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slide DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

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DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
Fabiana Santos Dantas
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DIREITO E SOCIEDADE
Onde há sociedade, existe o Direito: UBI SOCIETAS IBI JUS
As normas de comportamento são necessárias para organizar a sociedade, tornando as condutas previsíveis.
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TIPOS DE NORMAS ÉTICAS
RELIGIOSAS
MORAIS
JURÍDICAS
A principal diferença não é quanto ao conteúdo, mas quanto à forma de imposição.
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NOÇÕES DE DIREITO
Direito: conjunto de normas dotadas de bilateralidade, coercitividade e heteronomia.
Norma: comando ou ordem, com a função de disciplinar comportamentos ou estruturar uma instituição.
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BILATERALIDADE 
Norma
Direito						dever
Individual						Individual
Coletivo						Coletivo
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Heteronomia: O sujeito cumpre a norma mesmo contra a vontade.
Coercitividade: possibilidade de aplicar a violência para ver a norma ser cumprida
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VIOLÊNCIA: Sanções
FÍSICA				ADMINISTRATIVA
PATRIMONIAL
PSICOLÓGICA
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FUNCIONAMENTO DO DIREITO
NORMA
Fato Jurídico
(descrito na norma)
 dever
Não cumpre Sanção
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Conceitos de Direito
Ênfase normativa: Direito como norma (Direito Positivo, Direito Objetivo)
Ênfase científica: direito como ciência
Ênfase no direito subjetivo
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FONTES DO DIREITO
LEI 
COSTUME 
JURISPRUDÊNCIA
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LEI
CONCEITO
PROCESSO LEGISLATIVO
PIRÂMIDE NORMATIVA
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EXEMPLO DE LEI
LEI No 4.897, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1965
	Declara Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, Patrono da Nação Brasileira.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, é declarado patrono cívico da Nação Brasileira.
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Art. 2º As Fôrças Armadas, os estabelecimentos de ensino, as repartições públicas e de economia mista, as sociedades anônimas em que o Poder Público fôr acionista e as emprêsas concessionárias de serviços públicos homenagearão, presentes os seus servidores na sede de seus serviços a excelsa memória dêsse patrono, nela inaugurando, com festividades, no próximo dia 21 de abril, efeméride comemorativa de seu holocausto, a efígie do glorioso republicano.
Parágrafo único. As festividades de que trata êste artigo serão programadas anualmente.
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Art. 3º Esta manifestação do povo e do Govêrno da República em homenagem ao Patrono da Nação Brasileira visa evidenciar que a sentença condenatória de Joaquim José da Silva Xavier não é labéu que lhe infame a memória, pois é reconhecida e proclamada oficialmente pelos seus concidadãos, como o mais alto título de glorificação do nosso maior compatriota de todos os tempos.
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Art. 4º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 9 de dezembro de 1965; 144º da Independência e 77º da República.
H. CASTELLO BRANCO
Juracy Magalhães
Paulo Bosisio
Arthur da Costa e Silva
A. B. L. Castello Branco
Octávio Bulhões
Newton Tornaghi
Ney Fraga
Flávio Lacerda
Eduardo Gomes
Raymundo Britto
Walter Peracchi Barcellos
Mauro Thibau
Roberto de Oliveira Campos
Osvaldo Cordeiro de Farias
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COSTUME JURÍDICO
CONCEITO
ESPÉCIES
EXEMPLOS
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JURISPRUDÊNCIA
ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO
CONCEITO DE JURISPRUDÊNCIA
ESPÉCIES
EXEMPLOS
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RAMOS DO DIREITO
Distinção entre Direito Público e Privado
Ramos do Direito Público
Ramos do Direito Privado
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Noções de Direito Público:
o ESTADO
Conceito de Estado
Elementos formadores do Estado
2.1 – Território
2.2 – Povo
2.3 – Governo
2.4 - Soberania
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O povo
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
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c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
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II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
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§ 1º   Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
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Relações entre os elementos
Povo e Governo: Direito fundamentais e regime Político
Governo e Território: formas de Estado
Território e Povo: Cada Constituição define quem são os nacionais.
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Direito Constitucional Brasileiro
Constituição: norma fundamental do sistema positivo
Poder Constituinte
Constituição Brasileira: modo de elaboração e alteração (dois turnos e 3/5 dos membros)
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Número atual de emendas: 77
A Constituição não pode ser emendada durante intervenção federal, estado de defesa ou de sítio.
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Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
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Constituição Brasileira: Estrutura
250 artigos
Ato das disposições transitórias:97 artigos
Matérias principais: Constitui e organiza o Estado. Define e específica os elementos constitutivos. Prescreve os objetivos e princípios da atuação estatal.
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Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
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IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
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Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
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Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
 III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
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Direitos Fundamentais
Objetivos
Objetivo Geral
Transmitir conceitos básicos sobre direitos fundamentais e garantias constitucionais, como parte do conteúdo programático da disciplina.
 
Objetivos específicos:
Realizar a reflexão junto com os alunos sobre o significado e importância dos direitos fundamentais no cotidiano pessoal e profissional.
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Instrumentalizar os alunos com conteúdos jurídicos e ferramentas interpretativas que lhes permitam conhecer e compreender o texto constitucional, em especial o artigo 5º da Constituição Federal e legislação específica;
Contextualizar o conhecimento sobre direitos e garantias fundamentais no processo de gestão de pessoas e negócios, como ponto de aperfeiçoamento. 
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Conceito de direito subjetivo
NORMA
Fato Jurídico		 	 direito 
(descrito na norma)
 dever
 
Não cumpre Sanção
 
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Direito subjetivo “fundamental”: conceito
Direito subjetivo como resposta a necessidades (ALEXY, 1999,p.61) 
Direito fundamental: visão geral do artigo 5º da Constituição Federal
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II – Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
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Art. 6º - São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados na forma dessa constituição.
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Art. 225 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
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Classificação
Direitos de primeira geração (ou dimensão)
Direitos de segunda geração (ou dimensão)
Direitos de terceira geração (ou dimensão)
Direitos de quarta geração?
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Importância dos direitos fundamentais
Para o cidadão e para o profissional
Para a sociedade
Para o Estado
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Garantias
Conceito: meios processuais ou instrumentais, de natureza judicial ou administrativa, destinados a assegurar, garantir a concretização de direitos subjetivos. 
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Garantias de Natureza Judicial
Habeas Corpus
Habeas Data
Mandado de Segurança individual e coletivo
Mandado de injunção
Ação Popular
Ação Civil Pública
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Garantias de natureza administrativa
Direito de petição
Direito de obter certidões
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Habeas Corpus
Conceito: ação judicial contra atos que obstam a locomoção, a liberdade física do indivíduo, que são direitos previstos na Constituição Federal:
Art. 5º, XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
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Art. 5º, LXI ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
Código de Processo Penal: artigo 654.
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Objeto do Habeas Corpus:LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Tipos : Preventivo (Salvo-conduto)
			Repressivo (liberatório)
(MIRANDA, 2007,p. 276)
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Legitimidade ativa: pessoa que está ameaçada ou sofreu ameaça a sua liberdade, Ministério Público, qualquer outra pessoa física interessada em restabelecer o direito ameaçado ou violado .
Legitimidade passiva: autoridade pública ou quem lhe faça as vezes.
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EXCEÇÃO
Art. 142, §2º, CF/88: Não caberá "habeas-corpus" em relação a punições disciplinares militares.
Observação: Se a punição disciplinar for lícita e válida. Se houver cerceamento ilegal da liberdade física do militar, em tese cabe o habeas corpus.
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HABEAS DATA
Conceito: ação judicial contra atos que dificultam o acesso à informação pessoal, possibilitando a retificação, exclusão ou complementação de registros.
5º,XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
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Fundamento Constitucional
LXXII - conceder-se-á "habeas-data":
        a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
        b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
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Legitimidade ativa: apenas o titular das informações requeridas. Natureza personalíssima e sigilosa.
Legitimidade passiva: autoridade ou instituição que se recusa a fornecer as informações.
Regulamentação: Lei 9507/97
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MANDADO DE SEGURANÇA
Conceito: ação judicial destinada a garantir a efetividade de direitos não assegurados por habeas data e habeas corpus.
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
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Objeto: direito “líquido e certo” violado por ato ilegal ou abuso de poder de autoridades ou de agentes no exercício de atribuições do Poder Público.
Direito líquido e certo: conceito
Tipos: Mandado de Segurança Individual
 Mandado de Segurança Coletivo
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Legitimidade ativa individual: Pessoa Física titular de direito líquido e certo não amparado por habeas data ou habeas corpus.
Legitimidade ativa coletiva: instituição representativa de categoria profissional, associações constituídas para defesa de interesse de associados e partidos políticos.
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MANDADO DE INJUNÇÃO
Conceito: ação judicial destinada a viabilizar o exercício de direitos que dependem de legislação integradora, ainda não elaborada.
5ºLXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Lei 8038/90
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Legitimidade ativa individual: Pessoa Física titular de direito líquido e certo não amparado por habeas data ou habeas corpus.
Legitimidade ativa coletiva: 5º, XXI e 8º, III.
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AÇÃO POPULAR
Conceito: ação judicial para anular ato lesivo os bens e valores estabelecidos nas hipóteses específicas.
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
O status de cidadão. 
LEI 4717/65
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AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Conceito: ação judicial proposta por entidades, visando à prevenção ou reparação de danos ao meio ambiente, patrimônio cultural, ao direito do consumidor, direitos difusos e coletivos.
Legitimidade ativa: entidades associativas, entes públicos e Ministério Público.
Legitimidade passiva: autor do dano ou da ameaça de lesão. 
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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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DIREITO ADMINISTRATIVO
CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes, as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado
FONTE DO DIREITO APLICÁVEL: LEI EM SENTIDO AMPLO
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ÁREA DE ATUAÇÃO
REGULAMENTA A FUNÇÃO ADMINISTRATIVA TÍPICA
Poder Executivo: entidades e órgãos
Poder Judiciário e Legislativo em atividades atípicas
NÃO SE APLICA ÀS FUNÇÕES JURISIDICIONAL E LEGISLATIVA TÍPICAS
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Temas relevantes
Estrutura da Administração Pública
Atos Administrativos
Serviços Públicos
Poder de Polícia
Bens Públicos
Servidores Públicos (admissão, desligamentos, regime disciplinar e direitos)
Licitações
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Contratos administrativos
Intervenção
no domínio econômico (fomento, regulação)
Intervenção do Estado na propriedade (desapropriação, servidão, tombamento)
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PRINCÍPIOS INTERPRETATIVOS
1)SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO: o interesse público prevalece sobre o interesse privado:
Desigualdade jurídica entre a Administração e administrados
poder de criar obrigações unilateralmente e mudar condições já estabelecidas
PODER DE AUTOTUTELA
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2) INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
Para Celso Antônio Bandeira de Melo o binômio “Supremacia do Interesse Público” e “Indisponibilidade do Interesse Público” representam a verdadeira essência do regime jurídico administrativo.
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3) PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE DOS ATOS DA ADMINISTRAÇÃO
4) EXERCÍCIO DOS PODERES DISCRICIONÁRIO E PODER DE POLÍCIA
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PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
1) Conceito de princípio
2)CONSTITUCIONAIS (ART. 37)
 LEGALIDADE
MORALIDADE
PUBLICIDADE
IMPESSOALIDADE 
EFICIÊNCIA
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PRINCÍPIOS INFRACONSTITUCIONAIS
Lei nº 9784/99: artigo 2º
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
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PODERES ADMINISTRATIVOS
Poder Vinculado
Poder Discricionário
Poder Hierárquico
Poder Disciplinar
Poder Regulamentar
Poder de Polícia
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
OBJETIVO: ESTUDAR A ESTRUTURA E AS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (Formal ou subjetivo): conjunto de órgãos e entidades criadas para executar as funções administrativas estatais
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CONCEITO MATERIAL ou Objetivo: Conjunto das atividades próprias da Administração Pública:
Prestação de serviços públicos
Fomento
Regulação
Fiscalização
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ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
ADMNISTRAÇÃO DIRETA: PESSOAS POLÍTICAS
UNIÃO, ESTADOS,MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: PESSOAS JURÍDICAS ADMINISTRATIVAS
Autarquias			Sociedades de Economia 					mista
Fundações			Empresas Públicas
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ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA
ADMINISTRAÇÃO DIRETA: Integrada pelas pessoas jurídicas de Direito Público (Políticas) e seus órgãos.
ÓRGÃO: unidade de competência sem personalidade jurídica criada pelo processo de desconcentração.
Definição legal: Lei 9784/99: art. 1º, §2º I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta;
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DESCONCENTRAÇÃO
Procedimento de distribuição interna de competências baseada na hierarquia. 
Em razão da matéria: Ex. Ministério da Saúde 
Em razão do território: Ex. Superintendência Regional do Patrimônio da União. 
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OBSERVAÇÃO
A ADMINISTRAÇÃO DIRETA E A ADMINISTRAÇÃO INDIRETA UTILIZAM A DESCONCENTRAÇÃO.
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ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
CONJUNTO DAS ENTIDADES CRIADAS PARA EXECUTAR ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS ESPECÍFICAS POR DESCENTRALIZAÇÃO.
DESCENTRALIZAÇÃO: Procedimento de criação de entidades administrativas: AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES, SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E EMPRESAS PÚBLICAS.
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Paraestatalidade 
Pessoas de Direito Privado sem fins lucrativos, com função pública, que recebem incentivos governamentais e por isso são submetidas a controle.
Espécies:
Serviços sociais autônomos
Entidades de apoio
Organizações Sociais
Organizações da sociedade civil de interesse público
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PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 28.12.1966)
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NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO
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DIREITO TRIBUTÁRIO
CONCEITO:Ramo do Direito Positivo que regula as relações jurídicas estabelecidas entre o Estado e os contribuintes, tendo por objeto a criação, fiscalização, modificação e extinção de tributos.
Distinção entre Direito Tributário e Direito Financeiro
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Fontes do Direito Tributário
Fonte formal: Lei (princípio da legalidade tributária)
Normas jurídicas aplicáveis: Constituição Federal, Código Tributário Nacional, leis extravagantes.
Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
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Normas de interpretação
Para casos omissos
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I - a analogia;
II - os princípios gerais de direito tributário;
III - os princípios gerais de direito público;
IV - a eqüidade.
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
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Interpretação literal ou restritiva
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
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Interpretação mais favorável
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:
I - à capitulação legal do fato;
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos;
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Princípio da Legalidade Tributária 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
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Princípio da Igualdade ou da Isonomia tributária (art. 150, II, da CF/88) 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direito.;
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Princípio da Irretroatividade (em matéria tributária)
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
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Princípio da Anterioridade anual (ou anterioridade do exercício)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
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EXCEÇÕES À ANTERIORIDADE
Exceções à anterioridade: § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II;
148, I: Empréstimos compulsório, no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse naciona.
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Art. 153
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
IV - produtos
industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
154, II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
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Anterioridade nonagesimal
Princípio da Anterioridade nonagesimal (anterioridade mitigada ou da noventena)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
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Exceções 
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
e
Fixação de base de cálculo do IPVA e IPTU.
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Princípio da Capacidade Contributiva (art. 145, §1º da CF/88) 
Princípio da seletividade
Princípio da não cumulatividade
Princípio do non bis in idem: não se confunde com bi-tributação. É a proibição da mesma entidade tributar em duplicidade o mesmo fato.
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Tributo
Conceito: 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
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Espécies tributárias
Art. 16 Código Tributário. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição
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Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
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Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
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Fato gerador
Conceito legal: Situação de fato ou jurídica
 Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
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OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E ACESSÓRIA
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorrente da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
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Sujeito ativo e sujeito passivo
Sujeito ativo: entidade (pessoa jurídica) de Direito Público competente para exigir o cumprimento
Sujeito passivo: contribuinte ou responsável
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Causas de extinção
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
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V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. (Inciso incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149.
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NOÇÕES DE DIREITO PENAL
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O QUE É CRIME?
CONCEITO DE CRIME
Elementos: Tipicidade e antijuridicidade
Art. 1º do CP - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
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EXEMPLO 1: CRIME DE DANO
Dano
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Dano qualificado
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista; 
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
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EXEMPLO 2: ESTELIONATO
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.
OMISSIS
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Dever de sigilo profissional
O profissional de Contabilidade tem o dever de guardar sigilo das informações recebidas no exercício da profissão.
O cliente tem o direito ao sigilo.
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Sigilo profissional (garantias)
Artigo 207 do CPP, que “são proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho”.
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Código de Processo Civil
Art. 363. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa:
I – se concernente a negócios da própria vida da família;
II – se a sua apresentação puder violar dever de honra;
III – se a publicidade do documento redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes consangüíneos ou afins até o terceiro grau; ou lhes representar perigo de ação penal;
IV – se a exibição acarretar a divulgação de fatos, a cujo respeito, por estado ou profissão, devam guardar segredo;
V – se subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem a recusa da exibição.
Parágrafo único.
Se os motivos de que tratam os ns. I a V disserem respeito só a uma parte do conteúdo do documento, da outra se extrairá uma suma para ser apresentada em juízo.
 
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Art. 406. A testemunha não é obrigada a depor de  fatos:
I – que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge e aos seus parentes consangüíneos ou afins, em linha reta, ou na colateral em segundo grau;
II – a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
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Código Civil
Art. 229. Ninguém pode ser obrigado a depor sobre fato:
I – a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar segredo;
II – a que não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, parente em grau sucessível, ou amigo íntimo;
III – que o exponha, ou às pessoas referidas no inciso antecedente, a perigo de vida, de demanda, ou de dano patrimonial imediato.
 
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Código Tributário Nacional
Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:
I – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
II – os bancos, as casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras;
III – as empresas de administração de bens;
IV – os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
V – os inventariantes;
VI – os síndicos, comissários e liquidatários;
VII – quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
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Crime de violação do sigilo profissional
Violação do segredo profissional
 
Art. 154 do CP - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
 
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
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Casos práticos
1) PROCESSUAL PENAL. TESTEMUNHA. ESCUSA. ART. 207 DO CPP. CONTADOR.
REALIZAÇÃO DE AUDITORIA. QUESTÕES INTERNAS DA EMPRESA. DEVER DE SIGILO.
I - É possível a um contador prestar esclarecimentos sobre o método de realização de uma auditoria específica e o porquê das conclusões a que chegou, sem que adentre a questões interna corporis da empresa auditada.
II - Relevância do depoimento do experto, porquanto os fatos por ele relatados, em razão da feitura da auditoria, é que levaram à instauração da persecutio criminis contra o recorrido, diante da suposta prática de estelionato contra a empresa.
III - Hipótese em que o acórdão recorrido resguardou o sigilo profissional em relação às questões internas da empresa, contudo, afastou a sua aplicação no tocante aos termos da perícia realizada.
Conclusões que levam, na verdade, a uma concessão parcial da segurança, e não à sua denegação.
Recurso parcialmente provido.
(RMS 17.783/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 06/04/2004, DJ 31/05/2004, p. 331)
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2) PROCESSUAL CIVIL. SIGILO PROFISSIONAL RESGUARDADO.
O sigilo profissional é exigência fundamental da vida social que se deve ser respeitado como princípio de ordem pública, por isso mesmo que o Poder Judiciário não dispõe de força cogente para impor a sua revelação, salvo na hipótese de existir específica norma de lei formal autorizando a possibilidade de sua quebra, o que não se verifica na espécie.
O interesse público do sigilo profissional decorre do fato de se constituir em um elemento essencial à existência e à dignidade de certas categorias, e à necessidade de se tutelar a confiança nelas depositada, sem o que seria inviável o desempenho de suas funções, bem como por se revelar em uma exigência da vida e da paz social.
Hipótese em que se exigiu da recorrente ela que tem notória especialização em serviços contábeis e de auditoria e não é parte na causa - a revelação de segredos profissionais obtidos quando anteriormente prestou serviços à ré da ação.
Recurso provido, com a concessão da segurança.
(RMS 9.612/SP, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, QUARTA TURMA, julgado em 03/09/1998, DJ 09/11/1998, p. 103)
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Pessoas físicas e jurídicas
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Personalidade
Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
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ABSOLUTAMENTE INCAPAZES
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
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RELATIVAMENTE INCAPAZES
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
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Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
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I - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
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MORTE
art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
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Pessoas Jurídicas
rt. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
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Desconsideração da pessoa jurídica
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.
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Tipos de pessoas jurídicas de Direito Privado
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
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Associação e fundação
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência.
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Sociedades
Simples
Em nome coletivo:
Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.
Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um.
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Sociedade Limitada
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
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Contrato social
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;
II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
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V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;
VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições;
VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.
Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato.
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SOCIEDADE ANÔNIMA
Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir.
 
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TÍTULOS EMITIDOS PELA S/A
Ações
Partes beneficiárias: títulos negociáveis, representativo de parte do capital, sem direito a voto, dá direito à participação no lucro líquido anual
Debêntures: empréstimo público.
Bônus de subscrição: título que confere direito de preferência à subscrição de ações.
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EIRELI
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada.
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§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. 
§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. 
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§ 4º VETADO
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional. 
§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
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Comparação entre Eireli e Empresário individual
Quanto à responsabilidade
Quanto à formação do nome
Quanto à formação do capital social
Fonte: SESCON. Cartilha Eireli – Principais aspectos da nova figura jurídica.
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Falência e recuperação de empresas 
Diferença entre insolvência e falência
Conceito de Falência
Lei 1101/2005
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Recuperação judicial
Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
 Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente:
        I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
        II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
        III – não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;
        IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
        Parágrafo único. A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente.
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Convolação em falência
 Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial:
        I – por deliberação da assembléia-geral de credores, na forma do art. 42 desta Lei;
        II – pela não apresentação, pelo devedor, do plano de recuperação no prazo do art. 53 desta Lei;
        III – quando houver sido rejeitado o plano de recuperação, nos termos do § 4o do art. 56 desta Lei;
        IV – por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação, na forma do § 1o do art. 61 desta Lei.
        Parágrafo único. O disposto neste artigo não impede a decretação da falência por inadimplemento de obrigação não sujeita à recuperação judicial, nos termos dos incisos I ou II do caput do art. 94 desta Lei, ou por prática de ato previsto no inciso III do caput do art. 94 desta Lei.
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   Art. 77. A decretação da falência determina o vencimento antecipado das dívidas do devedor e dos sócios ilimitada e solidariamente responsáveis, com o abatimento proporcional dos juros, e converte todos os créditos em moeda estrangeira para a moeda do País, pelo câmbio do dia da decisão judicial, para todos os efeitos desta Lei.
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Art. 81. A decisão que decreta a falência da sociedade com sócios ilimitadamente responsáveis também acarreta a falência destes, que ficam sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação à sociedade falida e, por isso, deverão ser citados para apresentar contestação, se assim o desejarem.
        § 1o O disposto no caput deste artigo aplica-se ao sócio que tenha se retirado voluntariamente ou que tenha sido excluído da sociedade, há menos de 2 (dois) anos, quanto às dívidas existentes na data do arquivamento da alteração
do contrato, no caso de não terem sido solvidas até a data da decretação da falência.
        § 2o As sociedades falidas serão representadas na falência por seus administradores ou liquidantes, os quais terão os mesmos direitos e, sob as mesmas penas, ficarão sujeitos às obrigações que cabem ao falido.
        Art. 82. A responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade limitada, dos controladores e dos administradores da sociedade falida, estabelecida nas respectivas leis, será apurada no próprio juízo da falência, independentemente da realização do ativo e da prova da sua insuficiência para cobrir o passivo, observado o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil.
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Motivos para a falência
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
        I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência;
        II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;
       
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DEFESAS POSSÍVEIS
Art. 96. A falência requerida com base no art. 94, inciso I do caput, desta Lei, não será decretada se o requerido provar:
        I – falsidade de título;
        II – prescrição;
        III – nulidade de obrigação ou de título;
        IV – pagamento da dívida;
       
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III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial:
        a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos;
        b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não;
        c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo;
        d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor;
        e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo;
        f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento;
        g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial.
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V – qualquer outro fato que extinga ou suspenda obrigação ou não legitime a cobrança de título;
        VI – vício em protesto ou em seu instrumento;
        VII – apresentação de pedido de recuperação judicial no prazo da contestação, observados os requisitos do art. 51 desta Lei;
        VIII – cessação das atividades empresariais mais de 2 (dois) anos antes do pedido de falência, comprovada por documento hábil do Registro Público de Empresas, o qual não prevalecerá contra prova de exercício posterior ao ato registrado.
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ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO DE CRÉDITOS
  I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;
        II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
        III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias;
        IV – créditos com privilégio especial
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  V – créditos com privilégio geral, a saber:
VI- Créditos quirografários
 VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias;
VIII – créditos subordinados, a saber:

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