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CRIMES CONTRA INCOLUM ALUNOS (1)

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Prezados (as) alunos (nas)
Visando orientação, sobre assuntos abordados em sala referentes a disciplina Crimes contra o Patrimônio, constam a seguir alguns tópicos.
A última fase dos estudos consistiu nos crimes contra a incolumidade pública. Conforme vocês verificaram são três capítulos três capítulos que compreendem o Título VIII do Código Penal. Título VIII
 DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA
CAPÍTULO III
DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA
CAPÍTULO I
DOS CRIMES DE PERIGO COMUM
CAPÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS
A incolumidade pública significa evitar o perigo ou risco coletivo, tem relação com a garantia de bem-estar e segurança de pessoas indeterminadas ou de bens diante de situações que possam causar ameaça de danos.
Incolumidade significa: isenção de perigo, de dano; segurança
Assim iniciamos com os Crimes de Perigo Comum 
Crime de perigo pode ser definido: aquele que se consuma com a mera situação de risco, ou seja, com a mera probabilidade de dano.
Qual a diferença entre DIFERENÇA CRIME DE DANO COM CRIME DE PERIGO? 
Segundo lições de Rogério Greco em seu Curso de Direito Penal sobre o assunto:
“ Os chamados delitos de dano são aqueles em que se exige, para sua configuração, a efetiva lesão ou dano ao bem juridicamente protegido pelo tipo penal. Ao contrário, os delitos reconhecidos como de perigo não exigem a produção efetiva de dano, mas, sim, a prática de um comportamento típico que produza um perigo de lesão ao bem juridicamente protegido, vale dizer, uma probabilidade de dano. O perigo seria, assim, entendido como probabilidade de lesão a um bem jurídico-penal. ”
Qual a diferença entre crime de perigo abstrato e de perigo concreto?
“Nos crimes de perigo abstrato, sua consumação ocorre no momento em que o agente pratica, ou se abstém de praticar, a conduta proibida ou imposta no tipo penal, presumidamente perigosa. Ao contrário, nos crimes de perigo concreto, além da necessária comprovação da conduta por parte do agente, deverá ser afirmado que, no caso concreto, aquele comportamento - positivo ou negativo - trouxe, efetivamente, perigo de dano a um bem juridicamente protegido” (GRECO, 2016 p. 200).
 DIFERENÇA PERIGO INDIVIDUAL E COMUM
Rogério Greco considera individual o perigo quando “a conduta do agente atinge uma pessoa ou, pelo menos, um grupo determinado de pessoas. Coletivo é o perigo provocado pelo agente que atinge a coletividade, ou seja, um número indeterminado de pessoas”.
Os delitos de perigo individual se encontram previstos nos artigo 130 ao 136 do CP, constantes do Capítulo III do Título I do CP - Da Periclitação da Vida e da Saúde. Já os crimes de perigo comum estão descritos nos artigos 250 ao 259.
 
O artigo 250 preceitua o crime de INCÊNDIO.
O crime de incêndio é um crime perigo de dano, pois só se consuma quando o bem jurídico protegido é efetivamente ofendido (lesado).
“Para a caracterização do crime de incêndio é indispensável, demonstração segura 
“Para caracterização do crime de incêndio é indispensável, demonstração segura de que a vida, a integridade física ou o patrimônio de terceiros tenham sido colocados em perigo.” Cezar Bittencourt
Bem jurídico:
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação Nuclear:
Elemento Subjetivo do Tipo:
Consumação:
Tentativa: “A tentativa é perfeitamente possível, quando o fogo, por circunstâncias alheias à vontade do agente, não chega a comunicar-se à coisa visada ou por em risco pessoas e coisas indeterminadas.” Mirabete.
 Ação Penal:
 Classificação doutrinária:
“A tentativa é perfeitamente possível, inclusive quando o fogo, por 
PERGUNTAS:
Se o incêndio atingir patrimônio de pessoa determinada, sem expor em perigo incolumidade pública comete o crime em estudo?
- Se o Agente promover o incêndio com o animus de satisfazer pretensão legítima, sem expor em perigo incolumidade pública qual crime cometido?
- Se o agente promover incêndio no próprio patrimônio e não expõe em perigo incolumidade pública qual possível crime cometido?
- Se o Agente, após o emprego de dos meios necessários a provocar o incêndio, impede que se produza, apagando o fogo que se inicia, sem que tenha resultado qualquer perigo concreto?
- Se com incêndio expor a vida ou a saúde de pessoa ou de pequeno grupo determinado a perigo direto e iminente?
- Se provoca incêndio em floresta ou mata?
- Incêndio provocado por balões?
Quais são as causas de aumento de pena? Art. 250, §1º inciso I e II. Obs. Leia todas as causas.
Há modalidade culposa no crime de incêndio? §2º do artigo 250
Art. 251 - EXPLOSÃO -  
RECURSO ESPECIAL. PENAL. ESTATUTO DO DESARMAMENTO. DELITO TIPIFICADO NO ARTIGO 16, PARÁGRAFO ÚNICO, III, DA LEI N.10.826/2003. PORTE DE ARTEFATO EXPLOSIVO. GRANADA DE GÁS LACRIMOGÊNEO/PIMENTA. INADEQUAÇÃO TÍPICA. RECURSO IMPROVIDO.
1. Explosivo é, em sentido amplo, um material extremamente instável, que pode se decompor rapidamente, formando produtos estáveis. Esse processo é denominado de explosão e é acompanhado por uma intensa liberação de energia, que pode ser feita sob diversas formas e gera uma considerável destruição decorrente da liberação dessa energia.
2. Não será considerado explosivo o artefato que, embora ativado por explosivo, não projete e nem disperse fragmentos perigosos como metal, vidro ou plástico quebradiço, não possuindo, portando, considerável potencial de destruição.
3. Para a adequação típica do delito em questão, exige-se que o objeto material do delito, qual seja, o artefato explosivo, seja capaz de gerar alguma destruição, não podendo ser tipificado neste crime a posse de granada de gás lacrimogêneo/pimenta, porém, não impedindo eventual tipificação em outro crime.
4 – Recurso especial improvido.
(REsp 1627028/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 21/02/2017, DJe 03/03/2017)
Bem jurídico:
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação Nuclear:
Elemento Subjetivo do Tipo:
Consumação:
Tentativa:
 Ação Penal:
 Classificação doutrinária:
O crime consistem em expor a perigo somente a vida e integridade física?
Quais as formas de praticar o crime de explosão?
Quais as substancias possíveis de serem utilizadas para crime de explosão?
Quais substancias podem provocar explosão porém a pena será menor?
Quais as circunstancia em que há aumento de 1/3?
Há modalidade culposa no crime de explosão?
Quando provoca explosão com motivação política qual crime o Agente comete?
Quando o homicídio é praticado com explosivo, como responde o Agente?
Quando se utiliza explosivo para praticar furto, qual crime ou há concurso de crimes? Por que?
CRIME DE FURTO QUALIFICADO
1ª corrente – crime único de furto qualificado:
Para uma primeira corrente, o agente que explode caixa eletrônico com a finalidade de praticar furto comete a infração penal prevista no art. 155 § 4º, Ido Código Penal (furto qualificado pelo rompimento de obstáculo à subtração da coisa). 
Neste sentido, a explosão do caixa seria apenas um meio (rompimento) para se chegar ao fim (subtração). Assim sendo, embora existente um tipo penal específico para a conduta do agente que cause explosão (art. 251 do CP), o princípio da consunção justificaria a absorção do crime-meio pelo crime-fim.
2ª corrente – concurso de crimes (tese institucional do MP/SP):
Defende que o crime em questão ofende não só o patrimônio das instituições bancárias, mas também a incolumidade pública, a segurança e a tranquilidade da sociedade, especialmente em relação aos moradores das adjacências do local do crime. Haveria, portanto, concurso de crimes entre o furto qualificado e a explosão majorada, esta última prevista no art. 251, § 2º do CP. 
Com base neste entendimento, o agente que, mediante uma só conduta, explodir caixa eletrônico, deverá responder por furto qualificado pelo rompimento de obstáculoem concurso formal com o crime de explosão majorada (art. 155, § 4º, I c/c art. 251, § 2º na forma do art. 70, caput, todos do Código Penal).
Art. 252 - USO DE GÁS TÓXICO OU ASFIXIANTE - 
- Segundo Luiz Regis Prado o artigo 252 foi parcialmente revogado pelo artigo 54 da Lei 9.605/98 – (Lei dos crimes ambientais)
- Gás tóxico (venenoso) ou Gás asfixiante (sufocante), mesmo que não cause morte, porém seja susceptível de expor a perigo a vida ou saúde.
- Armas não letais: gás lacrimogêneo = caráter asfixiante
Bem jurídico:
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação Nuclear:
Elemento Subjetivo do Tipo:
Consumação:
Tentativa:
 Ação Penal:
 Classificação doutrinária:
Art. 253 do CP - FABRICO, FORNECIMENTO, AQUISIÇÃO POSSE OU TRANSPORTE DE EXPLOSIVOS OU GÁS TÓXICO, OU ASFIXIANTE - 
O presente artigo foi derrogado no tocante às condutas de fabricar e possuir engenho explosivo e de fabricar substância explosiva, sem licença da autoridade, conforme se verifica com teor do artigo 16, parágrafo único da Lei n]. 10.826/2003 – estatuto do desarmamento. 
Bem jurídico:
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação Nuclear:
Elemento Subjetivo do Tipo:
Consumação: “Quando o agente praticar um dos comportamentos previstos pelo tipo penal, coloca, concretamente, em risco a incolumidade pública.” Rogério Greco.
Tentativa: “Não admite tentativa, pois já é uma exceção, onde se punem os atos preparatórios de explosão e do uso de gás tóxico ou asfixiante.” Nucci
 Ação Penal:
 Classificação doutrinária:
PERGUNTAS;
Quando o Agente mediante atos de terrorismo utiliza gás tóxico qual crime comete? Princípio da especialidade Lei 13. 260/2016, Art. 2º, §1º. inciso
ART. 254 CP- INUNDAÇÃO - 
“ Inundação é a grande afluência de água, desviada de onde deveria perma permanecer permanecer undação é a grande afluência de água, desviada de onde deveria permanecer 
“Inundação é a grande afluência de água, desviada de onde deveria permanecer natural ou artificialmente, provocando a submersão de um local não preparado ou designado a recebê-la.” (Rogério Sanches)
Bem jurídico:
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação Nuclear:
Elemento Subjetivo do Tipo:
Consumação: “Consuma-se o delito com a efetivação, desde que dela decorra perigo concreto”. Cézar Bitencourt.
Tentativa:
 Ação Penal:
 Classificação doutrinária:
Art. 255 CP - PERIGO DE INUNDAÇÃO - 
Bem jurídico:
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação Nuclear:
Elemento Subjetivo do Tipo:
Consumação: “Consuma-se o delito com a efetiva remoção, destruição ou inutilização de obstáculo natural ou obra destinada a impedir inundação que, no caso concreto, traga perigo a vida, a integridade física ou patrimônio de outrem”. Rogério Greco.
Tentativa:
 Ação Penal:
 Classificação doutrinária:
Art. 256 – DESABAMENTO OU DESMORONAMENTO -  
O que é desabamento? “Queda, total ou parcial, de construção”. Rogério Sanches.
O que é desmoramento? “Derrocada, deslizamento, ainda que parcial do solo” Rogério Sanches
Objeto jurídico:
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação nuclear:
Elemento subjetivo do tipo: dolo direto e eventual 
Consumação: situação de perigo concreto
Tentativa:
Ação Penal:
 Pergunta:
Há modalidade culposa?
Ocorrendo um desabamento sem danos par incolumidade pública, qual será a tipificação? Lei art. 29 das contravenções penais
Art. 257 - SUBTRAÇÃO, OCULTAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE MATERIAL DE SALVAMENTO - 
Doutrina: 
“É pressuposto para ocorrência do delito que esteja em andamento, por ocasião da conduta, incêndio, inundação, naufrágio, ou outro desastre ou calamidade”. Rogério Sanches
“É indispensável que o instrumento seja especificamente voltado ao combate a perigo, à prestação de socorro ou ao salvamento ou manifestamente adequado ao serviço de debelarão do perigo ou de salvamento, como bombas de incêndio, alarmes, extintores, salva vidas, escadas de emergência, medicamentos etc. Nucci 
Crime de perigo abstrato.
Bem jurídico:
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação Nuclear:
Elemento Subjetivo do Tipo:
Consumação:
Tentativa:
 Ação Penal:
 Classificação doutrinária
FORMAS QUALIFICADAS DE CRIME DE PERIGO COMUM - Art. 258 CP
Art. 259 CP - DIFUSÃO DE DOENÇA OU PRAGA -  
Doença é o processo patológico que provoca a morte, a destruição ou a deterioração de animais ou plantas (febre aftosa, doença da vaca louca, gripe aviária, etc).
Praga não constitui uma doença, no sentido acima, mas uma espécie de surto nocivo e transitório, semelhante a uma epidemia (gafanhoto, lagarta, etc).
Trata-se se crime de perigo abstrato, não se exigindo a comprovação da real ocorrência do risco para floresta, plantação ou animais.
O art. 61 da Lei nº 9.605/1998 – Lei de Crimes Ambientais revogou tacitamente o art. 259 do Código Penal, ao dispor integralmente sobre a mesma matéria o bem jurídico protegido é o meio ambiente e não a incolumidade pública e a pena seja menos severa
Bem jurídico:
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação Nuclear:
Elemento Subjetivo do Tipo:
Consumação:
Tentativa:
 Ação Penal:
Classificação doutrinária
 CAPÍTULO II
DOS CRIME CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS.
O PRESENTE CAPÍTULO DESCREVE CRIMES ENTRE OS ARTIGOS 260 ATÉ 266 DO CP, TAMBÉM TUTELAM A INCOLUMIDADE PÚBLICA
ART. 260 CP - PERIGO DE DESASTRE FERROVIÁRIO - 
Para melhor entender o crime de perigo de desastre necessário entender o que significa:
- material rodante (vagão), de tração (locomotiva), obra-de-arte (passagens para veículos: ponte, túnel, aterros etc.) ou instalação : “É o conjunto de aparelhos que possui certa utilidade. Ex: sinais de linha férrea, cabos, cancelas, entre outros” Nucci.
Bem jurídico:
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação Nuclear:
Elemento Subjetivo do Tipo:
Consumação:
Tentativa:
 Ação Penal:
 Classificação doutrinária
Perguntas:
Ocorre o crime de perigo de desastre se uma pessoa que passa pelos trilhos é atropelada por um trem?
Se ocorrer desastre como fica a pena do agente?
Há forma preterdolosa?
Havendo lesão corporal ou morte como se aplica a pena? Artigo 263 e 258
Se a motivação for política o agente pratica o tipo do artigo 260? Ver lei 7.170/83, art. 15
- ART. 261 - ATENTADO CONTRA A SEGURANÇA DE TRANSPORTE MARÍTIMO, FLUVIAL OU AÉREO 
“É delito de perigo concreto, exigindo-se um risco efetivo de dano (perigo de naufrágio, encalhe, queda etc.” Mirabete
Bem jurídico:
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação Nuclear:
Elemento Subjetivo do Tipo:
Consumação:
Tentativa:
 Ação Penal:
 Classificação doutrinária
PERGUNTAS:
Há conduta com dolo no antecedente de culpa no resultado?
Se o crime for praticado com fim de lucro?
Se ocorrer sinistro?
Se o objeto utilizado para impedir o funcionamento é explosivo?
- ART. 262 - ATENTADO CONTRA A SEGURANÇA DE OUTRO MEIO DE TRANSPORTE–
Transporte público: realizado pelo Estado ou explorado por empresa privada mediante concessão do poder público
Outro meio de transporte público: qualquer outro não mencionado no artigo 261, como ônibus, embarcações lacustres, etc.
Crime de perigo comum e concreto
Bem jurídico:
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação Nuclear:
Elemento Subjetivo do Tipo:
Consumação:
Tentativa:
 Ação Penal:
 Classificação doutrinária
Como fica a situação do agente se da conduta resultar desastre?
Há forma culposa?
ART. 264 – ARREMESSO DE PROJÉTIL - 
Projétil: “...qualquer objeto capaz de causar dano” Rogério Greco
Objeto sólido capaz de ferir ou causar dano em pessoas ou coisas
 
Transporte público: “..aquele que se destina ao serviço de número indeterminado de pessoas”. Mirabete.
“Ocorre com lançamento do projétil ao veículo em movimento, ainda que não o consiga atingir” Damásio
Bem jurídico:
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação Nuclear:
Elemento Subjetivo do Tipo:
Consumação:
Tentativa: doutrina divergente – 
Admissível = RogérioGreco
Possível = Nucci e Mirabete.
Inadmissível = Delmanto e Luiz Regis Prado 
Ação Penal:
 Classificação doutrinária:
- Art. 265 – ATENTADO CONTRA A SEGURANÇA DE SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA 
Bem jurídico:	
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação Nuclear:
Elemento Subjetivo do Tipo:
Consumação:
Tentativa:
 Ação Penal:
 Classificação doutrinária
Quais os serviços de utilidade pública citado no tipo, comportam outros?
Se houver subtração de material essencial ao funcionamento dos serviços provocando dano qual o tipo penal será imputado ao agente? 
- ART. 266 - INTERRUPÇÃO OU PERTURBAÇÃO DE SERVIÇO TELEGRÁFICO, TELEFÔNICO, INFORMÁTICO, TELEMÁTICO OU DE INFORMAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA–
O tipo trata de meios de comunicação.
Serviço telegráfico(sinais), radiotelegráfico (ondas eletromagnéticas), telefônico(som) ou telemático (som e imagem)
Bem jurídico:
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação Nuclear:
Elemento Subjetivo do Tipo:
Consumação:
Tentativa:
 Ação Penal:
 Classificação doutrinária
PERGUNTAS:
Quando impede a comunicação entre duas pessoas?
Quando o agente não tem autorização e desenvolver atividade de telecomunicação? 183 da Lei 9.472/97.
 CAPÍTULO III
 DOS CRIMES CONTRA SAÚDE PÚBLICA
O Código Penal, no tocante à proteção do bem jurídico saúde, distingue condutas que atingem a saúde individual e coletiva, reunidas, respectivamente, no Título I denominado Dos crimes contra a pessoa, e no Título VIII - Dos crimes contra incolumidade pública
As condutas delituosas contra saúde pública se encontram descritas no Código Penal entre o artigos 267 até o 285. 
OBS: Como forma qualificada todos os delitos exceto o crime do artigo 267, conforme consta do art.285.
Forma qualificada
        Art. 285 - Aplica-se o disposto no art. 258 aos crimes previstos neste Capítulo, salvo quanto ao definido no art. 267.
Vários tipos penas são dependentes de outras normas como os descritos no quando abaixo:
As normas penais em branco mais empregadas nos tipos penais são: portarias, decretos, regulamentos, instruções.
Art. 267 - EPIDEMIA - 
O que é epidemia?
Segundo Heleno Fragoso: “ Não é qualquer moléstia infecciosa e contagiosa, mas somente aquela suscetível de difundir-se na população, pela fácil propagação de sues germes, de modo a atingir, ao mesmo tempo, grande número de pessoas, com caráter extraordinário”.
A classificação doutrina consiste a epidemia como sendo um surto de doença acidental e transitória, que infecta um grande número de indivíduos ao mesmo tempo, em determinado pais ou região.
Entendimento doutrinário:
Noronha, considera crime de perigo abstrato. Paulo José da Costa Júnior considera crime de dano quando ocorre a efetiva lesão, entretanto, será de crime de perigo para os que não foram atingidos, mas são vítimas da conduta de epidemia. 
Não há doutrina majoritária para esta divergência. 
Para configuração do crime requer-se demonstrar o nexo de causalidade e nexo de risco:
Identificação dos meios utilizados para propagação dos germes patogênicos
Demonstração de serem idôneos os meios utilizados para propagação da epidemia
Constatação de que a epidemia não decorre de mero evento natural e sim da conduta do agente.
O agente pode cometer o crime diretamente ou indiretamente
Diretamente: lançamento de vírus ao ar
Indiretamente: pessoas portadoras de moléstia infecciosa propaga o germe
Quando o agente desconhece afasta o dolo: 
- natureza patogênica dos germes;
- a possibilidade de sua propagação;
- a possibilidade de que sua propagação possa causar uma epidemia;
PERGUNTAS: 
Se a intenção do agente for contaminar pessoa determinada, comete o crime de epidemia ou configura outro crime? 
Quando em razão da propagação do germe embora várias pessoas são infectadas, porém só uma morre, como o agente irá responder?
Se a intenção do agente é a morte de pessoas indeterminadas, por meio da epidemia?
A epidemia agravada pela morte é considerado crime hediondo?
 Art. 268 - INFRAÇÃO DE MEDIDA SANITÁRIA PREVENTIVA -  
Trata-se de norma penal em branco, visto para sua complementação necessita de determinação do poder público, mediante lei, portaria, decreto, regulamento, etc. oriunda de autoridade competente seja na esfera federal, estadual ou municipal.
Crime de perigo abstrato
Bem jurídico:
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Ação Nuclear:
Elemento Subjetivo do Tipo:
Consumação:
Tentativa:
 Ação Penal:
 Classificação doutrinária
PERGUNTA:
Se o agente for funcionário da saúde pública ou exercer a profissão de médico, farmacêutico ou de dentista?
ART. 269 –OMISSÃO DE NOTIFICAÇÃO DE DOENÇA   
Trata-se de norma penal em branco
OBJETO JURÍDICO:
SUJEITO ATIVO: crime próprio, somente médico
SUJEITO PASSIVO:
TIPO OBJETIVO: 
TIPO SUBJETIVO:
CONSUMAÇÃO : perigo abstrato, consuma quando há o descumprimento após vencimento do prazo estabelecido em lei ou atos administrativos
TENTATIVA:
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
Crime próprio, crime mera conduta, crime de perigo comum e abstrato, instantâneo, omissivo próprio, unissubjetivo e unissubsistentes
AÇÃO PENAL: pública incondicionada
PERGUNTA: 
Se o médico deixa de notificar para não cometer o crime de violação segredo profissional? Art. 154 CP
Art. 270 - ENVENENAMENTO DE ÁGUA POTÁVEL OU DE SUBSTÂNCIA ALIMENTÍCIA OU MEDICINA - 
OBJETO JURÍDICO:
SUJEITO ATIVO: 
SUJEITO PASSIVO:
TIPO OBJETIVO: 
OBJETO MATERIAL: água potável de uso comum ou particular; substancia alimentícias destinadas a consumo; substancia medicinal destinada a consumo.
TIPO SUBJETIVO:
CONSUMAÇÃO: não é necessário que a pessoa efetivamente ingira a água envenenada, ou consuma substancia envenenada; O veneno empregado deve ser idôneo a provocar malefícios à saúde das pessoas
TENTATIVA:
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
AÇÃO PENAL:
OBS: pouco importa se o efeito do envenenamento é imediato ou mediato, mortal ou não.
Obs: o crime admite prisão temporária (art. 1º , III, DA Lei 7.960/89)
Obs: o agente deseja envenenamento de não morte
ART. 271 - CORRUPÇÃO OU POLUIÇÃO DE ÁGUA POTÁVEL -  
A água deve torna-se imprópria para o consumo ou nociva a saúde;
Como a lei diz “água potável” não há crime se a o agente corrompe ou polui água destinada a outros fins, seja pra lavagem de veículos, irrigação de plantas, banho de animais
- se o agente corrompe e polui a mesma água comete um único crime.
BEM JURÍDICO:
SUJEITO ATIVO:
SUJEITO PASSIVO:
AÇÃO NUCLEAR:
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO:
CONSUMAÇÃO:
TENTATIVA:
 AÇÃO PENAL:
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA: Crime comum. Crime formal, perigo comum e abstrato, instantâneo, comissivo, excepcionalmente pode ser cometido por omissão, unissubjetivo, plurissubsistente.
PERGUNTA: 
Há modalidade culposa/
- ART. 272 –FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE SUBSTÂNCIA OU PRODUTOS ALIMENTÍCIOS 
Trata-se de crime de perigo concreto, por isso requer seja comprovado a provocação de nocividade ou redução do valor nutritivo do produto ou substância alimentícia. Entretanto não é necessário para haver a consumação que o produto ou a substância alimentícia seja comercializada ou consumida.
BEM JURÍDICO:
SUJEITO ATIVO:
SUJEITO PASSIVO:
AÇÃO NUCLEAR:
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO:
CONSUMAÇÃO:
TENTATIVA:
 AÇÃO PENAL:
 CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
PERGUNTAS;
Se o produto alterado ou falsificado se tratar de bebida sem álcool caracteriza o mesmo delito?
Quem vende ou mantém em depósito também comete o delito?
Há modalidade culposa?
Art. 273 - FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS -   
Crime de ação múltipla, perigo à coletividade com a alteração do produto destinado para fins terapêuticos ou medicinais
Se o agente pratica as condutas do caput e também comete as previstas no §1º, responderá pelo caput (Progressão criminosa e Princípio da Consunção)
As condutas de expor a venda eter em depósito configura crime permanente.
Produto destinado à prevenção, melhora ou cura de doença
Existência do crime – TJDF: “pratica o delito do art. 262 do CP quem, sem 
	
BEM JURÍDICO:
SUJEITO ATIVO:
SUJEITO PASSIVO:
AÇÃO NUCLEAR:
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO:
CONSUMAÇÃO:
TENTATIVA:
 AÇÃO PENAL:
 CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
ART. 274 – EMPREGO DE PROCESSO PROIBIDO OU DE SUBSTÂNCIA NÃO PERMITIDA         
- Norma penal em branco, crime de perigo abstrato.
- Leitura do artigo 2º, III, Lei 1.521/51 - Crimes contra a economia popular ( quando se trata de divergência de peso e composição dos produtos)
BEM JURÍDICO:
SUJEITO ATIVO:
SUJEITO PASSIVO:
AÇÃO NUCLEAR:
OBJETO MATERIAL: revestimento, gaseificação artificial, matéria corante, substância aromatizada, Antisséptica, conservadora ou qualquer outra = não expressamente permitida pela legislação sanitária.
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO:
CONSUMAÇÃO:
TENTATIVA:
 AÇÃO PENAL:
 CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
ART. 275 -  INVÓLUCRO OU RECIPIENTE COM FALSA INDICAÇÃO 
- Crime praticado com emprego de fraude;
- A conduta deve implicar riscos a saúde de pessoas indeterminadas, porém não há consenso perante a doutrina.
- Não admite modalidade culposa.
- Crime de perigo abstrato
BEM JURÍDICO:
SUJEITO ATIVO:
SUJEITO PASSIVO:
AÇÃO NUCLEAR:
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO:
CONSUMAÇÃO:
TENTATIVA:
 AÇÃO PENAL:
 CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
ART. 276 - PRODUTO OU SUBSTÂNCIA NAS CONDIÇÕES DOS DOIS ARTIGOS ANTERIORES         
BEM JURÍDICO:
SUJEITO ATIVO:
SUJEITO PASSIVO:
AÇÃO NUCLEAR:
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO:
CONSUMAÇÃO:
TENTATIVA:
 AÇÃO PENAL:
 CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
ART. 277 - SUBSTÂNCIA DESTINADA À FALSIFICAÇÃO  
- Necessário que o agente tenha ciência que a substancia se destina a falsificação
- não admite modalidade culposa
 - BEM JURÍDICO:
SUJEITO ATIVO:
SUJEITO PASSIVO:
AÇÃO NUCLEAR:
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO:
CONSUMAÇÃO:	
TENTATIVA: para Capez, Prado e Mirabete é possível, para Masson não é admissível.
 AÇÃO PENAL:
 CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
- ART. 278 -  OUTRAS SUBSTÂNCIAS NOCIVAS À SAÚDE PÚBLICA 
Norma penal em branco.
 Crime de ação múltipla;
- Necessário efetivo consumo da coisa ou substância nociva 
 - Crime de perigo abstrato
- nas condutas de “fabricar,”, “vender “ e “entregar a consumo” é crime instantâneo
- nas condutas “expor à venda” e “ter em depósito para vender” é crime permanente
BEM JURÍDICO:
SUJEITO ATIVO:
SUJEITO PASSIVO:
AÇÃO NUCLEAR:
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO:
CONSUMAÇÃO:
TENTATIVA:
 AÇÃO PENAL:
 CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
ART. 279 - SUBSTÂNCIA AVARIADA         REVOGADO        
ART. 280 - MEDICAMENTO EM DESACORDO COM RECEITA MÉDICA 
- Por se tratar de receita médica não compreende recita de dentista, etc.
- dose errada (risco a saúde) x farmacêutico
- medicamentos genéricos e similares        
BEM JURÍDICO:
SUJEITO ATIVO:
SUJEITO PASSIVO:
AÇÃO NUCLEAR:
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO:
CONSUMAÇÃO: no momento da entrega da substância medicinal que esteja em desacordo com a prescrição médica. Crime de perigo presumível.
TENTATIVA:
 AÇÃO PENAL:
 CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
ART. 281 COMÉRCIO, POSSE OU USO DE ENTORPECENTE OU SUBSTÂNCIA QUE DETERMINE DEPENDÊNCIA FÍSICA OU PSÍQUICA. REVOGADO
ART. 282 - EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA, ARTE DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA
A expressão “sem autorização legal” representa um elemento normativo do tipo: o sujeito não está autorizado a desempenhar a profissão porque não possui o título que o habilite para tanto (falta de capacidade profissional).
Ex: Aquele que atende doentes em seu consultório, sem nunca ter frequentado a faculdade de medicina, ou então porque seu título, embora exista, não foi registrado perante o órgão competente (falta de capacidade legal)
A outra forma consiste na transposição dos limites da profissão, embora o agente possui autorização legal para exercer a medicina, arte dentária ou farmacêutica, mas extrapola os limites que a lei lhe impõe. Ex: Um médico urologista se aventura a realizar cirurgias cardíacas
 Habitualidade = não se condiciona à pluralidade de “pacientes”: os repetidos atos de tratamento de um doente, um só que seja, são aptos a configurar. 
BEM JURÍDICO: saúde pública
SUJEITO ATIVO: apresenta-se o exercício profissional sem qualquer título de habilitação ou sem registro deste na repartição competente (Conselho Regional de Medicina, de Odontologia ou de Farmácia). Já n a modalidade “excedendo-lhe os limites”, cuida-se de crime próprio ou especial, somente pode ser praticado pelo médico, dentista ou farmacêutico devidamente habilitado
SUJEITO PASSIVO: É a coletividade (crime vago) e, mediatamente, as pessoas atendidas
AÇÃO NUCLEAR:
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO: vontade livre e consciente de exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico sem autorização legal ou exercendo nos limites. Havendo finalidade lucrativa = aplica-se cumulativa a pena de multa 
CONSUMAÇÃO: O exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica é crime habitual. O núcleo do tipo – “exercer” – autoriza a conclusão no sentido de que o delito somente se consuma com a prática reiterada e uniforme da conduta legalmente descrita, de modo a revelar o estilo de vida ilícito adotado pelo agente.
TENTATIVA: A doutrina amplamente majoritária sustenta a inadmissibilidade
 AÇÃO PENAL: pública incondicionada
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA: crime comum (primeira parte) crime próprio (segunda parte), crime forma – consuma-se com a conduta, crime habitual, crime de perigo comum, abstrato, instantâneo, comissivo, unissubjetivo e plurissubsistente.
DISTINÇÃO:
 Em caso de suspensão judicial, estará caracterizado o crime de desobediência à decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito, definido no art. 359 do Código Penal: 
Art. 359. Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial: Pena – detenção, de três meses a dois anos, ou multa. 
Tratando-se, porém, de suspensão administrativa, incidirá o crime de exercício de atividade com infração de decisão administrativa, tipificado no art. 205 do Código Penal: 
 Art. 205. Exercer atividade, de que está impedido por decisão administrativa: Pena – detenção, de três meses a dois anos, ou multa. 
ESTADO DE NECESSIDADE
Não há crime, em razão da incidência da causa excludente da ilicitude atinente ao estado de necessidade (CP, arts. 23, inc. I, e 24), nas situações em que uma pessoa, sem estar devidamente habilitada para o exercício da profissão, desempenha atividade inerente aos médicos, dentistas ou farmacêuticos, quando ausentes tais profissionais e diante de situação de perigo atual.
Art. 283 -  CHARLATANISMO
      “ - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível:”
        Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
OBJETIVIDADE JURÍDICA: O bem jurídico penalmente tutelado é a saúde pública
SUJEITO ATIVO: crime comum ou geral, podendo ser cometido por qualquer pessoa, inclusive pelos profissionais da área da saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas, farmacêuticos etc.). 
SUJEITO PASSIVO : a coletividade (crime vago). 
OBJETO MATERIAL: anúncio da cura por meio secreto ou infalível. 
OBJETO MATERIAL : o anúncio da cura por meio secreto ou infalível. Cura secreta é o tratamento de doença de maneira oculta, mediante a utilização de procedimentos ignorados pelas ciências médicas. Cura infalível, por sua vez, é o tratamento plenamente eficaz, apto a restabelecer, inevitavelmente, a saúde do paciente.
NÚCLEOS DO TIPO: “inculcar” e “anunciar”. Trata-se de tipo misto alternativo, crime de ação múltipla ou de conteúdo variado, visto o tipo penal contém dois núcleos, e a prática de ambos, no tocante ao mesmo objeto material e no mesmo contexto fático, configura um único delito. Inculcar é aconselhar, apregoar, sugerir; anunciar é noticiar, divulgar pelos mais variados meios (panfletos, cartazes, rádio, televisãoetc.)
ELEMENTO SUBJETIVO: dolo, independentemente de qualquer finalidade específica. O agente deve possuir ciência da falsidade do meio secreto ou infalível por ele inculcado ou anunciado, pois nesse ponto repousa sua fraude. Embora não se exige a finalidade de obtenção de vantagem econômica, apesar de esta ser normalmente o objetivo buscada pelo charlatão.
Guilherme de Souza Nucci discorda e assim manifesta: “ Não vemos necessidade de se exigir do agente que saiba que seu método não é infalível ou ineficaz. Ainda que seja um crédulo no que faz, o fato é que não deve assim proceder, por colocar em risco a saúde pública, podendo levar pessoas a não se tratarem em outros locais para se aventurarem em seara desconhecida e perigosa. A vontade, pois, deve voltar-se a divulgar cura por método infalível, creia nisso ou não.” 
CONSUMAÇÃO: com a mera conduta de propor ou divulgar cura de doença por meio secreto ou infalível. Crime de perigo abstrato
TENTATIVA; admissível
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA: 
crime comum (pode ser cometido por qualquer pessoa); formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado (consuma-se com a prática da conduta criminosa; de perigo comum e abstrato ; de forma livre (admite qualquer meio de execução); vago (tem como sujeito passivo um ente destituído de personalidade jurídica, qual seja, a coletividade); instantâneo; em regra comissivo; unissubjetivo, unilateral ou de concurso eventual (pode ser praticado por uma só pessoa, mas admite o concurso); e normalmente plurissubsistente (a conduta criminosa pode ser fracionada em diversos atos). 
DISTINÇÃO:
	CHARLATANISMO
	EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA
	Natureza instantânea, consuma com um só ato
	Habitual
	O agente não é sincero, sabe que nenhum efeito curativo pode ter o tratamento que inculca ou anuncia
	O agente acredita na eficácia do tratamento que aconselha ou aplica
	Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, inclusive por médico
	Na primeira parte qualquer pessoa na segunda parte do tipo médico
Art. 284 - CURANDEIRISMO
       “ Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
        I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
        II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
        III - fazendo diagnósticos:
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
        Parágrafo único - Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica também sujeito à multa.”
CURANDEIRISMO; é a prática consistente no ato de restabelecer a saúde alheia por pessoa a quem não é atribuída função, capacidade ou poder para tal fim. Em regra, é realizada por indivíduo sem qualquer título ou idoneidade técnica ou profissional para alcançar a cura.
INCISO I – prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância
 Prescrever é receitar ou recomendar; ministrar equivale a entregar para consumir ou inocular; e aplicar tem o sentido de empregar ou utilizar.
As condutas ligam-se a “qualquer substância”, seja de animal, vegetal, ou mineral (exemplos: pomadas, líquidos, partes de animais, penas de aves etc.), podendo ser ou não nociva à saúde humana .
- Os comportamentos ser realizado de forma habitual
INCISO II – usando gestos, palavras ou qualquer outro meio.
Gestos consistem no emprego de movimentos corporais, especialmente dos membros superiores e da cabeça, que podem servir para manifestar ideias ou sentimentos, a exemplo dos passes, atitudes e posturas. 
Palavras são os meios utilizados para facilitar a comunicação interpessoal, mediante linguagem escrita ou falada, tais como as rezas, benzeduras, encomendações e esconjuros.
 O legislador ainda usou de interpretação analógica (ou intra legem), empregando a expressão “ou qualquer outro meio” para abranger atos análogos aos gestos e às palavras, criados pela imaginação humana e impossíveis de serem esgotados no plano abstrato (exemplo: telepatia). 
No inciso II do art. 284 do Código Penal, impera a superstição das pessoas, independentemente da sua classe social, raça, origem ou nacionalidade.
Magalhães Noronha apresenta técnicas corriqueiras dos curandeiros: Para a facilitação do parto, deve a mulher calçar os sapatos do marido e pôr seu chapéu. Picada de cobra é curada com água benta pelo curandeiro com um ramo de alecrim. Tosse rebelde (coqueluche) com chá de fezes secas de cachorro. A febre é extinta abrindo-se ao meio uma pomba e calçando-a no pé da criança. O sangue é estancado com a aplicação de teia de aranha.
Inciso III – fazendo diagnósticos Nessa hipótese, o comportamento ilícito reduz-se a fazer diagnósticos, ato privativo do médico, mediante a constatação de uma doença ou enfermidade pelos seus sintomas ou sinais característicos. Assim agindo, o curandeiro retarda a cura ou o tratamento de uma doença, comprometendo a saúde e até mesmo a vida do enfermo. É o caso daquele que identifica um câncer no crânio como uma simples dor de cabeça, impedindo a terapia eficaz e, no mais das vezes, a preservação da vida humana.
ART. 284, parágrafo único: Atuação remunerada e aplicação cumulativa da pena de multa: Se o curandeirismo for praticado mediante remuneração, e é isto o que normalmente acontece, incidirá também a pena de multa.
BEM JURÍDICO: a saúde pública
SUJEITO ATIVO: por ser crime comum ou geral pode ser praticado por qualquer pessoa desprovida de conhecimentos médicos. 
SUJEITO PASSIVO: a coletividade (crime vago). 
ELEMENTO SUBJETIVO: dolo, independentemente de qualquer finalidade específica. Prescinde-se a intenção de alcançar vantagem indevida em consequência da conduta ilícita. A conduta sendo gratuita do curandeiro não desnatura o crime.
CONSUMAÇÃO: por ser crime habitual é necessária a prática reiterada de qualquer dos atos descritos no art. 284 do Código Penal, demonstrando um estilo de vida ilícito por parte do agente.
Ex: segundo julgado do Superior Tribunal de Justiça: “O curandeirismo ficou comprovado com a habitualidade com que o réu ministrava os ‘passes’ e obrigava, adultos e menores, a ingerirem sangue de animais e bebida alcoólica, colocando em perigo a saúde e levando os adolescentes à dependência do álcool”.
TENTATIVA: não é possível em virtude da necessidade da prática habitual
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA: crime comum (pode ser cometido por qualquer pessoa); formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado (consuma-se com a prática da conduta criminosa, prescindindo-se da superveniência do resultado naturalístico); de perigo comum e abstrato (a lei presume a situação de perigo à saúde pública); de forma vinculada (somente pode ser praticado pelos meios de execução indicados no tipo penal); vago (tem como sujeito passivo um ente destituído de personalidade jurídica, qual seja, a coletividade); habitual (a consumação reclama a reiteração de atos indicativos do estilo de vida ilícito do agente); em regra comissivo; unissubjetivo, unilateral ou de concurso eventual (pode ser praticado por uma só pessoa, mas admite o concurso); e normalmente plurissubsistente (a conduta criminosa pode ser fracionada em diversos atos). 
FORMAS QUALIFICADAS PELO RESULTADO: como ocorre em todos tipos penais deste capítulo, salvo o art. 267, o Código Penal determina por meio do art. 285 a incidência das regras contidas em seu art. 258 . 
Não se admite a modalidade culposa. 
	EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA (CP, art. 282),
	CHARLATANISMO (CP, art. 283)
	O CURANDEIRISMO
(CP, art. 284)
	 Sujeito ativo na primeira parte do tipo pode ser qualquer pessoa (crime comum ou geral), inclusive aquela dotada de conhecimentos médicos, desde que não esteja devidamente habilitada para o exercício da profissão. Porém na segunda parte do, o crime o médico, dentista ou farmacêutico exercendo a profissão excedendo aos limites (profissional que extrapola seu campo de atuação).
Crime habitual
	Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
Crime comum, podendo ser cometido inclusive pelo médico. O charlatão funciona como autêntico estelionatário da medicina, pois anuncia a curade determinada enfermidade por meio secreto ou infalível, ciente de que seu procedimento não é idôneo para tanto.
Crime instantâneo
	 Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Diferentemente, aqui o sujeito ativo não se passa por médico, dentista ou farmacêutico. Sua conduta consiste em promover habitualmente a cura, por meio de métodos vulgares, sem qualquer base técnico-científica. No entanto, ao contrário do charlatão, o curandeiro acredita ser capaz de curar seu paciente mediante a utilização de fórmulas mágicas ou sobrenaturais.
Crime habitual

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