Buscar

NUTRIÇÃO DE PACIENTES

Prévia do material em texto

PROCESSO DE ENFERMAGEM NA 
NUTRIÇÃO DOS PACIENTES
Dra Aline Pereira e Dra Helane Rocha
Aula cedida pela profa Thamy Braga Rodrigues
Docentes do Curso de Enfermagem 
Objetivos da aula
• Identificar os fatores que
influenciam na nutrição.
•Compreender a técnica de
passagem de sonda orogástrica,
nasogástrica e nasoenteral.
O que é a nutrição?
• A nutrição é um componente básico de
saúde essencial para o crescimento e
desenvolvimento normais, manutenção
e reparo teciduais, metabolismo celular
e funcionamento dos órgãos.
Tipos de nutrientes
• Carboidratos
• Proteínas
• Gorduras
• Água
• Vitaminas
• Sais minerais
Fatores que influenciam a 
nutrição
• Ambientais
• Culturais
• Necessidades de desenvolvimento
• Condições especiais
• Gravidez
• Morbidades
Avaliação nutricional
• Peso
• Altura
• IMC: P/A2
• Exames laboratoriais
• Proteínas plasmáticas
• Ferro total (Ferro sérico)
• Hemoglobina (Hb)
• Função renal (uréia, creatinina)
• Função hepática (TGO, TGP)
Exame físico
• Avaliação da pele
• Pregas cutâneas
• Capacidade de deglutição - disfagia
• Capacidade de digestão - dispepsia
• Capacidade de eliminação
Tipos de nutrição
•Oral
•Enteral
•Parenteral 
Nutrição oral
• O profissional de enfermagem tem a
responsabilidade de acompanhar as
pessoas de quem cuida, tanto no nível
domiciliar como no hospitalar,
preparando o ambiente e auxiliando-as
durante as refeições.
Nutrição oral – cuidados de 
Enfermagem
• Verificar a aceitação da dieta.
• Incentivar o paciente a se
alimentar.
• Proteger o tórax com toalha ou
guardanapo.
• Colocar a bandeja ao alcance dos
pacientes.
Nutrição oral – cuidados de 
Enfermagem
• Providenciar meios para auxiliar o
paciente a se alimentar – mesas de
refeição, talheres adaptados, pessoal
para ajudá-lo.
Nutrição oral – cuidados de 
Enfermagem
• Realizar a higiene oral após as
refeições.
• Oferecer e incentivar a ingestão
hídrica.
• Registrar a aceitação da dieta no
prontuário.
Sondagem nasogástrica
• A sondagem nasogástrica refere-se à
introdução através da nasofaringe para
dentro do estômago.
NASOGÁSTRICA
Localizada no estômago.
Polivinil
Tempo máx: 30 dias
Drenagem
Dieta
Propósitos da sondagem 
nasogástrica
• Remover líquidos e gases do
estômago (descompressão).
• Prevenir ou aliviar náuseas e
vômitos, após cirurgia ou eventos
traumáticos.
• Determinar o grau de pressão e de
atividade motora no trato GI
(exames diagnósticos).
Propósitos da sondagem 
nasogástrica
• Irrigar o estômago (lavagem) nos
casos de sangramento ativo ou
envenenamento.
• Tratar obstrução mecânica.
• Administrar medicações e
alimentação(gavagem) diretamente
no trato GI.
Propósitos da sondagem 
nasogástrica
• Obter uma amostra do conteúdo
gástrico para exames laboratoriais
quando houver suspeita de
obstrução pilórica ou intestinal, ou
TB na infância.
Sondagem enteral
• A sondagem nasoenteral é
realizada pela introdução de uma
sonda de pequeno calibre, com
peso na extremidade, que é
transportada por meio da
peristalse para dentro do duodeno
ou jejuno.
FIO GUIA
CHUMBO
Localizada no intestino.
Poliuretano ou silicone
Dieta
Material para passagem da 
sonda
Material 
• Sonda de calibre adequado
• Lubrificante anestésico 
hidrossolúvel (xilocaína a 2% sem 
vasoconstritor)
• Gazes
• Seringa de 20 ml
• Toalha
Material 
• Recipiente com água
• Canudo (opcional)
• Estetoscópio
• Luvas de procedimento
• Fita adesiva (esparadrapo ou
micropore
• Identifique a necessidade e o tipo de sonda a
ser escolhido;
• Avalie o estado mental do cliente e a
capacidade de compreender e cooperar com
o procedimento;
• Reveja o histórico de epistaxes, desvio de
septo, cirurgia nasal;
• Avalie as narinas quanto ao tamanho,
lesões, obstruções ou deformidades.
Histórico
• Sonda Levine
• Tamanhos: Adultos (14 a 18) e Crianças (6 a 10)
• Lubrificante (xilocaína ou lidocaína gel);
• Luva de procedimento;
• Seringa 20ml;
• Esparadrapo ou micropore.
• Estetoscópio;
• Copo com água.
Material
Sondagem Nasogástrica (SNG)
• Verifique as prescrições médicas e identifique o 
cliente;
• Explique o procedimento e a justificativa para o 
cliente;
• Lave as mãos;
• Recolha o material necessário.
• Coloque o cliente em posição de Fowler alta;
• Corte pedaços de esparadrapos necessários para a 
marcação da sonda como para a sua fixação.
• Calce as luvas de procedimento;
• Determine o comprimento da sonda a ser inserida
• Marque a sonda com esparadrapo 
ou micropore;
Procedimento
PONTA DO 
NARIZ
LOBO DA 
ORELHA
APÊNDICE 
XIFÓIDE
• Lubrifique a extremidade da sonda com o lubrificante;
• Introduza suavemente a sonda dentro da narina até a 
faringe posterior;
• Faça com que o paciente incline a cabeça um pouco 
para frente e peça para engolir, enquanto você avança 
a sonda;
• Avance a sonda até a marcação;
• Avalie a posição da sonda:
• aspirar o conteúdo gástrico com a seringa e 
observar a coloração;
• auscultar sobre a região epigástrica do 
paciente um som de borbulhamento,
enquanto injeta 10 a 20 ml de ar;
Procedimento
 Observar se o paciente apresenta tosse, dificuldade 
respiratória, cianose, agitação, que podem ser 
manifestações de um desvio da sonda para as vias 
aéreas;
 Após a confirmação, fixe a sonda com o esparadrapo 
na crista nasal do paciente;
Procedimento
• Se não houver a confirmação, retire o esparadrapo da 
sonda e avance 5 cm. Repita os testes;
• Clampeie a extremidade da sonda ou conecte à 
sucção;
• Retire as luvas;
• Lave as mãos.
• Remova o material.
• Documente o procedimento.
Procedimento
• Sonda Dobbhoff
• Tamanhos: Adultos (14 a 18) e 
Crianças (6 a 10)
• Lubrificante (xilocaína ou lidocaína gel);
• Luva de procedimento;
• Seringa 20ml;
• Esparadrapo ou micropore.
• Estetoscópio;
• Copo com água.
• Vaselina ou soro
Material
Sondagem Nasoenteral (SNE)
• Verifique as prescrições médicas e identifique o 
cliente;
• Explique o procedimento e a justificativa para o 
cliente;
• Lave as mãos;
• Recolha o material necessário.
• Coloque o cliente em posição de Fowler alta;
• Corte pedaços de esparadrapos necessários para a 
marcação da sonda como para a sua fixação.
• Calce as luvas de procedimento;
• Determine o comprimento da sonda a ser inserida
• Marque a sonda com 
esparadrapo ou micropore;
Procedimento
PONTA DO 
NARIZ
LOBO DA 
ORELHA
APÊNDICE 
XIFÓIDE + 
10cm
CICATRIZ 
UMBILICAL
• Lubrifique a extremidade da sonda com o lubrificante;
• Introduza suavemente a sonda dentro da narina até a 
faringe posterior;
• Faça com que o paciente incline a cabeça um pouco 
para frente e peça para engolir, enquanto você avança 
a sonda;
• Avance a sonda até a marcação;
• Avalie a posição da sonda:
• aspirar o conteúdo gástrico com a seringa e 
observar a coloração;
• auscultar sobre a região epigástrica do 
paciente um som de borbulhamento, 
enquanto injeta 10 a 20 ml de ar;
Procedimento
 Observar se o paciente apresenta tosse, dificuldade 
respiratória, cianose, agitação, que podem ser 
manifestações de um desvio da sonda para as vias 
aéreas;
 Após a confirmação, fixe a sonda com o esparadrapo 
na crista nasal do paciente;
 Se não houver a confirmação, retire o esparadrapo da 
sonda e avance 5 cm. Repita os testes;
 Clampeie a extremidadeda sonda ou conecte à dieta;
 Retire as luvas;
 Lave as mãos.
 Remova o material.
 Documente o procedimento.
Procedimento
 Encaminhe o cliente para realização de raio X 
abdominal;
 Injete vaselina ou soro e retire o fio guia.
 Para que a chegada da sonda no intestino seja mais
rápida, pode-se lançar mão de algumas manobras
como: 
- colocar o paciente em decúbito lateral direito,
- estimular deambulação 
Procedimento
• Inspecionar a narina para irritação;
• Limpar frequentemente a narina;
• Trocar a fixação conforme necessário, para evitar a 
irritação da pele ou úlceras por pressão na narina;
• Aumentar a frequência do cuidado oral;
• Testar o posicionamento da sonda antes de cada 
dieta;
• Lavar a sonda (20ml de água) após cada dieta e/ou 
medicamentos para manter a permeabilidade;
• Em caso de sucção, refaça o vácuo sempre que 
necessário.
Plano de cuidados diário
Avaliação de Enfermagem
• Mensurar a quantidade de volume gástrico 
residual (VGR) aspirado a 4 a 6 horas;
• Monitorar a glicose sanguínea por punção 
do dedo a cada 6 hs, até que a taxa máxima 
de administração seja atingida e mantida 
durante 24 horas. 
• Monitorar a ingestão e a eliminação a cada 
8hs e calcular os totais diários a cada 24hs
• Auscultar sons intestinas
ATENÇÃO
• A ausculta não é um método confiável para
verificação da colocação da sonda, porque a
sonda inadivertidamente colocada nos
pulmões, faringe ou esôfago emite um som
semelhante ao do ar entrando no estomago;
Atenção
• Deixar o fio guia ou estilete no lugar até que 
um radiologista confirme o posicionamento 
correto por radiografia. Nunca tente reinserir 
um fio guia ou estilete parcial ou totalmente 
removido, enquanto a sonda de alimentação 
estiver no lugar.
• Não force a sonda. Se encontrar resistência 
ou o paciente começar a tossir, engasgar-se 
ou torna-se cianótico, pare de avançar a 
sonda e puxe-a de volta. 
• Pneumonia aspirativa: refluxo gástrico e
posicionamento do paciente;
• As SNE reduzem o risco de PNM aspirativa: menos
calibrosas e mais maleáveis, não prejudicando a
capacidade de contração esfincteriana.
• Úlcerações nasais: má fixação;
• Diarréias e cólicas intestinais:
contaminação da dieta e
administração rápida da dieta.
Complicações da SNE/ SNG
Cuidados na sondagem
• A lubrificação da sonda com solução
anestésica e hidrossolúvel antes de
sua introdução na narina facilita o
procedimento e atenua o traumatismo,
por diminuir o atrito com a mucosa
nasal.
• Deve ser introduzida sempre aberta, o
que permite identificar a saída do
conteúdo gástrico ou ar.
Cuidados na sondagem
• A realização da sondagem com o
paciente sentado ou decúbito elevado
previne a aspiração do conteúdo
gástrico caso ocorra vômito.
• A flexão da cabeça reduz a
probabilidade da sonda entrar na
traqueia e vias aéreas.
Cuidados na sondagem
• Para facilitar a passagem da sonda
pelo esôfago, solicite ao paciente que
engula, o que ajuda a progressão no
tubo digestivo. Pode-se oferecer água
para ajudá-lo a engolir.
Cuidados na sondagem
• Caso o paciente
apresente sinais de
sufocamento, tosse,
cianose ou agitação,
deve-se suspender a
manobra e reiniciá-la
após sua melhora.
Fixação da sonda
Cuidados na sondagem
• Se a sonda foi indicada para
esvaziamento gástrico, deve ser
mantida aberta e conectada a um
sistema de drenagem.
• Se não houver drenagem e o paciente
apresentar náuseas, vômitos ou
distensão abdominal, indica-se aspirar
a sonda suavemente com uma seringa,
pois pode estar obstruída.
Cuidados na sondagem
• É comum que o paciente com sonda
respire pela boca, o que pode vir a
provocar ressecamento e fissuras nos
lábios.
• A higiene oral e lubrificação dos lábios
devem ser realizadas no mínimo três
vezes ao dia, o que promove o conforto
e evita infecção, e o ressecamento da
mucosa oral.
Cuidados na sondagem
• A limpeza dos orifícios nasais do
paciente, pelo menos uma vez ao dia,
retira as crostas que se acumulam ao
redor da sonda;
• O profissional de enfermagem deve
inspecionar o local e manter a sonda
livre de pressão sobre a mucosa nasal,
para evitar ulcerações.
Cuidados na sondagem
• Ao retirar a sonda nasogástrica, esta
deve estar sempre fechada para evitar
o escoamento do conteúdo gástrico
pelos orifícios da sonda no trato
digestivo alto, fato que provoca
irritação.
Administração de dieta por 
sonda
• Método intermitente ou contínuo.
• Seringa
• Gravidade
• Bomba de infusão
Cuidados na administração da 
dieta
• Conferir o rótulo da nutrição enteral:
• Nome do paciente
• Registro hospitalar
• Número do leito
• Composição (qualidade e quantidade
dos componentes)
• Volume total
• Velocidade de administração
Cuidados na administração da 
dieta
• Conferir o rótulo da nutrição enteral:
• Via de acesso
• Data e hora da manipulação
• Prazo de validade
• Condições de temperatura para
conservação
• Nome e número do registro
profissional do responsável técnico
pelo processo
Cuidados na administração da 
dieta
• Verificar a integridade da embalagem e
o aspecto da solução, observando se
há alguma alteração visível.
• Se houver, comunicar ao enfermeiro
para que este providencie a suspensão
da dieta desse horário e comunicar o
fato ao Serviço de Nutrição e Dietética.
Cuidados na administração da 
dieta
• Checar as condições de limpeza e
funcionamento da bomba de infusão,
antes de usá-la.
• Testar o posicionamento da sonda e
sua permeabilidade, antes de instalar a
nutrição.
• Registrar todo o procedimento.
• Se o cliente está confuso, desorientado ou 
incapaz de seguir os comandos?
• Se for incapaz de inserir a sonda em ambas 
as narinas?
• Se ocorrerem vômitos?
Cuidados na Instalação
1. O abdome do cliente fica distendido e/ou 
dolorido.
2. O cliente se queixa de dor na garganta e 
secura, membranas mucosas irritadas.
3. O cliente desenvolve irritação na pele em 
torno das narinas;
4. O cliente desenvolve sinais de 
broncoaspiração pulmonar: dispnéia.
após instalação de SNG 
• Ter critérios quanto ao jejum
• Consequências:
Desnutrição
Piora clínica
Debilitação física 
CUIDADOS NA INSTALAÇÃO DE 
DIETAS
• Peritonite
• Obstrução intestinal
• Vômito intratável
• Diarréia Severa
Contra-indicações 
• Gástrico : maior volume, maior osmolaridade
e maior velocidade
• Intestinal: infusão lenta (BIC), volumes 
menores e progressão gradual e lenta.
Posicionamento da sonda
Dietas parenterais
1. Aspiração gástrica a cada 24h
2. Progressão da velocidade: 25ml/h a cada 8 
horas;
Como avaliar a evolução da 
tolerância
 Náuseas e vômitos
 Cólicas
 Empachamentos
 Distensão abdominal e flatulência
 Obstipação
 Diarréia
Complicações 
• Intolerância a lactose
• Infusão rápida da dieta
• Soluções hiperosmolares
• Estase gástrica com vol residual 
maior que 50% após 2h
• Refluxo gastroesofágico
Náuseas e vômitos
• Grande volume da dieta (máx. de 2.000ml em 
24h)
• Administração em bolus
• Infusão rápida da dieta
Cólicas, Empachamentos, Distenção
Abdominal e flatulência
• Diminuição da prensa abdominal para 
movimentos evacuatórios;
• Desidratação
• Medicamentos 
OBSTIPAÇÃO
 Hipoalbuminemia (< 3,0dg/l);
 Deficiência de lactose ( pacientes desnutridos);
 Má absorção de gordura por patologias
hepáticas e pancreáticas;
 Antiácidos e antibióticos
 Infusão rápida
 Dieta muito fria Contaminação bacteriana
 Sonda duodenal ou jejunal
 Solução hiperosmolar
Diarréia 
• Risco de desequilíbrio hidro-eletrolítico;
• Suspender dieta por 12 horas e reiniciá-la 
com velocidade de 40 a 50 ml/h;
• Controle das evacuações
Diarréira intensa e de difícil controle
• Lavagem incorreta: administrar 30 a 60 ml 
após medicações e dietas;
• Impactação de medicamentos pouco 
solúveis em água.
• Dobramento e nó na sonda
Complicações mecânicas: 
Obstrução da sonda 
 Saída ou migração acidental devida a alterações
no peristaltismo ou paciente hiperativo;
 Erosão nasal, necrose e abscesso septonasal;
 Sinusite, rouquidão, otite e faringite, esofagite
Complicações mecânicas:
Sondas de grosso calibre
Sondas pouco flexíveis
Permanência prolongada da sonda ( seis semanas)
• Fistula traqueoesofágica
• Hiper-hidratação ( desnutrição grave)
• Desidratação
• Aspiração pulmomar
• Complicações psicológicas
Outras complicações
Escolher o tipo de sonda atentando para 
calibre e material flexível;
Certificar-se da localização
 Fixar adequadamente
Proporcionar higiene
Administrar liquido após a dieta
Realizar curativo diariamente
Escolher o método contínuo ou intermitente
Controlar velocidade de infusão
Prevenir complicações
Assistência de enfermagem ao 
paciente com nutrição enteral
Bons Estudos!

Outros materiais