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RESUMO Sthaphylococcus

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RESUMO– 3° PERÍODO – MEDICINA UFJF-GV –
- LEONARDO VIEIRA NUNES-
DISCIPLINA: Microbiologia 
PROVA: 02
TEMA: GÊNERO STHAPHYLOCOCCUS
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
- São cocos Gram-positivos
- Se organizam em cachos (semelhante a cachos de uvas), formando cadeias curtas, aos pares ou até mesmo podem se encontrar isolados.
- Anaeróbios facultativos, ou seja, crescem melhor em ambiente aeróbio, com oxigênio pois conseguem sintetizar enzimas catalases (que neutraliza formas tóxicas de espécies derivadas de O2, como por exemplo transformar peróxido de hidrogênio H2O2 em água e oxigênio molecular O2 que é liberado no meio), entretanto também sobrevivem em ambientes anaeróbios.
-OBS: Staphylococcus aureus são espécies anaeróbias!!! Por isso, em meio de cultura de seletivo com manitol elas fazem fermentação, mudam o pH do meio pela produção de ácido acético e, consequentemente, muda a cor do meio.
- São Imóveis pois não possuem flagelos.
- Não formadoras de esporos (formas metabolicamente inativas, de resistência).
-OBS: Formação de esporos não é comum em bactérias patogênicas, somente em algumas espécies do gênero Clostridium e alguns bacilos.
- São resistentes ao NaCl, isso implica:
Em meio de Cultura ágar manitol (carboidrato), 7,5% NaCl, essas bactérias são capazes de sobreviver e se multiplicar. No caso das anaeróbias facultativas pode ser feita o teste de catalase, adiciona-se peróxido de hidrogênio no meio de cultura e imediatamente as catalases produzidas pelas bac. do gênero Staphylococcus degradam o H2O2 em água e oxigênio molecular O2 que é liberado no meio, gerando uma reação de efervescência.
OBS: No caso das S. aureus, o meio de ágar manitol muda da cor rosa para cor amarelada pela mudança de pH propiciada pela produção de ácido acético oriundo da fermentação realizada por essa espécie.
Essa resistência ao sal tem uma importante relação com as infecções alimentares permitindo que elas cresçam em alimentos com maior concentração de sal. Além disso, S. aureus podem produzir enterotoxinas, e se presente em alimentos, são termoestáveis, ou seja, não são degradadas pelas variações de temperatura, e se caírem na corrente sanguínea causam prejuízos para o TGI.
- As colorações das colônias variam de branco a amarelo dourado, vale salientar que colônias de mesma cor não necessariamente representam a mesma espécie.
- Pouco exigentes quanto a variedade de nutrientes, ou seja, não são fastidiosas.
- Temperatura ideal: 37 °C
- Podem ter cápsula polissacarídica (S. aureus) ou camada mucóide nas outras espécies, dependendo da linhagem, em algumas existem compostos capazes de inibir a fagocitose in vivo.
- Quanto à presença de coagulases, que são enzimas capazes de converter fibrinogênio em fibrina, importantes, na formação de furúnculos e abcessos por infecção monomicrobiana por S. aureus únicas produtoras de catalase. Em laboratório coagulam plasma sanguíneo.
S. aureus = coagulase +
S. epidermidis = coagulase –
S. saprophyticus = coagulase –
Toxinas produzidas: 
Catalase (H2O2 H2O + 1/2 O2)
Coagulase (só S. aureus, Fibrinogênio Fibrina)
DNAse (só S. aureus) (degrada DNA)
Toxina esfoliativa
Toxina da síndrome do choque tóxico
Enterotoxinas 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
(INFECÇÕES ESTAFILOCÓCICAS)
- IMPETIGO
-Causada por Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes.
- Infecção superficial, forma-se inicialmente máculas (manchas) principalmente na face e nos membros, evoluem para vesículas purulentas e eritematosas (vermelhas) que depois eclodem e liberam substância purulenta na pele, que seca e forma crostas vermelho-amareladas.
- Comum em crianças em momentos de baixa imunidade.
-FOLICULITE
- é uma inflamação dos folículos pilosos.
- Pode se manifestar em vários locais:
Pálpebra: Terçol
Furúnculo: grande nódulo purulento
Abcesso: nódulo purulento e necrótico. (Só S. aureus)
- a inflamação do folículo leva a formação de pus, e pode evoluir para um furúnculo ou abcesso, com presença de tecido morto, necrose por consequência da inflamação gerando dor.
- Durante a infecção. Os Staphylococcus por meio das coagulases convertem a fibrinogênio do tecido conjuntivo local em fibrina criando uma borda, uma barreira ao redor do furúnculo, essa barreira limita a entrada de outras substâncias e cria uma alta concentração de bactérias dentro do furúnculo, principalmente no centro ,consequentemente, isso limita a resposta imunológica e inflamação concentrada e ação de antimicrobianos dentro dos limites estabelecidos pela casca de fibrina, portanto, meio que protege as bactérias, entretanto elas também não conseguem se espalhar.. É necessário drenar o abcesso para que a infecção seja controlada, não é espremer!! Tem que ser drenado de maneira adequada, com compressas mornas, assim, as bactérias serão retiradas e o tecido necrosado também propiciando a recuperação da região do tecido. Portanto é uma infecção localizada, não se espalha.
- Algumas pessoas possuem predisposição genética a desenvolver furúnculos por possuírem proteínas séricas relacionadas ao quadro infecioso.
-BACTEREMIA
- Todos possuímos S. epidemides na boca. Em alguns casos elas podem entrar na corrente sanguínea.
-São capazes de se aglomerar na parede de vasos e estruturas formando um biofilme, prozem um polímero protetor que as protegem da ação de antimicrobianos, favorecendo a permanências das mesmas no local.
- Em alguns casos elas podem se acumular na válvulas e paredes cardíacas formando biofilme que compromete essas estruturas (frizo) gerando o quadro conhecido como ENDOCARDITE. (S. epidemides)
- OSTEOMIELITE E ARTRITE SÉPTICA
- São infecções dos ossos e das articulações, respectivamente.
- Podem ser causadas por Staphylococcus após exposição em fraturas expostas ou injeções com agulhas contaminadas. 
-PNEUMONIA
- Tipicamente causada por STREPTOCOCCUS!!!!
- Porém, em alguns casos pode ser causa por Staphylococcus.
- OBS: existem também pneumonias de causas não bacterianas.
- é importante pedir análise de escarro do paciente para identificar qual o microrganismo causador e proceder com tratamento adequado e eficiente.
-INFECÇÃO URINÁRIA
- A maior causadora é Escherichia coli, um bastonete.
- A segunda maior causadora são Staphylococcus saprophyticus.
- Necessário exame de urina para identificação, pois Escherichia coli são bastonete gram-negativos, enquanto as Staphylococcus saprophyticus são gram-positivas.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
(MEDIADAS POR TOXINAS ESTAFILOCÓCICAS)
- SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO
- Causada pela toxina TSST-1, que pode ser produzida por algumas linhagens de Staphylococcus aureus. Por isso, efeito é potencializado em ambiente anaeróbio para se desenvolver.
- Pode ocorrer no caso de uso de absorventes internos ou infecções de feridas.
- Sintomas: febre, eritema e descamação da pele geralmente da palma das mãos e da planta dos pés.
- Em casos mais graves a toxina pode se espalhar pelo sangue e causar danos sistêmicos, no SNC, TGI E e Renal.
-SÍNDROME DA PELE ESCALDADA (Síndrome de Ritter ou SSSS)
- CUIDADO!! Não é uma infecção, É uma INTOXICAÇÃO.
- Geralmente ocorre em bebês, para isso, são necessárias 2 condições:
Bebê ser colonizado por linhagens específicas de estafilococos aureus que produzem a toxina esfoliativa. OBS: A colonização por S. aureus é comum em bebês, porém, a maioria não são linhagens produtoras da toxina.
Problema de imunidade, e o bebê não produz anticorpos protetores. Ocorre em bebês recém-nascidos com poucos dias de nascimento.
- A pele se solta facilmente durante a infecção, o que abre espaço para outras infecções oportunistas.
- Começa com uma vermelhidão e inflamação ao redor da boca que em poucos dias se espalha por todo o corpo.
- Um ser humano, um bebê normal produz anticorpos contra a toxina em poucos dias.
- Tratamento é com cuidados paliativos para evitar novas infecções e esperar, a pele volta ao normalem alguns dias.
- INTOXICAÇÃO ALIMENTAR ESTAFICÓCICA
- Nesse caso é SÓ INTOXICAÇÃO!! Não ocorre infecção intestinal, são coisas diferente.
- Staphylococcus NÃO causam infecções intestinais, somente intoxicações por meio de enterotoxinas. Cerca de 50% são produtores.
- Principais alimentos contaminados: Leite e Derivados!
- Comum quando vacas estão com mastite. Por isso é necessário resfriar o leite imediatamente após a retirada da vaca para reduzir ao máximo metabolismo bacteriano e impedir a produção de enterotoxinas, as bactérias não morrem, mas a intenção é só impedir a formação da toxina, já que elas não causam infecção, só a toxina causa intoxicação. Se demorar resfriar e houver Staphylococcus, eles produzem a enterotoxina, aí resfriar não vai destruir a toxina, são termoestáveis, só irá impedir a produção de mais toxinas.
- Bactérias podem ser passadas para os alimentos pois existem portadores humanos, por isso, é necessário controle de qualidade e infecção em locais de produção alimentícia.
- é uma intoxicação autolimitada, ou seja, tem duração curta, a toxina é metabolizada naturalmente pelo corpo, não há necessidade de intervenção medicamentosa.
- Causa diarreia, vômito, dor abdominal e náusea.
- Não se deve tratar ou impedir a diarreia e os outros sintomas, pois eles também ajudam na eliminação da toxina.
- Tratamento: reposição hidroeletrolítica, ou seja, hidratação com soro fisiológico e reposição nutricional.
TRATAMENTO DE INFECÇÕES ESTAFILOCÓCICAS
- Feito com drenagem de abcessos, limpeza. E uso de antimicrobianos, entretanto a maioria das Staphylococcus desenvolve resistência à antibióticos.
- 90% possuem resistência à penicilina, naturalmente resistentes à penicilina já que elas (bac. Staphylococcus) possuem enzimas β-lactamases que inativam os anéis β-lactâmicos da penicilina, assim, a penicilina perde a capacidade de destruir a parede celular de bactérias, já que é esse anel o responsável.
- Depois de perceber isso, começou-se a receitar a penicilina+ inibidor de enzimas β-lactamases (como, por exemplo, sulbactam e ácido clavilânico). Porém algumas bactérias Staphylococcus desenvolveram resistência pela produção de proteína de ligação de penicilina alterada (PBPa).
- Desenvolveram então Penicilinas sintéticas resistentes as b-lactamases (meticilina, oxacilina), mas os estafilococos já desenvolveram resistência (MRSA, ORSA). Isso é um problema grave, pois não tem mais antibióticos para usar nessas formas resistentes. Utiliza-se então A Vancomicina em último caso, é uma droga de reserva, só usada se nenhum outro antibiótico fizer efeito. Se ela não funcionar pode fazer combinações, coquetéis de vários antibióticos juntos e esperar o sistema imunológico agir.

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