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curso 49227 aula 00 v1

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Livro Eletrônico
Aula 00
Direito Penal e Processual Penal-Conhecimentos Específicos p/ Perito Polícia Federal
(Área 01)- 2018
Professor: Renan Araujo
00000000000 - DEMO
 
 
 
Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 43 
DIREITO PENAL P/ POLêCIA FEDERAL (2018) Ð PERITO (çREA 01) 
Teoria e quest›es 
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo 
 AULA DEMO 
DOS CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTçRIA. 
 
SUMçRIO 
1 CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTçRIA ............................................................... 5 
1.1 Art. 1¡ da Lei 8.137/90 .................................................................................. 5 
1.2 Art. 2¡ da Lei 8.137/90 .................................................................................. 7 
1.3 Quest›es comuns aos arts. 1¡ e 2¡ da Lei 8.137/90 ....................................... 8 
1.3.1 Causas de aumento de pena ............................................................................ 8 
1.3.2 Confiss‹o espont‰nea (Dela‹o premiada) ......................................................... 9 
1.3.3 A‹o penal .................................................................................................... 9 
1.3.4 Extin‹o da punibilidade ................................................................................. 9 
1.3.5 Aplica‹o do princ’pio da insignific‰ncia .......................................................... 11 
1.4 Art. 3¡ da Lei ................................................................................................ 12 
2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES ............................................................... 13 
3 SòMULAS PERTINENTES ..................................................................................... 15 
3.1 Sœmulas vinculantes .................................................................................... 15 
3.2 Sœmulas do STF ............................................................................................ 16 
4 RESUMO .............................................................................................................. 16 
5 EXERCêCIOS PARA PRATICAR ............................................................................. 18 
6 EXERCêCIOS COMENTADOS ................................................................................. 26 
7 GABARITO .......................................................................................................... 43 
 
 
Ol‡, meus amigos! 
 
ƒ com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo ESTRATƒGIA 
CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir para a aprova‹o de 
vocs no concurso da POLêCIA FEDERAL (2018). N—s vamos estudar teoria e 
comentar exerc’cios sobre DIREITO PENAL, para o cargo de PERITO (çREA 
01). 
E a’, povo, preparados para a maratona? 
O edital ainda n‹o foi publicado, mas cresce a expectativa pela 
realiza‹o do novo certame. A Banca do œltimo concurso foi o CESPE. 
Bom, est‡ na hora de me apresentar a vocs, certo? 
Meu nome Ž Renan Araujo, tenho 30 anos, sou Defensor Pœblico 
Federal desde 2010, atuando na Defensoria Pœblica da Uni‹o no Rio de Janeiro, 
e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da UERJ. Antes, 
porŽm, fui servidor da Justia Eleitoral (TRE-RJ), onde exerci o cargo de 
00000000000 - DEMO
 
 
 
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DIREITO PENAL P/ POLêCIA FEDERAL (2018) Ð PERITO (çREA 01) 
Teoria e quest›es 
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo 
 TŽcnico Judici‡rio, por dois anos. Sou Bacharel em Direito pela UNESA e p—s-
graduado em Direito Pœblico pela Universidade Gama Filho. 
Minha trajet—ria de vida est‡ intimamente ligada aos Concursos Pœblicos. 
Desde o comeo da Faculdade eu sabia que era isso que eu queria para a minha 
vida! E querem saber? Isso faz toda a diferena! Algumas pessoas me perguntam 
como consegui sucesso nos concursos em t‹o pouco tempo. Simples: Foco + 
Fora de vontade + Disciplina. N‹o h‡ f—rmula m‡gica, n‹o h‡ ingrediente 
secreto! Basta querer e correr atr‡s do seu sonho! Acreditem em mim, isso 
funciona! 
ƒ muito gratificante, depois de ter vivido minha jornada de concurseiro, 
poder colaborar para a aprova‹o de outros tantos concurseiros, como um dia eu 
fui! E quando eu falo em Òcolaborar para a aprova‹oÓ, n‹o estou falando apenas 
por falar. O EstratŽgia Concursos possui ’ndices alt’ssimos de aprova‹o 
em todos os concursos! 
Neste curso vocs receber‹o todas as informa›es necess‡rias para que 
possam ter sucesso na prova da POLêCIA FEDERAL. Acreditem, vocs n‹o 
v‹o se arrepender! O EstratŽgia Concursos est‡ comprometido com sua 
aprova‹o, com sua vaga, ou seja, com voc! 
Mas Ž poss’vel que, mesmo diante de tudo isso que eu disse, voc ainda 
n‹o esteja plenamente convencido de que o EstratŽgia Concursos Ž a melhor 
escolha. Eu entendo voc, j‡ estive deste lado do computador. Ës vezes Ž dif’cil 
escolher o melhor material para sua prepara‹o. Contudo, alguns colegas de 
caminhada podem te ajudar a resolver este impasse: 
 
 
Esse print screen acima foi retirado da p‡gina de avalia‹o do curso. De 
um curso elaborado para um concurso bastante concorrido (Delegado da 
PC-PE), s— que ministrado em 2015. Vejam que, dos 62 alunos que avaliaram 
o curso, 61 o aprovaram. Um percentual de 98,39%. 
Ainda n‹o est‡ convencido? Continuo te entendendo. Voc acha que 
pode estar dentro daqueles 1,61%. Em raz‹o disso, disponibilizamos 
gratuitamente esta aula DEMONSTRATIVA, a fim de que voc possa analisar o 
material, ver se a abordagem te agrada, etc. 
Acha que a aula demonstrativa Ž pouco para testar o material? Pois 
bem, o EstratŽgia concursos d‡ a voc o prazo de 30 DIAS para testar o 
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DIREITO PENAL P/ POLêCIA FEDERAL (2018) Ð PERITO (çREA 01) 
Teoria e quest›es 
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo 
 material. Isso mesmo, voc pode baixar as aulas, estudar, analisar detidamente 
o material e, se n‹o gostar, devolvemos seu dinheiro. 
Sabem porque o EstratŽgia Concursos d‡ ao aluno 30 dias para 
pedir o dinheiro de volta? Porque sabemos que isso n‹o vai acontecer! N‹o 
temos medo de dar a voc essa liberdade. 
Neste curso estudaremos todo o conteœdo de Direito Penal estimado 
para o Edital. Estudaremos teoria e vamos trabalhar tambŽm com exerc’cios 
comentados. 
Abaixo segue o plano de aulas do curso todo: 
!
AULA CONTEòDO DATA 
Aula 00 Crimes contra a ordem tribut‡ria. 09.02 
Aula 01 
Crimes contra o sistema financeiro 
nacional. Crimes contra o mercado 
de capitais. 
16.02 
Aula 02 
Crimes contra a previdncia social. 
Crimes contra as finanas 
pœblicas. 
23.02 
Aula 03 
Crimes de lavagem de dinheiro ou 
oculta‹o de bens, direitos e 
valores. Crimes de fraude a 
credores em processos de 
recupera‹o judicial, extrajudicial 
e na falncia do empres‡rio e da 
sociedade empres‡ria. 
02.03 
Aula 04 
Disposi›es gerais sobre a prova 
(Cap’tulo I, T’tulo VII). Exame do 
corpo de delito e per’cias em geral 
(Cap’tulo II, T’tulo VII). Peritos 
enquanto auxiliares da justia 
(Cap’tulo VI, T’tulo VIII). 
09.03 
 
Nossas aulas ser‹o disponibilizadas conforme o cronograma apresentado. 
Em cada aula eu trarei algumas quest›es que foram cobradas em concursos 
pœblicos, para fixarmos o entendimento sobre a matŽria. Sempre que poss’vel, 
trabalharemos com quest›es do CESPE, que ser‡ a prov‡vel Banca do 
concurso. Mais de 90% das nossas quest›es ser‹o do CESPE! 
AlŽm da teoria e das quest›es, vocs ter‹o acesso a duas ferramentas 
muito importantes: 
¥! RESUMOS Ð Cada aula ter‡ um resumo daquilo que foi estudado, 
variandode 03 a 10 p‡ginas (a depender do tema), indo direto ao 
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DIREITO PENAL P/ POLêCIA FEDERAL (2018) Ð PERITO (çREA 01) 
Teoria e quest›es 
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo 
 ponto daquilo que Ž mais relevante! Ideal para quem est‡ sem 
muito tempo. 
¥! FîRUM DE DòVIDAS Ð N‹o entendeu alguma coisa? Simples: basta 
perguntar ao professor Vinicius Silva, que Ž o respons‡vel pelo 
F—rum de Dœvidas, exclusivo para os alunos do curso. 
 
Outro diferencial importante Ž que nosso curso em PDF ser‡ 
complementado por videoaulas. Nas videoaulas iremos abordar os t—picos do 
edital com a profundidade necess‡ria, a fim de que o aluno possa esclarecer 
pontos mais complexos, fixar aqueles pontos mais relevantes, etc. 
 
No mais, desejo a todos uma boa maratona de estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
 E-mail: profrenanaraujo@gmail.com 
 Periscope: @profrenanaraujo 
Facebook: www.facebook.com/profrenanaraujoestrategia 
Instagram: www.instagram.com/profrenanaraujo/?hl=pt-br 
Youtube: 
www.youtube.com/channel/UClIFS2cyREWT35OELN8wcFQ 
 
Observa‹o importante: este curso Ž protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a 
legisla‹o sobre direitos autorais e d‡ outras providncias. 
 
Grupos de rateio e pirataria s‹o clandestinos, violam a lei e prejudicam os 
professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe 
adquirindo os cursos honestamente atravŽs do site EstratŽgia Concursos. ;-) 
 
 
 
 
 
 
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 1! CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTçRIA 
Considerando a relev‰ncia da matŽria tribut‡ria, eis que s‹o os tributos 
pagos por todos n—s que sustentam o pa’s, nada mais natural que determinadas 
condutas atentat—rias ˆ ordem tribut‡ria sejam tuteladas penalmente, de forma 
a tentar garantir o respeito a estes bens jur’dicos. 
Para tanto foram criados alguns tipos penais denominados de 
CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTçRIA, previstos na Lei 8.137/90. 
Vejamos cada um dos delitos previstos. 
 
1.1!Art. 1¡ da Lei 8.137/90 
Art. 1¡ Constitui crime contra a ordem tribut‡ria suprimir ou reduzir tributo, ou 
contribui‹o social e qualquer acess—rio, mediante as seguintes condutas: (Vide Lei 
n¼ 9.964, de 10.4.2000) 
I - omitir informa‹o, ou prestar declara‹o falsa ˆs autoridades fazend‡rias; 
II - fraudar a fiscaliza‹o tribut‡ria, inserindo elementos inexatos, ou omitindo 
opera‹o de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; 
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro 
documento relativo ˆ opera‹o tribut‡vel; 
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber 
falso ou inexato; 
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigat—rio, nota fiscal ou documento 
equivalente, relativa a venda de mercadoria ou presta‹o de servio, efetivamente 
realizada, ou fornec-la em desacordo com a legisla‹o. 
Pena - reclus‹o de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
Par‡grafo œnico. A falta de atendimento da exigncia da autoridade, no prazo de 10 
(dez) dias, que poder‡ ser convertido em horas em raz‹o da maior ou menor 
complexidade da matŽria ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigncia, 
caracteriza a infra‹o prevista no inciso V. 
 
Os cinco incisos previstos s‹o os cinco meios pelos quais o agente poder‡ 
praticar as condutas previstas no caput do artigo. Desta forma, pelo princ’pio da 
taxatividade, s— haver‡ crime se o agente reduzir ou suprimir tributo 
MEDIANTE UMA DESTAS CONDUTAS. 
Os termos ÒtributosÓ, Òcontribui›es sociaisÓ e Òacess—riosÓ s‹o 
elementos normativos jur’dicos, e a men‹o ˆs Òcontribui›es sociaisÓ Ž 
desnecess‡ria, na medida em que Ž espŽcie de tributo. 
O acess—rio, para estes fins, deve ser entendido como o valor decorrente do 
descumprimento de alguma obriga‹o acess—ria (que n‹o seja o pagamento do 
tributo), como a presta‹o de uma declara‹o, etc. 
Existem v‡rias condutas poss’veis, de forma que temos um crime de a‹o 
mœltipla. Caso o agente pratique mais de uma conduta, mas relativamente ao 
MESMO TRIBUTO OU ACESSîRIO, teremos um crime œnico. 
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DIREITO PENAL P/ POLêCIA FEDERAL (2018) Ð PERITO (çREA 01) 
Teoria e quest›es 
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 No entanto, ainda que o agente pratique apenas uma das modalidades de 
conduta, mas relativamente A DIVERSOS TRIBUTOS, teremos pluralidade de 
crimes, cometidos em concurso formal ou material, a depender do caso. 
O sujeito ativo aqui Ž o contribuinte ou o respons‡vel tribut‡rio. 
O elemento subjetivo exigido Ž O DOLO, n‹o se punindo criminalmente 
na forma culposa. No inciso IV permite-se tanto o dolo direto quanto o DOLO 
EVENTUAL. 
A consuma‹o do crime se d‡ com A OCORRæNCIA DO RESULTADO 
DANOSO, que consiste na SUPRESSÌO OU REDU‚ÌO do tributo. A tentativa 
Ž admiss’vel. No entanto, na conduta prevista no ¤ œnico o delito se consuma 
com o mero descumprimento ou n‹o atendimento da ordem legal da autoridade, 
sendo, portanto, INADMISSêVEL a tentativa. 
 
ATEN‚ÌO! O STF entende que as condutas previstas no 
art. 1¼, I a IV, caracterizam o tipo penal como crime material, de forma que o 
lanamento definitivo do tributo Ž necess‡rio para a consuma‹o do crime. 
Vejamos: 
SòMULA VINCULANTE N¼ 24 
ÒN‹o se tipifica crime material contra a ordem tribut‡ria, previsto no art. 1o, incisos I a IV, da 
Lei no 8.137/90, antes do lanamento definitivo do tributo.Ó 
 
 
Percebam que o inciso V n‹o foi contemplado pela Sœmula Vinculante 
n¼ 24 do STF. Isso n‹o quer dizer, contudo, que ele n‹o seja um crime material. 
Doutrinariamente, inclusive, ele Ž considerado crime material. 
Na Jurisprudncia, a tese majorit‡ria Ž a de que ele tambŽm Ž crime 
material, pela mesma l—gica que os demais: O tipo penal diz: Ò(...) suprimir ou 
reduzir tributo...Ó. Isso denota a exigncia do efetivo dano para a consuma‹o 
do delito. Contudo, ainda h‡ decis›es em sentido contr‡rio, de forma que 
na Jurisprudncia n‹o Ž t‹o pac’fico assim. 
 
CUIDADO MASTER! O simples fato de ao crŽdito 
tribut‡rio estar prescrito, ou seja, n‹o ser mais poss’vel o ajuizamento da 
execu‹o fiscal (ou seu prosseguimento, caso reconhecida a prescri‹o durante 
o processo executivo) NÌO influencia na a‹o penal. 
Isso porque o crime se consuma com o lanamento definitivo do tributo. Uma 
vez lanado o tributo, h‡ completa desvincula‹o entre as esferas. O fato de a 
Fazenda Nacional vir a perder o prazo para ajuizar a execu‹o fiscal 
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 (ocasionando a prescri‹o tribut‡ria) n‹o gera reflexos na seara penal. 
Nesse sentido, o entendimento do STJ: 
ÒO reconhecimento de prescri‹o tribut‡ria em execu‹o fiscal n‹o Ž capaz de justificar o 
trancamento de a‹o penal referente aos crimes contra a ordem tribut‡ria previstos nos incisos 
II e IV do art. 1¡ da Lei n. 8.137/1990 (RHC 67.771-MG, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado 
em 10/3/2016, DJe 17/3/2016 Ð Informativo 579 do STJ).Ó 
 
1.2!Art. 2¡ da Lei 8.137/90 
O art. 2¡ da Lei 8.137/90 prev o seguinte: 
Art. 2¡ Constitui crime da mesma natureza: (VideLei n¼ 9.964, de 10.4.2000) 
I - fazer declara‹o falsa ou omitir declara‹o sobre rendas, bens ou fatos, ou 
empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de 
tributo; 
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribui‹o social, 
descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obriga‹o e que deveria 
recolher aos cofres pœblicos; 
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte benefici‡rio, qualquer 
percentagem sobre a parcela dedut’vel ou deduzida de imposto ou de contribui‹o 
como incentivo fiscal; 
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatu’do, incentivo fiscal ou 
parcelas de imposto liberadas por —rg‹o ou entidade de desenvolvimento; 
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito 
passivo da obriga‹o tribut‡ria possuir informa‹o cont‡bil diversa daquela que Ž, por 
lei, fornecida ˆ Fazenda Pœblica. 
Pena - deten‹o, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
O crime previsto aqui possui a mesma natureza do anterior, sendo, 
entretanto, condutas menos gravosas e, atŽ por isso, receberam san‹o mais 
branda. 
AlŽm disso, todas as condutas previstas neste artigo s‹o DE MERA CONDUTA 
(Doutrina majorit‡ria). Na verdade, parte da Doutrina sustenta serem crimes 
de mera conduta, e outra parte sustenta serem crimes formais. Todavia, o crime 
do inciso I, mais se apresenta como um crime FORMAL (n‹o vejo possibilidade 
de ser considerado como crime de mera conduta), na medida em que h‡ 
possibilidade de que ocorra resultado natural’stico (o agente consiga obter o 
resultado pretendido). De uma forma ou de outra, o importante Ž que o 
resultado Ž IRRELEVANTE PARA A CONSUMA‚ÌO DO DELITO. 
O sujeito ativo Ž o contribuinte ou o respons‡vel, ou seja, aquela pessoa que 
possui uma rela‹o direta ou de responsabilidade em rela‹o ˆ obriga‹o 
tribut‡ria. Temos, portanto, um crime PRîPRIO. 
 
CUIDADO! Crime pr—prio n‹o Ž sin™nimo de crime praticado por funcion‡rio 
pœblico. Crime pr—prio Ž um crime que n‹o pode ser cometido por qualquer 
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 pessoa, mas somente por aquelas que se encontrem em determinada situa‹o, 
como Ž o caso do artigo. 
 
O sujeito passivo ser‡ a administra‹o fazend‡ria prejudicada (se o tributo 
for federal, a Fazenda Nacional, se estadual, a Fazenda Estadual, etc.). 
O tipo subjetivo (elemento subjetivo) das condutas descritas no art. 
2¡ Ž o DOLO. No inciso I, entretanto, exige-se, ainda, um ELEMENTO 
SUBJETIVO ESPECêFICO (especial fim de agir), consistente na inten‹o de se 
eximir do pagamento total ou parcial do tributo. 
A consuma‹o do delito se d‡ com a mera pr‡tica de qualquer das 
condutas enumeradas, sendo IRRELEVANTE, para a consuma‹o do 
delito, A OCORRæNCIA DO EFETIVO PREJUêZO (supress‹o ou redu‹o do 
tributo). A tentativa s— ser‡ admiss’vel nas condutas que possam ser 
fracion‡veis. Portanto, apenas a t’tulo de exemplo, nas modalidades omissivas 
(ÒomitirÓ, Òdeixar de aplicarÓ, etc.), n‹o cabe tentativa, pois n‹o se pode 
fracionar a execu‹o do delito, de forma que, ou o crime se consuma, ou 
sequer chega a ser tentado. 
Como a pena m‡xima prevista para este delito Ž de DOIS ANOS, temos 
aqui uma INFRA‚ÌO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO Ð IMPO, de forma 
que a competncia para o processo e julgamento deste crime Ž dos Juizados 
Especiais Criminais (art. 61 da Lei 9.099/95). AlŽm disso, como a pena m’nima Ž 
inferior a um ano, Ž cab’vel a suspens‹o condicional do processo. 
Portanto, e considerando ainda que a pena m’nima n‹o ultrapassa 01 
ano, aplicam-se a este crime os institutos despenalizadores da SUSPENSÌO 
CONDICIONAL DO PROCESSO E DA TRANSA‚ÌO PENAL. 
 
1.3!Quest›es comuns aos arts. 1¡ e 2¡ da Lei 8.137/90 
1.3.1!Causas de aumento de pena 
Em ambos os crimes, se das condutas praticadas resultar grave dano 
ˆ sociedade, ou se forem praticadas por servidor pœblico no exerc’cio das 
fun›es, ou ainda, se forem praticadas em rela‹o ˆ presta‹o de servios 
ou ao comŽrcio de bens essenciais ˆ vida ou ˆ saœde, a pena Ž aumentada 
de 1/3 ˆ metade. Vejamos o que diz o art. 12 da Lei: 
Art. 12. S‹o circunst‰ncias que podem agravar de 1/3 (um tero) atŽ a metade as 
penas previstas nos arts. 1¡, 2¡ e 4¡ a 7¡: 
I - ocasionar grave dano ˆ coletividade; 
II - ser o crime cometido por servidor pœblico no exerc’cio de suas fun›es; 
III - ser o crime praticado em rela‹o ˆ presta‹o de servios ou ao comŽrcio de bens 
essenciais ˆ vida ou ˆ saœde. 
 
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 O inciso III praticamente n‹o possui aplica‹o aos crimes contra a 
ordem tribut‡ria, tendo mais sentido no que se refere aos crimes contra 
a ordem econ™mica. 
 
1.3.2!Confiss‹o espont‰nea (Dela‹o premiada) 
Se o crime for cometido em concurso de agentes, e um dos agentes 
confessar o crime, revelando ˆ autoridade a trama delituosa, ter‡ a pena reduzida 
de 1/3 a 2/3. ƒ o que se chama de confiss‹o espont‰nea (ou dela‹o 
premiada). Vejamos: 
Par‡grafo œnico. Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou co-
autoria, o co-autor ou part’cipe que atravŽs de confiss‹o espont‰nea revelar ˆ 
autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa ter‡ a sua pena reduzida de um 
a dois teros. (Par‡grafo inclu’do pela Lei n¼ 9.080, de 19.7.1995) 
 
ƒ necess‡rio, portanto, que esta confiss‹o seja ESPONTåNEA. N‹o se 
exige, no entanto, VOLUNTARIEDADE, ou seja, n‹o se exige que essa 
vontade parta do agente. Pode ser que ele espontaneamente se prontifique a 
confessar quando informado das vantagens dessa confiss‹o. 
Trata-se de DIREITO SUBJETIVO DO RƒU, ou seja, ele tem o direito de 
realizar esta confiss‹o e ter sua pena reduzida nos moldes legais. 
 
1.3.3!A‹o penal 
A a‹o penal nestes crimes Ž PòBLICA INCONDICIONADA, por fora do 
art. 15 da Lei: 
Art. 15. Os crimes previstos nesta lei s‹o de a‹o penal pœblica, aplicando-se-lhes o 
disposto no art. 100 do Decreto-Lei n¡ 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - C—digo 
Penal. 
 
1.3.4!Extin‹o da punibilidade 
Quando um delito Ž cometido surge para o Estado o poder-dever de punir o 
infrator. Esse poder Ž chamado de Ius Puniendi. Entretanto, esse poder pode 
desaparecer, em raz‹o de diversos fatores (prescri‹o, abolitio criminis, etc.). 
A punibilidade n‹o Ž elemento do crime. 
A Lei 8.137/90 trouxe uma hip—tese especial de EXTIN‚ÌO DA 
PUNIBILIDADE, prevista em seu art. 14. Vejamos: 
Art. 14. Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos nos arts. 1¡ a 3¡ quando o 
agente promover o pagamento de tributo ou contribui‹o social, inclusive acess—rios, 
antes do recebimento da denœncia. (Artigo revogado pela Lei n¼ 8.383, de 30.12.1991) 
 
Como vocs podem ver, este artigo est‡ riscado, pois fora revogado pela 
Lei 8.383/91. No entanto, essa modalidade de extin‹o da punibilidade foi 
novamente prevista, desta vez, no art. 34 da Lei 9.249/95: 
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 Art. 34. Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos na Lei n¼ 8.137, de 27 de 
dezembro de 1990, e na Lei n¼ 4.729, de 14 de julho de 1965, quando o agente 
promover o pagamento do tributo ou contribui‹o social, inclusive acess—rios,antes 
do recebimento da denœncia. 
 
Agora eu vos pergunto: N‹o dava para incluir um artigo na Lei 
8.137/90 pra dizer isso? Precisava colocar em outra lei, s— pra dificultar a vida 
do candidato? 
Bom, o importante Ž que a punibilidade estar‡ extinta caso o agente 
promova o PAGAMENTO INTEGRAL do tributo, contribui‹o social ou 
acess—rios ANTES DO RECEBIMENTO DA DENòNCIA. 
Como disse a vocs, o pagamento do tributo, antes do recebimento da 
denœncia, EXTINGUE A PUNIBILIDADE. Entretanto, existe uma possibilidade 
de SUSPENSÌO DA PRETENSÌO PUNITIVA DO ESTADO, que ir‡ ocorrer 
quando o agente reconhecer o dŽbito relativo ao crime e realizar o 
PARCELAMENTO DA DêVIDA. 
Enquanto a d’vida estiver sendo paga parceladamente, n‹o h‡ extin‹o da 
punibilidade, pois pode ser que o agente deixe de pagar o parcelamento. Assim, 
a punibilidade s— estar‡ extinta quando o agente TERMINAR DE PAGAR O 
PARCELAMENTO. 
Essa previs‹o de suspens‹o da pretens‹o punitiva est‡ prevista na 
Lei 8.137/90? NÌO! 
Essa previs‹o est‡ contida no art. 9¡ da Lei 10.684/03: 
Art. 9o ƒ suspensa a pretens‹o punitiva do Estado, referente aos crimes previstos nos 
arts. 1o e 2o da Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e nos arts. 168A e 337A 
do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 Ð C—digo Penal, durante o per’odo 
em que a pessoa jur’dica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver inclu’da 
no regime de parcelamento. 
¤ 1o A prescri‹o criminal n‹o corre durante o per’odo de suspens‹o da pretens‹o 
punitiva. 
¤ 2o Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos neste artigo quando a pessoa 
jur’dica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos dŽbitos oriundos 
de tributos e contribui›es sociais, inclusive acess—rios. 
 
Percebam, ainda, meus caros alunos, que enquanto o camarada (inclusive 
Pessoa Jur’dica, obviamente) estiver pagando o parcelamento, NÌO CORRE O 
PRAZO DE PRESCRI‚ÌO. 
Importante ressaltar que a jurisprudncia do STJ se consolidou no sentido 
de que, em raz‹o do advento da Lei 10.684/03, o pagamento do tributo (ou 
contribui‹o social) e seus acess—rios, a qualquer tempo, desde que antes 
do tr‰nsito em julgado, gera a extin‹o da punibilidade (contrariamente ao que 
prev a Lei). 
 
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 1.3.5!Aplica‹o do princ’pio da insignific‰ncia 
A Jurisprudncia entende, ainda, que em se tratando de preju’zo inferior 
a ao patamar estabelecido pela Fazenda Nacional como irrelevante para 
fins de execu‹o fiscal, temos hip—tese de aplica‹o do PRINCêPIO DA 
INSIGNIFICåNCIA, de forma a afastar a tipicidade do fato, ou seja, o fato seria 
at’pico (por ausncia de lesividade social apta a justificar a tutela penal, j‡ que 
por esse valor a Fazenda sequer promove a execu‹o fiscal, de modo que n‹o faz 
sentido aplicar o Direito Penal se n‹o se aplica nem o Direito Administrativo ao 
caso). 
 
CUIDADO! Isso s— se aplica aos tributos federais, j‡ que a Lei 10.522/02 foi 
editada dirigindo-se ˆ Fazenda Nacional.1 
CUIDADO II Ð A Portaria MF n¼ 75 aumentou para R$ 20.000,00 o valor dos 
crŽditos tribut‡rios federais considerados irrelevantes para fins de execu‹o 
fiscal, dispensando sua cobrana. Contudo, por se tratar de mera Portaria, o 
STJ entendia que ele n‹o se aplicava para fins de caracteriza‹o do 
princ’pio da insignific‰ncia, que permaneceria no antigo patamar de R$ 
10.000,00 (estabelecido pela Lei 10.522/02). 
O STF, porŽm (como vimos), passou a adotar o patamar de R$ 20.000,00 
para caracteriza‹o da insignific‰ncia em crimes tribut‡rios2. 
Assim, e para n‹o gerar Òdivergncia jurisprudencialÓ, a QUINTA TURMA DO 
STJ passou a adotar a mesma tese (R$ 20.000,00).3 
PorŽm, existiam decis›es no ‰mbito da SEXTA TURMA do STJ ainda mantendo 
o entendimento antigo (de que o patamar seria de R$ 10.000,00). 
Assim, para sanar a controvŽrsia dentro do pr—prio STJ, a TERCEIRA SE‚ÌO 
(que engloba a QUINTA TURMA e a SEXTA TURMA), mais recentemente, decidiu 
que o patamar deve ser o de R$ 10.000,00 (previsto na Lei).4 
Para fins de prova, a resposta vai depender da pergunta. Se a quest‹o se 
referir ao STF, o entendimento Ž de que o patamar Ž de R$ 20.000,00. 
Se exigir o entendimento do STJ, o patamar Ž o de R$ 10.000,00. 
 
 
1 (...) A jurisprudncia deste Superior Tribunal de Justia preceitua que a aplica‹o do princ’pio da 
insignific‰ncia aos crimes sobre dŽbitos tribut‡rios federais que n‹o excedam R$ 10.000,00 (dez 
mil reais), com esteio no disposto no artigo 20 da Lei n. 10.522/2002, n‹o se estende a tributos que 
n‹o sejam da competncia da Uni‹o, devendo ser aplicada a legisla‹o do ente competente para 
legislar sobre o tributo em an‡lise. (...) (AgRg no AREsp 753.887/SC, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE 
ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 13/10/2015, DJe 03/11/2015) 
2 Ver HC 126746 AgR / PR (Publicado em 07.05.2015) 
3 (AgRg no AgRg no REsp 1447254/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 04/11/2014, 
DJe 11/11/2014)Ó 
4 (EREsp 1230325/RS, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, TERCEIRA SE‚ÌO, julgado em 22/04/2015, DJe 
05/05/2015) 
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 1.4!Art. 3¡ da Lei 
Art. 3¡ Constitui crime funcional contra a ordem tribut‡ria, alŽm dos previstos no 
Decreto-Lei n¡ 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - C—digo Penal (T’tulo XI, Cap’tulo 
I): 
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a 
guarda em raz‹o da fun‹o; soneg‡-lo, ou inutiliz‡-lo, total ou parcialmente, 
acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribui‹o social; 
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda 
que fora da fun‹o ou antes de iniciar seu exerc’cio, mas em raz‹o dela, vantagem 
indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lanar ou cobrar tributo 
ou contribui‹o social, ou cobr‡-los parcialmente. Pena - reclus‹o, de 3 (trs) a 8 
(oito) anos, e multa. 
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administra‹o 
fazend‡ria, valendo-se da qualidade de funcion‡rio pœblico. Pena - reclus‹o, de 1 (um) 
a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
O art. 3¡ inaugura a se‹o II, que conta tambŽm com o art. 4¡. Ambos os 
artigos preveem crimes FUNCIONAIS, ou seja, s‹o praticados por 
funcion‡rios pœblicos no exerc’cio de suas fun›es. S‹o, portanto, 
CRIMES PRîPRIOS. 
O sujeito ativo Ž o funcion‡rio pœblico, mas nada impede que um particular 
pratique este crime, quando em concurso de agentes com um funcion‡rio pœblico, 
e desde que conhea esta condi‹o do comparsa, nos moldes do art. 30 do CP. 
No inciso I o elemento subjetivo exigido Ž o DOLO, exigindo-se, 
ainda, UM ESPECIAL FIM DE AGIR, consistente na vontade de praticar a 
conduta com a finalidade de acarretar pagamento inexato ou indevido de tributo 
(esse ponto n‹o Ž pac’fico na Doutrina). 
A consuma‹o da conduta do inciso I se d‡ com a pr‡tica de uma das 
condutas previstas no nœcleo do tipo, SENDO NECESSçRIA A OCORRæNCIA 
DO RESULTADO (pagamento indevido ou inexato do tributo). 
A tentativa somente Ž admiss’vel na modalidade de extravio e inutiliza‹o, 
pois s‹o condutas PLURISSUBSISTENTES. Na modalidade ÒsonegarÓ, ou 
o agente sonega e o crime se consuma ou o agente n‹o sonega e o crime n‹o 
chega nem a ser tentado. 
As condutas previstas no INCISO II se assemelham aos crimes de 
concuss‹o e corrup‹o passiva,previstos nos arts. 316 e 317 do CP. Entretanto, 
s‹o crimes especiais, pois possuem todos os elementos daqueles e mais um 
adicional que lhe confere especialidade, que Ž o fato de serem praticados em 
detrimento da ordem tribut‡ria. 
O elemento subjetivo Ž o DOLO, exigindo-se o especial fim de agir 
consistente na express‹o Òpara deixar de lanar ou cobrar tributo ou 
contribui‹o social, ou cobr‡-los parcialmenteÓ. 
A consuma‹o na modalidade ÒexigirÓ se d‡ com a mera exigncia, sendo, 
portanto, CRIME FORMAL. Na modalidade de solicita‹o tambŽm temos crime 
FORMAL. 
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 Na conduta de Òaceitar promessaÓ e Òreceber vantagemÓ, o crime se 
consuma com o ato de aceita‹o ou recebimento, sendo que, neste œltimo, a 
efetiva entrega da vantagem Ž necess‡ria para a consuma‹o do delito. 
O inciso III, por fim, traz modalidade especial de ADVOCACIA 
ADMINISTRATIVA (que tambŽm Ž crime previsto no art. 321 do CP). No 
entanto, aqui o crime Ž espec’fico para a advocacia administrativa perante a 
administra‹o fazend‡ria. 
O elemento subjetivo exigido aqui tambŽm Ž o dolo, NÌO HAVENDO 
PREVISÌO DE ESPECIAL FIM DE AGIR. 
A consuma‹o ocorre com a pr‡tica do ato de advocacia administrativa, ou 
seja, com o ato de intermedia‹o junto ˆ administra‹o fazend‡ria, sendo 
irrelevante que haja sucesso na conduta 
EXEMPLO: JosŽ, analista da Receita, intervŽm em favor de Pedro, seu amigo, 
junto ˆ Paulo, Auditor-Fiscal, solicitando que este œltimo analise rapidamente o 
processo administrativo-fiscal de seu amigo Pedro, para que possa receber logo 
sua restitui‹o. Nesse caso, o crime estar‡ caracterizado com a simples 
solicita‹o, sendo irrelevante se Paulo atende o pedido ou n‹o. 
A tentativa Ž plenamente poss’vel, embora seja muito dif’cil a sua 
caracteriza‹o no caso concreto. 
 
2! DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES 
LEI 8.137/90 
Ä Arts. 1¡ a 3¼ Ð Tipificam os crimes contra a Ordem Tribut‡ria: 
CAPêTULO I 
Dos Crimes Contra a Ordem Tribut‡ria 
Se‹o I 
Dos crimes praticados por particulares 
Art. 1¡ Constitui crime contra a ordem tribut‡ria suprimir ou reduzir tributo, ou 
contribui‹o social e qualquer acess—rio, mediante as seguintes condutas: (Vide 
Lei n¼ 9.964, de 10.4.2000) 
I - omitir informa‹o, ou prestar declara‹o falsa ˆs autoridades fazend‡rias; 
II - fraudar a fiscaliza‹o tribut‡ria, inserindo elementos inexatos, ou omitindo 
opera‹o de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; 
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro 
documento relativo ˆ opera‹o tribut‡vel; 
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber 
falso ou inexato; 
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigat—rio, nota fiscal ou documento 
equivalente, relativa a venda de mercadoria ou presta‹o de servio, efetivamente 
realizada, ou fornec-la em desacordo com a legisla‹o. 
Pena - reclus‹o de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
Par‡grafo œnico. A falta de atendimento da exigncia da autoridade, no prazo de 10 
(dez) dias, que poder‡ ser convertido em horas em raz‹o da maior ou menor 
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 complexidade da matŽria ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigncia, 
caracteriza a infra‹o prevista no inciso V. 
Art. 2¡ Constitui crime da mesma natureza: (Vide Lei n¼ 9.964, de 10.4.2000) 
I - fazer declara‹o falsa ou omitir declara‹o sobre rendas, bens ou fatos, ou 
empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de 
tributo; 
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribui‹o social, 
descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obriga‹o e que deveria 
recolher aos cofres pœblicos; 
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte benefici‡rio, qualquer 
percentagem sobre a parcela dedut’vel ou deduzida de imposto ou de contribui‹o 
como incentivo fiscal; 
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatu’do, incentivo fiscal ou 
parcelas de imposto liberadas por —rg‹o ou entidade de desenvolvimento; 
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito 
passivo da obriga‹o tribut‡ria possuir informa‹o cont‡bil diversa daquela que Ž, por 
lei, fornecida ˆ Fazenda Pœblica. 
Pena - deten‹o, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Se‹o II 
Dos crimes praticados por funcion‡rios pœblicos 
Art. 3¡ Constitui crime funcional contra a ordem tribut‡ria, alŽm dos previstos no 
Decreto-Lei n¡ 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - C—digo Penal (T’tulo XI, Cap’tulo 
I): 
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a 
guarda em raz‹o da fun‹o; soneg‡-lo, ou inutiliz‡-lo, total ou parcialmente, 
acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribui‹o social; 
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda 
que fora da fun‹o ou antes de iniciar seu exerc’cio, mas em raz‹o dela, vantagem 
indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lanar ou cobrar tributo 
ou contribui‹o social, ou cobr‡-los parcialmente. Pena - reclus‹o, de 3 (trs) a 8 
(oito) anos, e multa. 
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administra‹o 
fazend‡ria, valendo-se da qualidade de funcion‡rio pœblico. Pena - reclus‹o, de 1 (um) 
a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Ä Arts. 8¡ a 17 Ð Regulamentam a pena de multa e as disposi›es gerais 
relativas aos crimes contra a ordem tribut‡ria, econ™mica e as rela›es de 
consumo: 
CAPêTULO III 
Das Multas 
Art. 8¡ Nos crimes definidos nos arts. 1¡ a 3¡ desta lei, a pena de multa ser‡ fixada 
entre 10 (dez) e 360 (trezentos e sessenta) dias-multa, conforme seja necess‡rio e 
suficiente para reprova‹o e preven‹o do crime. 
Par‡grafo œnico. O dia-multa ser‡ fixado pelo juiz em valor n‹o inferior a 14 (quatorze) 
nem superior a 200 (duzentos) B™nus do Tesouro Nacional BTN. 
Art. 9¡ A pena de deten‹o ou reclus‹o poder‡ ser convertida em multa de valor 
equivalente a: 
I - 200.000 (duzentos mil) atŽ 5.000.000 (cinco milh›es) de BTN, nos crimes definidos 
no art. 4¡; 
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 II - 5.000 (cinco mil) atŽ 200.000 (duzentos mil) BTN, nos crimes definidos nos arts. 
5¡ e 6¡; 
III - 50.000 (cinqŸenta mil) atŽ 1.000.000 (um milh‹o de BTN), nos crimes definidos 
no art. 7¡. 
Art. 10. Caso o juiz, considerado o ganho il’cito e a situa‹o econ™mica do rŽu, 
verifique a insuficincia ou excessiva onerosidade das penas pecuni‡rias previstas 
nesta lei, poder‡ diminu’-las atŽ a dŽcima parte ou elev‡-las ao dŽcuplo. 
 
CAPêTULO IV 
Das Disposi›es Gerais 
Art. 11. Quem, de qualquer modo, inclusive por meio de pessoa jur’dica, concorre para 
os crimes definidos nesta lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua 
culpabilidade. 
Par‡grafo œnico. Quando a venda ao consumidor for efetuada por sistema de entrega 
ao consumo ou por intermŽdio de outro em que o preo ao consumidor Ž estabelecido 
ou sugerido pelo fabricante ou concedente, o ato por este praticado n‹o alcana o 
distribuidorou revendedor. 
Art. 12. S‹o circunst‰ncias que podem agravar de 1/3 (um tero) atŽ a metade as 
penas previstas nos arts. 1¡, 2¡ e 4¡ a 7¡: 
I - ocasionar grave dano ˆ coletividade; 
II - ser o crime cometido por servidor pœblico no exerc’cio de suas fun›es; 
 
III - ser o crime praticado em rela‹o ˆ presta‹o de servios ou ao comŽrcio de bens 
essenciais ˆ vida ou ˆ saœde. 
Art. 13. (Vetado). 
(...) 
Art. 15. Os crimes previstos nesta lei s‹o de a‹o penal pœblica, aplicando-se-lhes o 
disposto no art. 100 do Decreto-Lei n¡ 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - C—digo 
Penal. 
Art. 16. Qualquer pessoa poder‡ provocar a iniciativa do MinistŽrio Pœblico nos crimes 
descritos nesta lei, fornecendo-lhe por escrito informa›es sobre o fato e a autoria, 
bem como indicando o tempo, o lugar e os elementos de convic‹o. 
Par‡grafo œnico. Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou co-
autoria, o co-autor ou part’cipe que atravŽs de confiss‹o espont‰nea revelar ˆ 
autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa ter‡ a sua pena reduzida de um 
a dois teros. (Par‡grafo inclu’do pela Lei n¼ 9.080, de 19.7.1995) 
Art. 17. Compete ao Departamento Nacional de Abastecimento e Preos, quando e se 
necess‡rio, providenciar a desapropria‹o de estoques, a fim de evitar crise no 
mercado ou colapso no abastecimento. 
 
3! SòMULAS PERTINENTES 
3.1!Sœmulas vinculantes 
Ä Sœmula Vinculante 24 Ð O STF editou o verbete de Sœmula VINCULANTE n¼ 
24, no sentido de que os crimes do art. 1¼, I a IV da Lei 8.137/90 s‹o materiais 
e, portanto, s— restam caracterizados quando h‡ o lanamento definitivo do 
tributo: 
SòMULA VINCULANTE N¼ 24 
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 N‹o se tipifica crime material contra a ordem tribut‡ria, previsto no !
art. 1¼, incisos I a IV, da Lei n¼ 8.137/90, antes do lanamento 
definitivo do tributo. 
 
3.2!Sœmulas do STF 
Ä Sœmula 609 do STF: Consolida entendimento no sentido de que o crime de 
sonega‹o fiscal Ž persequ’vel mediante a‹o penal pœblica incondicionada: 
Sœmula 609 do STF - ҃ pœblica incondicionada a a‹o penal por crime de sonega‹o 
fiscal.Ó 
 
4! RESUMO 
Para finalizar o estudo da matŽria, trazemos um resumo dos 
principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa 
sugest‹o Ž a de que esse resumo seja estudado sempre 
previamente ao in’cio da aula seguinte, como forma de 
ÒrefrescarÓ a mem—ria. AlŽm disso, segundo a organiza‹o 
de estudos de vocs, a cada ciclo de estudos Ž fundamental 
retomar esses resumos. Caso encontrem dificuldade em 
compreender alguma informa‹o, n‹o deixem de retornar ˆ 
aula. 
RESUMO 
Crimes do art. 1¼ da Lei 8.137/90 
Bem jur’dico protegidoÐ A saœde fiscal do Estado. 
Consuma‹o 
⇒!Nos crimes do art. 1¼, I a IV Ð Com a efetiva supress‹o ou redu‹o de 
tributo, o que s— pode ocorrer quando h‡ o lanamento definitivo (SV 24) 
⇒! Crime do art. 1¼, V Ð Controvertido. Na Doutrina prevalece que Ž crime 
material. Na jurisprudncia h‡ julgados no sentido de ser crime material e 
outros afirmando tratar-se de crime formal. 
Elemento subjetivo - O elemento subjetivo exigido Ž O DOLO, n‹o se 
punindo criminalmente na forma culposa. No inciso IV permite-se tanto o dolo 
direto quanto o DOLO EVENTUAL. 
Tentativa - A tentativa Ž admiss’vel. No entanto, na conduta prevista no ¤ œnico 
do art. 1¼ Ž INADMISSêVEL a tentativa. 
 
Crimes do art. 2¼ da Lei 8.137/90 
Bem jur’dico protegidoÐ A saœde fiscal do Estado. 
Consuma‹o Ð N‹o s‹o crimes materiais, ou seja, n‹o se exige a efetiva 
supress‹o ou redu‹o de tributo. Parte da Doutrina sustenta serem crimes de 
mera conduta, e outra parte sustenta serem crimes formais. 
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 Elemento subjetivo - DOLO. No inciso I, entretanto, exige-se, ainda, um 
ELEMENTO SUBJETIVO ESPECêFICO (especial fim de agir), consistente na 
inten‹o de se eximir do pagamento total ou parcial do tributo. 
Tentativa - A tentativa s— ser‡ admiss’vel nas condutas que possam ser 
fracion‡veis. N‹o cabe tentativa, por exemplo, nas modalidades omissivas. 
OBS.: S‹o infra›es de menor potencial ofensivo (pena m‡xima n‹o ultrapassa 
dois anos). 
OBS.: Cabe suspens‹o condicional do processo (pena m’nima n‹o ultrapassa 01 
ano). 
 
Causas de aumento de pena relativas aos crimes dos arts. 1¼ e 2¼ 
⇒! Hip—teses em que a pena Ž aumentada de 1/3 ˆ metade: 
⇒!Ocasionar grave dano ˆ coletividade 
⇒! Ser o crime cometido por servidor pœblico no exerc’cio de suas fun›es 
⇒! Ser o crime praticado em rela‹o ˆ presta‹o de servios ou ao comŽrcio 
de bens essenciais ˆ vida ou ˆ saœde 
 
Confiss‹o espont‰nea - Se o crime for cometido em concurso de agentes, e 
um dos agentes confessar o crime, revelando ˆ autoridade a trama delituosa, 
ter‡ a pena reduzida de 1/3 a 2/3 
A‹o penal - PòBLICA INCONDICIONADA. 
Extin‹o da punibilidade Ð Pode ocorrer com o PAGAMENTO INTEGRAL do 
tributo, contribui‹o social ou acess—rios ANTES DO RECEBIMENTO DA 
DENòNCIA. 
OBS.: Para o STJ, o pagamento do tributo (ou contribui‹o social) e seus 
acess—rios, a qualquer tempo, desde que antes do tr‰nsito em julgado, gera 
a extin‹o da punibilidade. 
Parcelamento do dŽbito - Gera SUSPENSÌO DA PRETENSÌO PUNITIVA DO 
ESTADO, que ir‡ ocorrer quando o agente reconhecer o dŽbito relativo ao crime 
e realizar o PARCELAMENTO DA DêVIDA (fica suspensa a prescri‹o durante o 
parcelamento). 
Princ’pio da insignific‰ncia Ð ƒ aplic‡vel, quando a les‹o for insignificante. 
Considera-se como insignificante a les‹o cujo valor n‹o exceda a: 
⇒! R$ 20.000,00 Ð Posi‹o do STF 
⇒! R$ 10.000,00 - Posi‹o do STJ 
OBS.: Isso s— se aplica aos tributos federais. 
 
Crimes do art. 3¼ da Lei 8.137/90 
Bem jur’dico protegidoÐ Administra‹o pœblica fazend‡ria. 
Natureza - Crimes FUNCIONAIS, ou seja, s‹o praticados por funcion‡rios 
pœblicos no exerc’cio de suas fun›es. S‹o, portanto, CRIMES PRîPRIOS. 
 
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 Inciso I 
Elemento subjetivo Ð Dolo. Exige-se, ainda, UM ESPECIAL FIM DE AGIR, 
consistente na vontade de praticar a conduta com a finalidade de acarretar 
pagamento inexato ou indevido de tributo (esse ponto n‹o Ž pac’fico na 
Doutrina). 
Consuma‹o - Com a pr‡tica de uma das condutas previstas no nœcleo do tipo, 
SENDO NECESSçRIA A OCORRæNCIA DO RESULTADO (pagamento indevido 
ou inexato do tributo). 
Tentativa - A tentativa somente Ž admiss’vel na modalidade de extravio e 
inutiliza‹o, pois s‹o condutas PLURISSUBSISTENTES. Na modalidade 
ÒsonegarÓ n‹o se admite. 
 
Inciso II 
Conduta Ð Crime especial em rela‹o aos crimes de concuss‹o e corrup‹o 
passiva, previstos nos arts. 316 e 317 do CP. 
Elemento subjetivo Ð Dolo. Exige-se, ainda, UM ESPECIAL FIM DE AGIR, 
consistente na express‹o Òpara deixar de lanar ou cobrar tributo ou contribui‹o 
social, ou cobr‡-los parcialmenteÓ. Consuma‹o 
⇒!Modalidades de ÒexigirÓ, Ò solicitarÓ e Òaceitar promessaÓ- Basta a 
solicita‹o, exigncia ou aceita‹o (crime formal) 
⇒!Modalidade de Òreceber vantagemÓ Ð ƒ necess‡ria efetiva entrega da 
vantagem Ž necess‡ria para a consuma‹o do delito (crime material) 
 
Inciso III 
Conduta - Modalidadeespecial de ADVOCACIA ADMINISTRATIVA (que 
tambŽm Ž crime previsto no art. 321 do CP). 
Elemento subjetivo Ð Dolo, n‹o havendo especial fim de agir. 
Consuma‹o - Ocorre com a pr‡tica do ato de advocacia administrativa, sendo 
irrelevante se o agente alcana sucesso (crime formal) 
Tentativa - A tentativa Ž poss’vel. 
_________________ 
 
Bons estudos! 
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5! EXERCêCIOS PARA PRATICAR 
 
01.! (CESPE Ð 2013 Ð POLêCIA FEDERAL Ð DELEGADO DE POLêCIA) 
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 Se os crimes funcionais, previstos no art. 3.¼ da Lei n.¼ 8.137/1990, forem 
praticados por servidor contra a administra‹o tribut‡ria, a pena imposta 
aumentar‡ de um tero atŽ a metade. 
 
02.! (CESPE Ð 2013 Ð PC/BA Ð DELEGADO DE POLêCIA) 
Servidor pœblico que, na qualidade de agente fiscal, exigir vantagem indevida 
para deixar de emitir auto de infra‹o por dŽbito tribut‡rio e de cobrar a 
consequente multa responder‡, independentemente do recebimento da 
vantagem, pela pr‡tica do crime de concuss‹o, previsto na parte especial do 
C—digo Penal (CP). 
 
03.! (CESPE Ð 2013 Ð TC/DF - PROCURADOR) 
No crime funcional contra a ordem tribut‡ria consistente em exigir, solicitar ou 
receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da 
fun‹o ou mesmo antes de iniciar seu exerc’cio, mas em raz‹o dela, vantagem 
indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lanar ou cobrar 
tributo ou contribui‹o social, ou cobr‡-los parcialmente, extingue-se a 
punibilidade do agente, desde que haja pagamento integral do tributo antes da 
persecu‹o penal em ju’zo, nos termos da lei regente dos crimes contra a ordem 
tribut‡ria. 
 
04.! (CESPE Ð 2013 Ð PC-DF Ð AGENTE) 
Quem, valendo-se da qualidade de funcion‡rio pœblico, patrocinar, direta ou 
indiretamente, interesse privado perante a administra‹o fazend‡ria praticar‡, 
em tese, crime funcional contra a ordem tribut‡ria. 
 
05.! (CESPE Ð 2013 Ð TRF5 Ð JUIZ FEDERAL Ð ADAPTADA) 
Em se tratando de crime de supress‹o de tributo mediante falsifica‹o de nota 
fiscal, o s—cio gerente respons‡vel pela administra‹o cont‡bil e financeira da 
empresa que admitir ˆ autoridade policial ter praticado o delito e revelar a 
participa‹o de outros s—cios, ou mesmo de contadores e fals‡rios, salvo em caso 
de quadrilha, ser‡ beneficiado pela diminui‹o da pena, de um a dois teros, na 
terceira fase de sua aplica‹o. 
 
06.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ-DF Ð JUIZ - ADAPTADA) 
O prazo prescricional do delito material contra a ordem tribut‡ria comea a correr 
do dia da pr‡tica do fato reputado como criminoso. 
 
07.! (CESPE Ð 2014 Ð PGE-BA Ð PROCURADOR) 
Suponha que, antes do tŽrmino do correspondente processo administrativo de 
lanamento tribut‡rio, o MP tenha oferecido denœncia contra Maur’cio, por ter ele 
deixado de fornecer, em algumas situa›es, notas fiscais relativas a mercadorias 
efetivamente vendidas em seu estabelecimento comercial. Nesse caso, de acordo 
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 com a jurisprudncia pac’fica do STF, a inicial acusat—ria n‹o deve ser recebida 
pelo magistrado, dada a ausncia de configura‹o de crime material. 
 
08.! (CESPE Ð 2002 Ð SENADO Ð CONSULTOR LEGISLATIVO) 
Quanto aos crimes contra a ordem tribut‡ria, julgue o item que se segue. 
A raz‹o primordial da institui‹o da figura delitiva tribut‡ria n‹o Ž a preserva‹o 
da ordem, a tranqŸilidade da sociedade, mas impingir coa‹o ao contribuinte, 
para que este possa trazer a sua participa‹o a fim de que as necessidades 
pœblicas sejam satisfeitas. 
 
09.! (CESPE Ð 2002 Ð SENADO Ð CONSULTOR LEGISLATIVO) 
Quanto aos crimes contra a ordem tribut‡ria, julgue o item que se segue. 
Nos crimes contra a ordem tribut‡ria previstos na Lei n.o 8.137, de 1990, o nœcleo 
da figura delitiva principal Ž suprimir ou reduzir tributos com a inten‹o de causar 
dano ao er‡rio pœblico, tratando-se, portanto, de crimes de resultado. 
 
10.! (CESPE Ð 2002 Ð SENADO Ð CONSULTOR LEGISLATIVO) 
Quanto aos crimes contra a ordem tribut‡ria, julgue o item que se segue. 
O pagamento do tributo devido, a qualquer tempo, extingue a punibilidade do 
sujeito passivo nos crimes contra a ordem tribut‡ria. 
 
11.! (CESPE Ð 2002 Ð SENADO Ð CONSULTOR LEGISLATIVO) 
Quanto aos crimes contra a ordem tribut‡ria, julgue o item que se segue. 
O que diferencia o il’cito administrativo-fiscal do crime de sonega‹o Ž a natureza 
da san‹o aplicada. 
 
12.! (CESPE Ð 2008 Ð STF Ð ANALISTA JUDICIçRIO) 
No que concerne aos crimes contra a ordem tribut‡ria, julgue o seguinte item, 
com base no entendimento do STF. 
Disp›e o art. 1.¼ da Lei n.¼ 8.137/1990 que constitui crime contra a ordem 
tribut‡ria suprimir ou reduzir tributo, ou contribui‹o social e qualquer acess—rio, 
mediante determinadas condutas ali descriminadas. Em tais casos, se o crŽdito 
n‹o houver sido lanado definitivamente, o crime n‹o se tipifica, pois o delito Ž 
material. 
 
13.! (CESPE Ð 2008 Ð STF Ð ANALISTA JUDICIçRIO) 
No que concerne aos crimes contra a ordem tribut‡ria, julgue o seguinte item, 
com base no entendimento do STF. 
O delito de falsifica‹o de contrato social Ž absorvido por crime contra a ordem 
tribut‡ria, desde que tenha servido de meio para a sua pr‡tica. 
 
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 14.! (CESPE Ð 2001 Ð RFB Ð AUDITOR-FISCAL DA PREVIDæNCIA) 
O fim do direito penal s— pode derivar do Estado e consiste em garantir a 
segurana dos cidad‹os. E essa segurana s— pode advir da preserva‹o dos bens 
mais valiosos, como a vida, a integridade f’sica, a liberdade e a propriedade. H‡ 
ainda a necessidade de assegurar o cumprimento das presta›es de car‡ter 
pœblico de que depende o indiv’duo no quadro social por parte do Estado. 
O direito penal serve simultaneamente para limitar o poder de interven‹o do 
Estado e para combater o crime. 
Protege, portanto, o indiv’duo de uma repress‹o desmesurada do Estado, mas 
protege igualmente a sociedade e os seus membros dos abusos do indiv’duo. 
Considerando o texto acima, julgue o item abaixo, no que se refere aos crimes 
contra a ordem pœblica. 
Devido ao interesse estatal na arrecada‹o tribut‡ria e ˆ necessidade dela para 
satisfa‹o do interesse pœblico, os quais justificam a criminaliza‹o das variadas 
formas de sonega‹o fiscal, a legisla‹o brasileira prev a extin‹o da 
punibilidade dos respons‡veis por esses delitos que, a qualquer tempo, procedam 
ao pagamento do respectivo crŽdito tribut‡rio. 
 
15.! (CESPE Ð 2006 Ð SEFAZ/AC Ð AUDITOR DA RECEITA ESTADUAL) 
N‹o configura crime contra a ordem tribut‡ria praticado por funcion‡rio pœblico 
a) extraviar livro oficial de que tenha a guarda em raz‹o da fun‹o. 
b) solicitar para outrem indiretamente, ainda que fora da fun‹o ou antes de 
iniciar seu exerc’cio, mas em raz‹o dela, vantagem indevida. 
c) divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo 
da obriga‹o tribut‡ria possuir informa‹o cont‡bil diversa daquela que Ž, por 
lei, fornecida ˆ fazenda pœblica. 
d) patrocinar diretamente interesse privado perante a administra‹o fazend‡ria 
valendo-se da qualidade de funcion‡riopœblico. 
 
16.! (CESPE Ð 2004 Ð POLêCIA FEDERAL Ð DELEGADO) 
Ap—s regularmente intimados pela autoridade administrativa para apresentarem 
a documenta‹o fiscal da empresa, os s—cios n‹o atenderam ˆ notifica‹o no 
prazo de 15 dias. Em raz‹o disso, os agentes da fiscaliza‹o requisitaram aux’lio 
policial, adentrando o estabelecimento comercial, onde, imediatamente, 
passaram a apreender notas fiscais e documentos de controle paralelo. Com tal 
documenta‹o, e em virtude da fraude descoberta, o lanamento tribut‡rio veio 
a ser realizado. 
Considerando a situa‹o hipotŽtica acima, julgue o item subseqŸente. 
O descumprimento da notifica‹o nos termos apresentados caracteriza, em tese, 
crime contra a ordem tribut‡ria. 
 
17.! (CESPE Ð 2002 Ð AGU Ð ADVOGADO DA UNIÌO) 
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 Sendo o direito uma realidade abstrata, n‹o pode ter por objeto coisas concretas. 
Assim, o dinheiro, como as coisas em geral, jamais pode ser objeto do direito. 
Nenhuma coisa concreta pode ser objeto do direito, das normas jur’dicas, das 
obriga›es jur’dicas (porque o direito e suas realidades s‹o abstratos). 
O objeto das normas jur’dicas Ž o comportamento humano. Assim, o objeto da 
obriga‹o tribut‡ria Ž o comportamento do sujeito passivo. 
Geraldo Ataliba. Hip—tese de incidncia tribut‡ria. 5.a ed. S‹o Paulo: Malheiros, 
1992, p. 30 (com adapta›es). 
No que se refere ˆ obriga‹o tribut‡ria e ao crŽdito tribut‡rio, julgue o seguinte 
item. 
Considere a seguinte situa‹o hipotŽtica. 
L’dia falsificou documento com a finalidade de sonegar tributos, e apurou-se que 
o documento forjado tinha potencialidade lesiva para causar outros danos ˆ fŽ 
pœblica. L’dia foi autuada pela infra‹o tribut‡ria e veio a ser processada pelo 
MinistŽrio Pœblico, por crime contra a ordem tribut‡ria e por crime contra a fŽ 
pœblica. No curso do processo penal, o crŽdito tribut‡rio foi objeto de anistia. 
Nessa situa‹o, a a‹o penal teria de gerar a absolvi‹o total de L’dia, por fora 
da anistia incidente sobre o tributo. 
 
18.! (CESPE Ð 2010 Ð MPU Ð ANALISTA) 
No item a seguir, Ž apresentada uma situa‹o hipotŽtica seguida de uma 
assertiva a ser julgada com base no direito penal. 
Diogo, com a finalidade espec’fica de cometer sonega‹o fiscal, falsificou 
documento pœblico e o utilizou na declara‹o feita ˆ autoridade fazend‡ria, com 
o escopo de pagar tributo em valor menor do que o efetivamente devido. Nessa 
situa‹o, de acordo com a legisla‹o especial de regncia, as infra›es penais 
cometidas − falsifica‹o, uso de documento falso e sonega‹o fiscal − ser‹o 
punidas de forma aut™noma e em concurso material. 
 
19.! (FCC Ð 2016 Ð SEGEP-MA Ð AUDITOR FISCAL) 
O funcion‡rio pœblico que extravia qualquer documento de que tenha a guarda 
em raz‹o da fun‹o, acarretando pagamento indevido de tributo, pratica o crime 
a) de fraude. 
b) de extravio de documento. 
c) de prevarica‹o. 
d) de descaminho. 
e) contra a ordem tribut‡ria previsto na Lei n¼ 8.137/90. 
 
20.! (FCC Ð 2012 Ð PGM-JOÌO PESSOA Ð PROCURADOR) 
O crime contra a ordem tribut‡ria previsto no art. 1o, IV, da Lei no 8.137/90 
(Òelaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva 
saber falso ou inexatoÓ), 
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 a) Ž punido a t’tulo de culpa. 
b) caracteriza-se independentemente da inten‹o de suprimir tributo. 
c) caracteriza-se independentemente de remunera‹o a quem fornece o 
documento falso ou inexato. 
d) caracteriza-se independentemente da inten‹o de reduzir tributo. 
e) n‹o pode ser praticado por quem n‹o Ž contribuinte. 
 
21.! (FCC Ð 2014 Ð TRF3 Ð ANALISTA JUDICIçRIO) 
ÒN‹o se tipifica crime material contra a ordem tribut‡ria, previsto no art. 1o, 
incisos I a IV, da Lei no 8.137/90, antes do lanamento definitivo do tributo.Ó 
O enunciado da Sœmula Vinculante 24 do STF, citado acima, mais diretamente 
implica que 
a) o erro sobre elemento do tipo penal exclui o dolo. 
b) reduz-se a pena quando, atŽ o recebimento da denœncia, o agente de crime 
cometido sem violncia ou grave ameaa reparar o dano ou restituir a coisa. 
c) a prescri‹o comea a correr do dia em que o crime se consumou. 
d) o erro inevit‡vel sobre a ilicitude do fato isenta de pena. 
e) a confiss‹o espont‰nea da autoria do crime atenua a pena. 
 
22.! (FCC - 2013 - SEFAZ-SP - AGENTE FISCAL DE RENDAS - GESTÌO 
TRIBUTçRIA - PROVA 2) 
Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administra‹o 
fazend‡ria, valendo-se da qualidade de funcion‡rio pœblico, configura 
a) advocacia administrativa. 
b) crime contra ordem tribut‡ria. 
c) tr‡fico de influncia. 
d) explora‹o de prest’gio. 
e) condescendncia criminosa. 
 
23.! (FCC Ð 2014 Ð ICMS/RJ Ð AUDITOR FISCAL) 
Estabelece o art. 3o, II, da Lei n¼ 8.137/1990 que constitui crime exigir, solicitar 
ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da 
fun‹o ou antes de iniciar seu exerc’cio, mas em raz‹o dela, vantagem indevida; 
ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lanar ou cobrar tributo ou 
contribui‹o social, ou cobr‡-los parcialmente. 
Tais condutas 
(A) s‹o plurissubjetivas, devendo os coautores e part’cipes exercer fun›es 
permanentes perante o fisco, ainda que vinculados a pessoas jur’dicas de direito 
pœblico diversas. 
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 (B) dependem da existncia do lanamento tribut‡rio e da comprova‹o da 
condi‹o de funcion‡rio pœblico do sujeito ativo, para serem consideradas 
consumadas. 
(C) s‹o t’picas de crime funcional que congrega, num s— contexto, os nœcleos dos 
tipos penais da concuss‹o e da corrup‹o passiva. 
(D) s‹o conceituadas como Òextors‹o fazend‡riaÓ, uma vez que o funcion‡rio 
coage o contribuinte ˆ pr‡tica da corrup‹o. 
(E) tm por objeto a vantagem indevida fazend‡ria que deve ser sempre direta, 
l’quida e certa, pois o delito Ž material, formal e instant‰neo em rela‹o ˆ 
tentativa. 
 
24.! (VUNESP Ð 2014 Ð TJ-SP Ð JUIZ) 
Acerca de crime contra a ordem tribut‡ria, previsto no art. 1.¼, incisos I a IV, da 
Lei n.¼ 8.137/90 (constitui crime contra a ordem tribut‡ria suprimir ou reduzir 
tributo, ou contribui‹o social e qualquer acess—rio, mediante as seguintes 
condutas: É), assinale a op‹o que contenha afirma‹o falsa: 
a) N‹o se tipifica crime material contra a ordem tribut‡ria, previsto nestas 
hip—teses, antes do lanamento definitivo do tributo. 
b) N‹o h‡ justa causa para a a‹o penal antes de esgotada a via administrativa, 
ou seja, antes do lanamento definitivo do tributo. 
c) Por inexistir subordina‹o entre as inst‰ncias penal e administrativa, no que 
tange ao delito em tela n‹o h‡ que se falar na exigncia do esgotamento da via 
administrativo-fiscal para caracteriza‹o do tipo e configura‹o da justa causa 
para a a‹o penal. 
d) Se est‡ pendente recurso administrativo que discute o dŽbito tribut‡rio 
perante as autoridades fazend‡rias, n‹o h‡ falar-se em in’cio do lapso 
prescricional, que somente se iniciar‡ com a consuma‹o deste delito, nos termos 
do art. 111, inc. I, do C—digo Penal. 
 
25.! (VUNESP Ð 2012 ÐTJ-RJ Ð JUIZ) 
Assinale a alternativa que retrata o entendimento sumulado pelo Supremo 
Tribunal Federal. 
a) N‹o se tipifica crime material contra a ordem tribut‡ria, previsto no art. 1.¼, 
incisos I a IV, da Lei n.¼ 8.137/90, antes de exaurida a discuss‹o na esfera c’vel. 
b) N‹o se tipifica crime material contra a ordem tribut‡ria, previsto no art. 1.¼, 
incisos I a IV, da Lei n.¼ 8.137/90, antes do lanamento definitivo do tributo. 
c) N‹o se tipifica crime contra a ordem tribut‡ria antes de exaurida a discuss‹o 
na esfera c’vel. 
d) N‹o se tipifica crime contra a ordem tribut‡ria antes do lanamento definitivo 
do tributo. 
 
26.! (FUNCAB Ð 2014 Ð PC-MT Ð INVESTIGADOR) 
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 Quanto aos crimes contra a ordem tribut‡ria, previstos na Lei n¡ 8.137/1990, Ž 
correto afirmar: 
a) O art. 1¼, I, da Lei n¡ 8.137/1990 (omitir informa‹o, ou prestar declara‹o 
falsa ˆs autoridades fazend‡rias) deve ser classificado como crime material, que 
se consuma quando as condutas nele descritas produzem como resultado a 
efetiva supress‹o ou redu‹o do tributo, enquanto que o crime previsto no art. 
2¼, I, da Lei n¡ 8.137/1990 (fazer declara‹o falsa ou omitir declara‹o sobre 
rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para se eximir, total ou 
parcialmente, de pagamento de tributo - sonega‹o fiscal) Ž crime formal que 
independe da obten‹o de vantagem il’cita em desfavor do Fisco, bastando a 
omiss‹o de informa›es ou a presta‹o de declara‹o falsa. 
b) O art. 1¼, I, da Lei n¡ 8.137/1990 (omitir informa‹o, ou prestar declara‹o 
falsa ˆs autoridades fazend‡rias) deve ser classificado como crime de mera 
conduta, que se consuma quando as condutas nele descritas produzem como 
resultado a efetiva supress‹o ou redu‹o do tributo, enquanto que o crime 
previsto no art. 2¼, I, da Lei n¡ 8.137/1990 (fazer declara‹o falsa ou omitir 
declara‹o sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para se 
eximir, total ou parcialmente, de pagamento de tributo - sonega‹o fiscal) Ž 
crime material que independe da obten‹o de vantagem il’cita em desfavor do 
Fisco, bastando a omiss‹o de informa›es ou a presta‹o de declara‹o falsa. 
c) O art. 1¼, I, da Lei n¡ 8.137/1990 (omitir informa‹o, ou prestar declara‹o 
falsa ˆs autoridades fazend‡rias) deve ser classificado como crime formal, que se 
consuma quando as condutas nele descritas produzem como resultado a efetiva 
supress‹o ou redu‹o do tributo, enquanto que o crime previsto no art. 2¼, I, da 
Lei n¡ 8.137/1990 (fazer declara‹o falsa ou omitir declara‹o sobre rendas, bens 
ou fatos, ou empregar outra fraude, para se eximir, total ou parcialmente, de 
pagamento de tributo - sonega‹o fiscal) Ž crime material que depende da 
obten‹o de vantagem il’cita em desfavor do Fisco, bastando a omiss‹o de 
informa›es ou a presta‹o de declara‹o falsa. 
d) O art. 1¼, I, da Lei n¡ 8.137/1990 (omitir informa‹o, ou prestar declara‹o 
falsa ˆs autoridades fazend‡rias) deve ser classificado como crime material, que 
se consuma quando as condutas nele descritas produzem como resultado a 
efetiva supress‹o ou redu‹o do tributo, enquanto que o crime previsto no art. 
2¼, I, da Lei n¡ 8.137/1990 (fazer declara‹o falsa ou omitir declara‹o sobre 
rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para se eximir, total ou 
parcialmente, de pagamento de tributo - sonega‹o fiscal) Ž crime de mera 
conduta que independe da obten‹o de vantagem il’cita em desfavor do Fisco, 
bastando a omiss‹o de informa›es ou a presta‹o de declara‹o falsa. 
e) O art. 1¼, I, da Lei n¡ 8.137/1990 (omitir informa‹o, ou prestar declara‹o 
falsa ˆs autoridades fazend‡rias) deve ser classificado como crime formal, que se 
consuma quando as condutas nele descritas produzem como resultado a efetiva 
supress‹o ou redu‹o do tributo, enquanto que o crime previsto no art. 2¼, I, da 
Lei n¡ 8.137/1990 (fazer declara‹o falsa ou omitir declara‹o sobre rendas, bens 
ou fatos, ou empregar outra fraude, para se eximir, total ou parcialmente, de 
pagamento de tributo - sonega‹o fiscal) Ž crime de mera conduta que independe 
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 da obten‹o de vantagem il’cita em desfavor do Fisco, bastando a omiss‹o de 
informa›es ou a presta‹o de declara‹o falsa. 
 
27.! (FCC Ð 2015 Ð SEFAZ-PE Ð JULGADOR TRIBUTçRIO) 
Um contribuinte, ao fornecer informa›es ao fisco, sobre as cem opera›es 
efetivadas, mencionou apenas noventa e nove. Com tal conduta, efetivou o 
pagamento do tributo a menor em 1%. Neste caso, a conduta do contribuinte 
est‡ caracterizada como 
a) fato at’pico, tendo em vista o princ’pio da legalidade. 
b) crime contra a ordem tribut‡ria, com natureza de crime formal. 
c) crime contra a ordem tribut‡ria, com natureza de crime material. 
d) fato at’pico, por se tratar de mera irregularidade san‡vel. 
e) crime contra a ordem tribut‡ria, com natureza de crime de mera conduta. 
 
28.! (FCC Ð 2014 Ð MPE-PE Ð PROMOTOR DE JUSTI‚A) 
De acordo com a atual posi‹o do Supremo Tribunal Federal, nos crimes materiais 
contra a ordem tribut‡ria, o in’cio do lapso prescricional ocorre com 
a) a instaura‹o de inquŽrito policial. 
b) a representa‹o fiscal ao MinistŽrio Pœblico para fins penais. 
c) a data de efetiva supress‹o de tributo.. 
d) o lanamento definitivo do tributo. 
e) a instaura‹o do procedimento administrativo-fiscal. 
 
6! EXERCêCIOS COMENTADOS 
 
01.! (CESPE Ð 2013 Ð POLêCIA FEDERAL Ð DELEGADO DE POLêCIA) 
Se os crimes funcionais, previstos no art. 3.¼ da Lei n.¼ 8.137/1990, 
forem praticados por servidor contra a administra‹o tribut‡ria, a pena 
imposta aumentar‡ de um tero atŽ a metade. 
COMENTçRIOS: O item est‡ errado, pois esta causa de aumento de pena s— se 
aplica aos crimes comuns, n‹o aos crimes funcionais. Vejamos: 
Art. 12. S‹o circunst‰ncias que podem agravar de 1/3 (um tero) atŽ a metade as 
penas previstas nos arts. 1¡, 2¡ e 4¡ a 7¡: 
I - ocasionar grave dano ˆ coletividade; 
II - ser o crime cometido por servidor pœblico no exerc’cio de suas fun›es; 
III - ser o crime praticado em rela‹o ˆ presta‹o de servios ou ao comŽrcio de 
bens essenciais ˆ vida ou ˆ saœde. 
Percebam que o art. 3¼ n‹o est‡ inclu’do, e Ž exatamente este artigo que trata 
dos crimes funcionais. 
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 Isso ocorre porque os crimes funcionais, necessariamente, s‹o praticados por 
funcion‡rio pœblico no exerc’cio das fun›es, de maneira que aplicar uma causa 
de aumento de pena em raz‹o deste fato seria ocorrer em bis in idem, o que Ž 
vedado pelo Direito Penal. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA. 
 
02.! (CESPE Ð 2013 Ð PC/BA Ð DELEGADO DE POLêCIA) 
Servidor pœblico que, na qualidade de agente fiscal, exigir vantagem 
indevida para deixar de emitir auto de infra‹o por dŽbito tribut‡rio e de 
cobrar a consequente multa responder‡, independentemente do 
recebimento da vantagem, pela pr‡tica do crime de concuss‹o, previsto 
na parte especial do C—digo Penal (CP). 
COMENTçRIOS: O item est‡ errado, pois apesar de a conduta se amoldar ao 
tipo penal do delito de concuss‹o, previsto no art. 316 do CP, o fato Ž que para 
esta conduta existe um tipo penalespec’fico, previsto no art. 3¼, II da Lei 
8.137/90: 
!! Art. 3¡ Constitui crime funcional contra a ordem tribut‡ria, alŽm dos previstos no 
Decreto-Lei n¡ 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - C—digo Penal (T’tulo XI, Cap’tulo 
I): 
(...) 
 II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da fun‹o ou antes de iniciar seu exerc’cio, mas em 
raz‹o dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de 
lanar ou cobrar tributo ou contribui‹o social, ou cobr‡-los parcialmente. Pena - 
reclus‹o, de 3 (trs) a 8 (oito) anos, e multa. 
Assim, o agente responder‡ por este crime, e n‹o pelo crime do art. 316 do CP, 
pelo princ’pio da especialidade. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA. 
 
03.! (CESPE Ð 2013 Ð TC/DF - PROCURADOR) 
No crime funcional contra a ordem tribut‡ria consistente em exigir, 
solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, 
ainda que fora da fun‹o ou mesmo antes de iniciar seu exerc’cio, mas 
em raz‹o dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, 
para deixar de lanar ou cobrar tributo ou contribui‹o social, ou cobr‡-
los parcialmente, extingue-se a punibilidade do agente, desde que haja 
pagamento integral do tributo antes da persecu‹o penal em ju’zo, nos 
termos da lei regente dos crimes contra a ordem tribut‡ria. 
COMENTçRIOS: Tal delito est‡ previsto no art. 3¼, II da Lei 8.137/90: 
!! Art. 3¡ Constitui crime funcional contra a ordem tribut‡ria, alŽm dos previstos no 
Decreto-Lei n¡ 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - C—digo Penal (T’tulo XI, Cap’tulo 
I): 
(...) 
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda 
que fora da fun‹o ou antes de iniciar seu exerc’cio, mas em raz‹o dela, vantagem 
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 indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lanar ou cobrar tributo 
ou contribui‹o social, ou cobr‡-los parcialmente. Pena - reclus‹o, de 3 (trs) a 8 
(oito) anos, e multa. 
N‹o h‡ que se falar em extin‹o da punibilidade pelo pagamento do tributo, neste 
caso, pois esta causa de extin‹o da punibilidade s— se aplica aos crimes que se 
consumam com a supress‹o ou redu‹o do tributo, o que n‹o ocorre nos crimes 
funcionais, j‡ que neles a eventual supress‹o ou redu‹o do tributo Ž irrelevante 
para a consuma‹o do delito. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA. 
 
04.! (CESPE Ð 2013 Ð PC-DF Ð AGENTE) 
Quem, valendo-se da qualidade de funcion‡rio pœblico, patrocinar, direta 
ou indiretamente, interesse privado perante a administra‹o fazend‡ria 
praticar‡, em tese, crime funcional contra a ordem tribut‡ria. 
COMENTçRIOS: Item correto, pois a conduta se amolda perfeitamente ao 
disposto no art. 3¼, III da Lei: 
Art. 3¡ Constitui crime funcional contra a ordem tribut‡ria, alŽm dos previstos no 
Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I): 
(...) 
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administra‹o 
fazend‡ria, valendo-se da qualidade de funcion‡rio pœblico. Pena - reclus‹o, de 1 (um) 
a 4 (quatro) anos, e multa. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA. 
 
05.! (CESPE Ð 2013 Ð TRF5 Ð JUIZ FEDERAL Ð ADAPTADA) 
Em se tratando de crime de supress‹o de tributo mediante falsifica‹o 
de nota fiscal, o s—cio gerente respons‡vel pela administra‹o cont‡bil e 
financeira da empresa que admitir ˆ autoridade policial ter praticado o 
delito e revelar a participa‹o de outros s—cios, ou mesmo de contadores 
e fals‡rios, salvo em caso de quadrilha, ser‡ beneficiado pela diminui‹o 
da pena, de um a dois teros, na terceira fase de sua aplica‹o. 
COMENTçRIOS: Item errado, pois o agente poder‡ ser beneficiado pela Òdela‹o 
premiadaÓ (ou confiss‹o espont‰nea, como consta na Lei) ainda que o delito 
tenha sido praticado por quadrilha (Na verdade, atualmente o nome correto seria 
Òassocia‹o criminosaÓ). Vejamos: 
Art. 12 (...) 
Par‡grafo œnico. Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou co-
autoria, o co-autor ou part’cipe que atravŽs de confiss‹o espont‰nea revelar ˆ 
autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa ter‡ a sua pena reduzida de um 
a dois teros. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.080, de 19.7.1995) 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA. 
 
06.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ-DF Ð JUIZ - ADAPTADA) 
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 O prazo prescricional do delito material contra a ordem tribut‡ria comea 
a correr do dia da pr‡tica do fato reputado como criminoso. 
COMENTçRIOS: Item errado. Considerando o fato de que os delitos materiais 
contra a ordem tribut‡ria somente se consumam com a efetiva 
supress‹o/redu‹o do tributo, e que isto s— ocorre quando do lanamento 
definitivo do tributo (sœmula vinculante n¼ 24 do STF), este Ž o marco inicial do 
prazo prescricional, por fora do art. 111, I do CP: 
Art. 111 - A prescri‹o, antes de transitar em julgado a sentena final, comea a 
correr: (Reda‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984) 
I - do dia em que o crime se consumou; (Reda‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 
11.7.1984) 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA. 
 
07.! (CESPE Ð 2014 Ð PGE-BA Ð PROCURADOR) 
Suponha que, antes do tŽrmino do correspondente processo 
administrativo de lanamento tribut‡rio, o MP tenha oferecido denœncia 
contra Maur’cio, por ter ele deixado de fornecer, em algumas situa›es, 
notas fiscais relativas a mercadorias efetivamente vendidas em seu 
estabelecimento comercial. Nesse caso, de acordo com a jurisprudncia 
pac’fica do STF, a inicial acusat—ria n‹o deve ser recebida pelo 
magistrado, dada a ausncia de configura‹o de crime material. 
COMENTçRIOS: Cuidado! A conduta citada est‡ prevista no inciso V do art. 1¼, 
n‹o estando abarcada pela Sœmula Vinculante n¼ 24 do STF. Com rela‹o ˆs 
condutas previstas nos incisos I a IV do art. 1¼, de fato, a jurisprudncia Ž 
pac’fica, pois h‡ sœmula vinculante a respeito. 
Contudo, em rela‹o ˆ conduta do inciso V n‹o h‡ esta unanimidade, havendo 
decis›es no sentido de se tratar de crime material e decis›es no sentido de se 
tratar de crime formal. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA. 
 
08.! (CESPE Ð 2002 Ð SENADO Ð CONSULTOR LEGISLATIVO) 
Quanto aos crimes contra a ordem tribut‡ria, julgue o item que se segue. 
A raz‹o primordial da institui‹o da figura delitiva tribut‡ria n‹o Ž a 
preserva‹o da ordem, a tranqŸilidade da sociedade, mas impingir 
coa‹o ao contribuinte, para que este possa trazer a sua participa‹o a 
fim de que as necessidades pœblicas sejam satisfeitas. 
COMENTçRIOS: De fato, nos crimes contra a ordem tribut‡ria, n‹o h‡ a cria‹o 
de figuras t’picas com a finalidade manter a paz social, mas de compelir os 
contribuintes ˆ "andarem na linha", fornecendo informa›es exatas, deixando de 
omitir informa›es, bem como cumprindo todos os deveres acess—rios que lhe 
s‹o impostos pela Lei Tribut‡ria. 
AlŽm da coa‹o ao cumprimento das obriga›es acess—rias, h‡ normas cuja 
coa‹o se d‡ para o cumprimento da obriga‹o principal, ou seja, o recolhimento 
do tributo. 
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