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RESUMO CIVIL

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OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA
·	Há dois ou mais objetos que o credor ou devedor irão escolher conforme combinarem, se não combinarem a escolha é do devedor. 
·	Conjunção "ou". Exemplo: o devedor vai entregar seu carro ou o equivalente em dinheiro.
·	O credor não pode ser obrigado a aceitar parte em um objeto e parte em outro.
Exemplo: o devedor não pode obrigar o credor a receber as rodas do carro e o restante em dinheiro
·	Prestações periódicas (não é feita em um único ato, mas em períodos ou etapas): em cada um dos períodos a opção poderá ser exercida.
·	Vários devedores ou credores com direito de fazer a escolha: deverão decidir a quem incumbirá exercer o direito. Se não entrarem em acordo, decidirá o juiz. 
·	A escolha poderá ser feita por um terceiro indicado pelas partes ou nomeado no contrato. Caso esse terceiro não queira ou não possa efetuar a opção, deverá o juíz decidir, se as partes não chegarem a um acordo.
·	Se a escolha for do devedor e uma das prestações se perder, subsiste a obrigação em relação a outra (o devedor cumpre a obrigação com a outra). Se a escolha for do credor e uma das prestações se perder, o credor pode ficar com a coisa remanescente ou, no caso de culpa do devedor, com o equivalente mais perdas e danos.
·	Se a escolha for do devedor e todas as prestações se perderem, por culpa do devedor, ele será obrigado a pagar o valor da última que se impossibilitou, mais perdas e danos. Se a escolha for do credor, ele pode escolher de qual delas será indenizado mais perdas e danos. Não havendo culpa do devedor extingue-se a obrigação, com restituição do preço. 
OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL
·	São aquelas cujo pagamento pode ser dividido em várias parcelas, sem que se descaracterize o objeto da prestação.
·	Obrigação divisível com pluralidade de devedores: divide-se em tantas obrigações iguais e distintas quanto os devedores. Os vários condôminos de um edifício têm a obrigação de pagar despesas comuns, que serão divididas em tantas obrigações iguais e distintas quanto eles.
·	Obrigação divisível com pluralidade de credores: o devedor comum paga a cada um dos credores parcela da dívida global. Cada credor só poderá exigir sua parcela.
OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL
·	São aquelas cujo pagamento só pode ser feito de uma única vez, sob pena de se descaracterizar o objeto da prestação.
·	Obrigação indivisível com pluralidade de devedores:
1) Cada um dos devedores será obrigado pela dívida toda, e o credor poderá exigir de qualquer um ou de todos ao mesmo tempo. 
2) O devedor que pagar a dívida irá se subrrogar no direito do credor em relação aos demais devedores, podendo cobrar deles as cotas partes correspondentes (subrrogação legal). 
Subrrogação: Aquele devedor que pagou substitui o credor em todos os direitos em relação aos demais devedores, que deverão pagar as cotas partes em dinheiro.
3) O credor não pode recusar o pagamento de um dos devedores por inteiro, sob pena de ser constituido em mora.
4) A prescrição aproveita todos os devedores, mesmo que seja reconhecida em favor de um deles.
5) A nulidade quanto a um dos devedores estende-se a todos. O defeito grave, causado por uma desobediência em relação a determinação da lei (como nos requisitos de validade), provocam um ato nulo, um nada jurídico. O efeito da nulidade é extunc, retroage desde o início.
É diferente dos defeitos leves, que é um ato concertado (como nos vícios de consentimento). Eles provocam anulidade, um efeito exnunc, que não provoca efeitos a partir daquele momento.
6) A insolvência de um dos devedores não prejudica o credor, pois está autorizado a demandar de qualquer ddeles a prestação. Insolvência é quando o credor não tem como pagar suas dívidas, o equivalente à "falência" das pessoas jurídicas, que é determinado por sentença judicial.
·	Obrigação indivisível com pluralidade de credores:
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
I – a todos conjuntamente;
II – a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.
O ideal é pagar diante de todos os credores para receber a quitação (preferencialmente por escrito). Quando isso não for possível, o devedor poderá pagar a somente um deles, quando este um der a caução de ratificação dos outros credores. Essa caução é um documento em que os credores dão autorização de que um deles receba. Caso o credor que for receber não der garantias para o devedor, ele não é obrigado a pagar e a obrugação estará em mora provocada pelos credores.
Após a constituição em mora, o pagamento pode ser feito por consignação, que é um pagamento indireto (não realizado entre credor e devedor), por meio do poder judiciário.É através da consignação que o devedor vai exercer o seu direito de pagar. Pagamento por consignação consiste no depósito judicial da coisa devida, realizada pelo devedor nas hipóteses do art. 335 do CC. Na ação de consignação o autor é o devedor, o credor é o réu e a quitação vem com a sentença
Cada credor terá o direito de exigir em dinheiro daquele que recebe a prestação por inteiro, pois, se um credor recebe a prestação com o caução de ratificação, ele se torna devedor em relação aos demais credores.
A remissão (perdão) da dívida por um dos credores não atingirá a todos. A obrigação apenas sofre uma diminuição de sua extensão.
A transação (resolver a obrigação por meio de acordos), a novação (mudança de objeto ou de credor, gerando nova obrigação), a compensação (compensar débitos, com objetos de mesma natureza) e a confusão (uma pessoa é, ao mesmo tempo, credor e devedor) em relação a um credor não operam em relação ao débito para com os outros credores.
 A nulidade em relação a um dos credores se extende a todos
PRESCRIÇÃO
·	A prescrição extingue o direito à pretensão, ou seja, o poder de exigir algo de alguém por meio de um processo jurídico, caso esse direito não tenha sido utilizado em determinado espaço de tempo. O direito material ainda existe, porém ele não pode ser alcançado por vias jurídicas. 
·	A prescrição pode ser alegada a qualquer momento pelas partes. Antigamente, a prescrição precisava ser arguida pela parte beneficiada, mas, hoje em dia, o juíz, a qualquer tempo e situação, pode pronunciar a prescrição.
·	A prescrição diferencia-se da preclusão, que é a perda de prazo dentro do processo (que já está correndo)
·	O prazo prescricional se inicia após a violação do direito. O prazo máximo da prescrição é de 10 anos, e se aplica quando a lei não definir prazo menor, segundo o artigo 205 do CC. O artigo 206 contém prazos menores e mais específicos
·	Existem algumas causas que param a contagem do prazo:
Causas impeditivas: não começa a contar, impedem o início da contagem. Exemplo: ação movida por um dos conjuges em relação ao outro não dará início até o fim do casamento.
Causas suspensivas: a contagem já tinha começado e uma ação suspende e só volta a contar quando essa ação acaba
Causas interruptivas: uma causa que interrompe e faz a contagem voltar do início.
·	Renúncia da prescrição: abrir mão da prescrição, a pessoa pode, então, entrar na justiça a qualquer tempo.
DECADÊNCIA
·	Na decadência, também chamada de caducidade, o que se perde é o próprio direito material, por falta do uso desse direito. Nele, existe um direito, e seu pedido deve ser formalizado na justiça dentro de determinado prazo. Caso a formalização não seja feita, o direito deixa de existir. Na decadência, a ação deve ser reconhecida de ofício pelo juiz.
·	Não admite a renúncia da decadência legal (estabelecida na lei), mas admite da decadência convencional (convencionada entre as partes). Não pode ser suspensa ou interrompida.
·	Na decadência, o prazo de perecimento se inicia junto com o próprio direito. 
ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO
QUEM PODE PAGAR:
·	Pagamento efetuado pelo próprio devedor (principal interessado): pode ser feito pessoalmente ou pelo seu representante. Se falecer, a dívida transmite a seus herdeiros, que respondem com osbens da herança. Na obrigação de fazer personalíssima, só admite o pagamento do próprio devedor.
·	Pagamento efetuado por terceiro interessado (todo aquele que pode vir a ser obrigado, ou pode vir a se prejudicar, caso o devedor não pague, como o fiador). A dívida só se extingue para o credor, o devedor continua devendo ao terceiro por subrrogação. Nem credor nem devedor podem se opor a esse pagamento.
·	Pagamento efetuado por terceiro não interessado, em nome e por conta do devedor (esse terceiro não é parte da obrigação). Realiza o pagamento por mera liberdade, uma vez que ele não será atingido pelo não pagamento, mas tem um vínculo com o devedor
·	Pagamento efetuado por terceiro não interessado, em seu próprio nome. A lei nega-lhe a subrrogação, mas lhe dá o direito de reembolso. O devedor poderá opor-se ao pagamento se alegar motivo justo.
OBS: art 307: devedor ou terceiro devem ser donos da coisa para transferi-la.
Se a coisa for consumida, o dono não pode exigir do credor, mas de quem passou para ele, que não tinha direito de aliená-la.
A QUEM SE PODE PAGAR
·	A dívida deve ser paga para quem tem o direito de receber. (Preocupação do devedor de pagar para a pessoa certa)
·	Inicialmente, o direito é do credor, mas a lei abre a possibilidade de outras pessoas pagarem, reconhecidas legalmente e respaldadas pelo credor. Assim, quem pode receber é o credor ou seu representante, seja representação legal ou voluntária.
·	A representação legal é quando o credor é menor de idade e não tem capacidade de fato. A representação voluntária se dá pela capacidade de fato tanto do credor quanto do representante, bem como a capacidade específica do representante de dar a quitação ao devedor. São instrumentos da representação legal: a procuração, um contrato (mais seguros), ou um simples ato (que não da segurança ao devedor)
·	Se o pagamento for realizado, mas não para o credor ou seu representante, há meios para aproveitá-lo:
1) o credor ratifica (confirma) o pagamento
2) o pagamento é revertido em proveito do credor (atingiu, beneficiou o credor)
·	Portador da quitação: a lei reconhece que quem está portando a quitação está autorizado a receber (art 311)
·	Dívida portável: existência de um título de crédito (materialização da dívida, por exemplo o cheque). Esse título é caracterizado de circularidade, assim, quem tiver na posse do título é o beneficiado, pois o banco tem o dever de pagar para tal possuidor. Ele pode ser passado para frente, e quem portar o título é o credor. A quitação do devedor é o próprio título, que deve ser anulado para que não o pague novamente.
·	O devedor não pode pagar crédito penhorado, sob pena de pagar duas vezes e ter direito de regresso contra o credor.
·	Credor putativo/aparente: aquele que parece ser o credor, inclusive para o devedor, que paga para ele (NÃO É CREDOR). O devedor paga de boa-fé (desconhecimento), assim, o pagamento é considerado e é dada a quitação do débito. Contudo, o credor real deve cobrar do credor putativo seu pagamento

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