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RESUMO– 3° PERÍODO – MEDICINA UFJF-GV – - LEONARDO VIEIRA NUNES- DISCIPLINA: Epidemiologia PROVA: 01 TEMA: AULA 06 - Indicadores de Saúde: Morbidade e Mortalidade INDICADORES BÁSICOS DE SAÚDE (IBS) - Servem para medir (mensurar, apontar) o estado de saúde uma população, refletindo a condição sanitária e o a eficiência de um sistema de saúde. - é instrumento para fazer a vigilância em saúde. - Construção dos IBS: - Se dá por meio de metodologias variadas. Da mais simples, como contagem direta de casos, até a mais complexas que envolvem estatísticas para calcular incidências, razões taxas e índices. - BRASIL: utilizada metodologia indicada no RIPSA (Rede Interagencial de Informações para a Sáude), na plataforma também encontramos todos os dados dos IBS do país. - Como os IBS devem ser um reflexo da realidade e orientam decisões, planejamento de ações em saúde e prioridades, é preciso construí-los a partir de fonte dados cofiáveis. - Conceitos: - Taxa: expressa apenas um aspecto, um parâmetro em sua quantificação. Ex. Taxa mortalidade (só indica morte); Prevalência de diabetes (só indica n° de diabéticos); incidência, indicadores. - Índice: une diferentes parâmetros, une vários aspectos em um único dado, correlaciona vários tipos de informação em uma única medida, único dado. Ex. índice de Apgar: vai de 0 a 10, e serve para mensurar 5 sinais de um recém-nascido em uma única medida, cada um recebe pontuação de 0 a 2, une diferentes aspectos (frequência cardíaca, respiração, tónus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele). Ex. IDH (educação, longevidade e renda) - Função do Indicadores: - Descrever, dimensionar e descrever uma situação existente, permitindo a análise do impacto de decisões e cumprimento de metas, acompanhar a evolução da saúde, prever tendências. É traduzir uma realidade de saúde para linguagem numérica, para que as análises fiquem objetivas. - Essenciais para direcionar decisões políticas, nortear o planejamento das ações do sistema de saúde e om impactos dessas ações. - É importante que os parâmetros sejam internacionais para proporcionar a comparação confiável. - Podem ser: - Demográficos (relativos a perfil biológica das massas). - Socioeconômicos (relativos a condição social e econômica que também são determinantes da saúde). - Saúde (relativo a doenças). - QUESTÕES: Questão 01: Quais os indicadores que você utiliza para conhecer a situação da saúde de uma comunidade? R= todos os indicadores demográficos, socioeconômicos e de saúde. Questão 02: No município de Arcos da Rocha, Estado de Paraíso (PS), no ano de 1990, foram registrados 70 casos de dengue; e, no ano de 2003, 90 casos. Qual o ano em que a população esteve sob maior risco de adoecer por dengue? R= Observa-se que aumentou o número de casos. Entretanto, não é possível dizer em qual dos anos houve um maior risco. Para tanto, é necessário saber qual o tamanho da população nesses anos. -Indicadores de Valores Absolutos: - São valores brutos, quantificações puras, sem nenhuma aplicação de fórmula, dados não trabalhados. SOZINHOS não servem para comparações temporais e geográficas, são incompletos e descontextualizados, a não ser que seja o mesmo grupo e mesmo local específico. Ex. não se pode comparar o número de leitos de Governador Valadares e BH, pois se trata de realidade e populações diferentes com demandas também diferentes. Outro ponto, número de leitos de GV, não indica nada se não souber quantos estão vazios e ocupados, se são suficientes para essa população, quando foram contados. Esses indicadores servem para auxiliar no planejamento e na administração da saúde. - Ex. Estimativa do número de leitos, medicamentos e insumos em geral - Proporção: - O nome fala por si só, é meio que uma comparação percentual, Sempre representada em porcentagem, é a relação de um evento específico em relação aos eventos totais da mesma natureza. Nesse caso o indicador é um subgrupo do denominador. - Proporção = A/A+B - Ex. Ex. Número de óbitos por doenças cardiovasculares (A) em relação ao número de óbitos em geral (B). -Coeficiente ou Taxa: - É um medidor de possibilidades, ÚNICO medidor de risco de algo acontecer. - Relação entre o n° de eventos reais e os que poderiam acontecer. - Ex. Número de óbitos por leptospirose no Rio de Janeiro, em relação às pessoas que residem ou residiam nessa cidade, no ano ou período considerado. - Coeficiente = Taxa/ pop. Exposta x índice. OU -Coeficiente ou Taxa = A/A+B * (10n habitantes) - O índice, é o índice de comparação, serve para relativizar o indicador, permitindo comparação entre locais diferentes. Ex. por 1000 hab. Por 100.000 etc. Assim mesmo se as populações dos locais comparados for uma muito grande e outra muito pequena, como o índice foi o mesmo, é possível compará-los. - Razão: - Sua principal diferença em relação a Proporção é que na Razão o numerador NÃO é um subgrupo do denominador, ou seja, não possuem relação direta. - Comparar a frequência de um evento em relação à frequência de outro evento diferente no qual o primeiro evento não esteja incluído. - Razão = A/B - Ex. Razão entre o número de casos de aids no sexo masculino (A) e o número de casos de aids no sexo feminino (B). -Conceito da ponta do iceberg: -Os casos notificados são sempre menores do que os reais. Casos assintomáticos/ Casos sintomáticos que não procuram o serviço de saúde/ Casos que procuram o serviço de saúde, mas não são diagnosticados/ Casos diagnosticados, mas não registrados. INDICADORES DE MORTALIDADE - Refere-se ao conjunto de indivíduos que morrem em uma população em um período determinado. - A Taxa ou Indicador de mortalidade, por ser um indicador de risco, mede a probabilidade de uma pessoa inserida em uma população morrer. - Pelos indicadores de mortalidade se avalia o nível de saúde de uma população. Questão 03: Que conclusões você tiraria acerca de um município que apresenta elevados coeficientes de mortalidade por causas evitáveis? R= baixas condições socioeconômicas e ambientais, bem como uma assistência à saúde de baixa qualidade e resolubilidade. - Taxa de Mortalidade geral (TMG): -Mede o risco de morte por TODAS as causas em uma população de um dado local e período. Propicia a capacidade de relacionar o nível de saúde de diferentes áreas, no tempo. Influenciado pela estrutura etária da população. OBS: por 1000hab. - Taxa de Mortalidade Infantil Precoce (TMIP): -mede o risco de morte para crianças menores que 28 dias. OBS: por 1000hab. - Taxa de Mortalidade Infantil tardia (TMIT): - Mede o risco de morte para crianças com idade entre 28 dias e 1 ano. OBS: por 1000hab. - Taxa de Mortalidade Infantil (TMI): - Mede o risco de morte crianças menores de um ano de um dado local e período. Ou seja, engloba as 2 taxas de mortalidade anteriores, a precoce e a tardia. OBS: por 1000hab. - Razão de Mortalidade Materna (RMM): - Mede o risco de morte materna (durante a gestação ou após 42 dias após o parto, devido a alguma situação relacionada à gravidez), Cuidado! é em relação ao número de nascidos vivos. Por isso é uma razão, o numerador não está incluso no denominador!! OBS: por100.000/hab. - Taxa de Mortalidade por Causa (TMC): - mede o risco de morte por uma causa específica para uma população exposta ao risco. Mede o risco de adoecer e morrer, ou seja, risco de morrer para quem não está doente. - Taxa de Letalidade: - Mede o risco de alguém que já está doente morrer por essa doença. Ou seja, mede o poder de matar de uma determinada doença. Mede risco de morrer para quem já está doente. OBS: POR 100hab - Razão de Mortalidade Proporcional ou Indicador de Swaroop Uemura: - Denominado razão, mas na verdade é uma proporção já que o numerador está incluído no denominador. - Mede proporção de óbitos de pessoas com 50 anos ou mais em relação ao total de óbitos. - Curva de Nelson Moraes: - Mede o número de óbitos de cada faixa etária determinada em relação ao número total de mortes, é tipo uma mortalidade proporcional, porém, para outras faixas etárias. - Um cálculo é feito para cada faixa de idade. - Seu formato gráfico permite avaliar o nível de saúde dessa população. TAXA DE MORBIDADE - Refere-se aos indivíduos que adquirem uma determinada doença em um local e tempo. - É uma variável que se refere ao Adoecimento de indivíduos em uma comunidade ou população. - Com ela é possível entender o comportamento, o padrão e o perfil das doenças que atingem a população. - Para mensurá-los é preciso definir o que caracteriza um indivíduo como doente. Para Definição de Caso (Doença): Vigilância em Saúde: para garantir que os dados possam ser comparados Padronização: é preciso definir quais sinais, sintomas, ou seja, Critérios que são necessários para classificar um indivíduo como doente. O Guia de Vigilância em saúde contém os critérios para definição de casos todas as doenças mensuradas. - Essas taxas medidas em diferentes períodos, num mesmo local e grupo, permitem comparações a fim de acompanhar a evolução do estado de saúde da população e o as mudanças no comportamento da doença. - Por elas se mensura o Risco de determinada doença na população e os impactos dela sobre essa população. - CONCEITOS: -Em todos os casos é preciso local e período pré-definidos para se fazer a mensuração!! - Incidência: -Número de casos novos da doença em uma população (num período e local definidos). É uma medida de risco. Sabe-se exatamente quando a pessoa se torna um caso, se torna doente. - Ela sim deve ser usada para comparar a ocorrência de doenças entre diferentes populações!! Ao contrário de números absolutos. - As pessoas do numerador (casos novos) devem necessariamente fazer parte ou ter a mesma probabilidade de estarem incluídas no denominador. Ex. Num caso de câncer de próstata, o número de casos novos vai no numerador e no denominador só entram homens. - É de extrema importância determinar o intervalo de tempo, para garantir que o grupo no denominador tenha sido exposto ao risco, já que a incidência é uma medida de risco. - Para que a taxa de incidência seja a mais específica possível é preciso garantir que no denominador só entrem pessoas que realmente foram expostas ao risco de desenvolver as doenças, desse modo, a taxa será uma medida de risco precisa. - Taxa de Ataque: - É um tipo de taxa de incidência específico, utilizada para situações específicas de surtos em lugares pequenos. - É expressa em porcentagem. - Nesses casos, como a população ou grupo é pequena, pode-se colocar ela inteira no denominador nos casos de surto partindo do pressuposto de que toda a população/grupo de pessoas está sobre o risco por um período limitado. -Taxa de Ataque Secundário: É utilizada para medir o risco da doença pelo contato com pessoas primariamente infectadas. Nesse caso calcula-se casos novos causados pelo contato com pessoas que já estavam doentes e a relação deles com todas as pessoas que tiveram contato com os doentes. - Prevalência: - Mede a proporção total/ geral (inclui casos velhos e novos) de pessoas doentes em uma determinada população em um período. - NÃO é uma medida de risco!! Só quantifica o total de doentes! - Muito utilizada para doenças crônicas. - é uma medida acumulativa, inclui a incidência da doença. - Não leva em consideração o tempo de incubação nem de duração do tratamento da doença.
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