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ACADÊMICOS: JEAN FRANCISCO HERTZ E ANA PAULA MACHADO EXCELENTÍSSIMO SENHOR
DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DO MUNICÍPIO __ Processo n°__
BRAD NORONHA, já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, através de seu
advogado não se conforma com a sentença condenatória proferida , vem respeitosamente à presença
de V. Exa, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, com fundamento no artigo 593, I do Código de Processo
Penal. Requer que sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça, onde deverá ser
processado o presente recurso e, ao final, provido. Nestes termos, Pede Deferimento. Local__, 27 de
Março de 2017. Advogado OAB EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA RAZÕES DE APELAÇÃO Processo N°___ Apelante: Brad Noronha Apelado:
Ministério Público EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO X COLENDA CÂMARA
CRIMINAL. DOUTO PROCURADOR FATOS O Apelante foi condenado a dez anos e seis meses de
reclusão, por roubo com emprego de arma de fogo, tendo sido fixado o regime inicial fechado para
cumprimento da pena, a ser cumprida, inicialmente, no regime fechado. Conforme o descrito nos autos,
o apelante, durante o Inquérito Policial teria sido reconhecido pela vítima, através de um procedimento
de reconhecimento consubstanciado pela visão, através de um pequeno orifício, da sala onde se
encontrava o apelante. Durante a instrução criminal, a vítima não confirmou ter escutado disparos de
arma de fogo, tampouco as testemunhas ouvidas confirmaram os tiros, muito embora todos tenha
afirmado que o autor do fato portava uma arma. Não houve apreensão de qualquer arma e, também por
isso, não houve qualquer perícia. Os policiais ouvidos em juízo, afirmaram que após ouvire m gritos de
‘pega ladrão’, saíram ao encalço do acusado. Também disseram que durante a perseguição o acusado
era apontado por pessoas que passavam próximas, e que perceberam quando este jogou algo no
córrego que existe ali perto, imaginando que fosse uma arma. No interrogatório, o acusado, ora
Apelante, exerceu o seu direito de ficar em silêncio, tendo o juízo ‘a quo’ considerado, para a
condenação e fixação da pena, os depoimentos das testemunhas e o reconhecimento feito pela vítima
em sede policial. A decisão condenatória, contudo, merece ser reformada, senão vejamos. 
PRELIMINARMENTE: Destaque-se, inicialmente, a desobediência do disposto no artigo 226, II, do
Código de Processo Penal, que impõe condições para o procedimento de reconhecimento de pessoas e,
por isso mesmo, impõe se reconheça a nulidade processual , nos termos do artigo 564, IV do CPP. NO
MÉRITO: Evidentemente, pelo que consta dos autos, merece o Apelante ser absolvido da imputação que
lhe é feita através da denúncia. Não há qualquer prova de ter o acusado, ora apelante, concorrido para a
prática do crime de roubo, eis que não comprovada a autoria. Concretamente o que existe nos autos não
serve para apontar autoria. A vítima reconheceu o acusado, ora Apelante, em procedimento totalmente
impróprio e inadequado, já que ‘espiou’ por um pequeno orifício de porta em direção a sala onde se
encontrava o réu. Assim procedendo, não observou a autoridade as condições impostas pela legislação
penal para o reconhecimento de pessoas, expressamente dispostas no artigo 226, II do Código de
Processo Penal. Assim, procedendo, incorreu, inclusive, em prova ilícita, contrariando, também, o
contido no artigo 157 do CPP. Ademais o TJ-DF já se posicional quanto à falta de provas concernentes a
porte de armas: PENAL E PROCESSUAL PENAL. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO
PERMITIDO. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. CONDENAÇÃO MANTIDA. PORTE
ILEGAL DE MUNIÇÕES. ABSOLVIÇÃO POR FALTA DE PROVA. PRINCIPIO DO IN DUBIO PRO REO.
POSSIBILIDADE. CONCURSO FORMAL. PREJUDICADO. 1. Incensurável a condenação do apelante
como incurso no art. 14 da Lei nº 10.826/2003, se a prova dos autos demonstra que ele portava arma de
fogo de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 2.
Absolve-se o apelante pelo crime de porte ilegal de munições diante da fragilidade da prova produzida
nos autos que não é capaz de demonstrar com a certeza necessária a autoria do delito, em atenção
ao princípio do in dubio pro reo. 3. Fica prejudicado o pedido de concurso formal entre os crimes
porque o réu restou absolvido do crime de porte ilegal de munições. 4. Apelação parcialmente provida
apenas para absolver o apelante do crime de porte ilegal de munições. (TJ-DF - APR: 20131010047107
DF 0004573-31.2013.8.07.0010, Relator: JOÃO BATISTA TEIXEIRA, Data de Julgamento: 02/10/2014,
3ª Turma Criminal, Data de Publicação: Publicado no DJE : 10/10/2014 . Pág.: 329) Além disso, há
apontada nulidade, conforme explicitado em preliminar, já que o acusado deveria ter sido colocado em
sala própria, ao lado de outras pessoas, a fim de que pudesse ser, verdadeiramente, identificado pela
vítima. Assim, não há como se sustentar provada a autoria, impondo-se, reconhecida a nulidade da
sentença e seja deferida absolvição por ausência de prova. Alternativamente, há se de apontar para a
ausência de comprovação da utilização de arma – se por hipótese, e por mera argumentação, aceitar-
se tenha o agente sido o autor do delito. A arma não foi apreendida e, se ela existisse, deveria ter sido
alcançada pois que os policiais afirmam ter sido a mesma jogada em um córrego. Embora a afirmação,
não houve qualquer empenho na busca da suposta arma. Assim, apenas para argumentar, tivesse sido o
agente autor de algum delito, esse não poderia ser de roubo majorado pelo emprego de arma. Não
poderia, sequer, ser considerado crime de roubo, eis que não há prova, nos autos, do emprego de
violência ou grave ameaça contra pessoa. Assim, se alguma condenação deva pesar sobre o ora
Apelante, essa deverá se constituir pela prática de furto, mas não de roubo. DO PEDIDO: Ante o
exposto requer a reforma da decisão proferida pelo MM. Juiz ‘a quo’ para decretar a absolvição do
Apelante, com fulcro no artigo 386, V do Código de Processo Penal, uma vez que não está provada
tenha o acusado concorrido para prática de infração penal. No caso de não ser decretada absolvição,
seja declarada nula a decisão condenatória, eis que não observadas as condições impostas para o
reconhecimento de pessoas, existindo omissão quanto a formalidade essencial do ato, de acordo com o
previsto no artigo 226, II do CPP e artigo 564, IV do mesmo diploma legal. Ainda, não havendo
convencimento quanto à absolvição ou à nulidade, seja o acusado, ora Apelante, beneficiado pelo
princípio do in dúbio pro reo, a fim de vê-lo, no máximo, condenado por crime de furto. Pede
Deferimento. Local__, 27 de Março de 2017. Advogado OAB
 ACADÊMICOS: JEAN FRANCISCO HERTZ E ANA PAULA MACHADO EXCELENTÍSSIMO SENHOR
DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DO MUNICÍPIO __ Processo n°__
BRAD NORONHA, já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, através de seu
advogado não se conforma com a sentença condenatória proferida , vem respeitosamente à presença
de V. Exa, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, com fundamento no artigo 593, I do Código de Processo
Penal. Requer que sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça, onde deverá ser
processado o presente recurso e, ao final, provido. Nestes termos, Pede Deferimento. Local__, 27 de
Março de 2017. Advogado OAB EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA RAZÕES DE APELAÇÃO Processo N°___ Apelante: Brad Noronha Apelado:
Ministério Público EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO X COLENDA CÂMARA
CRIMINAL. DOUTO PROCURADOR FATOS O Apelante foi condenado a dez anos e seis meses de
reclusão, por roubo com emprego de arma de fogo, tendo sido fixado o regime inicial fechado para
cumprimento da pena, a ser cumprida, inicialmente, no regime fechado. Conforme o descrito nos autos,
o apelante, durante o Inquérito Policial teriasido reconhecido pela vítima, através de um procedimento
de reconhecimento consubstanciado pela visão, através de um pequeno orifício, da sala onde se
encontrava o apelante. Durante a instrução criminal, a vítima não confirmou ter escutado disparos de
arma de fogo, tampouco as testemunhas ouvidas confirmaram os tiros, muito embora todos tenha
afirmado que o autor do fato portava uma arma. Não houve apreensão de qualquer arma e, também por
isso, não houve qualquer perícia. Os policiais ouvidos em juízo, afirmaram que após ouvire m gritos de
‘pega ladrão’, saíram ao encalço do acusado. Também disseram que durante a perseguição o acusado
era apontado por pessoas que passavam próximas, e que perceberam quando este jogou algo no
córrego que existe ali perto, imaginando que fosse uma arma. No interrogatório, o acusado, ora
Apelante, exerceu o seu direito de ficar em silêncio, tendo o juízo ‘a quo’ considerado, para a
condenação e fixação da pena, os depoimentos das testemunhas e o reconhecimento feito pela vítima
em sede policial. A decisão condenatória, contudo, merece ser reformada, senão vejamos. 
PRELIMINARMENTE: Destaque-se, inicialmente, a desobediência do disposto no artigo 226, II, do
Código de Processo Penal, que impõe condições para o procedimento de reconhecimento de pessoas e,
por isso mesmo, impõe se reconheça a nulidade processual , nos termos do artigo 564, IV do CPP. NO
MÉRITO: Evidentemente, pelo que consta dos autos, merece o Apelante ser absolvido da imputação que
lhe é feita através da denúncia. Não há qualquer prova de ter o acusado, ora apelante, concorrido para a
prática do crime de roubo, eis que não comprovada a autoria. Concretamente o que existe nos autos não
serve para apontar autoria. A vítima reconheceu o acusado, ora Apelante, em procedimento totalmente
impróprio e inadequado, já que ‘espiou’ por um pequeno orifício de porta em direção a sala onde se
encontrava o réu. Assim procedendo, não observou a autoridade as condições impostas pela legislação
penal para o reconhecimento de pessoas, expressamente dispostas no artigo 226, II do Código de
Processo Penal. Assim, procedendo, incorreu, inclusive, em prova ilícita, contrariando, também, o
contido no artigo 157 do CPP. Ademais o TJ-DF já se posicional quanto à falta de provas concernentes a
porte de armas: PENAL E PROCESSUAL PENAL. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO
PERMITIDO. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. CONDENAÇÃO MANTIDA. PORTE
ILEGAL DE MUNIÇÕES. ABSOLVIÇÃO POR FALTA DE PROVA. PRINCIPIO DO IN DUBIO PRO REO.
POSSIBILIDADE. CONCURSO FORMAL. PREJUDICADO. 1. Incensurável a condenação do apelante
como incurso no art. 14 da Lei nº 10.826/2003, se a prova dos autos demonstra que ele portava arma de
fogo de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 2.
Absolve-se o apelante pelo crime de porte ilegal de munições diante da fragilidade da prova produzida
nos autos que não é capaz de demonstrar com a certeza necessária a autoria do delito, em atenção
ao princípio do in dubio pro reo. 3. Fica prejudicado o pedido de concurso formal entre os crimes
porque o réu restou absolvido do crime de porte ilegal de munições. 4. Apelação parcialmente provida
apenas para absolver o apelante do crime de porte ilegal de munições. (TJ-DF - APR: 20131010047107
DF 0004573-31.2013.8.07.0010, Relator: JOÃO BATISTA TEIXEIRA, Data de Julgamento: 02/10/2014,
3ª Turma Criminal, Data de Publicação: Publicado no DJE : 10/10/2014 . Pág.: 329) Além disso, há
apontada nulidade, conforme explicitado em preliminar, já que o acusado deveria ter sido colocado em
sala própria, ao lado de outras pessoas, a fim de que pudesse ser, verdadeiramente, identificado pela
vítima. Assim, não há como se sustentar provada a autoria, impondo-se, reconhecida a nulidade da
sentença e seja deferida absolvição por ausência de prova. Alternativamente, há se de apontar para a
ausência de comprovação da utilização de arma – se por hipótese, e por mera argumentação, aceitar-
se tenha o agente sido o autor do delito. A arma não foi apreendida e, se ela existisse, deveria ter sido
alcançada pois que os policiais afirmam ter sido a mesma jogada em um córrego. Embora a afirmação,
não houve qualquer empenho na busca da suposta arma. Assim, apenas para argumentar, tivesse sido o
agente autor de algum delito, esse não poderia ser de roubo majorado pelo emprego de arma. Não
poderia, sequer, ser considerado crime de roubo, eis que não há prova, nos autos, do emprego de
violência ou grave ameaça contra pessoa. Assim, se alguma condenação deva pesar sobre o ora
Apelante, essa deverá se constituir pela prática de furto, mas não de roubo. DO PEDIDO: Ante o
exposto requer a reforma da decisão proferida pelo MM. Juiz ‘a quo’ para decretar a absolvição do
Apelante, com fulcro no artigo 386, V do Código de Processo Penal, uma vez que não está provada
tenha o acusado concorrido para prática de infração penal. No caso de não ser decretada absolvição,
seja declarada nula a decisão condenatória, eis que não observadas as condições impostas para o
reconhecimento de pessoas, existindo omissão quanto a formalidade essencial do ato, de acordo com o
previsto no artigo 226, II do CPP e artigo 564, IV do mesmo diploma legal. Ainda, não havendo
convencimento quanto à absolvição ou à nulidade, seja o acusado, ora Apelante, beneficiado pelo
princípio do in dúbio pro reo, a fim de vê-lo, no máximo, condenado por crime de furto. Pede
Deferimento. Local__, 27 de Março de 2017. Advogado OAB

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