Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ÁREA DO CONHECIMENTO DAS CIÊNCIAS DA VIDA PRODUÇÃO E CONTROLE DE FORMAS FARMACÊUTICAS ESTÉREIS E SISTEMAS INOVADORES PROF. VALERIA WEISS ANGELI Métodos físicos de esterilização Academicas: Bruna Pasini, Bruna Tognon , Rosinês P. da Silva e Sandra Dornelles Caxias do Sul, 2018 MÉTODOS FÍSICOS CALOR: agente esterilizante mais simples, econômico e seguro. Sensibilidade dos microrganismos à ação do calor é bastante variada, sendo as formas esporuladas as mais resistentes FARMACOPEIA, 2010 MÉTODOS FÍSICOS FARMACOPEIA, 2010 CALOR ÚMIDO Vapor saturado sob pressão é realizado em câmara denominada autoclave. FARMACOPEIA, 2010 CALOR ÚMIDO Promovem a termocoagulação e desnaturação das proteínas da estrutura genética celular dos microrganismos. Promovem a termocoagulação e desnaturação das proteínas da estrutura genética celular dos microrganismos. Referência para esterilização de preparações aquosas é de aquecimento de, no mínimo, 121 °C por pelo menos 15 minutos. CALOR ÚMIDO Deve-se propiciar o contato do vapor com as regiões de mais difícil acesso, para garantir esterilidade. É aceitável que se alcance uma probabilidade de sobrevivência microbiana da ordem de 10-6. Tipos de autoclave: gravitacional e pré-vácuo Gravitacional: remove o ar por gravidade - tempo de esterilização mais longo, pode ocorrer bolhas de ar no interior do pacote, interferindo na esterilização Pré-vácuo: bomba de vácuo que remove o ar da câmara e do material favorecendo a penetração do vapor nos pacotes e o tempo de exposição, esterilização e secagem são reduzidos. Método mais indicado. FARMACOPEIA, 2010; TIPPLE et al, 2011 CALOR SECO É realizada em estufa com distribuição homogênea do calor, que pode ser obtida por circulação forçada de ar. Referência é uma temperatura mínima de 160 °C por, pelo menos, 2 horas. Elimina os microrganismos através de processos oxidativos sobre as células microbianas, causando desidratação progressiva do núcleo das células. FARMACOPEIA, 2010 Aplicados em materiais sensíveis à esterilização por calor úmido. CALOR SECO RESOLUÇÃO - RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012 Proíbe o uso de estufas para esterilização de produtos para saúde. BRASIL, 2012 Esterilização por radiação ionizante Emissões de alta energia, sob a forma de ondas eletromagnéticas ou partículas, que ao se chocarem com os átomos do material irradiado alteram sua carga elétrica por deslocamento de elétrons transformando os átomos irradiados em íons positivos ou negativos. Nível de garantia de esterilidade de 10−6 ou melhor. FARMACOPEIA, 2010 Esterilização por radiação ionizante FARMACOPEIA, 2010 Esterilização por radiação ionizante As principais fontes de radiação são: raios alfa; beta; gama e raios X. Os dois tipos de radiação ionizante em uso são radiação gama e radiação por feixe de elétrons. Cobalto 60 FARMACOPEIA, 2010 Esterilização por radiação ionizante Vantagens: FARMACOPEIA, 2010 Esterilização por radiação ionizante Utilização na área médica: Esterilização por filtração A filtração é empregada para esterilização de líquidos e gases sensíveis a temperatura ou agentes químicos Remoção física dos microrganismos contaminantes. O efeito de exclusão por tamanho é função da abertura (diâmetro) dos poros . FARMACOPEIA, 2010 Esterilização por filtração FARMACOPEIA, 2010 Monitoramento da esterelização MONITORAMENTO MECÂNICO Equipamento de esterilização – registros de manutenção corretiva e preventiva A manutenção preventiva (ex: limpeza) deve ocorrer diária, semanal e quinzenalmente. Qualificação e monitorização do desempenho, visa atestar se as condições de um determinado processo de esterilização estão garantindo a eficácia e eficiência do método Monitoramento da esterelização MONITORAMENTO FÍSICO Deverá ser feito o registro da temperatura, tempo e a pressão durante todo processo de esterilização. Caso não tenha impressora no esterilizador, esse registro deve ser realizado manualmente a cada minuto O monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de esterilização. DOSIMETRIA DE RADIAÇÃO: Avaliar a quantidade de energia absorvida pelo material tratado e se a dose recebida foi compatível com o processo de esterilização. BRASIL, 2012, TIPPLE et al, 2011 Monitoramento da esterelização MONITORAMENTO QUÍMICO Segundo a RDC N° 15/2012, “O monitoramento do processo de esterilização deve ser realizado em cada carga em pacote teste desafio com integradores químicos (classes V ou VI)” Classe V (indicadores integradores), Classe VI (indicadores emuladores): pastilha derrete e migra para a zona de aceitação somente quando todos os parâmetros críticos do processo de esterilização forem alcançados Só reage quando 94% do ciclo seja concluído BRASIL, 2012, TIPPLE et al, 2011 Monitoramento da esterelização MONITORAMENTO BIOLÓGICO Preparação padronizada de esporos bacterianos projetados para produzir suspensões com 105 ou 106 esporos por unidades de papel filtro Calor úmido: Geobacillus stearothermophilus, por apresentar resistência ao vapor de água Calor seco: Bacillus subtilis Metabolização do meio pelo microrganismo - alteração de pH, mudança de coloração do meio devido a presença do indicador de pH. SILVA et al, 2014 Monitoramento da esterelização MONITORAMENTO MENBRANA FILTRANTE Desafio bacteriológico – São capazes de reter 100% de uma cultura contendo 107 microrganismos de Brevundimonas diminuta ATCC 19146, por cm2 de superfície de membrana filtrante, sob uma pressão mínima de 30 psi (2,0 bar) Garantir a integridade da membrana ANVISA, 2010 Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC N° 15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União – Brasília, 2012. ANVISA. Consulta Pública nº 39, de 29 de abril de 2010. Disponível em http://www.abrasp.org.br/fotos/CP+N%C2%BA+39+DIMCB.pdf FARMACOPEIA Brasileira. 5. ed. Brasília: ANVISA, 2010. 1 v. SILVA, Fernando Pontes de Lima et al. Indicadores biológicos: segurança no processo de esterilização. Bol Inst Adolfo Lutz, v. 1, n. 24, p.21-22, 2014. TIPPLE, Anaclara Ferreira Veiga et al . O monitoramento de processos físicos de esterilização em hospitais do interior do estado de Goiás. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 45, n. 3, p. 751-757, June 2011 .
Compartilhar