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UNIDADE 06 GESTÃO AMBIENTAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL ..

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Gestão Ambiental 
e Responsabilidade 
Social
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Nilza Maria Coradi de Aráujo
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores
• Introdução
• Processos e Normas
• Padrões de Relatórios/Indicadores
• Concluindo a Unidade
 · Nesta unidade, da disciplina de Gestão Ambiental e Responsabilida-
de Social, abordaremos o tema “Responsabilidade Social: Diretivas 
e Indicadores”. 
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Responsabilidade Social: Diretivas
e Indicadores
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores
Introdução
Há inúmeras definições para responsabilidade Social Empresarial (RSE) ou 
Responsabilidade Social Corporativa (RSC), na prática, porém, o conceito de RSE 
é que promove um comportamento empresarial que integra elementos sociais e 
ambientais que não necessariamente estão contidos na legislação, mas que atendem 
às expectativas da sociedade em relação à empresa (DIAS, 2011).
Esse conceito de responsabilidade social pode ser entendido em dois níveis: o 
nível interno relacionado aos trabalhadores e às partes afetadas pela empresa e 
que podem de alguma forma influir no alcance de seus resultados, e o nível externo 
que é a consequência das ações de uma organização sobre o meio ambiente, seus 
parceiros de negócio e a sociedade em que estão inseridos.
Foram diversos fatores que originaram o conceito de responsabilidade social, no 
contexto mais globalizado das mudanças nas organizações, surgiram preocupações 
e expectativas dos cidadãos, dos consumidores, das autoridades públicas e dos 
investidores em relação às organizações. Os indivíduos e as instituições, como 
consumidores e investidores, começaram a condenar os danos causados ao 
ambiente pelas atividades econômicas e também a pressionar as empresas para a 
observância de requisitos ambientais.
As primeiras citações que tratam da responsabilidade social ocorreram nos 
Estados Unidos, na década de 1950 e, na Europa, nos anos 1960. Na década de 
1970, surgiram as primeiras associações de profissionais com interesse em estudar 
o assunto. A partir daí, a responsabilidade social se transformou em um novo 
campo de pesquisa.
Hoje, já bem mais estabelecida, a responsabilidade social é uma realidade, e 
podemos mencionar os três tipos principais: responsabilidade social corporativa, 
responsabilidade social empresarial e responsabilidade social e ambiental.
A responsabilidade social corporativa é um conjunto de ações que beneficiam 
a sociedade e as corporações, considerando a economia, a educação, o meio-
ambiente, a saúde, o transporte, a moradia, as atividades locais e o governo. 
Normalmente, as instituições criam programas sociais que melhoram a qualidade 
de vida dos funcionários e da população.
A responsabilidade social empresarial está relacionada a uma gestão ética e 
transparente que a organização deve possuir com suas partes interessadas, para 
diminuir os impactos negativos no meio ambiente e na comunidade. 
A responsabilidade social e ambiental está ligada a práticas de preservação 
do meio ambiente. Assim, uma empresa responsável no âmbito social deve ser 
conhecida pela criação de políticas responsáveis na área ambiental.
Enfim, ao longo dos anos, as preocupações aglutinaram-se e encorparam as 
discussões voltadas à responsabilidade social, como o respeito à diversidade humana, 
8
9
o combate à corrupção, a promoção da qualidade de vida, inclusive no trabalho, a 
preocupação e o cuidado com o meio ambiente (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012). 
A preocupação e o fortalecimento das Teorias tomaram impulso graças à grande 
quantidade de organizações Nacionais e Internacionais que promoveram a prática 
da responsabilidade social, como é o caso do Instituto Ethos e o do Ibase – Instituto 
Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas. A ISO elaborou também uma norma 
de responsabilidade social, a ISO 26000 (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012). 
O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social foi criado, em 1998, 
por um grupo de empresários da iniciativa privada, cujo objetivo é, a partir de 
troca de experiências e sistematização de conhecimentos, desenvolver ferramentas 
para auxílio na análise de práticas voltadas à gestão e ao compromisso com 
responsabilidade social e desenvolvimento sustentável.
O Ibase é uma organização fundada, em 1981, pela sociedade civil, cujo 
objetivo é a radicalização da democracia e a afirmação de uma cidadania ativa. As 
iniciativas são regidas pelos princípios da igualdade, solidariedade, participação e 
justiça socioambiental.
Responsabilidade Social Empresarial
No Brasil, conforme Pereira, Silva e Carbonari (2011), a desigualdade social e a 
impossibilidade de atendimento a estas demandas fazem com que a responsabilidade 
social empresarial seja mais relevante.
Primeiramente, vale destacar que ações isoladas por razões humanitárias não 
são sinônimo de responsabilidade social, talvez a origem tenha sido assim, mas 
a responsabilidade social empresarial se constrói por meio de ações interligadas, 
inseridas no planejamento e na cultura da organização, envolvendo a todos 
(PEREIRA, SILVA E CARBONARI, 2011). 
Atualmente, é intensa a quantidade de iniciativas em sintonia com os movimentos 
da responsabilidade social das empresas e do desenvolvimento sustentável, 
originando os conceitos de organização e de empresa sustentável, ou seja, a 
responsabilidade social das empresas é um caminho para alcançar a sustentabilidade 
empresarial (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).
9
UNIDADE Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores
Quadro 1 – Responsabilidade social empresarial nos níveis estratégicos e operacionais
Níveis Estratégicos
Visão, Valores e Missão Princípios Diretivos
Declaração Universal dos Direitos do Homem
Agenda 21
Carta da terra
Metas do Milênio
Pacto Global
Política, Liderança e 
Recursos
Códigos e 
RegulamentosConvençoes da OIT
Diretrizes da OCDE para Multinacionais
Convenção contra a corrupção
Níveis Operacionais
Impactos Econômicos
Processos e Normas
ISO 9001
ISO 14001
OHSAS 18001
NBR 16001
Impactos Ambientais
AA1000
SA 8000
ISO 26000
Impactos Sociais Códigos de boas Práticas do setor
Relatórios Padrões de Relatórios
Balanço Social
GRI
Indicadores Ethos
Princípios Diretivos 
Conforme mostra o quadro 1, são exemplos de princípios diretivos que 
impulsionaram a criação de normas e outras ferramentas e instrumentos de gestão 
para as práticas da responsabilidade social (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012): 
• Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948) – Importante fonte 
para orientar a concepção de políticas de responsabilidade social quer seja 
para uma entidade pública ou privada. 
• Agenda 21 – realizada no Rio de Janeiro, em 1992, é um plano de ação para 
alcançar objetivos do desenvolvimento sustentável.
• Carta da Terra – foi concluída em 2000, surgiu para incluir questões que não 
foram tratadas na Declaração de 1992, no Rio de Janeiro, procurando sanar 
as deficiências existentes, cujos temas básicos são: 
 » Respeitar e cuidar da comunidade da vida;
 » Integridade ecológica; 
 » Justiça econômica e social; 
 » Democracia, não violência e paz; 
• Metas do Milênio – Aprovada em 2001 pelas Nações Unidas, cujo objetivo é 
reforçar o compromisso entre as Nações dos pactos celebrados anteriormente: 
 » Erradicar a extrema pobreza e a fome. 
10
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 » Atingir o ensino básico fundamental. 
 » Promover igualdade entre os sexos e autonomia das mulheres. 
 » Reduzir a mortalidade infantil. 
 » Combater a AIDS, a malária e outras doenças. 
 » Melhorar a saúde das gestantes. 
 » Garantir a sustentabilidade do planeta. 
 » Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
• Pacto Global – Fórum aberto à participação de empresas e outras organizações, 
para se engajar neste pacto, é necessário expressar seu apoio ao pacto, cujos 
princípios são: 
 » Princípios de Direitos Humanos: 
1. Respeitar e proteger os direitos humanos. 
2. Impedir violações de direitos humanos. 
 » Princípios de Direitos do Trabalho: 
3. Apoiar a liberdade de associação no trabalho. 
4. Abolir o trabalho forçado. 
5. Abolir o trabalho infantil. 
6. Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho. 
 » Princípios de Proteção Ambiental: 
7. Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais. 
8. Promover a responsabilidade ambiental. 
9. Encorajar tecnologias que não agridam o meio ambiente.
 » Princípio contra a Corrupção: 
10. Combater a Corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.
Códigos e Regulamentos 
Como mostrado no quadro 1, são exemplos de Códigos e Regulamentos 
(BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012): 
• Convenções da OIT – Organização Internacional do trabalho, criada em 
1919, cujas convenções e recomendações são voltadas para as relações de 
trabalho e envolve empregadores, empregados e governos. 
• Diretrizes da OCDE para as Multinacionais – Organização para a Cooperação 
e Desenvolvimento Econômico, elaborou por exemplo, a Convenção Contra o 
Suborno de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Internacionais 
de 1997, incluída na Legislação Brasileira.
11
UNIDADE Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores
• Convenção Contra a Corrupção – É fundamental para qualquer gestão 
de responsabilidade social empresarial. A Transparency International (TI) 
define a corrupção como o abuso do poder, cujo objetivo é obter ganhos 
privados ilegítimos.
Processos e Normas
Para operacionalizar os princípios estabelecidos nos Acordos e Convenções, são 
necessários instrumentos gerenciais, conforme quadro 1. 
O processo de normalização internacional é intensificado com a criação da 
International Organization for Standardization (ISO) em 1947. É válido destacar 
que recebeu propositadamente essa sigla ISO, que significa em grego ‘igualdade’, 
justamente por desenvolver trabalhos de normalização técnica, que representem o 
consenso de seus membros.
O Brasil representado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) 
participa das decisões e estratégias da ISO (ISAIA, 2010).
Série de Normas ISO: é um conjunto de normas, cujo objetivo é fornecer informações, 
estabelecer requisitos e auxiliar na implementação dos seus requisitos (ISAIA, 2010). Ex
pl
or
Veja abaixo a Série de Normas ISO:
• ISO 9001 – É a mais conhecida da série 9000, ela especifica requisitos de um 
sistema de gestão da qualidade.
• ISO 14000 – Esta série estabelece diretrizes para um sistema de gestão 
ambiental. Exemplificando, temos: 
• ISO 14001 – Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e Orientação 
para uso. 
• ISO 14004 – Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes gerais sobre 
princípios, sistemas e técnicas de apoio. 
• ISO 14063 – Norma que fornece a uma organização as diretrizes sobre 
princípios gerais, política, estratégia e atividades relacionadas com a 
comunicação ambiental, tanto interna quanto externa. 
• OSHAS 18001 – Entrou em vigor em 1999. Foi concebida pela recusa da 
ISO em criar normas sobre saúde e segurança do trabalho. Portanto, esta 
norma trata de um sistema de gestão de segurança e da saúde ocupacional. É 
um compromisso de redução dos riscos decorrentes do trabalho, recaindo em 
um processo dinâmico de melhoria contínua. Foi criada a partir de um grupo 
de certificadores do Reino Unido, Irlanda, Austrália, África do Sul, Espanha e 
Malásia (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012). 
12
13
• NBR 16001 – Norma Brasileira de Responsabilidade Social, que estabelece 
requisitos mínimos, permitindo que a organização crie e implemente um sistema 
de gestão da responsabilidade social, segundo ABNT (2013), levando em 
conta: responsabilização, transparência, comportamento ético, consideração 
pelos interesses das partes interessadas, atendimento aos requisitos legais, 
respeito às normas internacionais de comportamento e aos direitos humanos 
à promoção do desenvolvimento sustentável (www.abntcatalogo.com.br).
Esta norma apresenta-se compatível com as estruturas das normas ISO 9001, 
ISO 14001 e OHSAS 18001, o que facilita a integração das mesmas (BARBIERI 
e CAJAZEIRA, 2012). 
Os sistemas de gestão podem receber certificações. Para fazê-lo, devem subme-
ter esse sistema a um organismo externo. No caso da NBR 16001, é denominado 
de Organismo de Certificação de Sistema de Gestão da Responsabilidade Social 
(OCR), que, por sua vez, é acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Nor-
malização e Qualidade Industrial (Inmetro) (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012). 
• AA 1000 – Origem Reino Unido – Define melhores práticas para prestação 
de contas a fim de assegurar a qualidade da contabilidade, auditoria e relato 
social ético de todos os tipos de organizações. 
• AS 8000 – É uma norma internacional de avaliação da responsabilidade 
social e parte do princípio que as empresas devem cumprir as leis relativas 
aos empregados e terceirizados, adotando as disposições das convenções da 
Organização Internacional do Trabalho (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012). 
• A Norma Internacional ISO 26.000 foi publicada em novembro de 2010 
e lançada a versão em português em dezembro de 2010 – ABNT NBR ISO 
26.000 a qual concede Diretrizes sobre a Responsabilidade Social. 
A Responsabilidade Social das Organizações consiste em responsabilizar-se 
pelos impactos causados por conta dos processos decisórios perante a sociedade e 
meio ambiente. O que implica em um comportamento ético e transparente, o qual 
contribui para o desenvolvimento sustentável, compatível com as leis aplicáveis e 
as normas internacionais de comportamento. 
A ISO 26.000:2010 não tem a finalidade de certificação, é uma norma de 
diretrizes e de uso voluntário.Padrões de Relatórios/Indicadores 
Segundo Barbieri e Cajazeira (2012), um sistema de gestão deve possuir 
mecanismos de comunicação transparentes para as partes envolvidas. Algumas 
normas já citadas anteriormente (ISO 14063, ISO 14001) atendem ao princípio 
da comunicação, porém, não recomendam nenhum tipo específico de instrumento 
(ferramenta), cabendo à organização a tomada de decisão de qual instrumento deve 
ser utilizado.
13
UNIDADE Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores
Naturalmente, a escolha de um instrumento depende da estratégia, da política, 
dos princípios, dos programas, ou seja, de particularidades da organização 
(BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).
Segundo Pereira, Silva e Carbonari (2011), os indicadores de sustentabilidade 
corporativa servem para: 
• Trazer reflexão sobre temas que nem sempre são geridos. 
• Identificar metas. 
• Explicitar o aprendizado e a reação da empresa diante de suas falhas. 
• Quantificar o impacto. 
• Dar transparência e consistência à prestação de contas. 
• Contextualizar e tornar tangível o desempenho. 
• Permitir a comparabilidade. 
• Evidenciar a evolução. 
Transparência com seus públicos e em sua atuação
Credibilidade perante o marcado de capitais
Questionamento da sociedade
Preocupação com a opinião dos colaboradores
Preocupação com o meio ambiente
Necessidade/realidade do ambiente da organização
Incentivar a redução de custos/despesas/contingências
Aumentar a inserção em mercados estrangeiros
Manter uma imagem de empresa sustentável
Atender uma imagem de empresa sustentável
Outros
Obtenção de selo ou certicação
Estratégia de Marketing
0% 5% 10% 15% 20% 25%
Figura 1
No quadro 1, são citados alguns exemplos de padrões de relatório, que seguem: 
• Balanço Social – É um modelo, criado em 1997 pelo Instituto Brasileiro de 
Análises Sociais e Econômicas (Ibase), que se trata de um demonstrativo e é 
publicado anualmente. Nele, constam informações sobre projetos, benefícios 
e ações sociais voltados para funcionários, investidores, analistas de mercado, 
acionistas e comunidade (stakeholders) e os dados são expressos em valores 
financeiros ou de forma quantitativa (PEREIRA, SILVA e CARBONARI, 2011)
• GRI – Global Report Initiative, uma ONG internacional dedicada a 
desenvolver, divulgar e medir o desempenho das organizações, sob o aspecto 
da sustentabilidade ambiental, social e econômica, prestando, dessa forma, 
contas à sociedade (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012). 
14
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• Indicadores Ethos – A organização que se utiliza deste indicador tem a vanta-
gem de comparar-se com outras empresas e analisar os pontos fortes e fracos 
e, assim, ter oportunidade de melhoria. Neste indicador, aspectos econômicos 
que não tenham ligação com aspectos sociais e ambientais não são levados em 
conta (PEREIRA, SILVA e CARBONARI, 2011).
O que é responsabilidade social empresarial?
Responsabilidade social empresarial segundo o Instituto Ethos, é a forma ética e 
responsável que a empresa desenvolve todas as suas ações, suas políticas, suas 
práticas, suas atitudes, tanto com a comunidade quanto om o seu corpo funcional.
Figura 2
Fonte: Acervo do Conteudista
É fácil perceber que usar os indicadores não é tarefa simples, pois eles devem ser 
flexíveis o suficiente para que possam ser alterados e adaptados, se for necessário. 
O quadro 1 apresenta apenas exemplos de indicadores, mas existem muitos 
outros. Destacam-se ainda: 
• ISE – Índice de Sustentabilidade – Índice lançado pela Bolsa de Valores de 
São Paulo (BOVESPA) em 2005, reflete o retorno de uma carteira de ações 
de empresas que têm um comprometimento com a sustentabilidade social 
empresarial (PEREIRA, SILVA e CARBONARI, 2011). 
• Relatório de Sustentabilidade Dow Jones – É um indicador de desempenho 
financeiro, índice de reajuste ligado à bolsa de Nova York. As organizações que 
constam deste índice são as mais capazes de criar valor para seus acionistas 
em longo prazo (PEREIRA, SILVA e CARBONARI, 2011).
15
UNIDADE Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores
Figura 3
As empresas, certamente, detêm marcas que apresentam ativos intangíveis (bens 
e direitos que não apresentam forma física), que são preciosos e demandam tempo 
e dinheiro para serem construídos: transparência e ética. Enfim, a responsabilidade 
socioambiental passa credibilidade, e é, sem dúvida, uma forma de gestão 
estratégica, mas vai muito além de estratégia e obrigação, é um compromisso 
permanente que a organização sela para tornar a sociedade mais justa e contribuir 
para seu desenvolvimento.
Concluindo a Unidade
Como vimos, a responsabilidade social deve ser entendida como o conjunto de 
ações que podem ser realizadas além das exigências legais. A responsabilidade em-
presarial ambiental se configura em ações que extrapolam a obrigação, com conte-
údo mais voluntário de participação em iniciativas que tenham como objetivo pre-
servar o meio ambiente e mantê-lo livre de contaminação para as demais gerações.
16
17
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
ISO 26000 A Norma de Responsabilidade Social
https://youtu.be/kYV5ZYdx2L4
Calendário do ISE
https://youtu.be/zmcdC0ttk8w
17
UNIDADE Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores
Referências
BARBIERI, J. C.; CAJAZEIRA, J. E. R. Responsabilidade social e empresarial 
e empresa sustentável – da teoria à prática. São Paulo: Saraiva, 2012. 
CATÁLOGO DE NORMAS: Disponível em: www.abntcatalogo.com.br - Acesso 
em 22/ janeiro/ 2013 
DIAS, R. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade. São 
Paulo: Atlas, 2011.
ISAIA, G.C. et al. Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e 
Engenharia de Materiais. São Paulo: IBRACON, 2010.
PEREIRA, A. C.; SILVA, G. Z.; CARBONARI, M. E. E. Sustentabilidade, 
responsabilidade social e meio ambiente. São Paulo: Saraiva, 2011. 
SROUR, R. H. Ética Empresarial – A Gestão da Reputação. Rio de janeiro: 
Elsevier, 2003. 
WIKIPEDIA: Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Terra_de_nin-
gu%C3%A9m – Acesso em 22/Janeiro/2013
18

Outros materiais