Buscar

BAC002_Aulas31a36_UnidadeTextual

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

BAC002 - Comunicação e Expressão
 
– Aulas 31 a 36 –
UNIDADE TEXTUAL
Professora Márcia de Souza Luz Freitas
Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)
Texto é a manifestação linguística produzida por alguém, numa situação concreta (contexto), com intenção determinada; sua produção pressupõe, sempre, a existência de um interlocutor, a quem o autor se dirige.
 
Olga FREITAS, 2006
CONTEXTO
Em 12 de abril de 2012 00:33, XxxXx <xxxxxxxx@yahoo.com.br> escreveu:
boa noite professora...
só estou te mandando esse e-mail para que você me coloque na sua lista de e-mails.
Obrigado!
Exemplo para análise:
Locutor
Interlocutor
Exemplo para análise:
Texto: Escolhas lexicais
A palavra texto tem a mesma origem da palavra tecido.
Um texto não é um amontoado de palavras soltas, desconexas.
A unidade textual
O parágrafo como unidade de composição em textos acadêmicos
signum sectionis
 “Parágrafo é a unidade de composição constituída por um ou mais períodos, em que se desenvolve determinada ideia central, a que se agarram outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela.”
(Othon M. Garcia, 1983:203) 
O parágrafo: estrutura
O parágrafo pode ser considerado um microtexto, contendo, portanto, introdução, desenvolvimento e, em alguns casos, conclusão. 
O parágrafo: estrutura
Tópico Frasal (TF) ou frase-núcleo ou introdução. Consta, na maioria dos casos, de um ou dois períodos curtos iniciais em que se expressa de maneira clara e sucinta a ideia de núcleo. É uma generalização.
O parágrafo: estrutura
Desenvolvimento: é a explanação mesma da frase-núcleo. São as especificações que seguem a generalização do tópico frasal.
O parágrafo: estrutura
Conclusão: (raramente nos parágrafos pouco extensos) retoma o objetivo expresso na frase-núcleo, recapitula e resume os aspectos apresentados no desenvolvimento.
O bom professor problematiza o conteúdo e desafia intelectualmente seus alunos. O bom professor não se limita a apresentar um conteúdo, a mostrar seu conhecimento. Seu objetivo primeiro é o aprendizado do aluno. Nesse contexto, uma das estratégias eficazes consiste em trabalhar o conteúdo problematizando situações e solicitando dos alunos soluções. Dessa forma, o professor convida o aluno a participar dos rumos da aula e um verdadeiro processo de ensino aprendizagem se estabelece (Loder, 2005, p. 9).
Exemplo para análise:
O bom professor problematiza o conteúdo e desafia intelectualmente seus alunos. O bom professor não se limita a apresentar um conteúdo, a mostrar seu conhecimento. Seu objetivo primeiro é o aprendizado do aluno. Nesse contexto, uma das estratégias eficazes consiste em trabalhar o conteúdo problematizando situações e solicitando dos alunos soluções. Dessa forma, o professor convida o aluno a participar dos rumos da aula e um verdadeiro processo de ensino aprendizagem se estabelece (Loder, 2005, p. 9).
Exemplo para análise:
Em 2012 foi realizada com grande sucesso em Florianópolis e além de competição também é um meio de incentivar a preservação do meio ambiente. Porém para os próximos anos espera-se uma maior divulgação para que mais brasileiros possam acompanhar um evento grande como este.
Exemplo para análise:
A composição do parágrafo
Orientações
Um texto deve sempre abordar um mesmo assunto. Quando se muda de parágrafo, portanto, não se muda de assunto, mas sim de argumentos, aspectos de abordagem, focos de enunciação etc. 
(ANDRADE; HENRIQUES, 1999, p.100).
A composição do parágrafo
Orientações
Unidade: manutenção de apenas uma ideia principal – as ideias secundárias devem girar em torno dela.
Coerência: relação de sentido entre a ideia principal e as secundárias.
A composição do parágrafo
Orientações
Concisão: apresentação das ideias sem estender demasiadamente o parágrafo (objetividade).
Clareza: apresentação clara dos argumentos (escolha de palavras, construção sintática).
O parágrafo: como desenvolver
Declaração;
Definição;
Divisão;
Oposição;
Alusão histórica (fato real);
Pergunta.
O parágrafo: como desenvolver
TF + explicitação da ideia inicial;
TF+ ordenação por causa e consequência;
TF+ ordenação por contraste (confronto);
TF+ ordenação por enumeração;
TF+ exemplificação;
TF + comparação ou analogia;
TF (pergunta) + respostas.
O que NÃO fazer...
Usar o título como parte da frase.
DESAFIO SOLAR BRASIL
 
 É realizado no Brasil, anualmente, desde 2009. (…)
O que NÃO fazer...
Começar seções com conectivos que “pedem” algo antes.
4. CONCLUSÃO
 
 Contudo,  os estudantes podem, assim,  realizar (...).
O que NÃO fazer...
Começar seções com expressões “óbvias”.
4. CONCLUSÃO
 
 Conclui-se que a meta é que a competição brasileira (...).
O que NÃO fazer...
Redigir parágrafos com apenas uma frase.
	(...)
 Hilan Francis envia um vídeo em que seu filho Benjamim mostra-se amante de música eletrônica.
	O último vídeo mostra o “filho Gourmet”, voltado para a preparação de um filé de frango.
O que NÃO fazer...
Formular frases muito extensas.
 O Desafio solar, que ocorre três vezes ao ano nos estados do Rio de Janeiro e Santa Catarina, se trata de um rali de barcos movidos a energia solar, que visa o desenvolvimento de barcos ecologicamente corretos, que causam pouco ou nenhum dano a natureza, e de tecnologias avançadas para a captação da energia solar fotovoltaica.
A progressão textual
Professora Márcia de Souza Luz Freitas
A coesão
Marcas linguísticas da superfície do texto, de caráter sintático ou gramatical.
Tipos de coesão
Referencial
Recorrencial
Sequencial
Coesão Referencial
Um elemento da sequencia textual faz remissão a outro elemento do mesmo texto.
Mecanismos de Coesão Referencial
Substituição de um elemento por outro:
Pronomes (pessoais, indefinidos, demonstrativos, possessivos, interrogativos, relativos);
Verbos (fazer, ser);
Advérbios;
Numerais.
Mecanismos de Coesão Referencial
Reiteração de elementos do texto:
Repetições (de forma idêntica, abreviada, ampliada, cognata);
Sinônimos (ou quase-sinônimos);
Expressões nominais definidas.
Coesão Recorrencial
Repetição de um elemento anterior , como uma alusão, uma “recordação”.
Mecanismos de Coesão Recorrencial
Recorrência (literal) de termos;
Paralelismo;
Paráfrase;
Recursos fonológicos;
Elipse.
Coesão Sequencial
Mecanismos de desenvolvimento textual por meio de procedimentos de manutenção temática, com o emprego de termos pertencentes ao mesmo campo semântico (escolhas lexicais, vocabulário específico), e de processos de progressão temática (expressões de tempo, causa, consequência, contradição etc.).
A coerência
Coerência textual diz respeito às articulações de ideias que conferem sentido a um texto. Ela é um dos requisitos da textualidade. A coerência se manifesta no plano das ideias, dos conceitos.
A coerência
A coerência de um texto não está propriamente no texto, ou na simples organização linguística: é uma qualidade que se constrói na leitura e interpretação dos textos, sejam eles verbais ou não verbais.
A coerência
A coerência textual é estabelecida por meio de fatores não estritamente linguísticos, tais como o contexto situacional, os interlocutores em si, suas crenças e intenções comunicativas, o relacionamento social entre eles, além da função comunicativa do texto.
Tipos de coerência
Interna
Externa
Princípios da coerência
Princípio da Não-Contradição: para que um texto seja coerente, torna-se necessário que o seu desenvolvimento não introduza nenhum elemento semântico que contradiga um conteúdo apresentado ou pressuposto por uma ocorrência anterior ou dedutível por inferência.
Princípios da coerência
Princípio da Relação: para que um texto seja coerente, torna-se necessário que denote, no seu mundo de representação, fatos que se apresentem
diretamente relacionados (congruência).
A novela Belíssima
Um estudo de caso
FICHA TÉCNICA
Autoria: Silvio de Abreu
Escrita por: Silvio de Abreu, Sérgio Marques e Vinícius Vianna
Direção: Flávia Lacerda, Gustavo Fernandez e Natália Grimberg
Direção geral: Denise Saraceni, Carlos Araújo e Luiz Henrique Rios
Direção de núcleo: Denise Saraceni
Período de exibição:07/11/2005 – 07/07/2006
Horário: 20h
Nº de capítulos: 209
Início da trama...
A história começa na Grécia, quando Pedro (Henri Castelli) e Vitória (Cláudia Abreu) preparam seu casamento. Pedro é neto da poderosa Bia Falcão (Fernanda Montenegro), uma mulher ardilosa, capaz de tudo para atingir seus objetivos. Bia Falcão é a vilã da história. Rica, fria e calculista, ela é contra o casamento de seu neto com Vitória, uma ex-menina de rua, e tenta separá-los a qualquer custo.
Vá anotando a possível idade das personagens
avó
bisavó
A coerência textual também depende do conhecimento prévio do leitor para estabelecer a significação entre as partes de um texto, desvendando os subentendidos e identificando os “fios condutores” dos raciocínios.
Informações explícitas e implícitas
Informações explícitas 
são aquelas que estão materializadas na superfície do texto por meio das estruturas linguísticas (palavras, frases).
É o que está posto no texto.
Informações explícitas e implícitas
Há uma série de informações que estão nas entrelinhas do texto, cuja “descoberta” cabe ao interlocutor. São as informações implícitas, que se subdividem em pressupostos e subentendidos. 
Informações explícitas e implícitas
Pressupostos: identificados quando se veicula uma mensagem adicional a partir de alguma palavra ou expressão.
Subentendidos: deduzidos pelo interlocutor, e justamente por essa ideia de dedução, podem não ser verdadeiros.
Pressupostos
O pressuposto é um dado posto como indiscutível para o falante e para o ouvinte; não é para ser contestado.
Os pressupostos são marcados, nas frases, por meio de vários indicadores linguísticos.
Exemplos
Pressuposto:
O tempo continua instável.
Subentendido:
«Zé: – Vamos à praia?
Carlos: – Está ventando.»
Subentendidos
Os subentendidos são de responsabilidade do ouvinte, pois o falante ao subentender, esconde-se por trás do sentido literal das palavras e pode dizer que não estava querendo dizer o que o ouvinte compreendeu.
Referências
ANDRADE, Margarida M. HENRIQUES, Antonio. Língua Portuguesa: noções básicas para cursos superiores. São Paulo: Ática, 1999.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 7.ed. Rio de Janeiro: FGV, 1978.
Atividade Avaliativa
Em grupo (6 grupos)
Grupo 1 – A construção do parágrafo
Grupo 2 – Processos de referenciação
Grupo 3 – Mecanismos de coesão referencial
Grupo 4 – Mecanismos de coesão recorrencial
Grupo 5 – Mecanismos de coesão sequencial
Grupo 6 – Progressão Textual: coerência
Grupo 7 – Informações explícitas e implícitas
Atividade Avaliativa
Pesquisar o tema do grupo e elaborar apresentação com duração de 15 minutos.
Atividade Avaliativa
Atenção:
Seguir critérios de Comunicação Oral, com utilização de recursos tecnológicos.
Para exemplificação, usar materiais variados (criatividade!): textos, imagens, fotos, vídeos etc..
Apresentação na aula de 12-13/05.
O robô que aparece neste material:
Adaptações de imagens do robô Ed , mascote do programa CONPET, disponíveis em vários sites. Para saber mais sobre Êd ou sobre o CONPET, clique nos links abaixo.
http://www.ed.conpet.gov.br/br/quemsoueu.php
http://www.conpet.gov.br/portal/conpet/pt_br/pagina-inicial.shtml 
http://www.ed.conpet.gov.br/br/creditos.php

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais