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A. equilibrio e controle postural

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30 
Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2010, vol 11, n.20 
 
EQUILIBRIO E CONTROLE POSTURAL 
 
 
C.L. Teixeira 
 
 
 Faculdade Ingá - Maringá, PR 
 
 
Resumo 
 
O controle postural é a base do sistema de controle motor humano, produzindo estabilidade e 
condições para o movimento, como a habilidade de assumir e manter a posição corporal 
desejada durante uma atividade quer seja essa estática ou dinâmica. O equilíbrio é um 
componente necessário para o controle postural que por sua vez depende de informações 
visuais, do sistema vestibular, proprioceptivo e cutâneo. Este estudo realizou uma revisão 
sobre o controle postural com o objetivo de verificar o direcionamento das atuais pesquisas. O 
tema foi desenvolvido a partir dos seguintes tópicos: controle postural; orientação postural e 
equilíbrio (estático e dinâmico); avaliação e análise do equilíbrio e do controle postural. 
Observou-se que as atuais pesquisas têm investigado as variáveis de controle postural e 
equilíbrio em situação ou condições do cotidiano, procuram associar e relacionar variáveis e 
condições diversas para entender como se da à influência dessas sobre o equilíbrio, avançam 
na direção de futuras investigações sobre o controle da postura corporal e equilíbrio durante 
execução de tarefas mais complexas e também em situações de execução de habilidades 
motoras esportivas. 
 
 
Palavras chaves: Controle postural; Equilíbrio, Controle motor. 
 
 
 
 
Abstract 
 
Posture control is the foundation of the system of human motor control, producing stability and 
conditions for the movement, such as the ability to assume and maintain the desired body 
position during an activity that is either static or dynamic. The balance is a necessary 
component to postural control which in turn depends on visual information, vestibular system, 
proprioceptive and skin. This study aims at a review of postural control and check the direction 
of current research. The theme will be developed based on the following topics: Postural 
control; orientation and postural balance (static and dynamic), Evaluation and analysis of 
balance and postural control. It was observed that current studies have investigated the 
variables of postural control and balance in a situation or conditions of daily life, seek to 
associate and relate different variables and conditions to understand how the influence of these 
on balance; advance toward future research on control of posture and balance during 
performance of complex tasks and also in situations of execution of motor skills and sports. 
 
 
Key words: Postural control, balance, motor control.. 
 
 
 
Equilibrio e Controle Postural 
31 
Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2010, vol 11, n.20 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Dentre os componentes do 
comportamento motor que são mais 
estudados está o controle postural com 
pesquisas que abrangem desde a primeira 
infância até a velhice. O controle postural é 
parte integrante do sistema de controle motor 
humano, produzindo estabilidade e condições 
para o movimento, definido por Cupss (1997), 
como a habilidade de assumir e manter a 
posição corporal desejada durante uma 
atividade seja ela estática ou dinâmica. 
 Bankoff (1996), observa que a 
postura corporal envolve equilíbrio, 
coordenação neuromuscular e adaptação que 
representa um determinado movimento 
corporal, e as respostas posturais 
automáticas são dependentes do contexto, ou 
seja, são ajustadas para ir ao encontro das 
necessidades de interação entre os sistemas 
de organização postural (equilíbrio, 
neuromuscular e adaptação) e o meio 
ambiente. Sobre o sistema de controle 
postural, Frank e Earl (1990), afirmam que os 
ajustes para manter a postura ereta 
dependem de feedback sensorial (vestibular, 
visual, proprioceptivo e cutâneo) e estratégias 
associadas com movimentos voluntários. Isso 
acontece porque as informações sensoriais 
serão a base para a produção das contrações 
musculares apropriadas e necessárias para 
garantir a posição corporal desejada. 
 Duarte (2000), afirma que o sistema 
visual fornece informações ao cérebro quanto 
à posição e movimentação de um objeto no 
espaço, e a posição e movimentação dos 
membros ao ambiente e ao resto do corpo. 
Para o autor, dentre os sistemas envolvidos 
no controle postural, a visão é o sistema 
sensorial que o corpo mais confia nas tarefas 
de manutenção da postura e do movimento. 
Os sistemas proprioceptivos e cutâneos, 
denominados de sistema somatossensorial, 
são responsáveis por fornecer informações 
sobre a posição do corpo no espaço relativo à 
superfície de suporte, informações da posição 
e velocidade relativa entre os segmentos do 
corpo e informações sobre as pressões 
agindo na interface segmento/base de 
suporte, sendo este o mais efetivo para 
perturbações rápidas. O sistema vestibular 
fornece informações sobre a posição e 
movimento da cabeça em relação à força da 
gravidade e forças de inércia. 
 Barela et. al. (2002), comentam que 
embora estudos tenham investigado o 
controle postural, é necessário mais 
informações a respeito, pois pesquisas têm 
resultados contraditórios. Os autores 
examinam possíveis mudanças 
desenvolvimentais no controle postural em 
crianças com e sem o uso da visão, no qual 
concluiu que informação visual não pode ser 
considerada como fonte predominante de 
informação sensorial para o controle postural. 
Em recente estudo, Barela et. al. (2009), 
observaram que os participantes de ambos os 
grupos testados, foram influenciados pelo 
estímulo visual e que a solicitação para 
resistir às influências visuais diminuíram a 
oscilação corporal, concluindo que a intenção 
da pessoa pode ter um papel nos estímulos 
que influenciam a oscilação corporal, porém é 
um estimulo dependente. Para Teixeira et. al. 
(2007), mesmo com o sistema de controle 
postural já desenvolvido em adultos quando a 
informação visual é retirada tanto crianças 
quanto adultos apresentam aumentos na 
oscilação corporal, concluindo que a visão é 
uma informação importante mesmo para 
indivíduos jovens e normais praticantes de 
atividades físicas regulares. 
 Considerando que o estudo do 
controle postural é importante não só para se 
saber como esse se desenvolve e é 
controlado, mas também para encontrar 
soluções e estratégias para a prevenção de 
quedas e outras enfermidades relacionadas 
aos idosos, (REBELATTO et al., 2008; 
RUWER et al., 2005), e para a melhora no 
desempenho físico (ALVES et al., 2008; 
BARCELLOS e IMBIRIBA, 2002) esse estudo 
realizou uma revisão sobre o controle postural 
com o objetivo de verificar o direcionamento 
das atuais pesquisas. Para tanto o tema foi 
desenvolvido a partir dos seguintes tópicos: 
controle postural; orientação postural e 
equilíbrio (estático e dinâmico); avaliação e 
análise do equilíbrio e do controle postural. 
 
2. CONTROLE POSTURAL 
 
 O inicio do controle postural, visando 
a posição vertical, se dá por volta do primeiro 
ano de vida quando a criança descobre que 
pode ficar em pé independentemente de 
apoio. As primeiras tentativas são realizadas 
com movimentos simples e ainda 
desorganizados, mas que irão se aperfeiçoar 
no decorrer da vida (BARELA et al. 2000; 
FEITOSA et al. 2008). Calve e Castro (2005), 
acrescentam que em cada fase da vida, 
diferentes mecanismos são utilizados na 
obtenção da informações contidas no 
ambiente para auxiliar no controle postural e 
locomotor. 
 YI et al. (2008), comentam que a 
partir do momento que a criança inicia a 
utilizar a posição bípede até 
C. L. Teixeira 
32 
Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2010, vol 11, n.20 
 
aproximadamente o quinto e o sexto ano de 
vida, ocorrem adaptações posturais para a 
manutenção do equilíbrio frente à ação da 
gravidade,e essa manutenção leva as 
crianças adotarem preferências de 
recrutamento de um determinado sistema que 
dependerá da idade da criança e da natureza 
do desafio postural (HADDERS-ALGRA et al. 
1996; VAN DER FITZ et al. 1999; HEDBERG 
et al. (2005). Um adequado controle postural 
é pré-requisito para um apropriado 
desenvolvimento dos movimentos voluntários, 
comunicação e interação social. (VAN DER 
FITZ et al. 1999). 
 Para Graaff-Peters et al. (2007), 
existe uma transição de três meses, após a 
idade de desenvolvimento neural principal, na 
capacidade para adaptar-se a atividade 
postural aos constrangimentos ambientais 
emergentes. Somente próximo à 
adolescência as adaptações semelhantes aos 
adultos irão ocorrer. Durante a infância o que 
ocorre é um aprimoramento dos padrões de 
controle postural, para a realização das 
atividades da vida diária. Nesse sentido, 
concordam Gallahue e Ozmun (2003), que 
indicam que a maturação dos sistemas 
controladores da postura atinge o estagio final 
por volta de oito a 12 anos de idade. 
 Gobbi et al. (2007), acrescentam que 
para a manutenção da posição em pé são 
necessários ajustes corporais constantes e 
coerentes com objetivo de manter os 
segmentos corporais alinhados e orientados 
apropriadamente. Sendo que os adultos 
mantêm a posição bípede com desenvoltura e 
naturalidade, as crianças realizam um esforço 
considerável para solucionar a complexa 
tarefa de manter o corpo na posição vertical. 
Estudo realizado por Figura et al. (1991), 
analisou o equilíbrio postural em crianças, de 
ambos os gêneros, de 6 a 10 anos e adultos, 
também de ambos os gêneros de 22 a 28 
anos, através dos testes de Romberg, 
Tandem e monopodal e verificaram que 
houve diferença significativa entre as idades 
(não entre os sexos), ao realizar equilíbrio 
postural. Os autores sugerem que há um 
relacionamento não linear entre a idade e a 
capacidade de equilíbrio. O desempenho 
postural durante os testes melhorou 
significativamente das crianças de 6 anos 
para as de 8 anos, diminuindo entre crianças 
de 8 anos para as de 10 anos. Esta 
diminuição pode ser explicada pelo fato de 
que por volta dos 8 anos de idade a 
capacidade de equilíbrio já tenha sido 
adquirida, e que aos 6 anos esta capacidade 
ainda esteja em desenvolvimento. 
Consideram que os parâmetros posturais em 
cada nível etário dependem de vários fatores, 
e que a idade e o gênero podem não ser os 
mais importantes. 
 Investigação sobre o efeito da visão 
no equilíbrio corporal em crianças, também 
entre 6 e 10 anos de idade, foi realizada por 
Zernicke et al. (1992), em cinco condições 
experimentais diferentes: posição normal em 
pé; posição com os pés juntos e com olhar 
fixo em um alvo estático; posição com os pés 
juntos sem alvo; posição monopodal com 
olhar fixo em um alvo estático; posição 
monopodal sem alvo. Os autores 
encontraram diferenças entre as idades com 
relação ao movimento anteroposterior quando 
a criança se mantém na posição em pé 
estática e com os olhos fixos num ponto 
específico, sendo que as crianças, tanto as 
de 6 anos de idade como as de 10 anos não 
utilizaram efetivamente um alvo estático para 
melhorar a oscilação corporal na direção 
anteroposterior, tanto na posição bipodal 
como monopodal. Figueiredo e Iwabe (2007) 
consideram a visão como fator importante no 
controle de equilíbrio de crianças pequenas, 
entretanto, na ausência de referência visual, 
os demais sistemas responsáveis pelo 
equilíbrio (somatossensorial e vestibular) irão 
melhorar sua capacidade de respostas de 
modo a auxiliar no controle do equilíbrio. Lee 
& Lishman (1975), citam que os adultos são 
capazes de reduzir a oscilação 
anteroposterior do tronco, mantendo os olhos 
fixos em um objeto estático. 
 Aproximadamente por volta dos 7 
anos ocorre um período de transição, onde, 
de acordo com Shumway-Cook & Woollacott, 
Debú & Mowatt (1987), o sistema de controle 
postural deixa de ser estritamente 
dependente da visão e passa a integrar as 
informações provenientes dos demais 
sistemas sensoriais para o controle da 
postura, assumindo, então, uma estratégia 
semelhante à verificada no funcionamento do 
sistema de controle postural em adultos. 
Riach & Starkes (1993), verificaram que os 
principais fatores determinantes para o 
controle postural em crianças são os fatores 
físicos como o peso corporal e o tamanho dos 
pés e não a presença ou não da visão. Assim, 
os pés menores da criança dão uma base 
menor de suporte e ainda uma oscilação 
postural muito maior do que os adultos, 
resultando numa estabilidade postural menos 
eficiente. Verificaram, ainda, que adultos e 
crianças usam apenas uma porção da 
superfície dos pés para se manterem em pé. 
As crianças com menos de 7 anos utilizam 44 
a 53% da base de suporte, já as crianças 
Equilibrio e Controle Postural 
33 
Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2010, vol 11, n.20 
 
acima de 7 anos utilizam 70%, porcentagem 
semelhante a dos adultos. 
 
Figura er al. (1991); Cama et al. (1991); Riach 
& Starkes (1993), verificaram que com o 
aumento da idade a variabilidade da 
oscilação do centro de pressão ou do centro 
de massa diminui, indicando correspondente 
diminuição da oscilação do centro de 
pressão. Isto se revela um indicador de 
desenvolvimento do controle postural, 
refletindo numa melhora na manutenção da 
posição ereta. Soames & Atha (1982), 
verificaram que a oscilação corporal em 
adultos varia numa frequência entre 0,25 e 
0,45 Hz, para ambas as direções, 
anteroposterior e médiolateral, e Riach e 
Hayes (1987), observaram que as crianças 
mais jovens oscilavam numa frequência entre 
0,8 e 1,0 Hz e crianças mais velhas com 
frequências entre 01, e 0,8 Hz. Indicando que 
tanto a frequência de oscilação quanto a 
variabilidade muda desenvolvimentalmente e 
os adultos oscilam com frequências mais 
baixas que as crianças. 
 Barela (1997), discorre que mudanças 
desenvolvimentais no controle postural 
estariam diretamente relacionadas ao uso da 
informação sensorial para a produção de 
atividade motora suficiente para manter uma 
determinada posição corporal. Ou seja, 
mudanças desenvolvimentais no controle 
postural seriam decorrentes da aquisição de 
uma coordenação coerente e estável entre 
informação sensorial e ação motora. 
Décadas de estudo, revelaram e 
concluíram principalmente que a postura 
ereta estática, não é tão estática como se 
acreditava e que apesar de permanecer 
“imóvel o corpo continua oscilando. As 
oscilações corporais sofrem influência de 
vários fatores entre os quais os mais 
importantes estão a visão, sistema vestibular 
e propriocepção, sendo que 
aproximadamente aos 7 anos de idade a 
criança já possui um padrão de controle 
semelhante ao de um adulto. Essas 
conclusões permitiram formar a base do 
conhecimento sobre o controle postural e 
permitiram a continuidade dos estudos 
explorando outras variáveis associadas e 
situações mais próximas da realidade e das 
condições cotidianas. 
Ao revisar o que a literatura apresenta 
sobre o controle postural e as pesquisas 
relacionadas em verificar como esse se da na 
criança, no jovem e no adulto, através dos 
textos estudados onde os autores citam 
referencias de vinte, trinta anos ou mais no 
passado, verifica-se que o interesse inicial era 
de entender quando o controle postural se 
inicia e quando determinado comportamento 
se manifesta e se desenvolve ao longo da 
vida. Interessante observar, o que Duarte 
(2000), também fez, que apesar de passados 
mais de um século dos estudos de Romberg 
e a criação de seu teste para avaliar a 
habilidade de que ainda irão ser tema de 
muitos estudos futuros. 
Os estudos apresentaram a 
importância do controle postural não só para 
a manutenção da postura ereta como sua 
associação com as demais habilidadesmotoras necessárias para atender as 
demandas da vida cotidiana. 
 Um aspecto, que pode ser visto tanto 
como positivo como negativo, é o grande 
numero de pesquisas. Positivo porque 
explora ao máximo o assunto e da uma base 
ampla e sustentável para varias hipóteses e 
teorias. Por outro lado ao que se observa, 
como no caso da analise da base de apoio 
em situação bipodal com os pés juntos e 
afastados e unipodal relacionando-as com a 
situação olhos abertos e olhos fechados, são 
diversamente diferentes na metodologia 
empregada ora apresentando resultados 
semelhantes ora diferentes o que pode 
dificultar o processo de se determinar a 
metodologia de pesquisa a ser adotada, para 
um estudo, e se os resultados que serão 
encontrados terão validade e aceitação pela 
comunidade cientifica. Apesar dessa 
consideração acredito que esse processo foi 
necessário principalmente para formação da 
vasta base teórica destacada anteriormente 
como aspecto positivo nos anos de estudo 
relacionados á investigação do 
desenvolvimento do controle postural. 
 
3. ORIENTAÇÃO POSTURAL E 
EQUILÍBRIO 
 
 Carvalho e Almeida (2008); citam dois 
componentes comportamentais do sistema de 
controle postural; orientação e equilíbrio 
postural. A orientação postural é o 
posicionamento relativo do corpo aos demais 
segmentos e o meio ambiente. Para os 
humanos, durante a manutenção da postura 
ereta, isso significa: orientar o corpo para a 
manutenção vertical (perpendicular a terra) e 
alinhar os segmentos em relação aos demais 
segmentos para manutenção da posição 
ereta. 
 Já o equilíbrio postural é referente à 
habilidade de manter a posição do corpo (do 
centro de massa) dentro dos limites de 
estabilidade através da inter-relação das 
varias forças que atuam sobre o corpo, 
C. L. Teixeira 
34 
Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2010, vol 11, n.20 
 
incluindo a força da gravidade, dos músculos 
e inércia. Em resumo pode-se considerar 
como tarefa básica do equilíbrio a 
manutenção da estabilidade corporal tanto 
em condição estática quanto dinâmica. 
Gallahue e Ozmun (2003), conceituam 
equilíbrio estático como a capacidade de 
manter o próprio equilíbrio enquanto o centro 
de gravidade permanece estacionário, e, 
definem equilíbrio dinâmico como a 
capacidade de manter o próprio equilíbrio 
conforme o centro da gravidade se desloca. 
 Manter o equilíbrio postural é uma 
habilidade que esta relacionada tanto ao 
desenvolvimento das habilidades motoras 
como ao controle motor voluntario. O 
desenvolvimento da capacidade de manter o 
equilíbrio corporal é fundamental para o ser 
humano, pois sem seria impossível realizar 
tarefas cotidianas como correr, chutar, saltar, 
arremessar, etc., e, ajustamentos posturais 
adequados são mecanismos necessários 
para a realização destas atividades. Ervilha et 
al. (1997), comenta que o corpo humano é 
fisicamente um complexo sistema de 
segmentos articulados em equilíbrio estático 
e dinâmico. Movimentos do corpo são 
causados por forças internas atuando fora do 
eixo articular, provocando deslocamentos 
angulares dos segmentos, e por forças 
externas ao corpo. Para tanto, o sistema de 
controle postural precisa atuar para manter ou 
alcançar uma posição corporal desejada. 
 A postura bípede humana é 
relativamente instável, porque a estabilidade 
na postura é uma função que envolve vários 
fatores devido a sua base de suporte ser 
pequena e o centro de massa ser alto (no 
nível do quadril). A postura quadrúpede 
possui a base de suporte maior e o centro de 
massa mais próximo da superfície de apoio. 
Quanto maior for a base de suporte, maior 
será a área que o centro de massa poderá se 
movimentar sem perda do equilíbrio, 
(ALMEIDA, 2007). 
 As informações sobre a posição 
relativa dos segmentos corporais e sobre as 
forças internas e externas, que estão atuando 
nestes segmentos são fornecidas pelos 
sistemas sensoriais, oriundos de quadros de 
referencias, dependendo da tarefa e do 
ambiente. O quadro de referencia pode ser 
visual, baseado nas dicas externas do 
ambiente ao redor; somatossensorial, 
baseado na informação do contato com 
objetos externos e segmentos corporais; ou 
vestibular, baseado nas forças gravitacionais, 
(FREITAS e BARELA, 2006). Ajustamentos 
nos sistemas sensoriais são necessários para 
manter o centro de gravidade do corpo de 
acordo com as mudanças na base de 
sustentação. Portanto, a função do sistema 
nervoso é emitir impulsos nervosos para as 
fibras musculares, estimulando contrações 
que complementam e coordenam todas as 
outras forças que atuam sobre o corpo 
fazendo que aposição do centro de massa 
seja controlada eficientemente mantendo o 
equilíbrio (WOOLLACOTT et al, 1998). 
 Uma das variáveis mais importantes é 
a orientação do tronco, uma vez que irá 
determinar o posicionamento dos membros 
com relação aos objetos com os quais 
podemos interagir. Os ajustes posturais que 
contribuem para um eficiente desempenho 
nas tarefas motoras ocorrem primeiramente 
nos músculos da cabeça, tronco e dos 
membros envolvendo complexas excitações e 
inibições musculares. (VAN DER FITZ et al. 
1999). A posição combinada do pescoço e do 
tronco determina a posição da cabeça no 
espaço, que é importante para a interpretação 
da informação sensorial a partir dos sensores 
baseados na cabeça. O controle da posição e 
da velocidade do tronco no espaço, como na 
orientação postural pode ser a meta principal 
do sistema de equilíbrio postural, uma vez 
que a maior parte da massa corporal esta 
localizada no tronco (HORLINGS et al. 2009; 
VAN DER FITZ et al. 1999). Portanto, as 
informações sensoriais e a atividade motora 
trabalham de forma coordenada com o 
objetivo de atingir ou manter o equilíbrio e a 
orientação postural. 
As forças que atuam no corpo, durante a 
posição ereta incluem forças resultantes da 
gravidade, da fricção e forças externas 
relacionadas à superfície de apoio. O ponto 
no qual toda a massa corporal é equilibrada é 
conhecido como centro de gravidade 
corporal, e também o ponto resultante das 
forças externas agindo sobre o corpo, 
(VUILERM et al. 2007). Uma segunda força 
atuando no centro de gravidade que é igual 
ou oposta à força de gravidade fazendo com 
que o corpo encontre seu equilíbrio na 
posição ereta é representada pela força de 
reação do solo com os pés. Quando o corpo é 
segmentado, a posição do centro de massa 
pode mudar bruscamente, devido à mudança 
de configuração corporal (a posição relativa 
dos segmentos) então, o centro de massa 
pode ser localizado fora do corpo, 
dependendo da orientação postural 
(GALLAHUE e OZMUN, 2003; BRENIERE e 
BRILL, 1998). 
 Barela (2000), descreve situações em 
que ocorre uma dependência mutua entre a 
percepção e a ação de modo continuo, 
denominada pelo autor como ciclo percepção-
Equilibrio e Controle Postural 
35 
Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2010, vol 11, n.20 
 
ação. Esse evento ocorre na manutenção da 
posição ereta, durante um período de tempo, 
onde o relacionamento entre informação 
sensorial e atividade motora ocorre de forma 
continua, ou seja, a informação sensorial 
estimula a realização das ações motoras 
relacionadas ao controle postural e, 
simultaneamente, a realização destas ações 
motoras estimula a obtenção de informação 
sensorial. Como por exemplo, durante a 
manutenção da posição ereta, uma oscilação 
para frente é detectada pelos sistemas 
sensoriais resultando numa contração dos 
músculos posteriores afim de que esta 
oscilação seja corrigida. Porem, assim que a 
oscilação é corrigida, agora para trás, uma 
nova informação faz-se disponível, indicando 
a nova direção da oscilação, resultando numa 
nova contração, agora dos músculos 
anteriores e assim sucessivamente 
(LIPSHITS e KAZENNIKOV, 2008). 
 As conclusõesapresentadas acima 
são encontradas principalmente em estudos 
posteriores aos que investigavam o “quando” 
surgiam os comportamentos de controle 
postural, e iniciaram estudos em “como” se 
dava o processo de controle. As metodologias 
empregadas utilizaram principalmente a 
eletromiografia para verificar quais músculos 
eram solicitados a contraírem-se e 
principalmente a dinâmica da relação inter 
muscular nos membros inferiores e desses 
com o tronco. Verificou-se que o equilíbrio é 
conseguido por múltiplas contrações 
musculares, desses segmentos estimulados 
por solicitações dos sistemas sensoriais 
(visuais, vestibulares e proprioceptivos). 
 
 
4. AVALIAÇÃO E ANÁLISE DO 
EQUILÍBRIO E DO CONTROLE POSTURAL 
 
 Freitas et al. (2009); Vuillerm et al. 
(2007), comentam que a maioria dos estudos 
sobre controle postural tem se centralizado na 
capacidade de permanecer na postura ereta 
(a posição em pé), e a mensuração mais 
comum da oscilação postural na posição 
ereta (estática) é a variação no centro de 
pressão (COP ou CP) na plataforma de força. 
A plataforma de força tem sido o instrumento 
utilizado amplamente em vários estudos, Van 
Den Heuvel et al. (2009); Wade e Davis 
(2009); Freitas et al. (2000); Banckoff et al. 
(2007); Vuillerm e Nafati (2007) e schmit et al. 
(2005). 
 Esse equipamento consiste em duas 
superfícies rígidas entre as quais se 
encontram, geralmente, quatro sensores de 
força do tipo célula de carga ou piezoelétrico. 
Esse sistema utiliza transdutores do tipo 
strain gauge, que permite medir os três 
componentes da força, Fx, Fy e Fz, e os três 
componentes do momento de força, Mx, My e 
Mz (x, y e z são as direções anteroposterior, 
mediolateral e vertical, respectivamente) que 
agem sobre a plataforma. O dado do CP 
refere-se a uma medida de posição definida 
por duas coordenadas na superfície da 
plataforma. Estas duas coordenadas são 
identificadas em relação à orientação do 
sujeito: direção anteroposterior (a-p) e direção 
mediolateral (m-l). A grandeza física força 
captada é transformada em sinais elétricos 
pela plataforma de força, que por sua vez 
serão transformados, através de 
amplificadores e filtros em sinais digitais para 
que os dados possam ser armazenados e 
analisados posteriormente em sistemas de 
computadores. 
 As medidas e registros das oscilações 
anteroposterior e mediolateral, os seja, a 
analise do equilíbrio postural por meio da 
quantificação das qualificações do corpo é 
chamada de estabilometria, também 
denominada de estalilografia, ou ainda 
estatocinesiografia, (MOCHIZUKI e AMADIO, 
2003; DUARTE, 2000; OLIVEIRA et al. 2000). 
O estatocinesigrama é o mapa do CP na 
direção anteroposterior (Cp -p) versus o CP 
na direção mediolateral (CP m-l), enquanto 
que o estabilograma é a série temporal do CP 
em cada uma das direções: anteroposterior e 
mediolateral, (FREITAS e DUARTE). Neste 
ponto é necessário fazer uma observação. As 
definições acima se encontram publicadas em 
artigo online, possivelmente preparado para 
publicações em futuro próximo. Porém, a 
definição que o próprio Duarte (2000), em sua 
tese para estabilograma, é a que aparece 
nesse texto como estatocinesigrama, sendo 
estabilograma, o mapeamento do COP 
anteroposterior versus o COP mediolateral, 
representativo durante a postura ereta quieta. 
Independente da definição correta, à 
aplicação dessas análises é utilizada nas 
áreas da avaliação clínica, reabilitação e 
treinamento desportivo. 
 Mochizuki e Amadio (2003) e Duarte 
(2000), comentam que alem do COP (ou CP), 
existe outra grandeza chamada por Mochizuki 
e Amadio (2003) de COM e por Duarte 
(2000), de COG, que é definido por esse 
autor como o centro das forças gravitacionais 
agindo sobre todos os segmentos do corpo 
humano movendo-se como se a força 
gravitacional sobre todo o corpo agisse 
apenas nesse ponto e é um conceito análogo 
ao centro de gravidade. Os autores lembram 
que muita confusão é feita com as duas 
C. L. Teixeira 
36 
Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2010, vol 11, n.20 
 
grandezas devidas suas relações nos estudos 
do controle postural e citam que a oscilação 
do COG (COM) é a grandeza que realmente 
indica o balanço do corpo e a grandeza COP 
é resultado da resposta neuromuscular ao 
balanço do COP. 
 As observações realizadas, na 
revisão apresentada acima, são referentes 
aos equipamentos utilizados. Aqui é 
apresentada unicamente a plataforma de 
força do tipo piezoelétrico, entretanto, esse 
não é o único equipamento disponível e 
utilizado em pesquisas relacionadas ao 
controle postural. Uma plataforma de força 
semelhante, de cristal artificial, também é 
muito utilizada, porém, ao invés de células de 
carga utiliza transdutores de força de quartzo 
que possuem a propriedade de gerar sinal 
elétrico quando submetida a uma carga 
mecânica. Laessoe e Voigt (2008), utilizaram 
uma plataforma de força móvel. Bankoff et al. 
(2004), utilizou um baropedômetro eletrônico, 
composto por uma plataforma modular da 
Physical Support Italy, formando por sensores 
eletrônicos de platina, revestido de captor em 
cacho alveolar. Horlings et al. (2009) e 
Horlings et al. (2009), utilizaram um aparelho, 
SwaySatr, que contém dois giroscópios em 
para verificar os desvios laterais e outro para 
os movimentos para frente e para trás 
produzido pela Balance International 
Innovation Gmbh – Switzerland. O aparelho 
foi montado sobre um cinto e preso em volta 
do tronco entre os ombros dos sujeitos 
avaliados. Barela et al. (2000), utilizaram um 
emissor infravermelho (OPTOTRAK 3020 -3D 
Motion Measurement System, NDI) afixado 
nas costas, na posição estimada do centro de 
massa. 
 A variedade de instrumentos também 
possui aspectos negativos e positivos. 
Negativos porque os resultados nem sempre 
podem ser comparados e positivos porque 
instrumentos diferentes podem propiciar a 
avaliação de diferentes variáveis que nem 
sempre é obtida por um único aparelho. Outro 
aspecto positivo é o fato da plataforma de 
força, apesar de amplamente utilizada, 
continua em uso em estudos recentes 
associada a outros instrumentos e condições 
da postura corporal e também já é produzida 
no Brasil o que favorece sua aquisição pelos 
centros de pesquisas e instituições de nível 
superior. 
 
 
5. DIRECIONAMENTO DAS PESQUISAS 
ATUAIS 
 
 Para essa verificação foram 
selecionados cinco artigos, um publicado em 
2008 e os outros quatro em 2009, e revisados 
quanto seus objetivos e metodologia para 
apontar as tendências, e buscando explorar 
aspectos que poderiam ser observados como 
sugestão de ausência de estudos na área. 
 Barela et al. (2009), examinaram 
recentemente a influencia do estimulo de 
fluxo ótico e a intenção (do sujeito) nas 
respostas do controle postural. A hipótese 
dos pesquisadores era que a intenção em 
resistir aos estímulos tem participação em 
reduzir as forças associadas, porém é 
dependente do estimulo característico, nesse 
caso ótico. O experimento foi conduzido com 
sujeitos postados numa sala móvel, 
consistindo num ambiente de três paredes e o 
teto montado sobre uma armação metálica 
que desliza sobre trilhos para frente e para 
trás movida por um mecanismo motor e com 
velocidade controlada por computador. Para 
captação das oscilações corporais e os 
movimentos da sala os autores utilizaram o 
OPTOTRAK 3020 – 3D Motiom Measurement 
System, NDI) com emissores IRED colocados 
na parede frontal da sala, e também afixados 
nas costas dos sujeitos, entre as escapulas. 
Observa-se nesse estudo a associação da 
variável sensorial visual com a vontade do 
sujeito, com evidente pressuposto da teoria 
de percepção-ação. 
Outro estudo conduzido por Horlings 
et al. (2009), teve como objetivo examinar o 
equilíbrio durante (perante) uma realidade 
virtual, para determinarcomo a realidade 
virtual influencia a estabilidade durante a 
postura quieta sob diferentes condições de 
postura, sobre diferentes condições de 
superfícies (firme e macia) em comparação a 
duas influencias visuais (olhos abertos ou 
fechados). O interesse dos autores foi 
determinar se o desequilíbrio também pode 
ocorrer durante a imersão em realidade 
virtual. O instrumento utilizado para verificar 
as solicitações corporais, foi um transdutor 
angular de velocidade, citado anteriormente 
com o nome de SwayStar (composto por dois 
giroscópios) montados sobre os ombros dos 
sujeitos. Estudos utilizando realidade virtual 
foram desenvolvidos anteriormente, porém o 
que este estudo traz como inovação é a 
associação entre as diferentes condições de 
posição de base de sustentação, da 
superfície de apoio e estímulos visuais, que 
em estudo anteriores foram verificados 
isoladamente. 
 O principal objetivo do estudo de 
Mallau e Simoneau (2009), foi determinar se 
levantar um objeto na posição ereta poderia 
Equilibrio e Controle Postural 
37 
Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2010, vol 11, n.20 
 
alterar a habilidade de adultos mais velhos 
para mudar a força dos dedos (ao pegar o 
objeto) ou os comandos do controle do 
equilíbrio, principalmente quantificar a 
habilidade em estabilizar o equilíbrio 
enquanto levantavam um objeto estando na 
posição ereta. Os sujeitos foram testados na 
posição sentada e em pé. Quando da posição 
em pé estavam sobre uma plataforma de 
força. Nas duas condições o objeto foi 
colocado numa distância e altura suficiente 
possível de ser alcançado. Nesse estudo o 
diferencial esta presente na execução de uma 
tarefa em diferentes condições posturais e 
sua possível influência no controle do 
equilíbrio na postura ereta, ou seja, é um 
estudo sobre o controle do equilíbrio 
dinâmico. 
 Estudo semelhante foi desenvolvido 
por Feitosa et al. (2008), onde investigaram 
as mudanças no controle postural durante o 
desenvolvimento em tarefa de equilíbrio 
dinâmico. A tarefa experimental foi 
permanecer sobre uma plataforma de força, 
de frente para o experimentador, durante 30 
segundos, mantendo a postura ereta, com os 
pés alinhados com a largura do quadril 
(alargando a base) e braços estendidos ao 
longo do corpo, nos primeiros 15 segundos, 
após esse período e ao sinal do 
experimentador a criança alcançava e pegava 
um brinquedo sobre uma mesa (movimento 
mediolateral esquerdo) e trazia-o junto ao 
tórax, nos 15 segundos finais. A amplitude 
média de oscilação (AMO) no sentido 
mediolateral foi estabelecida como variável 
dependente em cada fase da tarefa. Efeitos 
principais de grupo etário foram observados 
no movimento de trazer o brinquedo junto ao 
peito. 
 Atentos à questão dos acidentes com 
trabalhadores da construção civil, norte 
americana, que estão sujeitos a sofrerem 
quedas de telhados inclinados, Wade e Davis 
(2009), desenvolveram estudo para 
determinar se a instabilidade postural 
encontrada aumentava após exposição 
prolongada sobre superfície inclinada. O 
experimento consistia em uma pré-avaliação 
sobre plataforma de força e imediata 
passagem para a superfície inclinada, onde o 
sujeito poderia andar e descansar durante um 
período de tempo que variou de 20 minutos a 
2 horas, em seis tentativas diferentes que 
aumentavam de 20 em 20 minutos, e logo 
após cada período de exposição sobre a 
superfície inclinada cada sujeito ia direto dela 
para a plataforma de força para a realização 
de um pós-teste. 
 Observa-se por esses cinco recentes 
estudos que tanto instrumento como foco de 
pesquisa diferem, sugerindo ainda uma ampla 
possibilidade de pesquisa na área. 
 
6. CONCLUSÕES 
 
As pesquisas, sobre controle postural 
detectaram os períodos de mudança no 
desenvolvimento e do comportamento da 
postura ereta, identificou os sistemas que 
atuam no controle postural e as condições 
que influenciam o equilíbrio quase estático. 
Outra importante observação é que as 
pesquisas têm investigado as variáveis de 
controle postural e equilíbrio em situação ou 
condições do cotidiano, como no caso do 
estudo sobre o efeito da permanência em 
superfície inclinada e do movimento de 
alcançar um objeto, indicando uma tendência 
em analises do controle postural e equilíbrio 
dinâmico. 
 Os estudos atuais incrementam em 
associar e relacionar variáveis e condições 
diversas buscando entender como se dá a 
influência dessas variáveis sobre o equilíbrio 
e as respostas dos sistemas de controle 
buscando manter a postura, indicando o 
entendimento da importância em se 
considerar o máximo possível de fatores 
intervenientes. 
 Esses estudos avançam na direção 
de futuras investigações sobre o controle da 
postura corporal e equilíbrio durante 
execução de tarefas mais complexas e 
também em situações de execução de 
habilidades motoras esportivas. 
 
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Cesar Luis Teixeira 
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