uma das ferramentas mais utili-
zadas na educação, o retro-projetor é fei-
to para projetar uma lâmina transparen-
te escrita por uma caneta especial e até 
mesmo impressa. Trata-se de um sistema 
relativamente simples de espelho que 
projeta luz/sombra em uma tela de proje-
ção, normalmente branca.
b) Mimeógrafo 
Ilustração 3
Aparelho de baixo custo operacional, 
largamente utilizado pelos professores 
para produção de materiais do dia-a-dia 
para o aluno, como também na elaboração 
de provas e outros. A sua difusão foi devi-
da ao seu baixo custo operacional, sendo 
utilizado a álcool e folha de sulfite. 
Seu funcionamento consiste, basica-
mente, em montar o modelo, em algumas 
regiões do Brasil é denominado de ma-
triz e em outras de estêncil 4. Essa matriz 
é um material carbonado em que se es-
creve usando, pressionando, uma caneta 
comum ou o uso de impressora matricial. 
Com esse procedimento, tem-se uma pe-
quena gráfica a baixo custo operacional. 
Esse aparelho é utilizado nas escolas em 
que o xérox ou outra reprografia não são 
muito utilizados.
c) Data-Show
Ilustração 4
Uma ferramenta utilizada em palestras 
e em salas de aula. Nas escolas e faculda-
des particulares e públicas já se utilizam 
data-show acoplado aos computadores 
para facilitar o manuseio e agilizar o pro-
cesso de aprendizagem.
3 - Fonte <http://www.3bscientific.com.br/imagelibrary/
U30150_l/instrumentos/U30150_l_retroprojetor-115-v-5060-hz.
jpg>Acesso 08/02/2009
4 - [Do ingl. Stencil] S. m. Brás. Folha de papel recoberta por 
substância gelatinosa e gravada ou perfurada por estilete ou 
por máquina dactilográfica, de jeito que , ao passar entre um 
rolo de tinta e uma folha de papel em branco, nesta reproduz 
fielmente as letras ou desenhos traçados. Matriz [pl.:estênceis. 
Cf. mimeografa.] AURÉLIO, 2000
8 9
1.2 - Informática na Educa-
ção
A informática é a área que mais se evo-
luiu nos últimos 30 anos e a sua ferramen-
ta de maior destaque é o computador, 
propiciando a conexão para diversas áre-
as do conhecimento, como também sua 
interação entre os tipos de conhecimen-
tos e pessoas, países e culturas, criando 
um único bloco de informação interligan-
do o mundo todo. Mas, o computador não 
foi inventado ou descoberto, ele faz parte 
de um quebra-cabeça em construção que 
vão somando suas pequenas peças inte-
ragindo com as novas tecnologias para 
sua construção chegando ao que temos 
hoje, denominado computador. Vejamos a 
sua história:
 1.3 - A História do Compu-
tador
O computador, o mais difundido apa-
relho ao falarmos de tecnologia e o prin-
cipal ao tratarmos de informatização das 
escolas, está em nossas vidas através de 
e-mails, sites de relacionamentos, notí-
cias e demais ferramentas disponíveis na 
internet. Trataremos a seguir do panora-
ma das evoluções 5 sofridas na expecta-
tiva de proporcionar parâmetros para as 
possíveis inclinações relacionadas às evo-
luções. 
Levantaremos um breve histórico so-
bre a origem do computador, como tam-
bém a revolucionária façanha de interligar 
esse equipamento em uma incrível rede 
chamada internet. Tudo isso, é lógico, não 
seria possível sem a invenção desse apa-
relho.
As tecnologias nas ciências ou em qual-
quer área cuja evolução tecnológica é 
necessária ao seu crescimento, não con-
seguem imaginar o seu uso para ajudar a 
computar os resultados 6, sem o auxílio 
do computador. Imaginemos a medicina 
em suas pesquisas, a importância que é 
o seu acúmulo de dados, nas estatísticas, 
na matemática, ou seja, na construção de 
qualquer conhecimento da humanidade. 
O computador é uma extensão do cérebro 
humano com poder de armazenar milha-
res de vezes, com uma capacidade de con-
tabilidade de dados inseridos e ordenados 
infinitamente maior. Vejamos a evolução 
desse magnífico aparelho.
1.4 - A evolução do Compu-
tador 7
O computador não surgiu, obviamente, 
como o computador que conhecemos hoje, 
mas a soma de um conjunto “evolutivo” de 
ideias e artefatos. O ábaco é um exemplo, 
ainda trabalhado atualmente em algumas 
escolas, como uma máquina mecânica e 
manual cuja finalidade é facilitar o poder de 
raciocínio. Iremos começar por ele, pois esse 
é o primeira no caminho da informática.
Inicialmente, o homem usava sua capaci-
dade para contar, usando os dedos pedras e 
todos os artifícios que poderia utilizar. 
 
5- Chamaremos aqui de evolução o desenrolar de aconte-
cimentos, transformações de aparelhos ou procedimentos 
ocorridos com os materiais em que, na maioria das vezes, 
ocasionam uma melhor utilização, direcionando ao bem estar 
coletivo.
6 - Termo oriundo da palavra computador que tem o sentido de 
calcular, orçar, calcular. 
7 - As imagens 9 a 11 foram retiradas do site < http://br.geoci-
ties.com/samantha.troni/hot1/introducao1.htm>
8 9
Ilustração 5 
Com o passar do tempo, foi utilizando fer-
ramentas, além das encontradas prontas 
na natureza, tais como pedras e galhos e foi 
construindo ferramentas para ajudá-los. Na 
proporção em que sua vida social tornava-
-se complexa, assim também, aumentavam 
as modificações das ferramentas. O mais 
importante utensílio inventado pelo ho-
mem, caminho ao computador, foi o ábaco.
a) Ábaco
 Ilustração 6
O ÁBACO 9 é um calculador decimal que 
se opera manualmente sendo considerada 
a primeira máquina a facilitar o trabalho no 
homem com relação à função do raciocínio 
lógico. Foi criado e utilizado no oriente mé-
dio, há milhares de anos, e ainda hoje é mui-
to utilizado. E foi essa ideia que contribuiu 
para a invenção da calculadora mecânica. 
b) Calculadora Mecânica
 Ilustração 7
Criada por Blaise Pascal (1623-1662), 
contribui para a primeira calculadora mecâ-
nica, sua principal função era fazer contas 
de somar e subtrair. Vê se então a sgrandes 
possibilidades de ferramentas que pudesse 
“pensar” com maior rapidez que o homem. 
Uma das máquinas que surge merecendo 
destaque é o Tear Programável.
c) Tear Programável
O Tear Programável, criado em 1801 por 
Josephi Marie Jaquard, é dotado de uma lei-
tora de cartões perfurados, os quais repre-
sentavam os desenhos do tecido, portanto 
um processador das informações relativas à 
padronagem do tecido.
Com o surgimento do tear, considerou-se 
o primeiro exemplo de desemprego 10 pro-
vocado pela automação, o que muitas vezes 
foi confundido o uso da tecnologia como a 
causa de desemprego e não como mudança 
de atividades. 
8 - Fonte< http://br.geocities.com/samantha.troni/hot1/intro-
ducao1.htm> acesso 20/01/2009
9 - Mat. Calculador manual para efetuar operações elemen-
tares. 3. Mat. Diagrama nomográfico; nomograma. [Michaelis 
Eletrônico]
10 - Citamos o desemprego como possibilidades causadas pela 
automação tecnológica, pois com a implantação de facilida-
des eletrônicas, pode ser diminuída a quantidade de recursos 
humanos para a mesma operação.
10 11
Como a evolução do tear, temos o Calcu-
lador Analítico.
d) Calculador Analítico
O calculador analítico ou computador 
analítico, foi criadopor Charles Babbage 
(1792-1871), possuía a capacidade de somar 
até 50 casas decimais, com entrada inspira-
da no tear de Josephi Marie Jaquard. Esse 
aparelho teria a capacidade de ler cartões 
perfurados contendo, não somente núme-
ros (os dados), mas também a instruções de 
o que fazer com os dados.
Possuía, além dos dispositivos de cálculo, 
um outro de memória inicialmente chama-
do de armazém, para arquivar os números, 
um banco com 1000 registradores, cada um 
com a capacidade de armazenamento de 
números de 50 dígitos. Os números eram 
“digitalizados” pelos cartões de entrada ou 
então eram números fruto dos resultados 
das operações do moinho. 
Babbage é considerado o precursor do 
computador e Ada a precursora do softwa-
re. Estando ambos muito além de seu tem-
po, não conseguiram financiamento para 
custear seu invento, deixando uma belíssi-
ma ideia construída no papel.
Ilustração 8 - Charles Babbage e Lady Ada Lovelace
e) Hollerith
Ilustração 9
Baseado nos cartões de Jacquard, Her-
man Hollerith (1860-1929) criou uma 
máquina em que acumulava e classifica-
va informações, chamada de Tabuladora 
de Censo cuja aplicação destinava-se a 
processamento dos dados, o censo.
f) Colossus
Em 1942, Alan Turing, em Bletcheley 
Park, na Inglaterra, contribui para o pri-
meiro computador eletrônico programá-
vel, cuja aplicação destinava a criptogra-
fia 11 , quebra de código.
g) Harvard Mark I
Em 1944, Howard Aiken, na Universi-
dade de Harvard, Estados Unidos, surge 
o primeiro computador eletromecânico 
automático de grande porte.
11 - s. f. Arte de escrita secreta, convencional, por meio de 
sinais, cifras e abreviaturas. Michaelis Eletrônico
10 11
h) ENIAC - Eletronic Numerical Inte-
grator and Calculator
 
Ilustração 10 12
John Macuchly e John Presper Eckert, 
em 1946, no Ballistic Research Labora-
tory, University of Pennsylvania nos EUA, 
criaram um computador eletrônico digital 
de grande porte que operava no sistema 
decimal com base dez e não binário, com 
19000 válvulas e uma potência de 175 
Kw, com a capacidade de 5.000 operações 
por segundo e de armazenagem de 20 nú-
meros de 10 dígitos. Apesar de toda essa 
capacidade, não tinha qualquer tipo de 
memória central. 
i) Transistor
Ilustração 11 13
A evolução do computador se funde 
junto aos inventos de pequenas peças em 
que em seu conjunto propiciam o aumen-
to da eficiência do equipamento. Em 1947, 
na Universidade de Stanford (EUA), é in-
ventado o primeiro dispositivo eletrônico 
de estado sólido, o transistor, esse foi um 
grande passo para o avanço tecnológico 
no que se refere à rapidez.
j) Manchester Mark I
Em 1948, na Inglaterra, surge o primei-
ro protótipo de computador eletrônico de 
programa armazenado, chegando a exe-
cutar seu primeiro programa com sucesso 
em 21 de julho de 1948, na Universidade 
de Manchester, pela Royal Society Compu-
ting Machine Laboratory, por F.C Williams, 
Tom Kilburn e Max Neuman, logo desper-
tando o interesse de outras faculdades 
como Cambridge 14. 
k) EDSAC - Eletronic Delay Storage 
Automatic Computer
No ano seguinte ao Manchester Mark I, 
em 1949, Maurice Wilkes, da Universidade 
de Cambridge, na Inglaterra, cria o primei-
ro computador eletrônico digital de pro-
grama armazenado de grande porte, to-
talmente funcional, chegando à execução 
do primeiro programa com sucesso em 06 
de junho de 1949.
l) UNIVAC I
Em 1949, surge o primeiro computador 
eletrônico disponível comercialmente, o 
UNIVAC, Unisys. Mauchly and Eckert Com-
puter Corporation, usavam o computador 
para processamento de dados das elei-
12 - Fontehttp://br.geocities.com/samantha.troni/hot1/intro-
ducao2.htm Acesso 02/02/2009
13 - Fonte http://www.betoeletronica.com.br/loja/images/
TRANSISTOR.gif acesso 03/01/2008
14 - Fonte < http://venus.rdc.puc-rio.br/rmano/comp2hc.
html> acesso 03/01/2008
12 13
ções, com a capacidade de armazenamen-
to e compilador de dados.
m) Whirlwind I
Surge então, em 1950, o primeiro com-
putador para processamento de dados em 
tempo real, criado por J. Forrester (Massa-
chussets Institute of Technology - MIT, 
EUA).
q) IBM 701
Começa, em 1953, a nova era de compu-
tadores, agora pela IBM, que se mostraria 
com o tempo um gigante na arte de fazer 
e vender computadores, e é nesse ano que 
nasce o primeiro computador eletrônico di-
gital desta empresa.
n) NCR 304
A NCR Corporation, em 1957, dá início a 
comercialização de um computador cons-
truído por transistores, sendo totalmente 
fabricado com componentes sólidos.
o) IBM 305
O primeiro computador comercial a utili-
zar cabeça móvel em suas unidades de disco 
foi no ano de 1957, com a IBM Corporation.
p) COBOL - Common Business Orien-
ted Language
Nada valia o equipamento sem os sof-
twares para fazer as operações e, em 1960, 
com a Conference on Data System Langua-
ges CODASYL, surge a primeira linguagem 
de programação de computadores para 
aplicação comercial padronizada, a COBOL.
q) IC – Circuito Integrado
Em 1961, pela Fairchild Corporation, 
surge o primeiro circuito integrado disponí-
vel comercialmente, contribuindo significa-
tivamente para a evolução do sistema.
r) INTEL 4004
A Intel Corporation, a mesma que faz 
equipamentos até hoje, em 1971, lança o 
primeiro microprocessador disponível co-
mercialmente.
s) MITS 816
Em 1972, é um marco na história da co-
mercialização, sendo que o primeiro micro-
computador disponível para uso pessoal é 
lançado, pela MITS (Micro Instrumentation 
and Telemetry Systems).
t) ALTO
Em 1973, a Xerox PARC (Palo Alto Rese-
arch Center) lança o primeiro microcompu-
tador pessoal completo, totalmente funcio-
nal, incluindo monitor. 
u) ALTAIR 8800
Edward Roberts, William Yates e Jim 
Bybee, em 1975, lançam o primeiro micro-
computador pessoal produzido industrial-
mente para venda em massa.
v) APPLE II
Ilustração 12
Começa, a partir de 1976, por Steve Jobs e 
Steve Wozniak (Apple Corp.) computadores 
da APPLE II, o microcomputador pessoal a 
ter sucesso comercial.
12 13
x) IBM PC
 Ilustração13 
Uma segunda fase de vendas, em 1981, 
pela IBM Corp (Boca Raton, FL, EUA), o pri-
meiro microcomputador pessoal IBM com 
arquitetura aberta. Esse equipamento foi 
um imenso sucesso comercial.
As transformações do computador não 
foram somente em seus aspectos inter-
nos e sim quanto a sua utilização, deixan-
do de ser um centro de processamento de 
dados para assumir a função de uma rede 
de comunicação interagindo pessoas e 
comunidades. Daí surge a maior revolução 
do computador com a possibilidade de in-
teragir com o mundo, a internet.
1.5 - Origem da Internet 
A palavra internet se compõe, etimolo-
gicamente, com a junção de duas palavras 
a inter = interação, relacionamento e net 
= rede, ou seja, uma rede de computado-
res interligados capazes de transmitir in-
formações e interligarem dados e pesso-
as.
A origem da internet veio da necessi-
dade de comunicação entre os exércitos 
que pretendiam passar informações atra-
vés de fios em que substituíssem o código 
Morse ou outros códigos luminosos que 
demonstravam ineficientes no meio da 
comunicação em guerra, além do mais, 
criaria-se uma forma de comunicação 
muito segura.
Depois dessa utilização, percebeu-se 
que tinham encontrado uma maneira de 
se comunicar, através de uma rede de 
computadores, e a partir daí novos inves-
timentos e inventos foram aperfeiçoando 
esse sistema.
A internet teve usa expansão na dé-
cada 80 com o surgimento de programas 
que facilitariam o uso do computador, dei-
xando de ser uma máquina de usos restri-
tos a programadores para interagir com 
usuários sem grandes conhecimentos. 
Tal ferramenta, destinava-se aos queexi-
giam complexidade dos grandes bancos 
de dados até àqueles que somente que-
riam digitar um texto e imprimir.
Nos anos 80, o recurso da internet, 
comparados ao que temos hoje, era muito 
restrito, pois o seu alto custo de equipa-
mentos fazia com que não atingissem as 
classes menos favorecidas. Mesmos tendo 
a restrição, tratava-se de uma tecnologia 
possível, pela qual os alunos de diversas 
faculdades já possuíam seus disputados 
laboratórios com internet – normalmente 
destinados a trabalhos acadêmicos.
O sistema de informação evolui de acor-
do com as mudanças do computador, como 
também a sua interação com as pessoas, o 
que nos leva a ficar atentos do quanto de-
vemos ter o cuidado em evoluirmos junto 
ao universo da informação e transformar 
o computador num instrumento a nosso 
serviço.
14 15
1.6 - A evolução da Internet 
O quadro a seguir demonstra o uso da 
internet no mundo. Na tentativa de man-
ter a originalidade das informações, man-
teremos o quadro conforme encontramos 
na internet (em Inglês):
Status do uso da Internet no Mundo
Ilustração 14
14 15
Como se pode observar na ilustração 13, 
41,3% do uso da internet nos continentes, 
a Ásia, é o que mais se utiliza em termo de 
quantidade. Ao se analisar dados de outras 
fontes em que se relaciona o Brasil com os 
demais países, pode-se perceber que o Brasil 
tem uma grande predisposição ao uso da in-
ternet, sua expansão ainda não é maior devi-
do ao não poder econômico de determinadas 
classes para a sua manutenção.
A internet evolui ao longo da história, na-
turalmente, assim, percebe-se que não foi 
criada da forma que temos hoje. Para que fi-
que evidenciada a sua evolução, demonstra-
remos suas complementações através das 
possibilidades de novos recursos disponíveis 
em suas aplicações. Veja as evoluções:
a) Internet 1.0
 O surgimento da internet para o usuário, 
com fácil acesso, revolucionou o mundo, pois 
houve a democratização das informações 
em um custo cada vez mais possível, levando 
informações aos lugares de difícil acesso.
A internet 1.0 é como uma ferramenta 
enciclopédia em que podemos pesquisar co-
piar, imprimir e ter acesso às informações do 
mundo.
b) Internet 2.0
 A Internet evolui com a possibilidade de 
postar informações, o usuário, não somen-
te tem acesso ao conhecimento, como tam-
bém pode inserir os conceitos que julgar 
importante, tais como: vídeos em sites de 
entreterimento, conceitos enciclopédicos 
em dicionários conceituados, deixar recados 
e interagir com pessoas em diversos sites 
de relacionamentos, dentre outros tipos de 
sites. A materialização da internet 2.0, dife-
rencia da 1.0, pela capacidade de inserir da-
dos compartilhando a sua informação com o 
mundo.
c) Internet 3.0
Para quem desconfiava que estivesse no 
fim das limitações do mundo virtual, surge a 
internet 3.0 com a possibilidade, não somen-
te de ler, editar, como também de executar 
software no próprio servidor, fazendo des-
se um enorme local de programas executá-
veis. Os arquivos “executáveis” não neces-
sitam estarem alojados nos computadores, 
mas podem rodar no servidor levando a uma 
economia de espaço na máquina do usuário 
como em todo o universo online.
1.7 - Evolução do Homem 
diante do computador
É evidente que a charge, largamente di-
fundida na internet, que se destaca pela 
criatividade do autor, ficaria impossível en-
contrar a sua origem, pois ao digitarmos 
“evolução do homem” aparecem centenas, 
porém preferimos uma, sabendo que é cópia 
de outros, o que levou-nos a trabalharmos a 
imagem para adequar a este guia com as mo-
dificações necessárias.
 Ilustração 15 16 
A bem humorada charge demonstra, 
entre outros aspectos, o gráfico ascen-
dente e descente do homem voltando a 
uma condição bem similar ao da origem da 
espécie ao sentar diante do computador 
17. 
 16 Fonte < http://www.piffe.com/images/evolutionofman.
jpg> Acesso 08/02/2009
 17 - A charge se posta baseada em conceitos darwinista de 
evolução das espécies.
16 1716
Apesar da forma lúdica de evidenciar-
mos a evolução, temos uma visão otimis-
ta do processo evolutivo do computador, 
em que o homem busca, em sua limitação, 
armazenar informações no cérebro, soli-
citando ao computador auxílio para essa 
tarefa.
16 1717
UNIDADE 2 - Informática na Educação
Ilustração 16 18
2.1 - Informática na Educa-
ção Segundo Pierre Lévy
Para falarmos de informática na educa-
ção ou no universo de sua expansão, é ne-
cessário que abordemos sobre a perspecti-
va de um dos maiores sociólogos que tratam 
este tema, como também sua importância 
no universo digital, Pierre Lévy é, sem dúvi-
da, a maior referência que possuímos. Lévy 
(1999) admite a idealização do universo da 
cibercultura 19 , como uma popularização do 
conhecimento, um lugar em que comparti-
lhamos um conhecimento universal.
 Pierre Lévy nasceu em uma família judai-
ca, fez doutorado em Sociologia e Ciência da 
Informação e da Comunicação, na Universi-
dade de Sorbonne, França. Trabalha, desde 
2002, em pesquisa tratando de inteligência 
coletiva na Universidade de Ottwa, Canadá. 
Lévi analisa os impactos e transformações 
no universo virtual, em que se utiliza a tec-
nologia como fonte de informação, pautan-
do-se no comportamento do homem diante 
do universo online.
Alguns conceitos, no cenário da tecno-
logia, responsáveis em compor todas as in-
formações na internet, são de fundamental 
importância para o entendimento da rede 
de conhecimento e sua distribuição neste 
universo, como também no conhecimento 
escolar.
Aos ambientes virtuais, para edição das 
informações, são, no mínimo, curiosos. Es-
távamos acostu-
mados ao espaço 
físico das informa-
ções, ou seja, se o 
conhecimento es-
tava em um livro 
este estaria alo-
cado na pratelei-
ra da biblioteca e, 
necessariamente, 
teríamos que nos 
postar diante do 
objeto para ter acesso a ele. Para esta infor-
mação ser editada no livro seria necessário 
que o autor o fizesse e encaminhasse a uma 
gráfica, passando pelo processo que conhe-
cemos, até que estivesse pronto para o lei-
tor ter acesso.
Esse fenômeno, em que não há existên-
cia do espaço definido para a locação, como 
ocorre na internet, Lévy (1999) denomina 
de desterritorização, ou seja, as informa-
ções não estão em um único lugar, como 
vivenciamos nos livros, mas em todos os lu-
gares, no universo e fora dele onde se tem 
acesso à internet. 
Ilustração 17 20
 18 - Fonte: www.baixaki.com.br com modificações.
 19 - Terminologia criada por Pierre Lévy e é explicada poste-
riormente neste Guia.
20 - Fonte < http://ressentimento.files.wordpress.
com/2008/04/levy.jpg> Acesso 08/02/2009
18 19
 Poderíamos afirmar que ouve uma que-
bra de paradigma 21, pois o conceito que hoje 
temos de espaço mudou. O lugar em que se 
posta as informações em um servidor, não é 
mais um espaço específico e sim o universo 
da internet, chamado Ciberespaço 22.
Ciberespaço é o “local” em que Lévy 
(1999) denomina como o local não especí-
fico, mas em todos os “lugares” ao mesmo 
tempo criando uma atemporidade 23 das in-
formações.
Lévy (1999) denomina atemporidade das 
informações como sendo a ausência do tem-
po. Segundo o autor, não existe um tempo 
específico para a propagação das informa-
ções, pois a postagem de um texto na inter-
net está em todos os lugares ao mesmo tem-
po. Assim, nesta cultura do conhecimento, 
em que se somam todos os conhecimentos 
contidos na internet, Lévy denomina de ci-
bercultura.
 Ilustração 18 - Rede de computadores
Para o autor, Cibercultura é a soma do 
conhecimento; imaginemos que vamos 
analisar uma colméia e nela observamos a 
forma de organização das abelhas, como 
elas sobrevivem, como se protegem, 
atacam, se alimentam, constrói a“sua 
casa”. Todos esses elementos e outros 
fazem parte de uma cultura das abelhas 
dessa espécie analisada. Tratando-se da 
internet, cibercultura é a soma de todas 
as informações contidas na internet e 
que são analisadas, como entram e como 
saem daquele espaço, juntamente com o 
comportamento dos usuários que dela se 
utilizam. Nesse sentido, muda-se o para-
digma do tempo e do espaço na qual es-
tamos habituados.
2.2 - Paradigmas Educacio-
nais
Paradigmas são padrões estabeleci-
dos e, normalmente, aceitos pela grande 
maioria oriunda de uma cultura ou aceito 
por todos. Trata-se de uma verdade ab-
soluta, máxima. 
Como exemplo de paradigma, pode-
mos citar o conhecimento universal de 
que a Terra era quadrada, conhecimen-
to cristalizado até o século XVI . Com a 
ajuda de alguns aparelhos, foi possível 
demonstrar que sua forma era oval e a 
sociedade mundial que a aceitava como 
quadrada percebe, ou aceita, como ou-
tro formato. A essa mudança conceitual, 
podemos dizer que houve uma quebra 
de paradigmas, de padrões e de conheci-
mento em relação a Terra, como também 
no conjunto de comportamento em de-
corrência disso.
 21 - s. m. 1. Modelo, protótipo,estalão.AURÉLIO, 2000
22 - Ciberespaço - O mundo virtual criado com a Internet e 
todas as suas possibilidades digitais, como troca de in-
formações, imagens, som e vídeo. O termo foi usado pela 
primeira vez no romance “Neuromancer”, do escritor William 
Gibson.fonte.<http://www.gsmin.com/forum/showthread.
php?t=14443 >acesso 20/01/2009.
 23 - Lévy considera as informações no ciberespaço atempo-
rais, pois podem estar em todos os lugares ao mesmo tempo, 
sem a temporalidade da locomoção habitual.
18 19
2.3 - Mudança de paradig-
mas do professor
Com a mudança na forma da divulga-
ção das informações ocorrem transfor-
mações obvias, e se tratando desta rede, 
como fica a questão do professor na sala 
de aula? Pode desaparecer como outras 
profissões ameaçadas pela tecnologia?
Sabe-se que com a tecnologia, poderá 
ocorrer o desaparecimento de algumas 
profissões e, sucessivamente, surgirão 
outras, isso é inegável, lembra-se do cor-
retor ortográfico, pessoa indispensável 
nas gráficas cuja função se centravam 
em analisar se as palavras estavam or-
tograficamente corretas. Com o surgi-
mento dos corretores ortográficos, como 
no Word, essa função se perdeu, pois os 
bancos de dados de tais softwares eram 
infinitamente maiores e mais rápido que 
a capacidade humana.
Dessa maneira, é possível perceber 
que o professor não perde sua função, 
mas deve ressignificá-la, entendendo 
que não se trata de uma enciclopédia e 
sim de um mediador das informações que 
podem ser vistas como mercadorias.
2.4 - O conhecimento como 
mercadoria
O conhecimento é depositado como 
mercadoria, tem seu preço e pode ser mui-
tas vezes mensurado o seu valor pelo grau 
de interesse de uma população. A soma de 
usuário é o valor do “produto conhecimen-
to”.
 Estamos na era do conhecimento, nun-
ca se soube tanto como agora. Tal produto, 
exceto os privativos, tornou-se um bem pú-
blico, de acesso a maior parte da população, 
Lévi nos alerta:
Se Marx fez da economia a “infra-es-
trutura” das sociedades humanas, e do 
exame dos “modos de produção” a chave 
da história, foi porque, no século XIX, o 
espaço dominante efetivamente era o 
das mercadorias. (LÉVY, 1999, p. 121).
O conhecimento não diferencia das mer-
cadorias convencionais do século XIX, é um 
produto dentre vários outros. Não se pode 
pensar no universo da internet, como tam-
bém no mundo, como sendo um produto da 
economia, mas sim um conjunto de elemen-
tos em um universo caótico e desorganiza-
do. Para Lévy:
Mas para pensar a si mesmo, o ter-
ceiro espaço não pode se contentar em 
desenhar as variações e os percursos da 
moeda, dos bens e das pessoas. Deve 
igualmente poder apreender o mundo 
acelerado, caótico, incerto que descobre 
a desterritorialização. Os objetos do es-
paço mercantil não são, portanto, ape-
nas os da economia, mas também tudo o 
que se difunde, ecoa, flutua, transforma-
-se e perde-se, tudo o que alimenta suas 
máquinas e gira em seus circuitos (LÉVY, 
1999, p. 169).
Nesse caos, evidenciado pelo univer-
so das informações, a desterritorização, a 
atemporalidade e as demais mudanças de 
paradigmas, levam a uma nova forma de 
pensar e agir, quebrando o que era sólido. 
Lévy (1999, p. 170) nos alerta que “assim 
como a Terra era táctil e o Território visual, 
o terceiro Espaço, câmara de eco, ressoa to-
dos os sons”.
20 21
O processo de desterritorização leva ao 
pensamento de que a figura do professor 
possa se extinguir ou mesmo ter menor 
importância, mas, mesmo assim, o profes-
sor será sempre o professor, mesmo que se 
mude o nome para mediador 24 , moderador 
ou outro que melhor lhe couber, será sem-
pre uma figura de liderança, um apontador 
de caminhos.
Poderíamos questionar: Diante dos ban-
cos de dados com capacidades de armaze-
namento das informações e a facilidade de 
consulta, o conhecimento continuará com 
o professor? O professor será o centro das 
atenções na sala de aula? A resposta a es-
sas questões será sim. Quanto às dúvidas, 
se tais palavras são escritas com ‘s’ ou ‘z’, 
será mais prático consultar um bom dicioná-
rio eletrônico, pois é mais rápido, mas, como 
e quais as melhores informações para essa 
jornada, serão oriundas da figura professor.
Ao abordarmos o assunto Informática na 
Educação, tratamos do conjunto tecnológi-
co que se relaciona à tecnologia educacional 
que vai muito além do computador. A infor-
mática na escola trata-se do uso do compu-
tador, como também da rede de internet, da 
impressora da análise de dados e de todo 
um conjunto de ferramentas para esse fim.
O computador não foi um aparelho criado 
para fins didáticos, mas para, inicialmente, 
funcionar para fins bélicos, nas indústrias, 
escritórios e outros. Com o passar do tempo 
e a necessidade social do uso desse equi-
pamento, as escolas passaram a aceitá-lo, 
iniciando o seu uso na secretaria escolar e, 
posteriormente, na criação de laboratórios 
de informática no interior das escolas, o que 
foi muito bem aceito, mas que ainda faltam 
recursos humanos para operar tais máqui-
nas.
Nota-se que, atualmente, muitas escolas 
possuem computadores, mas não recursos 
humanos para a sua operação. Os governos 
federais, estaduais e municipais se veem 
diante de uma realidade inevitável que é o 
uso da tecnologia nas escolas, que não dá 
para retornar, pois o universo dos sites de 
relacionamentos e jogos online, como tam-
bém uma gama de conhecimento, nos colo-
ca em um contexto de informações e na de-
mocratização da informação, a manutenção 
de um computador é relativamente barata.
Dentre as escolas públicas, podemos 
dividir em: escolas que não possuem com-
putadores; aquelas que possuem na secre-
taria para informatizarem diários; e as que 
têm laboratórios de informática para uso 
esporádico dos alunos.
Diante do contexto educacional, o pro-
fessor deve se adaptar às várias situações, 
prevendo as diversas variedades e não per-
dendo o foco de levar a aprendizagem ao 
aluno de uma forma atraente e de fácil as-
similação.
2.5 - O Futuro da informati-
zação no ensino
Prever o futuro é algo que não deve-
mos nos arriscar, essa previsão depende 
de acontecimentos históricos que levam a 
direcionar a uma ou outra tecnologia, mas 
arriscaremos aqui, baseando em experiên-
cias de escolas e aceitação dos alunos com 
relação a essa tecnologia. Trata-se de uma 
informatização no ensino, e não do ensino, 
pois a figura do professor não será informa-
24 - Terminologia empregada para professores sobre alguns 
prismas, pela qual refere ao professor como um direcionador 
do conhecimento e responsável pela coordenação de grupos 
de estudos.20 21
tizada.
a) Quadros Interativos
Com a tecnologia voltada à educação 
destacamos o quadro interativo, equipa-
mento desenvolvido por uma empresa bri-
tânica Promethean a Activboard. Trata-se 
de um artifício com o suporte para uma ca-
neta especial funcionando como um quadro 
branco, interagindo com a internet em pro-
cesso touch screen, lê DVDs e outros recur-
sos que o computador pode oferecer. É uma 
tecnologia nova e de alto custo e promete 
invadir as escolas tornando-as uma prática 
cotidiana dos alunos.
O quadro Interativo é uma busca 
para a substituição do quadro negro 
convencional por uma tecnologia tou-
ch screen, sendo composto pelos se-
guintes itens:
 Uma caneta especial usada diretamen-
te na superfície do quadro em substituição 
ao mouse do computador;
 Activpanel é uma tela interativa de 
LCD com 15, sendo ideal para utilização em 
grandes salas e auditórios;
 O Activtablet é um dispositivo cuja fi-
nalidade permite aos professores preparar 
as aulas distante do quadro interativo;
 Activote sistema interativo de votação 
com miniteclados portáteis que possibilita 
uma avaliação imediata da compreensão ou 
opinião dos alunos;
 Activslate é tablet gráfico sem fio do 
tamanho A5 que fornece ao professor ou ao 
aluno a possibilidade de interagir com o qua-
dro interativo sem ter que sair do lugar.25 
Ilustração 19 26
2.6 - Pedido dos Professo-
res: Fim dos diários
O diário é um documento de fundamen-
tal importância para o processo de registro 
do professor atendendo, não somente aos 
processos de burocratização, como tam-
bém ao controle do professor sobre a evo-
lução do conhecimento do aluno. Muitas 
vezes, essa atividade burocrática da esco-
la não é vista com bons olhos pelo profes-
sor, pois esse tem o compromisso de fazer 
a chamada todos os dias e passar as notas 
para o diário, sem rasuras e com muito zelo.
Os diários eletrônicos, adotados por al-
gumas escolas particulares e públicas bra-
sileiras podem ter facilidades, tais como: a 
implantação de catracas com digitais para o 
controle da entrada e saída de alunos da es-
cola, como uma oposição a carteirinhas, que 
às vezes podem ser esquecidas pelos alunos, 
gera um controle eletrônico dos horários. 
Esse controle evita as chamadas na sala de 
aula como também o ganho de tempo pelo 
professor. O uso das chamadas em sala de 
aula facilita a memorização dos nomes dos 
alunos e estabelece um contato direto com o 
mesmo, mas esse contato pode ser substitu-
25 - Fonte http://www.talua.com.br/ Dia do acesso 20\01\2009 
26 - Fonte <http://www.divertire.com.br/img_maior/activbo-
ard2.jpg> dia 20/12/2008
22 23
ído por outra dinâmica de interação.
 O uso do computador na sala de aula 
não significa necessariamente a informa-
tização, tendo em vista que a informáti-
ca requer, na própria definição do Aurélio 
(2000), “(...) o tratamento das informações 
através do uso de equipamentos (...)” o que 
demonstra que o computador é um instru-
mento de pesquisa importante, mas não 
entenderíamos esse fenômeno de seu uso 
como informatização.
O primeiro lugar que assistimos à implan-
tação de computadores é nas secretarias 
escolares, podendo oferecer resultados de 
notas com maior rapidez e online 27, gráfi-
cos, presença do aluno, entre outros. Uma 
das maiores dificuldades das escolas não é 
o equipamento e sim um software compatí-
vel com as necessidades e expectativas dos 
usuários e implantadores.
2.7 - Como adquirir um com-
putador de acordo com a 
necessidade
 A escolha de um bom computador não é 
tão simples, e nem sempre o mais indicado 
é procurar um vendedor para orientá-lo na 
hora da escolha de uma máquina, pois acima 
de sua necessidade está a vontade de ven-
der do profissional. A composição do apa-
relho, como também seus periféricos não 
bastam fazer uma lista de itens de melhores 
qualidades, tem que se adequar à necessi-
dade levando em conta a disponibilidade fi-
nanceira, os tipos de utilidades que mais o 
usuário utiliza.
 É comum encontrarmos profissionais 
da educação que compram computadores 
com a mais alta tecnologia se comprome-
tem em longas prestações e que, na verda-
de, não necessitaria de tais equipamentos, 
placas de vídeo que nunca usará, memória 
desnecessária e software como antivírus 
desnecessários a prática, pois encontramos 
na internet bons antivírus que satisfaria às 
exposições daquele equipamento. A seguir 
trataremos sobre alguns itens na hora da 
escolha do computador:
a) Processadores e sua potência 
O processador é o cérebro do computa-
dor e sua potência é fundamental para o 
desempenho do equipamento. Hoje, temos 
três tipos de processadores que funcionam 
de formas diferentes:
Convencional – é um processador com a 
finalidade de processar informações.
O Duo-Core – representa um processa-
dor de 2 núcleos intercalando a sua capaci-
dade. 
O Core 2 Duo – esse funciona dois com 
núcleo, trabalhando como dois processado-
res. Trata-se de uma segunda geração de 
processadores de núcleo duplo, apresen-
tando uma melhor performance.
b) HD (Hard Disk - Disco Duro)
É no HD que todas as informações in-
seridas são arquivadas, por esse motivo a 
sua capacidade de armazenamento é o fa-
tor principal. Existem HDs, desde 1 até 500 
Gb, de forma convencional, lembramos que 
essa escolha depende da expectativa do 
usuário. Se armazenarem arquivos grandes 
como inúmeras músicas recomendam-se 
um HD com uma capacidade maior, se é so-
mente provas de alunos ou arquivos peque-
nos pode-se ter um HD menor.
 Apesar de apresentar acima HD com me-
27 - Estar conectado à internet.
22 23
nor capacidade, trata-se apenas de uma 
ilustração de sua existência, pois o mesmo 
não são comercializado de forma conven-
cional, como também teremos um problema 
de incompatibilidade, os mais comercializa-
dos são o de 160 GB e 240 GB, lembramos 
que um CD, em que normalmente é usado 
em nossos aparelhos de som, tem a capaci-
dade de 700Mb e um Gigabit são 1000 Mb. 
Ou seja, um HD de 160 é mais de 228 CDs.
Aconselhamos na hora da formatação, 
que é o momento que antecede a instala-
ção do sistema operacional e de outros sof-
twares, faça em um processo de bipartição.
Quando formatamos, para instalarmos o 
Windows XP, por exemplo, aparece a opção 
para o usuário, se deseja formatar o equipa-
mento e apagar as partições atuais e fazer 
outras. Seguindo a orientação que aparece, 
formataríamos e colocaríamos duas parti-
ções. Por exemplo, com um HD de 160 Gb 
de capacidade de armazenamento deixa-
ríamos 40 Gb, para as instalações dos sof-
twares, que na verdade não ocuparíamos 
nem 8Gb e deixaríamos 120 Gb para outros 
armazenamentos. 
A vantagem desse tipo de prática é que 
normalmente o computador pára de fun-
cionar e nem mesmo o técnico consegue 
recuperá-lo sem uma verdadeira maratona. 
Procedendo dessa maneira, bastaria colo-
car o CD do Windows e formatar a partição 
primeira. Agindo dessa forma, todos os 
softwares, dados e arquivos em que gra-
vamos estariam em uma segunda partição, 
sem modificações, sendo essa uma prática 
comum entre os mais prudentes. Lembra-
mos que a melhor forma de ficarmos livres 
de um vírus é formatarmos o computador e 
instalarmos os softwares novamente.
c) Memória Run 
São memórias que normalmente com-
pramos em placas e colocamos nos slot do 
computador aumentando a capacidade 
para processar as informações. Temos que 
ter o cuidado em adquirir memórias que são 
compatíveis com o nosso equipamento, pois 
do contrário correríamos o risco de não ter 
sua funcionalidade. Os tamanhos são vari-
áveis, as mais vendidas são dos tamanhos 
1Gb e tendo a DDR1 e a mais vendida é no 
formato DIMM.
d) Memória Cache L2
Essa é uma memória rápida. Importante 
para o processamento, pois ela funciona da 
seguintemaneira: basta imaginarmos que 
estamos em uma biblioteca de armazena-
mento de livros e estamos fazendo uma 
pesquisa para o nosso artigo de final de 
curso, normalmente, pegamos livros mais 
de uma vez e sentamos em uma mesa, os li-
vros que mais necessitamos ficam em cima 
da mesa e não nas prateleiras. A memória 
Cache L2 é essa mesa de fácil e rápido aces-
so aos livros, se ela for pequena o computa-
dor terá que deixar o livro que sempre usa 
na prateleira fazendo com que o processo 
torne mais demorado. 
Ilustração 20
Se você tem um equipamento e não co-
nhece o seu potencial, existem vários pro-
gramas gratuitos que fazem isso para você, 
24 25
basta uma busca e um pouco de habilidade 
e logo fará a análise com facilidade, o nome 
do Programa consta no topo da figura a 
seguir e pode ser encontra no site www.
baixaki.com.br digitando o nome “diagnós-
tico de hardware”, ou o nome do programa 
abaixo. Ele é muito simples e útil, para com-
prarmos ou vendermos equipamentos que 
esquecemos ou não sabemos as configura-
ções. Lembramos ainda que existem, além 
desse, vários outros que possuem funções 
similares.
Ilustração 21 <Ilustração retirado do programa>
2.8 - Conhecendo alguns 
Softwares e suas Utilidades
1 – Software e Hardware 
Alguns professores costumam usar uma 
frase no sentido de brincadeira, mas que 
contribui para a memorização e diferencia-
ção do que é um software e o que um har-
dware, da seguinte maneira: “Software é o 
que você xinga e hardware é o que você 
chuta”. É lógico que se trata de uma brinca-
deira, mas que elucida que software são os 
programas construídos para fazer com que 
determinadas função tenham efeitos, ou 
seja, para digitar um texto temos que ter 
um software que o faça, para desenharmos 
é necessário que tenhamos um softwa-
re que possibilite esta construção. Como 
exemplo de softwares temos o Windows, 
Word, Excel, Power Point, Paint, antivírus, 
entre outros.
Hardwares são os componentes do com-
putador, a parte física tais como o teclado o 
mouse, a memória o Cooler e outros. 
2 - Softwares e a suas principais fina-
lidades
Faremos aqui uma apresentação de al-
guns softwares para dar uma noção da fun-
cionalidade desses, longe de propor a ensi-
nar o aluno a trabalhar com tais softwares, 
pois isso, somente a prática e o auxílio de 
alguns manuais, ou até mesmos cursos es-
pecializados, podem fazer tais aprofunda-
mentos. Entendemos que é de fundamen-
tal importância que os alunos dos cursos de 
informática na educação saibam as funcio-
nalidades desses:
Ilustração 22 28
Windows – sem um sistema operacional, 
o computador não tem a funcionalidade na 
qual estamos habituados. Também denomi-
nado de plataforma Windows, esse sistema 
28 - Fonte <http://www.kadu.com.br/files/windows_vista_
mac_osx.png> Acesso 20/01/2009
24 25
surgiu em meados da década de 90, tendo 
como seu idealizador Bill Gates, através de 
pequenas janelinhas que facilitaria, enor-
memente. para o usuário. É este o marco da 
propagação do computador para pessoas 
que não possuíam grandes habilidade para 
essa máquina. Trata-se de um software co-
mercial, pago, mas não é o único nessa ca-
tegoria de sistema operacional, tendo como 
seu concorrente na modalidade gratuita, o 
Linux que trataremos a seguir.
Para saber mais sobre o Windows, reco-
mendamos fazer o downloads de seu con-
teúdo em algum site confiável de pesquisa.
 Antes de apresentarmos o Linux e o 
pacote do Br Office, faz-se necessário 
conhecer sobre o software livre:
Software livre, segundo a definição 
criada pela Free Software Foundation é 
qualquer programa de computador que 
pode ser usado, copiado, estudado, mo-
dificado e redistribuído sem nenhuma 
restrição. A liberdade de tais diretrizes 
é central ao conceito, o qual se opõe ao 
conceito de software proprietário, mas 
não ao software que é vendido almejan-
do lucro (software comercial). A maneira 
usual de distribuição de software livre é 
anexar a esse uma licença de software 
livre, e tornar o código fonte do progra-
ma disponível.
Apresentaremos a seguir a plataforma 
Linux, sendo esse um software livre.
Ilustração 23 29 
b) Linux – É um sistema operacional se-
melhante ao Windows, mas com suas par-
ticularidade que faz com que o usuário do 
Windows não migre para o Linux com muita 
facilidade, pois quem domina o primeiro não 
necessariamente terá facilidade para o se-
gundo e vice-versa.
Uma das grandes vantagens do Linux é 
que se trata de um software aberto, ou seja, 
os usuários que dominam as ferramentas 
para as modificações do Linux podem modi-
ficar sua versão sem poder vender o produ-
to, pois trata de um software gratuito.
 Linux é um sistema operacional utilizado 
por usuários de todo o mundo. As maiores 
dificuldades de seu uso são a não compati-
bilidade com software que “rodam” na pla-
taforma Windows, tornando inoperante al-
guns softwares.
c) Qual sistema operacional usar: 
Windows ou Linux? A escolha depende mui-
to de cada usuário, se a utilização do compu-
tador for mais ao ambiente da internet e di-
gitação, pode-se instalar o Linux e o pacote 
do Br Office atende perfeitamente, sendo 
que o usuário economizará nessa escolha, 
em relação ao Windows e o pacote Office, 
aproximadamente, o valor do equipamento. 
29 - Fonte< http://catoze.files.wordpress.com/2008/11/linux.jpg> 
Acesso 20/01/2009
26 27
3 - Office e Br Office
Qual é melhor? Quando se trata de sof-
tware, definir o que é melhor é muito com-
plexo, pois depende da necessidade de cada 
usuário, mas estabeleceremos aqui uma 
relação de programas que são similares, do 
lado esquerdo da barra o software do pa-
cote Office e do lado direito o software do 
pacote Br office com as suas particularida-
des. Lembramos que o Br office é gratuito e 
o Office da Microsoft é proprietário, ou seja, 
é necessário adquirir sua licença para o uso.
Para saber mais sobre o Linux visite o site: http://br-
-linux.org/ ou para saber sobre o br office visite:http://
www.broffice.org/
a) Word\Write – Trata-se do software 
utilizado para produzir texto, é um deles 
que, provavelmente, será usado para fazer 
seu TCC 30, seu artigo de conclusão do curso. 
Ambos, permitem escrever, inserir imagens, 
formatar o texto da forma que necessitar, 
enfim, será o programa para a produção 
textual.
b) Power Point\Impress – Esse é o 
software para apresentação, exibir algum 
assunto, ministrar palestras, aulas com o 
recurso tecnológico em que há uma sequ-
ência de ideias a serem trabalhadas, esse 
software possui os recursos fundamentais, 
pois permite exibir as informações de tama-
nho razoável, com efeito e aparência muito 
superior ao Word\Write. 
c) Excel\Calc – É um software para pro-
dução de planilha de cálculo, com ela as 
equações são facilmente resolvidas. Ima-
ginemos que o professor queira utilizá-la 
para evitar erros de cálculos e melhorar a 
aparência de seus diários, pois é de fácil edi-
ção. Para se fazer essa façanha, basta inse-
rirmos a fórmula, como se pode visualizar 
abaixo, no Excel, o que também ocorrerá no 
Calc.
Figura 24 - Recorte da tela do Excel
No espaço acima da tabela onde aparece 
a função fx =SOMA (B4:F4), esse comando 
dá uma ordem a planilha para somar a linha 
4 e as colunas B,C,D,E e F, oferecendo assim 
o resultado.
d) Front Page (no Office) – É um sof-
tware cuja finalidade é propiciar um am-
biente para se trabalhar na produção de 
uma página na internet. Caso, o usuário 
possuir interesse em publicar seus arquivos 
em site, esse software propicia a produção 
de uma forma fácil do código em HTML. E, 
se desconhecer a lógica dessa linguagem, 
o software trabalha de maneira que o pro-
cesso de inserção de imagem e texto seja 
bem parecido como quando trabalhamos 30 - Trabalho de Conclusãode Curso.
26 27
nos editores de texto, de forma indutiva, 
assim ele insere o código html em seu códi-
go, deixando o programa pronto para você. 
Existem outros softwares gratuitos para 
downloads muito bons que tem a mesma fi-
nalidade do Front Page que vem no pacote 
Office.
4 - Internet Explorer e Mozila
Internet Explorer é um programa do Win-
dows cuja finalidade é navegar na internet.
 O software Mozilla Firefox funciona de 
forma semelhante ao Internet Explore, veja 
uma página neste navegador.
 Ilustração 25 - (Retirado do site acima)
5 - Programas para Downloads
Um dos principais programas para down-
loads são E-mule e Limeware. O primeiro 
trata de um software que abre a porta do 
computador interagindo com outros e dis-
ponibilizando os arquivos, compartilhados 
pelo usuário, em que possui o E-mule insta-
lado. O Limeware é um software que fun-
ciona com a mesma lógica, interagindo os 
computadores e fazendo que eles funcio-
nem como servidores. 
O E-mule, apesar de poder baixar todos 
os tipos de arquivos, é mais usado para 
downloads de programas, imagens ou ou-
tros. No Limeware se baixa todo tipo de 
programas, mas é mais indicado para músi-
cas apesar de encontrarmos outros arqui-
vos. Lembramos que ao abrir a porta para 
entrada de arquivos como também a saída, 
o seu computador fica vulnerável para a en-
trada de todos os tipos de vírus, malware 
entre outros arquivos maliciosos.
6- Programas de Autorias
Programas de autoria são softwares que 
possibilitam ao usuário realizar alterações 
ou produções de outro software para aten-
der às suas necessidades imediatas ou em 
médio prazo.
Na educação, apesar de não termos um 
grande ou rol de software para se trabalhar 
com este fim, alguns são necessários citar, 
tanto por se destinarem para a educação 
de forma específica ou por serem bons e 
de fácil acesso e produção pelo usuário. Te-
mos software de grande aceitabilidade, tais 
como: Visual Class e Everest, ambos fun-
cionam em dois modos, edição e execução.
Módulo edição é o momento em que o 
programador está programando o softwa-
re, neste instante possibilita a inserção ou 
retirada de elementos como vídeos, áudios, 
texto, mudar a cor dos objetos contidos na 
28 2928
tela, enfim, é a construção do software. Já 
o módulo execução é o momento em que 
se executa, que o usuário está executan-
do o programa realizado pelo programador 
e consegue fazer somente aquilo que está 
previsto pelo programador. É natural que ao 
programar, o programador necessite de tra-
balhar no módulo edição como também no 
módulo execução, por questões obvias de 
testar se o seu software está sendo cons-
truído de forma correta e se sua expectati-
va de resposta do usuário está atendendo 
corretamente.
A seguir, trabalharemos com dois sof-
twares que acreditamos que irão se des-
tacar no rol de software destinados para 
a produção de materiais para a educação, 
principalmente, no uso dos mesmos em la-
boratórios de informática.
a) - Visual Class
O Visual Class é um software produzi-
do para fins educacionais, usado 
pelo professor e laboratorista 31 
para produção de software para 
uso dos alunos. Na forma edição, esse sof-
tware possibilita a produção de uma tela 
de edição capaz de interagir com outras 
telas criando imagem, textos, vídeos, além 
de possuir um diferencial com relação aos 
outros softwares dessa categoria, sua ca-
pacidade de avaliar, ou seja, no final da exe-
cução, em módulo execução, nesse aparece 
a nota que obteve, dando uma noção clara 
de seus erros e acertos como também pos-
sibilitando ao professor uma possibilidade 
de avaliação, evitando assim, aquela rotina, 
muitas vezes indesejáveis, de levar malotes 
de provas para casa para corrigir e lançar 
notas.
Conheça o site oficial 
www.classinformatica.com.br
b) Everest 32 
O programa Everest é um software de 
autoria, similar ao Visual Class, com 
módulo execução e edição, diferen-
te é a nossa análise com relação à 
vantagem e desvantagem de um relação ao 
outro. O Everest, roda em outro computa-
dor sem que, necessariamente, tenha ins-
talado o software neste computador. 
A sua produção de códigos são mais com-
plexas que o Visual Class e, até o momento, 
nota-se que não se trabalha com avaliação, 
mas possui outros mecanismos que podem 
realizar ações que o primeiro não faz. A es-
colha de um ou de outro não se dá pela su-
perioridade de um software em relação ao 
outro, mas sim pelos usuários, pois através 
dos conhecimentos iniciais, intermediários 
ou avançados é que será possível adequar-
-se ao software de melhor resultado.
Para saber mais sobre o Everest e 
suas funcionalidades, recomendamos 
que visite o site do software em:
 http://www.geracaobyte.com.br/Everest.html
31 - Chamamos aqui de laboratorista o responsável pela 
organização dos softwares e manutenção dos equipamentos 
nos Laboratórios de Informática nas escolas, como ocorre em 
algumas cidades, exemplo: nas escoals de Uberlândia – MG
32 - Os ícones dos programas foram retirados dos sites próprios 
softwares.
28 2929
UNIDADE 3 - Geração Digital
Ilustração 26 <Fonte: www.baixaki.om.br> 
Acesso 20/02/2009
O que era inicialmente uma ferramen-
ta com custo altíssimo e somente de uso 
das empresas com alto poder econômico, 
passou a ser acessível também nas clas-
ses menos privilegiadas. As crianças pas-
saram a buscar seus interesses cada vez 
mais cedo nesses equipamentos, o que 
levam professores e outros profissionais 
veiculados à educação se prepararem 
para enfrentar uma geração digital 33.
3.1 Tecnologias da Informa-
ção e da Comunicação (TIC)
A Tecnologia da Informação e da Comuni-
cação – TIC – é o conjunto de tecnologia des-
tinada à comunicação e tem uma gama mui-
to grande com relação às áreas de atuação.
3.1.1 - Ensino a distância
 O Ensino a distância não surgiu com o 
computador, essa modalidade de ensino 
existe desde o século XV, momento em 
que Johannes Guttenberg, em Mogúncia, 
na Alemanha, inventou a imprensa, com a 
disposição de caracteres móveis. No Bra-
sil, uma das maiores aplicações do ensino a 
distância ganha uma conotação mais forte 
em 1936, pelo Instituto Rádio Técnico Mo-
nitor, fundado em 1936. Em 1941, surge o 
Instituto Universal Brasileiro, objetivando a 
formação profissional de nível elementar e 
médio. 
Ilustração 27 34 
Ambas as instituições se consagraram no 
Brasil e existem até hoje. O ensino a distân-
cia em que o instituto enviava para o aluno 
o material pelo correio e esse fazia as suas 
atividades e as devolviam para as correções 
à instituição foi ganhando espaço e credibi-
lidade ao longo do processo, além do reco-
nhecimento através do MEC – Ministério da 
Educação e Cultura.
Essa forma de ensino aproximou as pos-
sibilidades de aprendizagem dos alunos em 
33 - Essa terminologia se faz referência a um grupo de 
criança com facilidades digitais, pois nascram em uma época 
digital, tendo grandes facilidades com a lógica do universo 
da informática.
34 - Fonte http://www.phikappaphi.org/ObjectAssets/File-
Library/1/2/distance%20learning%20paper%20image.JPG 
acesso 04/01/2009
30 31
um processo de democratização do saber, 
pois atende ao aluno que faz viagem cons-
tantemente em decorrência de seu traba-
lho, àqueles que residem em lugares em 
que não possuem escolas, com possibilida-
de de tirar suas dúvidas e sanar suas curio-
sidades.
O ensino a distância teve seu auge nos 
cursos técnicos, tais como: eletrônica, me-
cânica de automóveis, desenhos artísticos 
publicitários e outros, utilizando-se da tec-
nologia das informações dos Correios.
Com o surgimento de novas tecnologias 
como o computador e a internet, alguns ma-
teriais foram substituídos, a exemplo temos 
as cartas que passaram a dar espaços para 
ose-mails, aumentando assim a rapidez das 
informações. É natural que isso ainda não 
esteja acontecendo em todos os lugares, 
pois, nem todas as pessoas tem acesso ao 
computador, como também habilidade para 
lidar com o mesmo. Mas, a tendência é de 
que as cartas enviadas pelos Correios, se-
jam quase todas substituídas pelo e-mail, 
como também os trabalhos sejam feitos 
pelo computador, aumentando assim a ra-
pidez de respostas e de correções.
Como leitura, selecionamos um texto 
que se trata de uma reflexão de José Manuel 
Moran sobre o processo de comunicação.
Texto Complementar
Tecnologia da Informação e Comu-
nicação
José Manuel Moran
Fonte: www.eca.usp.br/prof:/moran 
Acesso em: 24/01/09
Tecnologias para comunicação e 
publicação
Os alunos gostam de se comunicar pela 
internet, as páginas de grupos na inter-
net permitem o envio de correio eletrôni-
co e seu registro numa página WEB. Tem 
ferramentas de discussão online (chat) e 
offline (fórum). O chat ou outras formas 
de comunicação online são ferramentas 
muito apreciadas pelos alunos e bastan-
te desvalorizadas pelos professores. Ale-
ga-se a dispersão (em geral, real) e o não 
aprofundamento das questões. Mas, há a 
predisposição dos alunos para a conversa 
online. Faz parte dos seus hábitos na in-
ternet. Com as novas soluções, como o vi-
deochat, o chat com voz e algumas formas 
de gerenciamento, podem ser muito úteis 
em cursos semi-presenciais e a distância.
A escola, com as redes eletrônicas, 
abre-se para o mundo; o aluno e o profes-
sor se expõem, divulgam seus projetos e 
pesquisas, são avaliados por terceiros, 
positiva e negativamente. A escola con-
tribui para divulgar as melhores práticas, 
ajudando outras escolas a encontrar seus 
caminhos. A divulgação hoje faz com que 
o conhecimento compartilhado acelere as 
mudanças necessárias e agilize as trocas 
entre alunos, professores, instituições. A 
escola sai do seu casulo, do seu mundinho 
e se torna uma instituição onde a comuni-
dade pode aprender contínua e flexivel-
mente. 
Quando focamos mais a aprendizagem 
dos alunos do que o ensino, a publicação 
da produção deles se torna fundamental. 
Recursos como o portfólio, em que os alu-
nos organizam o que produzem e o colo-
cam à disposição para consultas, é cada 
vez mais utilizado. Os blogs, fotologs e 
30 31
videologs são recursos muito interativos 
de publicação, com possibilidade de fácil 
atualização e de participação de terceiros. 
São páginas na internet, fáceis de serem 
desenvolvidas, e que permitem a parti-
cipação de outras pessoas. Começaram 
no “modo texto”, depois evoluíram para a 
apresentação de fotos, desenhos e outras 
imagens e, atualmente, estão na fase do 
vídeo. Professores e alunos podem gra-
var vídeos curtos, com câmeras digitais, 
e disponibilizá-los como ilustração de um 
evento ou pesquisa.
Os blogs, flogs (fotologs ou videologs) 
são utilizados mais pelos alunos do que 
pelos professores, principalmente como 
espaço de divulgação pessoal, de mostrar 
a identidade, onde se misturam narcisismo 
e exibicionismo, em diversos graus. Atual-
mente, há um uso crescente dos blogs por 
professores dos vários níveis de ensino, 
incluindo o universitário. Eles permitem 
a atualização constante da informação, 
pelo professor e pelos alunos, favorecem 
a construção de projetos e pesquisas in-
dividuais e em grupo, e a divulgação de 
trabalhos. Com a crescente utilização de 
imagens, sons e vídeos, os flogs têm tudo 
para explodir na educação e se integra-
rem com outras ferramentas tecnológicas 
de gestão pedagógica. As grandes plata-
formas de educação a distância ainda não 
descobriram e incorporaram o potencial 
dos blogs e flogs. 
A possibilidade de os alunos se expres-
sarem, tornarem suas ideias e pesquisas 
visíveis, confere uma dimensão mais sig-
nificativa aos trabalhos e pesquisas aca-
dêmicos. “São aplicativos fáceis de usar 
que promovem o exercício da expressão 
criadora, do diálogo entre textos, da co-
laboração”, explica Suzana Gutierrez, da 
UFRGS. “Blogs possuem historicidade, 
preservam a construção e não apenas o 
produto (arquivos); são publicações dinâ-
micas que favorecem a formação de re-
des”.
“Os weblogs abrem espaço para a con-
solidação de novos papéis para alunos 
e professores no processo de ensino-
-aprendizagem, com uma atuação menos 
diretiva destes e mais participante de to-
dos.” A professora Gutiérrez lembra que 
os blogs registram a concepção do projeto 
e os detalhes de todas as suas fases, o que 
incentiva e facilita os trabalhos interdisci-
plinares e transdisciplinares. “Pode-se as-
sim, dar alternativas interativas e suporte 
a projetos que envolvam a escola e até 
famílias e comunidade.” Os blogs também 
são importantes para aprender a pesqui-
sar juntos e a publicar os resultados.
Há diferentes tipos de blogs educacio-
nais: produção de textos, narrativas, po-
emas, análise de obras literárias, opinião 
sobre atualidades, relatórios de visitas e 
excursões de estudos, publicação de fo-
tos, desenhos e vídeos produzidos por 
alunos. A organização dos textos pode 
ser feita através de algumas ferramentas 
colaborativas como o Wiki, que é um sof-
tware que permite a edição coletiva dos 
documentos usando um sistema simples 
de escrita e sem que o conteúdo tenha 
que ser revisado antes da sua publicação. 
A maioria dos wikis são abertos a todo o 
público ou pelo menos a todas as pessoas 
que têm acesso ao servidor wiki.
A internet tem hoje inúmeros recursos 
que combinam publicação e interação, 
por meio de listas, fóruns, chats, blogs. 
Existem portais de publicação mediados, 
32 33
em que há algum tipo de controle, e ou-
tros abertos, baseados na colaboração de 
voluntários. O site www.wikipedia.org/ 
apresenta um dos esforços mais notáveis, 
no mundo inteiro, de divulgação do co-
nhecimento. Milhares de pessoas contri-
buem para a elaboração de enciclopédias 
sobre todos os temas, em várias línguas. 
Qualquer indivíduo pode publicar e edi-
tar o que as outras pessoas escreveram. 
Só em português foram divulgados mais 
de 30 mil artigos na wikipedia. Com todos 
os problemas envolvidos, a ideia de que 
o conhecimento pode ser co-produzido e 
divulgado é revolucionária e nunca antes 
havia sido tentada da mesma forma e em 
grande escala. Aqui, contudo, professores 
e alunos precisam validar a fonte, pois al-
gumas vezes há informações incorretas.
Outro recurso popular na educação é a 
criação de arquivos digitais sonoros, pro-
gramas de rádio na internet ou PodCasts. 
São arquivos digitais, que se assemelham 
a programas de rádio e podem ser baixa-
dos da Internet usando a tecnologia, que 
“avisa” quando há um novo episódio colo-
cado na rede e permite que ele seja bai-
xado para o computador. Há podcasts em 
todas as áreas
São muitas as possibilidades de utili-
zação dos blogs na escola. Primeiro, pela 
facilidade de publicação, que não exige 
nenhum tipo de conhecimento tecnológi-
co dos usuários, e segundo, pelo grande 
atrativo que estas páginas exercem sobre 
os jovens. “É preciso apenas que os pro-
fessores se apropriem dessa linguagem e 
explorem com seus alunos as várias possi-
bilidades deste novo ambiente de apren-
dizagem. O professor não pode ficar fora 
desse contexto, deste mundo virtual que 
seus alunos dominam. Mas cabe a ele di-
recionar suas aulas, aproveitando o que a 
internet pode oferecer de melhor”, afirma 
a educadora Gládis Leal dos Santos.
Palloff e Pratt afirmam que as chaves 
para a obtenção de uma aprendizagem 
em comunidade, bem como uma facili-
tação online bem sucedida, são simples, 
tais como: honestidade, correspondência, 
pertinência, respeito, franqueza e auto-
nomia, elementos sem os quais não há 
possibilidade de se atingir os objetivos de 
ensino propostos.
 Jakob NIELSEN. Comoos Usuários 
Lêem na Web. Revista eletrônica Conecta, 
22/02/2003. Disponível em http://www.
revistaconecta.com/conectados/nielsen_
como_usuarios.htm .
 Priscilla Brossi GUTIERREZ. Blogs na sala 
de aula; Cresce o uso pedagógico da ferra-
menta de publicação de textos na internet. 
In http://www.educarede.org.br/educa/
revista_educarede/especiais.cfm?id_es-
pecial=221
Blogs como ferramentas pedagógicas. 
In http://www.ead.sp.senac.br/newslet-
ter/agosto05/destaque/destaque.htm
Blogs como ferramentas pedagógicas. 
Acessível em: http://www.ead.sp.senac.
br/newsletter/agosto05/destaque/desta-
que.htm
32
32 3333
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As maiores revoluções ocorridas em 
termos de conhecimento foi com o uso da 
internet, esse fenômeno possibilitou com 
que as informações fossem usadas ao 
mesmo tempo em que fossem postadas, 
assim, aproximando culturas em um es-
paço em que temos a democratização do 
conhecimento e da informação.
E foi nesse contexto que organizamos 
este material, procurando oferecer uma 
visão geral sobre a informática na edu-
cação, mostrando a evolução do compu-
tador para que pudéssemos evidenciar 
suas origens e finalidades, oferecendo 
uma ampla visão das possibilidades futu-
ras como também as inclinações do uso da 
tecnologia.
Esperamos que através desta apostila 
possamos oferecer um estímulo ao uso da 
informática na educação, tanto em sala 
de aula, como em atividades interdisci-
plinares, enriquecendo o aluno em seus 
trabalhos e também nas possibilidades de 
apresentações e explanações dos conte-
údos pelo professor. 
Sucesso!
34 35
REFERÊNCIAS
CHAVES, E. O. C., SETZER, V. W. O uso do 
computador em Escolas: Fundamentos e 
críticas. São Paulo: Scipione, 1988.
LÉVY, Pierre. O que é virtual? Trad. Pau-
lo Neves. São Paulo, Ed. 34, 1996. 157p.
______ As tecnologias da inteligência: 
o futuro do pensamento na era da informa-
ção. São Paulo: editora 34, 1993.
______ As árvores de conhecimentos. 
São Paulo: Escuta, 1995. 188 p. (em co-
-autoria com Michel Authier)
______ Cibercultura. São Paulo: Edito-
ra 34, 1999. 260 p. 
______ A inteligência coletiva: por uma 
antropologia do ciberespaço. 3. ed. São 
Paulo: Loyola, 2000. 212 p. 
______ As tecnologias da inteligência. 
O futuro pensamento na era da informáti-
ca. Rio de Janeiro, Editora 34, 1993. 
LION, Carina Gabriela. Mitos e Realida-
des na Tecnologia Educacional. In Tecnolo-
gia educacional - Edith Litwin (org) 1995. 
LITWIN, E. Tecnologia educacional: Polí-
tica, História e Proposta. Porto Alegre:
ArtMed, 1998.
VIRILIO, P. A bomba informática. São 
Paulo: Estação Liberdade, 1999.
34 35
	INTRODUÇÃO
	UNIDADE 1 - O que é Tecnologia
	1.1 - Equipamentos Tecnológicos Aplicados na Educação
	1.2 - Informática na Educação
	 1.3 - A História do Computador
	1.4 - A evolução do Computador 7
	1.5 - Origem da Internet 
	1.6 - A evolução da Internet 
	1.7 - Evolução do Homem diante do computador
	UNIDADE 2 - Informática na Educação
	2.1 - Informática na Educação Segundo Pierre Lévy
	2.2 - Paradigmas Educacionais
	2.3 - Mudança de paradigmas do professor
	2.4 - O conhecimento como mercadoria
	2.5 - O Futuro da informatização no ensino
	2.6 - Pedido dos Professores: Fim dos diários
	2.7 - Como adquirir um computador de acordo com a necessidade
	2.8 - Conhecendo alguns Softwares e suas Utilidades
	UNIDADE 3 - Geração Digital
	3.1 Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC)
	3.1.1 - Ensino a distância
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

Outros materiais