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PAZ DE WESTFÁLIA

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PAZ DE WESTFÁLIA (1648)
De 1618 à 1648, a Europa conheceu uma das guerras mais destrutivas de sua história: a “Guerra dos 30 anos”. Sendo no início um conflito essencialmente religioso, entre catolóticos e protestante, e depois de dissipar-se pelo continente, passou a ter outros objetivos e interesses, como expansão de território e a busca por hegemonia política na região. Após três anos de reuniões intrutíferas e um extenso período de morte, destruição e desgaste econômico, o Tratado de Paz da Westfália é definido em 1648. A fim de acarretar uma Conferência de Paz, centenas de negociadores das diversas unidades políticas envolvidas na Guerra dos 30 anos reuniram-se nas cidades westfalianas de Osnabrück e Münster (atual Alemanha) para ratificar este acordo de paz. Os acordos firmados naquela ocasião (onze no total) utilizaram amplos recursos financeiros, levaram dez meses para serem todos anexados, mas a guerra, por fim, foi encerrada. 
Esses tratados acarretam a uma nova lógica normativa das Relações Internacionais e nos assuntos internos de cada país. Os Estados soberanos anulam a influência da igreja sobre os assuntos políticos, sendo neste momento também que se aflora a “razão de Estado” ou “interesse nacional”, que justifica o uso de qualquer meio para assegurar o bem-estar e a sobrevivência do Estado, cujo interesse estariam acima de qualquer ideologia, linha de pensamento ou religião, libertando os povos e indivíduos do autoritarismo e de antigas razões da igreja. Este novo sistema Sistema Internacional estabeleceu um conjunto de procedimentos que visava evitar conflitos daquela magnitude. Entre outras coisas ficou acordado o método da diplomacia ao invés da guera como solução para conflitos. A Paz de Westfália é ideada como um equilíbrio a ser subordinado à amizade e à vizinhança confiante de cada um, pode-se afirmar que ela permite ao Estado moderno a completude dos pontos essenciais à sua existência independente, com os monopólios da violência legítima, da norma jurídica e dos impostos. Os Estados do Império podem, a partir de então, estabelecer relações diplomáticas com qualquer outro país, desde que não prejudiquem o imperador. No setor religioso, o princípio formulado na Paz de Augsburgo, segundo o qual a religão do governante é a religião do país, é confirmado estabelecendo-se que os governados são livres para exercitar o culto privado ou público nos Estados onde essa liberdade existe desde 1624. Notam na Paz de Westfália o padrão que separa o mundo antigo do moderno. Ela engloba, no seu entender, os princípios da nova ordem política, por que afasta velhas práticas e doutrinas medievais.

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