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CRIMINLOGIA teoria

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CRIMINLOGIA
AULA 1 CONCEITO E HISTÓRIA
Ciência do SER, visa compreender e entender a realidade a partir de um OBJETO. É uma ciência interdisciplinar (historia, filosofia, biologia, sociologia,economia
Utiliza dois métodos:
EMPIRICO
Analisa a realidade pela coleta de dados concretos, materialmente verificáveis, como estatísticas, registro de ocorrências, dados de vítimas e/ou criminosos, como idade, sexo, escolaridade etc.
INDUTIVO
É indutivo, pois em decorrência da observação de premissas específicas é possível se construir uma teoria genérica capaz de explicar determinado fenômeno.
Enquanto o direito valora o fato, definindo-o ou não como algo lesivo para a coletividade, a criminologia o analisa e explica, como um fenômeno real.
FUNÇÃO
A criminologia serve de referência teórica para a implementação de estratégias de políticas criminais, que são métodos utilizados pelo poder público no controle da criminalidade. Conjunto de decisões e atos do poder publico, decidido no âmbito da administração publica
Ex. ruas mal iluminadas podem ser cenas de um crime, politica de combate as drogas, estudo da população carcerária
OBJETO:
CRIME
CRIMINOSO
VITIMA 
SISTEMA PENAL
			HISTÓRIA
IDADE MÉDIA		 1232
fortalecimento da Igreja Católica(aumento da sua riqueza), são criados o Santo Ofício e a Inquisição, tendo como finalidade caçar os inimigos da fé católica através de um processo sem contraditório, onde o acusador e o juiz eram a mesma pessoa (presente ainda hoje no inquérito policial).
Os crimes eram definidos pelos Editos da fé. Ex Heresia,adivinhações, judaísmo, islamismo
Pena: excomunhão, confisco, banimento, morte, sempre relacionado a confissão do herege usando a tortura
Sec XVII / XVIII: 1750
Uso do suplicio (tipo de ferimento físico, a qualidade, a intensidade, o tempo dos sofrimentos com a gravidade do crime, a pessoa do criminoso, o nível social de suas vítimas) em praça publica pra demonstrar o poder do soberano através do medo e testemunho das pessoas. Ato que causa sofrimento e dor.
Sec XVIII - Iluminismo 1800 prisão
um conjunto de críticas àquele sistema punitivo cruel e irracional, momentos em que se clamou pelo Humanismo e por um necessário limite ao Estado.
A ‘escola clássica’, como estes ficaram conhecidos, inclui Carrara, Feuerbach e, principalmente, Beccaria, que no seu livro Dos delitos e das penas, critica a pena de morte, a denúncia anônima, a tortura e os crimes de perigo abstrato, dentre outras práticas desumanas da época.
		**ATIVIDADE**
1200: Neste período da Idade Média, já havia uma nítida distinção na forma como se punia segundo a situação financeira do autor do fato: se era um nobre, a pena era uma fiança pecuniária, mas se o infrator fazia parte das camadas mais pobres, recebia penas corporais. Ricos fianças.Pobres Penas corporais
Séculos XV e XVI 1400 Há um grande aumento da população miserável na Europa, o que repercutiu no incremento de penas mais cruéis, como mutilações e morte + pobres +punições
Séculos XVI e XVII 1500: Com o baixo crescimento demográfico, face às guerras e doenças, muda-se a forma de punir, a fim de aproveitar a mão-de-obra dos condenados, substituindo as penas de morte pelas de trabalhos forçados, através do degredo e das galés. – pessoas (pestes/guerras) +penas de trabalhos forçados (gales: amarrados)
SEC XVIII e XIX Inicia-se o crescimento demográfico. Havendo um excedente para a mão-de-obra, surge a necessidade de manter este contingente sob controle, através da exclusão propiciada pela prisão, instituto que surge neste período. Prisão
AULA 2
POSITIVISMO
Considerado a primeira escola da criminologia, estudo do criminoso
Estudam a realidade
LOMBROSO
Lombroso criou a escola positivista criminológica. Ele foi o médico que desenvolveu a teoria do “criminoso nato”, segundo a qual uma parte dos criminosos já nascia com uma espécie de disfunção patológica que o levaria, invariavelmente à prática do crime. Para ele, o criminoso era um subtipo humano, degenerado e atávico. Estudava os cadáveres de criminosos e buscava padrões 
Livro: O homem delinquente, primeira obra do positivismo, berço da criminologia
Para Lombroso, esta disfunção se exteriorizava na aparência e no comportamento do sujeito, que podiam ser estudadas para que se pudesse identificar o criminoso pela sua aparência. Assim, ele estudou as vísceras dos criminosos, crânio, linguagem, tatuagens, letra, comportamento etc. Para ele, as penas deveriam ser por tempo indeterminado para os corrigíveis e perpétuas se incorrigíveis.
FERRARI
Enrico Ferri foi o advogado e político responsável pelas críticas à “escola clássica”aquilo que está ultrapassado, referindo a Beccaria, expressão criada por ele para denominar aqueles que não eram adeptos das ideias positivistas.
 Ele defendia que outros elementos poderiam determinar a prática do crime, não só o biológico, mas também fatores individuais (raça, sexo), sociais (família, religião) e físicos (clima, temperatura). Criou a teoria dos “substitutivos penais”:o padrão europeu era o correto, os demais estavam errados, pois não tinham como se gerirem. O que é crime independe da lei e sim do padrão. 
 Ferri entendia que a ordem social burguesa tinha que ser defendida a todo custo, inclusive com o sacrifício dos direitos individuais, o que ele chamava de teoria do relógio quebrado: uma peça da sociedade está quebrada e precisa ser substituída. Logo, se não se adequar, pena de morte. É a defesa de que crimes leves devem ser severamente punidos para se inibir crimes mais graves.
RAFAEL GARÓFALO
Rafael Garófalo era magistrado e criou o conceito de “delito natural”, sendo o crime uma ofensa feita à parte mais comum do senso moral formada pelos sentimentos de piedade e probidade (justiça). Dessa forma, o crime seria condutas nocivas em qualquer sociedade. O que é crime, é crime em qlqr lugar.
Constata-se que o positivismo foi uma teoria extremamente racista que auxiliou a legitimar políticas imperialistas na Àfrica, políticas criminais repressivas, e a solidificação, posteriormente, do próprio nazismo. Os 3 defendiam a prisão perpétua, Rafael Garófolo e Enrico Ferri, a pena de morte para os irrecuperáveis. 
POSITIVISMO NO BRASIL
Sendo o objeto o criminoso, os encontrava na cadeia, sendo a maioria negros. Essa teoria ajudou a concretizar a imagem do negro como marginal, conferindo o aval da ciência de que a raça negra era inferior e voltada para o crime, reforçando o estereótipo do criminoso.
EUCLIDES DA CUNHA: apesar de contrário a Lombroso, defendeu a inferioridade da raça nordestina pelo meio.
NINA RODRIGUES: defendeu a responsabilidade diferenciada para cada raça.
VIVEIRO DE CASTRO: repelia a existência do livre arbítrio.
MONIZ SODRÉ: negava a igualdade entre os homens e entendia que a pena deveria ser proporcional não ao delito, mas à inadaptação do sujeito à vida social.
DIREITO PENAL DO AUTOR: pune-se pelo que o sujeito é, e não pelo que ele fez, sendo o crime um sintoma de um “estado do autor”.
DIREITO PENAL DE FATO: mais compatível com um Estado democrático de direito, que pune o sujeito pelo fato praticado, e não pelo que ele é.
AULA 3
Capitulo 1
ESCOLA DE CHICAGO TEORIA ECOLOGICA
	Objetivo é o estudo da cidade
os principais meios de prevenção do crime são o mapeamento e a modificação desses espaços urbanos e do desenho arquitetônico da cidade, ampliando espaços abertos, iluminando ruas, pintando o metrô (como em NY).
A política criminal confunde-se com uma política de “limpeza”, retira o que é “feio” como ocorreu nas destruição dos barracos do Morro do Pasmado ou nas apreensões de meninos e moradores de rua que contaminam o visual da cidade do Rio de Janeiro (geralmente no verão, e sempre na Zona Sul).
A principal crítica que se faz a essa teoria é o continuísmo de uma espécie de determinismo positivista, só que agora no âmbito da cidade.O sistema penal passa a orientar suas operações para essas áreas. 
Nela, determinadas áreassão estigmatizadas e contaminam seus moradores com o “germe” da criminalidade. Se o crime,está lá, pq não encontra-lo? Favelas, bairros afastados
MOBILIDADE SOCIAL
O anonimato rompe determinados mecanismos tradicionais (informais) de controle do sujeito que pretende praticar um crime, além de não haver qualquer laço de identidade entre o indivíduo e sua vítima, o que facilita a prática do delito. Impossibilita a criação de vínculos, diferente na zona rural onde todos se conhecem. Nas grandes cidades todos estão em movimento constante e são estranhos.
O crime da zona urbana é diferente da zona rural
ÁREAS DE DELINQUÊNCIA
Essas áreas estão relacionadas à degradação física e segregações econômicas, étnicas e raciais.
A deterioração do ambiente reflete os valores daqueles que lá residem, ao mesmo tempo em que influencia na decadência moral desses. Um olhar preconceituoso qto essas áreas. 
Ex.: Favelas, guetos
Capítulo 2
Teoria da Anomia 
Falta de reconhecimento da legitimidade da norma, perde o poder coercitivo, com isso aumenta a pratica do que se tenta proibir . As normas não servem para nada, pois não refletem a real necessidade.
ROBERT MERTON
.
anomia é o sintoma do vazio produzido quando os meios socioestruturais não satisfazem as expectativas culturais da sociedade, fazendo com que a falta de oportunidades leve à prática de atos irregulares, muitas das vezes ilegais, para atingir a meta cobiçada.
PONTOS PRINCIPAIS:
Desmistificação do crime - ele é um fato normal, e nunca será extinto, pois sempre haverá conflitos na sociedade.
O alerta quanto à valorização do consumo desregrado, processo no qual somos bombardeados por promessas de felicidade e sucesso se comprarmos o produto certo. “Status social”.
Como nem todos tem a mesma oportunidade são levados a buscar meios alternativos para adquirirem tais bens.
EMILE DURKEIM
ausência de reconhecimento dos valores inerentes a uma norma, fazendo com que esta perca sua coercibilidade. Isto porque o agente não reconhece legitimidade na sua imposição, considerando o crime, assim, um fenômeno “normal” na sociedade.
anormal não é o crime, mas sim seu incremento ou sua queda
 sem ele a sociedade permaneceria imóvel e sem perspectivas.
a pena é relevante, sendo uma reação necessária que atualiza os sentimentos coletivos e recorda a vigência de certos valores e normas.
Sempre haverá crime, sempre existirá. Sempre haverá alguém para contrariar a norma. Se ocorrem muitos ou poucos crimes, há problemas.
AULA 4
TEORIA SUBCULTURAL E CONFLITO
Inicia-se com Cohen com a analise da deliquencia juvenil
A ordem social é formada por um mosaico de grupos e subgrupos, os quais possuem seus próprios códigos de valores, que nem sempre coincidem com os demais, sendo o crime não o produto de “desorganização” ou “falta de valores”, mas reflexo de valores distintos.
Trata-se de um estudo criminológico específico, destinado a estudar o delito como opção coletiva, sendo considerado crime, somente, a manifestação destes valores em condutas consideradas legítimas pelo respectivo grupo, porém não aceitas pela maioria. EX. Black Blocks
SUBCULTURA
A teoria da subcultura não justifica os crimes provocados fora das realidades subculturais. Também considera que nem sempre há coesão de valores dentro do mesmo grupo.
Ou seja, é possível que membros do grupo não comunguem com todos os princípios lá desenvolvidos. Isto quer dizer que nem todos os lutadores de jiu-jitsu, por exemplo, se tornarão “pitboys”.
CONTRACULTURA
desenvolvida em determinados grupos mais articulados, questionadores e, na maioria das vezes, pacíficos.
Esses grupos são formados, por exemplo, por hippies, intelectuais, artistas e ambientalistas.
Enquanto a subcultura não se importa em convencer os demais membros da sociedade sobre seus valores (eles simplesmente agem segundo suas convicções), a contracultura, ainda que passivamente, deseja mudar conceitos, ou pelo menos, que se respeitem os valores desenvolvidos pelo grupo.
TEORIA DO CONFLITO
O crime é um fato político, e não um fato natural,é uma desobediência a uma norma elaborada através de decisões politicas, que geralmente refletem ou defendem os interesses d classe dominanente.
A lei é instrumento de controle social. As leis produzidas e as decisões tomadas por nossos governantes são legitimas, pois representam a vontade e interesse do povo.
Acreditar nessa premissa é ingenuidade
 AULA 5
TEORIA DO PROCESSO SOCIAL
TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL OU ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL
O crime é um hábito adquirido
É uma resposta a situações reais que o sujeito aprende com o contato com valores, atitudes e pautas de condutas criminais no processo de interação com os seus semelhantes levando em conta o grau de intimidade e a frequência dos contatos
A conduta criminosa é algo que se aprende
um comportamento desenvolvido através da relação com outras pessoas.
EX em algumas comunidades carentes, onde muitos jovens crescem tendo como referenciais criminosos locais, como em repartições públicas que possuem funcionários corruptos que aos poucos levam os recém-concursados a acreditar que não há mal algum em aceitar alguns “agrados em troca de alguns favores”
CRITICA
 crítica feita a esta teoria é que o crime nem sempre decorre de padrões racionais, pois há fatos ocasionais. Ele também não explica por que pessoas que se encontram na mesma situação aderem ao crime, e outras não.
TEORIA DO CONTROLE
não se preocupa com o porquê do crime ou o que leva alguém a praticá-lo, mas sim com os motivos que levam alguém a não praticá-lo.
pelo interesse do indivíduo em corresponder às expectativas sociais e pela razão lógica de obedecer às leis face à relação de benefícios e prejuízos possivelmente obtidos com a prática do crime.
TEORIA DO ETIQUETAMENTO
a desviação é uma qualidade atribuída por processos de interação altamente seletivos e discriminatórios.
Objeto de estudo:  os processos de criminalização. Ou seja, os critérios utilizados pelo sistema penal no exercício do controle social para definir o desviado como tal.
Este estudo se inicia com a constatação de um fenômeno denominado cifra negra (Diferença existente entre a criminalidade real e a criminalidade registrada.), que representa o número de crimes efetivamente praticados e que não aparecem nas estatísticas oficiais.
o risco de ser etiquetado, ou seja, “aparecer no claro das estatísticas”, não depende da conduta, mas da situação do indivíduo na pirâmide social.
Por isso o sistema penal é seletivo, pois funciona segundo os estereótipos do criminoso, que são confirmados pelo próprio sistema
Teoria do etiquetamento e a exclusão social
esta seletividade quanto ao status social do sujeito: a vida dos mais desafortunados é mais exposta no transporte coletivo, andando nas ruas, na praia, nos botecos, estando mais visíveis quando praticam algo ilícito.
Não há identidade entre a autoridade pública e ele, que geralmente vem das camadas mais pobres e não possui condições de ter uma boa defesa técnica, face às dificuldades materiais das defensorias públicas.
Aula 6: Tolerância zero, Garantismo e Abolicionismo
POLÍTICA DE TOLERÂNCIA ZERO
Criada em NY, EUA
Uma das principais características desta política é o maior rigor na punição de crimes menores, para prevenir crimes mais graves, ferindo, na maioria das vezes, o princípio da proporcionalidade.
percebe-se uma política seletiva e excludente, que funciona apenas como instrumento de controle social.
ABOLICIONISMO		LOUK HOUSMAN
verifica a seletividade do Direito Penal, a falência da pena privativa de liberdade e o mito da imparcialidade do juiz. De acordo com ele, o sistema penal deve ser abolido e o conflito entregue de volta à sociedade, para que as partes possam compô-la, através de juntas de conciliação, associações de bairro e lides na esfera civil.
GARANTISMO 	LUIGI FERRAJOLI
O Garantismo penal concorda com todas as críticas feitas pelo Abolicionismo, acreditando que este fez, de fato,um excelente diagnóstico, porém pecou no prognóstico, pois sem o sistema penal, retornaríamos à prática da vingança.
Esta teoria diz que, apesar da crise do sistema penal, sua inexistência seria muito mais prejudicial.
para se legitimar o sistema penal, este deve estar fundamentado segundo os princípios de um Estado Democrático de Direito e segundo os preceitos contratualistas do Iluminismo.
Seu fim é limitar o seu poder punitivo através de um Direito Penal mínimo, sendo uma garantia do indivíduo contra os possíveis arbítrios do Estado.
AULA 7
POLÍTICA CRIMINAL DE DROGAS
Drogas: qualquer substância capaz de alterar as condições psíquicas e, às vezes, físicas do ser humano. São entorpecentes aquelas que alteram seu estado de percepção.
Antes da II Guerra Mundial, alguns entorpecentes considerados como drogas eram vendidos livremente em farmácias.
Após a II Guerra Mundial, a política criminal do Ocidente se respaldou em uma ideologia de defesa social, ou seja, um sistema de controle social que tem no sistema penal um instrumento de reação contra a criminalidade.
Existe um número muito maior de mortes em decorrência da luta armada entre traficantes, e entre estes e policiais, do que motivados pelo uso da droga em si.
AULA 8
PENA E SISTEMA CARCERÁRIO
Nosso ordenamento adotou a TEORIA RELATIVA DA PREVENÇÃO ESPECIAL, conforme art 1da LEP, a pena deve buscar a ressocialização do condenado.
Essa ressocialização é falha devido ao grande número de reincidências
Sistema Social da Prisão
Diretor
é formada por membros das camadas mais privilegiadas da sociedade, sendo um cargo de confiança e, por isso, transitório.
o diretor busca adotar medidas para ressocializar os presos, mas percebe que possui várias limitações, por encontrar-se num sistema já em plena atividade que, se sofrer alguma mudança muito brusca, pode gerar dúvidas que levem a um colapso.
há reação se fracassar nos objetivos de intimidação ou de ressocialização. Contudo, pode vir a perder seu cargo se fracassar quanto à manutenção da ordem interna da cadeia.
Precisa do apoio dos guardas.
Guardas
Possuem um contato mais direto com os presos, também não podendo lhes ser cobrado o papel de ressocializar, pois suas funções são incompatíveis: punir e recuperar, conseguir sua confiança e trancá-lo, efetuar revistas.
O principal instrumento disponível é a capacidade de influir na distribuição de sanções disciplinares e recompensas, presentes no regulamento ou não.
Preso
Autonomia: o preso está obrigado a seguir ordens, sem direito a analisá-las, julgá-las ou compreendê-las, tendo sacrificada sua iniciativa própria
Intimidade: passa por revistas diárias, tanto pessoal quanto de seus pertences, inclusive à noite (incertas), tem suas cartas lidas, não havendo a possibilidade de desenvolvimento da personalidade do sujeito. Assim, adere a uma cultura de massa, pois não há mais a noção de propriedade e nem de indivíduo
Segurança: o preso encontra-se mais exposto à exploração dos demais, pois não pode denunciar à autoridade ou enfrentar o agressor, sob pena de represálias pelos outros detentos.
Dificuldade de manter relações heterossexuais com pessoas do lado de fora, tornando relações homossexuais mais comuns.
INSTITUIÇÕES DO SEQUESTRO
é um modelo que não ensina como viver em sociedade. Pelo contrário, quanto mais tempo o sujeito passa na cadeia mais ele desaprende os valores e as pautas de conduta da vida em liberdade.
AULA 9
VITIMOLOGIA
estuda os fenômenos relacionados à vítima, seu comportamento, sua gênese e sua relação com o vitimizador.
TEORIAS:
Escola Assistencialista	Benjamim Mendelson
Essa escola define vítima como todo aquele que se encontra em uma posição de maior vulnerabilidade a determinada violência. Percebe-se que tal definição possui um conceito bastante amplo, incluindo menores abandonados, indígenas, população carcerária etc.
busca influenciar mudanças legislativas, propiciando a criação de leis que criem maiores condições de amparo às vítimas (CDC,ECA...)
* No Brasil, a professora e pesquisadora Esther Kosoviski é uma das principais representantes da Escola Assistencialista.
Teoria do crime precipitado pela vítima		Hans Von Henting
A vitima possui determinadas características que a colocam , ainda que inconscientemente, em posição de vulnerabilidade. Chamadas vítimas por tendência.A vitima se dispõe ao crime.
*No Brasil, o professor Edmundo Oliveira é considerado um dos principais representantes da Vitimologia.
 
AULA 10 MÍDIA E POLÍTICA CRIMINAL
leis penais simbólicas, leis “cosméticas “,criadas para saciar determinados reclames sem, porém, ter a capacidade de realmente alcançar o fim proposto. Ex.: crimes hediondos , que possui muitos traços de inconstitucionalidade
Regras do mercado de informação
Levam o cidadão ao sentimento de total insegurança
Seguir a verdade primacial, ou seja, qualquer versão que confirme a primeira notícia é admitida e veiculada;
A violência progressiva vende mais do que a episódica. Se não houver progressão, o fato passa a ser relacionado a outros precedentes,
A violência impune vende mais do que a punida, salvo quando há peculiaridades entre os autores ou na forma de execução (ex.: a filha que matou os pais, o assassino de um famoso jornalista);
Na notícia de problemas enraizados (drogas, roubo de carros), ignoram-se todas as medidas adotadas pelo Estado, mesmo que haja êxito;
Se o autor do crime se integra a um grupo marginalizado (ex.: usuário de drogas, ex-detento), ele tem esta condição enfatizada;
	1a Questão (Ref.:201803286569)
	Acerto: 1,0  / 1,0
	Acerca do objeto de estudo da criminologia, NÃO podemos afirmar que esta:
		
	
	Se dedica ao estudo do criminoso, tentando compreender as suas motivações;
	
	Está direcionada para a análise de fatos típicos, tais como tráfico de drogas, sequestros etc.;
	
	Tenta compreender qual o papel da vítima no processo de desenvolvimento do fato criminoso;
	 
	Está completamente dissociada dos processos de criminalização, que tentam entender os motivos dos delinquentes.
	
	
	
	2a Questão (Ref.:201803184836)
	Acerto: 1,0  / 1,0
	"Mulher nigeriana condenada à morte por lapidação (apedrejamento). Acusada de adultério a nigeriana Safya Husseini só ainda não foi executada por estar grávida, o que vem movimentando várias entidades de direitos humanos em sua defesa". Analisando a punição que se pretendia aplicar à acusada, é correto afirmar que:
		
	
	a prática narrada na reportagem foi defendida por Beccaria durante o iluminismo, como forma de inibir futuros delitos
	
	A última vez que se teve notícias de tal prática foi ainda nas sociedades primitivas quando ainda vigorava a vingança pública
	
	A pena de lapidação jamais fora usada na Idade Média em razão das ideias iluministas que pregavam a humanização das penas
	 
	nos séculos XVII e XVIII tornou-se comum o uso do corpo do condenado para demonstrar o poder do soberano num espetáculo de suplício em praça pública, sendo o caso narrado uma permanência destas práticas
	
	Durante a Idade Média é criado o Santo Ofício e a inquisição, tendo como finalidade a aplicação de penas mais brandas
	
	
	
	3a Questão (Ref.:201803217957)
	Acerto: 1,0  / 1,0
	Um jovem é preso ao ser pego pixando muros numa rua residencial, vindo a sofrer as duras penas da lei em atendimento ao modelo de Lei e Ordem, que visa reprimir crimes mais graves, o qual se assemelha à teoria dos substitutivos penais, criada por um dos adeptos da escola positivista. Com isto, é possível afirmar que para tais teorias:
		
	
	Já que o delito é sintoma de periculosidade, deve-se punir apenas as condutas mais graves e não as mais leves
	
	trat-se de ecemplos de penas alternativas
	
	A homossexualidade e o jogo eram permitidos, pois não ofereciam riscos
	 
	deve-se buscar a prevenção do delito punindo condutas menos graves, porém, perigosas, como a mendicânciao delito deve ser prevenido com educação, sendo usada a polícia em último caso
	
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	4a Questão (Ref.:201803217974)
	Acerto: 1,0  / 1,0
	Marcos, por ter praticado um furto é preso e condenado, tendo sua pena base aumentada em razão de uma valoração negativa sobre sua personalidade e conduta social, na forma do art. 59 do CP, por ser uma pessoa agressiva e de péssimo trato com os vizinhos. Segundo os estudos sobre o positivismo e suas permanências, marque a opção correta sobre este critério de aplicação de pena e sua atual análise segundo a criminologia
		
	 
	É um resquício de um direito penal do autor, pois não está se julgando o fato, mas "quem é" o delinquente
	
	É um elemento do direito penal do fato, por isso influencia como o sujeito irá responder
	
	Em razão de sua personalidade, deveria se aplicar uma medida de segurança, por ser o agente considerado inimputável
	
	Tal medida está em sintonia com a Constituição, pois demonstra a maior periculosidade do agente
	
	Ainda que houvesse maus antecedentes, como inquéritos policiais em curso, tal medida seria válida e eficaz
	
	
	
	5a Questão (Ref.:201803286589)
	Acerto: 1,0  / 1,0
	Acerca da Escola de Chicago, podemos afirmar que esta:
		
	
	É uma teoria que traduz a ideia de que os espaços de exclusão não existem nas cidades brasileiras.
	
	Não dialoga com a ideia de ¿melhora¿ do ambiente das periferias;
	
	Operacionaliza a ideia de que o crime está em todas as áreas das cidades;
	 
	Abre espaço para uma ideia preconceituosa sobre os ¿guetos¿ das cidades;
	
	
	
	6a Questão (Ref.:201803217922)
	Acerto: 1,0  / 1,0
	Pedro Paulo animado com o final de semana se dirige a "MICARETA dos NÃO-CARETAS" onde a cerveja é liberada, após percorrer os cinco primeiros quilômetros do percurso é surpreendido com a ausência de banheiro químico e uma súbita vontade de urinar, para tanto se esconde atrás de uma árvore e quando está prestes a se ¿aliviar¿ é abordado por um policial que o conduz à Delegacia de Polícia mais próxima. Após a análise do caso acima, assinale a alternativa correta:
		
	
	A criminologia não serve de referência teórica para a implementação de estratégias de políticas criminais, que são métodos utilizados pelo poder público no controle da criminalidade dissociados de estudos criminológicos
	 
	A criminologia serve de referência teórica para a implementação de estratégias de políticas criminais, que são métodos utilizados pelo poder público no controle da criminalidade, assim a maior disponibilização de banheiros químicos poderia evitar o cometimento da conduta contrária ao direito
	
	Como a criminologia estuda apenas a situação da vítima, não há interesse, pois o sujeito passivo deste delito é a coletividade
	
	No caso em tela a criminologia não poderia ser utilizada, pois a conduta de Pedro Paulo já foi valorada pelo Direito Penal
	
	A questão diz respeito à caracterização do crime de Ato Obsceno preceituado no artigo 233 do Código Penal, sendo exclusivamente analisada no âmbito jurídico penal e embasada no princípio da Legalidade
	
	
	
	7a Questão (Ref.:201803218582)
	Acerto: 1,0  / 1,0
	Essa teoria desmistifica o conceito de que, por vivermos numa democracia, as leis produzidas e as decisões tomadas por nossos governantes são a princípio legítimas, por representarem a vontade e os interesses do povo. Acreditar em tal premissa seria no mínimo ingenuidade. Isso se dá principalmente pelo fato de que quem se encontra no poder, lá deseja permanecer e porque camadas marginais sempre foram um incômodo. Assim, verifica-se uma relação de conflito permanente, onde a lei e a pena seria tão-somente um novo grau deste mesmo conflito de poder, onde as autoridades agem mediante a criação, interpretação e aplicação coativa das normas. Tal assertiva se aplica a que teoria?
		
	 
	Teoria do Conflito
	
	Teoria Ecológica
	
	Positivismo
	
	Teoria do Processo Social
	
	Teoria do Etiquetamento
	
	
	
	8a Questão (Ref.:201803620148)
	Acerto: 1,0  / 1,0
	Segundo esta teoria a ordem social é formada por um mosaico de grupos e subgrupos, os quais possuem seus próprios códigos de valores, que nem sempre coincidem com os demais, sendo o crime não o produto de desorganização ou falta de valores, mas reflexo de valores distintos
		
	
	Teoria do Consenso
	
	Teoria Subjetiva
	
	Teoria Social
	 
	Teoria Subcultural
	
	Teoria Positivista
	
	
	
	9a Questão (Ref.:201803620233)
	Acerto: 1,0  / 1,0
	O crime é um hábito adquirido, uma resposta a situações reais que o sujeito aprende com o contato com valores, atitudes e pautas de condutas criminais no curso de processos de interação com seus semelhantes, dependendo do grau de intimidade dos contatos e sua frequência. Esse conceito se refere à:
		
	
	Teoria da Anomia.
	 
	Teoria da aprendizagem social ou associação diferencial.
	
	Teoria Subcultural
	
	Teoria do Conflito.
	
	Teoria Positivista.
	
	
	
	10a Questão (Ref.:201803185174)
	Acerto: 1,0  / 1,0
	Segundo as aulas ministradas sobre a teoria do etiquetamento, marque a opção que demonstre uma das consequências causadas pelo direiito penal quando aplicado segundo esta teoria.
		
	
	A manutenção da ordem
	 
	A rotulação e exclusão social do condenado
	
	manutenção da vigência da norma penal
	
	A ressocialização do indivíduo
	
	lesão à dignidade da pessoa humana, em qualquer caso

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