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Anatomia das relações hídricas de plantas Jeferson Dombroski Objetivos • Apresentar a função dos órgãos e estruturas externas e internas de plantas nas suas relações hídricas: – Desde a absorção até a transpiração – Em briófitas e plantas superiores Briófitas • São características de ambientes úmidos e sombreados • A maioria não apresenta cutícula (hepáticas apresentam) • Não tem tecido vascular. Musgos apresentam hidróides • Muitas toleram dessecação (são pecilohídricas) http://scidiv.bellevuecollege.edu/rkr/botany110/lectures/bryophytes.html http://www.kfunigraz.ac.at/~oberma/moose/ marchantia-polymorpha.html Absorção de água em briófitas • As briófitas são as plantas terrestres mais simples. • Sua estrutura mostra aspectos da transição para o ambiente terrestre como: – Poros (que vão virar estômatos nas espécies mais evoluídas) – Parênquima lacunoso – Rizóides(que vão virar estômatos nas espécies mais evoluídas) – Tecido de armazenamento de água Absorção de água em briófitas • Não há raízes, mas apenas estruturas de ancoragem, denominadas rizóides, que em alguns casos podem participar da absorção de água • É consenso que a maioria da absorção ocorre através da epiderme Marchantia, mostrando rizóides. http://oregonstate.edu/dept/nursery- weeds/weedspeciespage/liverwort/liverwort_rhiz oids.html Briófitas • Marchantia http://etc.usf.edu/clipart/23400/23469/march antia_23469.htm http://www.biology.iastate.edu/Cours es/211L/Bryoph/%20BryoINDX1.htm Briófitas: hadroma Tecidos condutores = adaptação ao ambiente terrestre Musgos - Origem dos tecidos condutores – os ancestrais do xilema (hadroma) e do floema (leptoma) Seção transversal de talo de musgo http://www.biology.iastate.edu/Courses/211L/Bryoph/%20BryoINDX1.htm Briófitas: hadroma Briófitas • Poros na epiderme de Marchantia http://www.kfunigraz.ac.at/~oberma/moose/ marchantia-polymorpha.html http://www.flickr.com/photos/gjshepher d/3647504591/ Estômatos de briófitas • Apenas as briófitas mais evoluídas possuem estômatos verdadeiros. http://www.kfunigraz.ac.at/~oberma/moose/u lota-crispa.html Absorção de água em plantas superiores • Raízes são estruturas especializadas em absorção de água. • Regiões mais novas são mais permeáveis • As extremidades não têm sistema vascular maduro, o xilema e a endoderme começam a amadurecer na região dos pelos radiculares Absorção de água em plantas superiores: o caminho • A quantidade de água absorvida é proporcional à área de contato entre a raiz e o solo, por isso a maior quantidade de água entra na região dos pelos radiculares. Pelos radiculares em rabanete (acima) e pelos radiculares cercados por partículas de solo (abaixo). Raven, 2001 Pelos radiculares Pelos radiculares Eletromicrografia de pelos radiculares (http://www.bio.miami.edu/dana/226/226F07_6.html Eletromicrografia mostrando pelos radiculares. Raven et al., 2001. Micrografias da epiderme da raiz de arroz (http://www-plb.ucdavis.edu/labs/rost/Rice/Roots/rtder.html) Epiderme da raiz: pelos radiculares Absorção da água: o caminho Diagrama do corte transversal de uma raiz de dicotiledônea, Taiz e Zeiger, 2001. Parede celular Estria de Caspary Membrana plasmática Vacúolo periciclo Endoderme Diagrama de corte transversal da raiz, mostrando a endoderme. http://www.emc.maricopa.edu/faculty/farabee/biobk/biobookplanthorm.html Transporte da água: o xilema • A água é transportada pelo xilema das raízes para a parte aérea até as folhas. • O xilema é formado por células mortas na maturidade, o que facilita o transporte de água • As pteridófitas e gimnospermas possuem traqueídeos, que são células mortas, alongadas, repletas de pequenos orifícios denominados pontuações. • (Algumas pteridófitas e gimnospermas possuem elementos de vasos) Fonte: Taiz e Zeiger, 1991 https://s10.lite.msu.edu/res/msu/botonl/ b_online/library/onlinebio/BioBookPLANT ANAT.html Elementos de vasos • As angiospermas também possuem traqueídeos, mas contam com elementos de vasos, que são estruturas com maior capacidade de transporte, e que formam tubos http://12knights.pbworks.com/w/page/ 25273922/926-Explain-how-water-is- carried Elementos de vasos • Os elementos de vasos são característicos de angiospermas, mas também ocorrem em outras classes http://www.mapoflife.org/ image_details/?img=../../i mages/full-size/PLANTS- ALGAE/vascular_tissue/xyl em_vessels_phy.jpg Pteridófitas: tecido vascular verdadeiro Tecido vascular de Avenca, à esquerda e da samambaia Dicksonia, à direita. Raiz: cilindro vascular de dicotiledônea Fotomicrografia de raiz de ranúnculo. http://www.vcbio.science.ru.nl/en/image-gallery/show/print/PL0049/ endoderme xilema floema periciclo córtex Raiz : cilindro vascular de monocotiledônea Fotomicrografia de seção de raiz de aspargo. http://www.sciencephoto.com/images/download_lo_res.html?id=667050093 xilema floema medula córtex endoderme periciclo Transporte pelo xilema: cavitação • A sucção da água pelo xilema, se a força for muito alta, pode provocar a formação de bolhas de ar que “entopem” os elementos de vasos (embolia). • A cavitação é importante em horários muito quentes ou se houver congelamento do solo. • A ocorrência de cavitação diminui a capacidade de transporte de água e a produtividade das plantas. Estrutura do caule Medula Córtex Feixes vasculares epiderme Corte transversal de caule de dicotiledônea (alfafa - esquerda) e monocotiledônea (milho - direita). Raven, p. 596-597. Medula Xilema Floema Feixe vascular aberto de alfafa (dicot) Feixe vascular fechado de milho (monocot) Detalhes de feixes vasculares do caule. Raven 596 Feixes vasculares do caule Feixes vasculares do caule de milho. http://www.flickr.com/photos/blueridgekitties/4425262179/ xilema Bainha vascular (esclerênquima Caule: cilindro vascular de monocotiledônea floema tecido fundamental (medula?, córtex?) Caule: cilindro vascular de dicotiledônea C3 Feixe vascular aberto de caule de abóbora. http://www.flickr.com/photos/blueridgekitties/4428658116/in/photostream/ xilema Floema externo Floema interno Venação da folha: monocot X dicot Padrão de venação foliar de monocotiledôneas (lírio - esquerda) e dicotiledôneas (menta - direita). http://www.ohio.edu/people/braselto/readings/structure.html nervura Transporte de água na folha • Ao chegar na folha, a água se difunde do xilema para as regiões vizinhas, mantendo as células hidratadas. Como as paredes celulares são permeáveis, absorvem água, que cria uma camada fina de água sobre as paredes expostas ao ar interno (parênquima lacunoso). Movimento da água (setas azuis) e nutrientes (setas amarelas) em folha de dicotiledônea. Raven, 2001 Estrutura da folha de dicotiledônea Seção transversal de folha de chá (Camelia sinensis). http://www.sciencephoto.com/images/download_lo_res.html?id=700031006 epiderme Parênquima paliçádico Parênquima lacunoso xilema floema colênquima Feixe vascular Estrutura da folha de dicotiledônea C3 Parênquima lacunoso Colênquima Floema Estômato Xilema Parênquima paliçádico Seção de folha de Syringa, Raven, p. 604. Estrutura da folha de dicotiledônea C4 Corte de folha de Amarantus sp.http://jxb.oxfordjournals.org/content/57/2/343/F6.large.jpg epiderme Feixe vascular Bainha vascular Parênquima paliçádico Parênquima lacunoso Estrutura da folha de monocotiledônea C4 Seção de folha de cana-de-açúcar (monocotiledônea C4). Raven, p. 607 Bainha vascular Mesofilo Células buliformes xilema floema Estrutura da folha de monocotiledônea C4 Seção de folha de milho (monocotiledônea C4). http://visualsunlimited.photoshelter.com/image/I00005Zb.sCyWvqE epiderme Bainha vascular xilema floema Estômatos Vista lateral de folha mostrando estômatos http://kilby.sac.on.ca/faculty/gshields/11bio/images/leaf_x.htm epiderme Estômato Parênquima lacunoso Estômatos Vista lateral de estômato de Agave. http://www.biologie.uni-hamburg.de/b-online/library/webb/BOT311/Epidermis/Epidermis-1.htm estômato cutícula epiderme Estômatos a) estômato aberto de pepino b) estômato de cebola Taiz e Zeiger, p. c) Estômato de Eucaliptus (Raven, p. 562). b) c) a) Células guardas Poro estomático
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