semana 2 prática II

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EXCELENTÍSSIMO SNHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA _____ VARA DO TRABALHO 
DA COMARCA DA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO – RJ. 
 
 
 
 
 
 
 TÍCIO SOBRENOME, nacionalidade, estado civil, auxiliar administrativo, nascido 
em __/__/__, filho de ..., portador da carteira de identidade n° ..., expedida pelo ..., 
inscrito no cadastro de pessoa física sob o n° ..., carteira de trabalho e previdência social 
– CTPS n° ..., PIS/Pasep ou NIT N° ..., residente e domiciliado na rua ..., n° ..., bairro, São 
Gonçalo, RJ, com código de endereçamento postal n° ..., cujo endereço eletrônico é ..., 
por seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), com escritório na rua..., n° ..., 
bairro, cidade, estado, código de endereçamento postal ..., e endereço eletrônico ..., 
vem, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 840, parágrafo 1°, da 
Consolidação das Leis do Trabalho, combinado com o artigo 319 do Código de Processo 
Civil, aplicado subsidiária e supletivamente ao Processo do Trabalho por força do artigo 
769 da Consolidação das Leis do Trabalho e do artigo 15 do Código de Processo Civil, 
propor a presente 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, pelo procedimento sumaríssimo, 
 
em face de ALFA LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n°..., 
com sede na rua ..., n° ..., bairro, Rio de Janeiro – RJ, pelos fundamentos de fato e de 
direito a seguir explanados: 
 
I- DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (CCP) 
 
A Consolidação das Leis do Trabalho, em seu artigo 625-D, dispõe que qualquer 
demanda de natureza trabalhista deveria ser submetida à Comissão de Conciliação 
Prévia. Contudo, o Supremo Tribunal Federal – STF, por meio de julgamento liminar das 
Ações Diretas de Inconstitucionalidade 2.139 e 2.160, decidiu que a passagem pela CCP 
é facultativa. 
Com efeito, o art. 625-D, caput, da CLT, que traz a regra da obrigatoriedade, 
recebeu da Suprema Corte interpretação conforme a Constituição Federal, com base no 
seu art. 5.º, XXXV, o qual cuida do princípio da inafastabilidade da jurisdição ou do amplo 
acesso ao Poder Judiciário. 
 
II- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
O Reclamante afirma que para os fins do §4º do Art. 790 da CLT e em 
conformidade com a Lei 1.060/50, com a redação dada pela Lei 7.510/86, encontra-se 
desempregado, não possuindo condições financeiras para arcar com as custas 
processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família, 
motivo pelo qual requer o benefício da justiça gratuita. 
 
III- DOS FATOS 
 Tício, ora Reclamante, trabalhou como auxiliar administrativo na empresa Alfa 
Ltda., ora Reclamada, por 1 ano e 22 dias, na qual foi dispensado sem justa causa. 
 Cumpria jornada de trabalho das 8 às 17h, ou seja, 9 horas, com intervalo de 1 
hora para repouso e alimentação. Recebia salário mensal de R$: 2.000,00 (dois mil reais) 
conforme documento anexo. 
 No dia 26 de janeiro de 2017 foi dispensado sem motivação, sem nunca ter 
gozado de férias e sem receber aviso prévio. 
 Além disso, o Reclamante não recebeu nenhum pagamento a título de verbas 
rescisórias que lhe são de direito, motivo pelo qual não viu outra saída senão a 
propositura da presente ação. 
 
IV- DOS FUNDAMENTOS 
A- DAS FÉRIAS 
 Férias é o período de descanso anual, que deve ser concedido ao empregado 
após o exercício de atividades por um ano, ou seja, por um período de 12 meses, período 
este denominado "aquisitivo", artigo 129 e 130 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
 Como o Reclamante trabalhou na empresa durante um período maior que 12 
meses faria jus ao direito de férias, as quais não usufruiu devido ao término de seu 
contrato. 
 Por não ter sido gozada, esse período deverá ser indenizado acrescido de 1/3 
constitucional, conforme artigo 7°, XVII Constituição Federal, artigo 146 da Consolidação 
das Leis do Trabalho. 
 Ainda sobre o 1/3 constitucional a súmula 328 do TST afirma “O pagamento das 
férias, integrais ou proporcionais, gozadas ou não, na vigência da CF/1988, sujeita-se ao 
acréscimo do terço previsto no respectivo art. 7º, XVII.” 
 
B- DO AVISO PRÉVIO 
Aviso prévio é a comunicação da rescisão do contrato de trabalho por uma das 
partes, empregador ou empregado, que decide extingui-lo, com a antecedência que 
estiver obrigada por força de lei. 
 
Como o Reclamante conta com mais de 12 meses de serviço na Reclamada, a 
parte interessada na dispensa, a empresa, deveria segundo artigo 487, II da 
Consolidação das Leis do Trabalho ter avisado com uma antecedência mínima de 30 dias. 
Assim afirma, “Página 646 da Judiciário do 
Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) 
de 26 de Novembro de 2015: ... Faz jus o reclamante, 
ante a demissão imotivada, ao aviso prévio nos 
moldes da lei no. 12.506/2011, às férias 
proporcionais +1/3, ao 13º salário proporcional. 
 
Assim, segundo o parágrafo 1° do dispositivo acima citado na falta do aviso por 
parte do empregador o empregado fará direito ao salário correspondente ao prazo do 
aviso que neste caso é de 33 dias segundo a lei nº 12.506/11, no qual aumenta 3 dias 
para cada ano completo trabalhado. 
 
 
C- DA DISPENSA SEM JUSTA CAUSA 
 
A dispensa sem justa causa ocorre quando o empregador ou empregado 
decidem rescindir o contrato laboral sem motivo grave dado à outra parte, previsto em 
lei. 
 No caso a dispensa ocorreu por parte do empregador e o empregado não 
recebeu nenhuma quantia de verba rescisória, portanto o Reclamante faz jus ao saldo 
de salário, aviso prévio indenizado de 33 dias, 13° salário proporcional, férias integrais 
acrescidas do terço constitucional, depósito do FGTS, multa de 40 % do FGTS, liberação 
do Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho, liberação das guias do seguro-
desemprego e multa do artigo 467 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
 
IV- DOS PEDIDOS 
 
 Diante do exposto, o Reclamante requer a procedência dos pedidos veiculados 
na presente reclamação trabalhista, com a condenação da Reclamada no pagamento 
dos seguintes haveres trabalhistas: 
 
a) Férias integrais simples com o acréscimo do terço constitucional (2016/2017) 
a apurar; 
b) Férias proporcionais (1/12) acrescidas do terço constitucional (2017) a 
apurar; 
c) Saldo de salário (22 dias) a apurar; 
d) Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço (33 dias) a apurar; 
e) 13° salário proporcional (1/12) a apurar; 
f) FGTS sobre as verbas rescisórias a apurar; 
g) Multa (indenização compensatória) de 40% sobre o saldo do FGTS a apurar; 
h) Liberação do TRCT para movimentação do FGTS a apurar; 
i) Liberação das guias do seguro-desemprego, sob pena da incidência da 
indenização substitutiva prevista na Súmula 389 do TST a apurar; 
j) Multa do artigo 467 da Consolidação das Leis do Trabalho a apurar. 
 
V- DOS REQUERIMENTOS FINAIS 
 
 Requer, também, a notificação da Reclamada para que, querendo, compareça 
em audiência e apresente sua defesa, sendo que o não comparecimento importará na 
revelia e confissão quanto à matéria de fato. 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em 
especial prova documental, testemunhal, pericial e outras mais que se fizerem 
necessárias e que desde já ficam requeridas. 
 
Requer, ainda, a concessão do benefício da Justiça Gratuita, nos termos do art. 
790, § 4.º, da CLT, declarando não estar em condições de arcar com custas e despesas 
processuais sem prejuízo próprio e de sua família. 
 
 
Dá-se à causa o valor de R$ _____ (valor por extenso). 
 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
 
Local e data. 
 
Advogado OAB n._____ 
 
	Assim afirma, “Página 646 da Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) de 26 de Novembro de 2015:... Faz jus o reclamante, ante a demissão imotivada, ao aviso prévio nos moldes da lei no. 12.506/2011, às férias proporcionais +1...