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TDAH - Psicologia da Educação

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Algumas crianças têm um comportamento tipo “bala perdida”; são rápidas, quebram onde esbarram, atravessam a ordem das coisas, não obedecem uma direção e não têm um sentido definido, um foco estabelecido. Isso tudo é verdade, porem, esse quadro curiosamente aloprado não é monopólio de crianças. Esse tipo de atitude em ebulição e pouco produtivo as classificações internacionais incluíram em um grupo de comportamentos chamados de “disruptivo”.
O nome para esse transtorno passou a valorizar o sintoma da dificuldade de atenção, sendo que a maioria dos portadores também tinha uma intensa inquietação. Veio daí o nome de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Hoje se sabe que a hiperatividade não é um sintoma obrigatório, importando mais o déficit de atenção.
As crianças o TDAH são agitadas, hiperativas, desajeitadas, costumam quebrar objetos, não propositadamente, mas pela falta de jeito, ficam “a mil por hora” e na hora de dormir parece que “desligam a bateria” repentinamente, têm resistência a dor (a mãe nota que os beliscões não têm muito efeito nelas), não prestam atenção, são muito conversadeiras, esquece e perdem objetos, não terminam o que começam, não se integram nas brincadeiras infantis, não seguem regras.
Adultos com TDAH nem sempre são agitados, mas têm grandes dificuldades com a atenção, principalmente no que diz respeito a atividades pelas quais não têm muita ligação afetiva. São proteladores e procrastinadores por excelência, demoram a começar alguma coisa e quando começam não terminam.
 
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Para critérios mais antigos, de fato o TDAH com freqüência se iniciava na primeira infância. Segundo DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Norte-americana de Psiquiatria, Quarta Edição), alguns dos sintomas principais de TDAH causadores de prejuízo significativo deveriam estar presentes antes dos 7 anos. O mesmo raciocínio existe na CID-10 (Classificação Internacional de Doenças, Décima Edição), segundo a qual os critérios para transtorno hipercinético requerem que os sintomas devam se iniciar antes dos 6 anos.
A partir da década de 1990, alguns autores começaram a observar que quase metade dos casos de déficit de atenção tinha início depois dos 7 anos (Applegate, 1997). Essas observações foram importantes para cogitar-se o quadro de TDAH em adultos. Esses adultos costumam perder tudo, independente da importância do objeto, esquecem compromissos, têm dificuldade em estabelecer prioridades. Apressados, costumam interromper quando as pessoas estão falando ou terminam as frases dos outros.
Na prática, entretanto, tem sido difícil distinguir o TDAH em adultos dos quadros de ansiedade constitucional, ou seja, das pessoas que têm um marcante traço ansioso de personalidade. Essas também são “apressadas”, inquietas, têm a atenção comprometida, esquecem coisas, enfim, é um quadro muito semelhante ao TDAH tipo adulto.
Tanto os pacientes adultos quanto as crianças com TDAH têm grande dificuldade em prestar atenção aos detalhes e acabam, por isso, errando por descuido tanto nas atividades escolares, quanto no trabalho. Também têm muita dificuldade em manter a atenção nas tarefas e, devido à desatenção, parece que não ouvem quando lhe dirigem a palavra.
Outra característica do TDAH é a dificuldade para seguir instruções, normas e regras. A simples orientação para essas pessoas permanecerem em determinado lugar, ou em fila, ou ficarem sentadas, já é suficiente para desobedecerem. Além disso, os pacientes tendem a mexer pés e mãos, a correr, saltar, escalar em demasia.
A experiência clínica e a observação criteriosa contestavam o critério de idade de início dos sintomas para o diagnóstico do TDAH. Muitos adultos apresentavam o mesmo quadro. No final da década de 90 e início do século XXI já se falava bastante em TDAH de início precoce e tardio, identificando sintomas similares entre as crianças e adultos com esta patologia (Hesslinger, 2003).
Por outro lado, apesar do critério idade-início do transtorno não ser tão importante hoje em dia para o diagnóstico, parece que para as perspectivas (prognóstico) isso conta muito. Os adolescentes com TDAH de início na infância mostraram maiores déficits cognitivos do que as pessoas adultas com TDAH de início na adolescência (Rucklidge, 2002).
Em geral, o TDAH é um quadro psiquiátrico que causa prejuízo significativo desde a infância, comprometendo o desempenho na vida adulta nas pessoas que permanecem com o transtorno sem tratamento. Revisões na literatura médica encontram uma prevalência de TDAH de 5.29% e atualmente acredita-se que até 60% das pessoas com TDAH com início na infância ou adolescência continua com o problema na vida adulta (Mannuzza, 2002).
Um dos aspectos importantes do TDAH é a grande probabilidade de comoridades com outros transtornos psiquiátricos. Tem sido observada grande incidência de Transtorno Bipolar do Humor e Transtorno Depressivo Maior em pacientes com o TDAH na porcentagem de 15 a 20%. O Transtorno de Ansiedade aparece em aproximadamente 25%. Em crianças uma das comorbidades mais comuns é o Transtorno de Oposição e Desafio na Infância, mas pode surgir também o Transtorno de Conduta e Transtorno de Uso de Substâncias. A presença de comorbidades também ocorre na vida adulta (Jensen, 1997).
Acho que a única explicação pra eu gostar tanto de olhares é pq com a boca a gente mente até bem, mas olhando nos olhos tudo muda . 
“Deus não prometeu dias sem dor, risos sem sofrimentos e sol sem chuva. Ele prometeu força para o dia, conforto para as lágrimas e luz para o caminho.”

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