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AGRAVO DE INSTRUMENTO finalizado

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR 
PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ
REFERENTE AO PROCESSO Nº 567-68.2006.4.306.0000
ORIGEM: 11ª VARA ESPECIALIZADA DE FAMÍLIA DE TERESINA
AGRAVANTE: MARIA DOS PRAZERES
AGRAVADO: JOSÉ ANTÔNIO SOLTEIRO
Maria dos prazeres, brasileira, divorciada, professora, residente e domiciliada na Rua São Raimundo, nº 75, bairro Noivos, Teresina-PI, por conduto de seu advogado in fine signatário com endereço profissional para receber as intimações na Av. João XXIII, nº 480, bairro São Cristóvão, nesta capital, vem respeitosamente perante Vossa Excelência interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO em face da decisão incidental proferida nos autos da Ação de Regulamentação de Direito de Visita Cumulada com Tutela Provisória, proposta por José Antônio Solteiro, brasileiro, divorciado, comerciante, residente e domiciliado na Rua Campo Grande, nº 800, bairro Centro, Campo Maior-PI, pelas razões fáticas e jurídicas a seguir esboçadas.
O presente instrumento está instruído com cópias do processo, dentre as quais estão às obrigatórias previstas no artigo 1.017, I, para a sua formação: a) Petição Inicial; b) Decisão agravada; c) Certidões e d) Procurações patrono das partes.
Os advogados que atuam no processo em trâmite na 1ª instância são:
Agravante – Antônio Carlos de Moraes, OAB nº 237.987/PI, com escritório na Av. João XXIII, nº 480, bairro São Cristóvão, Teresina/PI.
Agravado – Pedro Moreira Filho, OAB 387.200/PI, com escritório na Rua Santa Rita, nº45, bairro Centro, Campo Maior/PI.
Dessa feita, requer que seja recebido, conhecido e provido o presente recurso, nos termos das razões idôneas do agravante em anexo.
Nestes termos, espera deferimento.
Teresina – PI, 18 de novembro de 2017
Antônio Carlos de Moraes
OAB 237.987/PI
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ
REFERENTE AO PROCESSO Nº: 567-68.2006.4.306.0000
ORIGEM: 11ª VARA ESPECIALIZADA DE FAMÍLIA DE TERESINA
AGRAVANTE: MARIA DOS PRAZERES
AGRAVADO: JOSÉ ANTÔNIO SOLTEIRO
RAZÕES DA AGRAVANTE
COLENDA TURMA,
EXCELENTISSÍMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR
I – DA TEMPESTIVIDADE
O agravo de Instrumento com o Novo Código de processo Civil ganhou uma elasticidade temporal. O novo código uniformizando os prazos recursais estendeu de 10 (dez) para 15 (quinze) dias o prazo para interposição, contando da intimação da decisão objeto da demanda.
No presente caso, a agravante foi intimada da decisão interlocutória no dia 02/11/2017, conforme certidão em anexo, portanto, teria até o dia 22/11/2017 para impugná-lo. Assim sendo, este recurso goza do pressuposto da tempestividade.
II – DO CABIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Nos termos do artigo 1.015, I, CPC, é cabível o presente recurso em face de decisões incidentais que não resolvam por completo o mérito, in verbis;
Cabe agravo de instrumento contra as decisões 
 interlocutórias que versarem sobre:
 I - Tutela provisória;
Portanto como trata-se de uma decisão interlocutória, está demonstrando o cabimento do presente recurso para que a agravante não seja penalizada com os prejuízos irreparáveis que podem vir a se efetivar diante dessa cognição sumária realizada pelo juiz singular.
III – RESUMO DOS FATOS DO PROCESSO ORIGINÁRIO
 Trata-se de Ação de regulamentação de Direito de visita cumulada com pedido de tutela provisória.
Em sua peça inaugural o agravado sustenta que, em virtude de residir, atualmente, na cidade de Campo Maior-PI, e seu filho morar nesta capital com a mãe, busca o poder judiciário para ver regulamentado os seus direitos paternos de participação ativa no seu desenvolvimento, em especial o direito de visita.
Requer, por fim, que lhe seja dado o conforto de poder passar o dia inteiro com seu filho.
Concluso, o juiz ao apreciar o pedido de antecipação da tutela achou por bem antecipa-la. Sem antes ouvir a agravante, determinou sumariamente que o autor pudesse buscar a criança as quintas-feiras e trazer apenas aos domingos.
A parte autora ao tomar conhecimento da ação e da tutela concedida, requer, tempestivamente, a sua reforma integral para que volte ao estado originário e assim a decisão impugnada não tenha condão de produzir seus efeitos legais.
Almejando pela sustação da decisão uma vez que se demonstrará no decorrer da argumentação que, em verdade, a alegação do demandante é infundada e vazia, não possuindo os requisitos legais para a concessão da medida.
IV – DO MÉRITO RECURSAL
DA CONCESSÃO DO EFEITO SUSPENSIVO
A decisão não pode prosperar, pois o magistrado sentenciante não observou os requisitos legais para a concessão da medida. Possibilitou que a criança passe a viver 04 (quatro) dias com o pai, sem ao menos ater-se para as consequências dela decorrente.
Primeiramente, a criança reside com sua mãe nesta capital, onde também estuda. Não podendo então o pai ir busca-lo as quintas para devolve-lo apenas aos domingos.
Os estudos ficariam prejudicados. Sem contar que essa viagem toda semana poderá desgastar e acarretar diversos prejuízos a criança. 
Ressalte-se que a mãe trabalha durante todo o dia e é exatamente aos finais de semana que fica totalmente disponível para realizar atividades familiares com o filho.
Neste caso, na hipótese de ser mantida a decisão, o que não se espera, a agravante haveria de ver seu filho apenas nas segundas terças e quartas á noite, inviabilizando assim qualquer atividade de cunho social com o mesmo.
Vale acrescentar também que a demandante não discorda que seja regulamentado o direito de visita, contanto que esteja dentro dos limites da razoabilidade e proporcionalidade, o que não se encontra na presente decisão.
Ademais, o direito de visita deve vir após toda a instrução processual para evitar prejuízos irreparáveis a criança.
Nos termos do artigo 300 do Código de Processo Civil a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
Assim os requisitos precisam ser cumulativamente observados. No caso citado, não há que se falar em perigo de dano ao agravado, vez que se trata da regulamentação do direito de visita, o que pode ser adimplida a qualquer momento, sem prejuízo da parte autora.
Neste contexto, e por não ter o juiz a quo observado os requisitos para deferimento da tutela antecipada, requer com fundamento no artigo 1.019, do Código de Processo Civil que seja concedido o efeito suspensivo aquela decisão até o provimento final daquele juízo, in verbis:
 Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e
 distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do
 art. 932, inciso III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias;
Poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em
 antecipação de tutela ou parcialmente, a pretensão 
 recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
Certamente observando os pontos negativos apresentados que já causaram e podem causar constrangimento para a criança, repetindo os prejuízos psicológicos pelos quais a mesma já passou, é plausível a concessão do efeito suspensivo.
DA POSSIBILIDADE DE REPETIÇÃO DO ATO DANOSO CONTRA A CRIANÇA POR PARTE DO PAI
Não é de hoje que o agravado busca burlar a razoabilidade em relação aos poderes maternais da agravante.
Nessa desculpa de querer passar mais tempo com o filho, há alguns meses atrás, o agravado levou a criança para o interior e o trouxe após muita luta por parte de sua genitora, já decorridos 01 (um) mês da partida.
Tal ato não condiz com o perfil de um pai que diz querer o sucesso de seu filho. Neste lapso temporal, a criança perdeu todas as aulas e quase reprovou de ano.
Esse, talvez, tenha sido o menos dos prejuízos menores sofridospelo menor, o principal e que mais teme a agravante diz respeito aos problemas psicológicos que foram desencadeados na criança, em virtude da privação a que foi submetido.
Ressalta-se também que o menor está sendo acompanhado por profissionais da área para tentar amenizar o ocorrido, como pode-se comprovar nos documentos anexos, inclusive o fato da criança ter sofrido alienação parental feita pelo pai, pois a mesma acreditava ter sido abandonada por sua genitora.
Após o ocorrido lamentável por parte do genitor a agravante não confia na palavra do agravado, permitindo que visite a criança apenas com a sua presença ou a de alguém de sua inteira confiança.
De acordo com o artigo 300, §3º, do Código de Processo Civil, não pode o juiz conceder a antecipação quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, senão vejamos:
§3º. A tutela de urgência de natureza antecipada
 não será concedida quando houver perigo de 
 irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Desta feita, é inegável a possibilidade de repetição do ocorrido após a efetivação da medida liminar. Requer, por conseguinte, a reforma da decisão vergastada para que se tenha ao final do processo uma decisão judicial mais justa para ambas as partes.
Merece também ressaltar que a visita deve ser acompanhada, principalmente para os casos que a criança não deve permanecer sozinha com quem possui o direito de visita.
Certo que o direito de visita existe para garantir que o pai e a mãe, que não possuem a guarda dos filhos possam continuar a manter o vínculo e os laços de afeto, mas a concessão deve ser cercada de cuidados e requisitos que garantam que eles não correram riscos, conforme doutrina representada nesta transcrição: “O juiz deverá procurar a solução prevalente que melhor se adapte ao menor, sem olvidar-se dos sentimentos e direitos dos pais” (VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. Direito de família. Atlas, 2003, 3ª ed., v. VI, p.228).
V – DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer a agravante que seja recebido e conhecido o presente agravo, a fim de que:
Seja concedido o efeito suspensivo a decisão vergastada, pelas razões fáticas e jurídicas devidamente demonstradas acima;
A intimação do agravado para que, querendo, apresente contrarrazões;
Ao final seja confirmada decisão de suspensão, e 
Informa a agravante que no final dos três dias comunicara o juiz sentenciante da interrupção do presente recurso, bem como das seguintes peças obrigatórias e outras apresentadas, ao passo que comunica a impossibilidade de juntada da contestação em razão do agravante ainda não ser dado tempo para sua interposição, são elas:
Cópia da petição inicial;
Cópia da decisão interlocutória;
Certidões de intimação;
Procurações dos patronos das partes.
Nestes termos, espera deferimento.
Teresina – PI, 18 de novembro de 2017
Antônio Carlos de Moraes
OAB 237.987/PI
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR 
PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ
REFERENTE AO PROCESSO Nº 567-68.2006.4.306.0000
Maria dos Prazeres, já qualificada, por seu procurador, vem perante este juízo, nos autos da Ação de Regulamentação de Direito de Visita Cumulada com Tutela Provisória, proposta por José Antônio Solteiro, já qualificado, vem requerer a juntada o comprovante de protocolo do Agravo de Instrumento interposto junto ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, para cumprimento do disposto no artigo 1.018 e seus parágrafos, do Código de Processo Civil, e exercício do juízo de retratação.
Informa-se que foram acostados aos autos todos os documentos que instruem o processo virtual e que foram gerados pelo PJe, desde a Petição Inicial até a última certidão exarada pela Secretaria da Vara dia 10 de fevereiro de 2018, cumprindo, portanto, a exigência do artigo 1.017 do Código de Processo Civil. Foram juntados ainda os documentos e comprovantes de pagamento da taxa recursal, tudo em anexo.
Nestes termos, pede deferimento.
Teresina – PI, 20 de fevereiro de 2018 
Antônio Carlos de Moraes
OAB 237.987/PI

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