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SISTEMA DIGESTORIO

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SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III
SISTEMA DIGESTIVO
ENF° PROF°MSc CYNTHIA COÊLHO
Graduada em Enfermagem
Especialista em Urgência e Emergência
Especialista em Gestão Hospitalar
Especialista em Docência do Nível Superior 
MSc Gestão Hospitalar e Saúde Coletiva
2
A transformação dos alimentos em compostos mais simples, utilizáveis e absorvíveis pelo organismo é denominado Digestão. 
3
3
 FUNÇÃO DO APARELHO DIGESTIVO
É partir o alimento em vários pedacinhos até que ele possa ser absorvido pelo organismo, e então aquilo que não é útil ele envia ao sistema excretor para que seja eliminado do nosso corpo. 
 Ingestão
 Digestão
 Absorção
 Eliminação de fezes
4
Principais causas dos distúrbio do aparelho digestivo
Infecções Intestinais
Êmese
Diarréia
Constipação intestinal
Apendicite
Úlceras pépticas
Distúrbios hepáticos
Pancreatite
Câncer de colo intestinal
5
Infecções intestinais - Alimentos e água que ingerimos podem estar contaminados com vírus ou bactérias patogênicas. Alguns podem sobreviver e se multiplicar no aparelho digestivo, causando infecções. 
Êmese- Quando comemos ou bebemos demais ou a comida ingerida está deteriorada, o encéfalo põe em ação um sistema de emergência para eliminar o conteúdo estomacal: o vômito. 
Diarréia- É um processo em que a pessoa defeca várias vezes em um curto intervalo de tempo, devido ao aumento dos movimentos peristálticos intestinais. 
Constipação intestinal (ou prisão de ventre)-Ao contrário da diarréia, os movimentos peristálticos estão diminuídos. A causa mais freqüente é a alimentação inadequada, com poucas fibras vegetais
6
Apendicite-Apendicite é uma inflamação do apêndice ileocecal, em forma crônica ou aguda. Esta última manifesta-se por dores agudas na fossa ilíaca direita, mais exatamente no chamado ponto de McBurney.
Úlceras pépticas-Áreas extensas da parede do tubo digestivo podem ser lesadas pela ação de sucos digestivos, originando feridas (as úlceras pépticas). 
Distúrbios hepáticos- Um dos constituintes da bile é o colesterol, substância insolúvel em água, mas que, combinada aos sais biliares, forma pequenos agregados solúveis. 
Pancreatite - Em situações anormais, o pâncreas pode reter suco pancreático, que ataca suas próprias células. O resultado pode ser uma inflamação do pâncreas (a pancreatite), muitas vezes fatal. 
Câncer de colo intestinal- Está relacionada com dietas alimentares pobres em fibras. 
7
Problemas que só prejudicam o Bem-Estar
Entre os problemas do aparelho digestivo estão: 
o mau hálito (halitose),
 os gases intestinais (flatulência),
 a eructação (arrotos),
 a obstipação intestinal (intestino preso)
8
Halitose é a liberação de odores desagradáveis pela boca ou respiração. As principais razões do mau hálito estão em problemas na língua, quando a produção de saliva não é suficiente. 
Esta produção pode ser prejudicada por estresse, medicamentos e jejum prolongado. 
Não significa obrigatoriamente é uma má higiene bucal, e dificilmente é proveniente do estômago.
Algumas doenças podem também causar o mau
hálito, como problemas renais, 
de fígado e diabetes.
9
Gases Intestinais (flatulência), Arroto (eructação)
A flatulência ou gases intestinais é a liberação, voluntária ou não, de ar contido na porção final do intestino.
A eructação ou arroto é a liberação de ar pela boca, que está contido no estômago e esôfago, geralmente após a refeição.
Dicas: pessoas devem evitar:
alimentar-se muito rápido sem mastigar direito os alimentos; 
falar durante as refeições; 
bebidas com gás ou ricas em açúcar;
 mascar chicletes ou balas duras; 
pessoas ansiosas naturalmente deglutem mais ar; respirar pela boca.
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Ao contrário do que alguns pensam, os gases intestinais são normais e produzidos pela flora bacteriana existente normalmente no intestino. 
Portanto, é bom saber que:
soltar gases entre 10 e 20 vezes ao dia é normal;
geralmente os gases são sem odor;
gases com odor geralmente estão associados à alimentação.
Para melhorar:
procure manter a barriga encolhida durante o dia;
faça exercícios abdominais desde que não haja 
contra-indicações;
use cintas para manter o abdômen tenso.
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Obstipação intestinal
Cujo nome mais correto é constipação intestinal, popularmente conhecida como “prisão de ventre” ou “intestino preso”, é caracterizada por eliminação de fezes duras e pequenas, com esforço excessivo, sem regularidade e com freqüência menor do que três vezes por semana. Mais comum nas mulheres:
com vida sedentária
estresse, 
comum nos grandes centros urbanos, as funções fisiológicas são muitas vezes condicionadas de acordo com a disponibilidade do tempo do indivíduo.
12
A obstipação pode decorrer de inúmeras causas, sendo as mais comuns:
alimentação inadequada, como por exemplo alto consumo de alimentos industrializados e refinados e baixa ingestão de líquidos;
rotina de trabalho estressante e vida sedentária;
outras condições podem produzir contrações fracas do intestino, como gravidez, fissura anal, hemorróidas, medicamentos (antiácidos à base de cálcio e alumínio, antidepressivos, anti-hipertensivos, entre outros) viagens e estresse;
pessoas idosas, mulheres e indivíduos com vida sedentária.
13
 Dicas importantes para melhorar o funcionamento intestinal:
comer regularmente, fazendo o mínimo de 3 refeições/dia;
ingerir líquidos à vontade, mínimo de 2 litros/dia;
tomar sempre um suco pela manhã, preferencialmente de ameixa, mamão ou laranja sem coar;
comer 2 pedaços de fruta todo dia, ao natural ou em compota;
caminhar diariamente e fazer exercícios aeróbicos regularmente;
quando tiver vontade de evacuar, fazer o mais breve possível. Reter fezes nessa situação agravará a condição;
não usar laxativos sem orientação médica;
sentar 15 minutos no vaso sanitário em horário regular, preferencialmente após uma refeição, sem fazer força para evacuar.
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Anamnese e Exame Físico
Realizar uma boa anamnese é fundamental na elaboração do diagnóstico, somente com a história clínica bem estruturada é possível elucidar 70% dos diagnósticos das doenças do aparelho digestivo.
Identificar a história da doença atual, 
Caracterizando os sintomas, 
Tempo de instalação do quadro, 
Caracterizar o tipo de dor (cólica, pontada, facada, queimação),
Frequência da dor, 
Intensidade,
Fatores de agravação ou alívio.
15
Anamnese e Exame Físico
Identificar os sintomas associados à dor, tais como :
Alteração de ritmo intestinal, 
Saciedade precoce, 
Êmese e náuseas, 
Hematêmese, 
Melena, 
Icterícia, 
Emagrecimento.
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Anamnese e Exame Físico
Interrogatórios de aparelhos e sistemas.
Identificar fatores de risco associados. tabagismo, etilismo, fatores sociais.
Antecedentes patológicos.
Cirurgias prévias.
Antecedentes familiares.
Nutrição e hábitos de mastigação.
Ocupação.
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Anamnese e Exame Físico
O exame físico deve ser geral, com foco no abdome. 
Posicionar o paciente em decúbito dorsal, com tronco e abdome expostos, em ambiente com boa luminosidade e temperatura adequada. Recomendar ao paciente deitar-se com a cabeça apoiada em travesseiro, ligeiramente elevada. O Enfermeiro deve ficar à sua direita, aquecer as mãos e explicar o procedimento ao paciente.
Inspeção;
Ausculta;
Percussão;
Palpação.
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19
Nível
Descrição
Órgãos
Superior
Hipocôndrio direito
fígado, rim direito, ângulo hepático do cólon, vesícula biliar
Epigástrio
estômago, piloro,fígado, cólon transverso, aorta, plexo celíaco.
Hipocôndrio esquerdo
baço, rim esquerdo, ângulo esplênico do cólon, pâncreas
Médio
Flanco direito
cólon ascendente, terço inferior de rim direito
Mesogástrio
intestino delgado, cólon transverso, pelves renais e ureteres, gânglios mesentéricos, aorta abdominal e cava inferior
Flanco esquerdo
cólon descendente, 1/3 inferior de rim esquerdo
Inferior
Fossa ilíaca direita
apêndice, ceco, íleoterminal
Hipogástrio
bexiga, útero, intestino delgado, cólonsigmóide
Fossa ilíaca esquerda
cólonsigmóide20
Inspeção
Na inspeção observa-se a superfície da parede abdominal, contorno, presença de assimetrias, características da pele, presença de circulação colateral, forma do abdome e cicatrizes cirúrgicas
Formas do abdome: o formato do abdome pode variar segundo:
idade,
sexo, 
estado nutricional, 
estado muscular e gravidez, 
podendo variar segundo o tipo morfológico entre o tipo longilíneo, que é achatado no sentido anteroposterior e de pequeno diâmetro transversal e o do tipo brevilíneo, curto, com diâmetros anteroposteriores e transversos exagerados
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Alterações Simétricas
Abdome retraído- muito achatado no diâmetro anteroposterior, com visibilidade dos bordos costocondrais, cristas ilíacas e sínfise púbica. Ocorre em indivíduos com caquexia, especialmente naqueles com desidratação importante.
Abdome globoso- apresentando distensão uniforme e regular; encontrado em indivíduos obesos, portadores de ascites, em pacientes com grande meteorismo intestinal (obstrução intestinal) e em portadores de grandes tumores abdominais.
Abdome de batráquio- caracterizada por dilatação exagerada de flanco, com aumento de diâmetro lateral, ocorrendo em indivíduos com ascite e obesos com diminuição da tonicidade da musculatura de parede abdominal.
Abdome em avental- caracterizado pela queda do hipogástrio sobre a sínfise púbica, ocorre em grandes obesos, associada à fraqueza da parede muscular.
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Abdome globoso Abdome de bratáquio
Abdome retraído Abdome de avental
Ausculta
Ausculta: avaliação dos ruídos intestinais, ocorrem em conseqüência dos movimentos peristálticos e do deslocamento de ar e líquidos ao longo dos intestinos, constitui a principal finalidade da ausculta abdominal. Utilizando um estetoscópio com o diafragma previamente aquecido, a enfermeira deve iniciar a ausculta abdominal pelo quadrante inferior direito, aplicando leve pressão e identificando: a presença e a qualidade dos ruídos intestinais.
 Podem ser necessários até cinco minutos de ausculta continua antes que se possa determinar a ausência de ruídos hidroaéreos. Quando for difícil de ausculta-los a enfermeira deve prosseguir sistematicamente repetindo a ausculta por 2 a 5 minutos em cada um dos demais quadrantes abdominais. 
Avaliar freqüência e intensidade dos ruídos hidroaéreos.
A intensidade é descrita em geral, em termos de ruídos hipoativos ou hiperativos. 
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 Ausculta Abdominal
Sinais de alerta: 
Sons hipoativos, correlacionar com: distúrbios hidroeletrolíticos, pós-operatórios, íleo paralítico, peritonite, isquemia do colo, obstrução intestinal; 
Sons hiperativos, correlacionar com: Diarreias, uso de laxantes, fase inicial de obstrução intestinal. 
 
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Percussão
Percussão direta: é realizada utilizando uma das mãos ou os dedos, afim de estimular diretamente a parede abdominal por tapas. 
Percussão indireta: utilizando o plexímetro e o plexor. Inicia-se levemente a percussão no quadrante inferior direito prosseguindo-se pelos demais quadrantes no sentido horário, até percorrer toda área abdominal. 
 O dedo que golpeia : plexor
 O dedo que recebe o golpe : 
 plexímetro 
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Percussão
Em geral, predomina os sons timpânicos definidos como sons claros e de timbre baixo, semelhantes a batida de um tambor devido ao conteúdo de gás das vísceras ocas do trato gastrointestinal. Esses são encontrados sobre o estomago vazio e sobre os intestinos.
Maciço ou sub maciço, sons breves, com timbre alto, são percebidos sobre órgãos sólidos como o fígado, o baço ou sobre vísceras preenchidas por líquidos ou fezes.
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Percussão
Em geral, predomina os sons timpânicos definidos como :
sons claros, 
 timbre baixo, 
semelhantes a batida de um tambor devido ao conteúdo de gás das vísceras ocas do trato gastrointestinal.
 Esses são encontrados sobre o estomago vazio e sobre os intestinos.
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Percussão
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Palpação
Palpação abdominal é realizada por meio da palpação superficial e profunda que auxiliam na determinação do tamanho, forma, posição e sensibilidade da maioria dos órgãos abdominais além da identificação de massas e acumulo de fluidos. Os quadrantes devem ser palpados em sentido horário reservando-se para o final do exame aquelas áreas previamente mencionadas como dolorosas ou sensíveis. 
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Palpação do fígado
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(BARROS E COLS, 2009).
Palpação do baço
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(BARROS E COLS, 2009).
Principais focos de dor
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Sinais de patologia a palpação
Sinal de MacBurney – Dor à descompressão brusca de dolorosa no quadrante inferior direito entre a cicatriz umbilical e a crista ilíaca direita; (indicativo de apendicite aguda.)
 Sinal de Murphy – Compressão em ponto cístico à incursão respiratória profunda ocasionando dor intensa e interrupção da respiração; a sensibilidade no quadrante superior direito(indicativo de colecistite aguda.)
Sinal de Jobert - Percussão em linha axilar média sobre a área hepática produz sons timpânicos em vez de maciços (indicativo de ar livre em cavidade abdominal – pneumoperitônio);
Sinal de Rosving - Palpação contínua no quadrante inferior esquerdo produz dor no quadrante inferior direito, mais especificamente na fossa ilíaca.(sinal esse também sugestivo de apendicite aguda. )
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Referências Bibliográficas
W. R. Paulino. Biologia Atual, Ed. Ática, 1996. p. 296
ALVARO-LEFREVE, Rosalinda. Aplicação do processo de enfermagem: promoção do cuidado colaborativo. 5. ed. Porto Alegre: Artmed 2005.
ANDRIS, Debora A. et al. Semiologia: bases para a prática assistencial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
ATKINSON, L.D. e MURRAY, M.E. Fundamentos de Enfermagem. Introdução ao Processo de Enfermagem. Rio de Janeiro, Guanabara, 2008.
BARROS e COLS. Anamnese e exame e exame físico. 2. ed. Porto Alegre: Artmed: 2009.
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