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Agentes Agressivos Desempenho e Sustentabilidade Prof. Cristina Vitorino da Silva cristina@uricer.edu.br URI - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - Campus de Erechim Curso de Engenharia Civil MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I (38-251) Durabilidade Capacidade de um produto, componente, montagem ou construção manter-se em serviço ou em utilização, ou de desempenhar as funções para as quais foi projetado durante um determinado período de tempo. (ASTM E632-82,1996) Intervalo de tempo ao longo do qual a edificação e suas partes constituintes atendem aos requisitos funcionais para os quais foram projetadas, obedecidos aos planos de operação, uso e manutenção previstos. (NBR 5674, 1999) Vida Útil Sistema VUP mínima (em anos) Estrutura ≥40 Pisos internos ≥13 Vedação vertical externa ≥40 Vedação vertical interna ≥20 Revestimento ≥13 Cobertura ≥20 Hidrossanitário ≥20 Vida Útil de Projeto Mínima NBR 15575, 2008 Obsolescência É a condição que ocorre a um produto ou serviço que deixa de ser útil, mesmo estando em perfeito estado de funcionamento, devido ao surgimento de um produto tecnologicamente mais avançado A obsolescência programada foi criada, na década de 1920, pelo então presidente da General Motors, Alfred Sloan. Chevrolet Volt, da GM Obsolescência Incompatibilidade dificulta a substituição ! Desempenho Conceito na construção Comportamento em uso de um edifício habitacional e dos sistemas que o compõe (NBR 15575-1, 2008). Condomínio residencial Bed Zed, Inglaterra, do arquiteto Bill Dunster , http://www.rmi.org Desempenho Exigências do usuário Condições de exposição Edifícios e suas partes Requisitos de desempenho Critérios de desempenho Métodos de avaliação Qualitativos Quantitativos • segurança estrutural; • segurança ao fogo; • segurança à estanqueidade; • conforto higrotérmico; • pureza do ar; • conforto acústico; • conforto visual; • conforto tátil; • conforto antropodinâmico; • higiene; • adaptação ao uso; • durabilidade; • economia • temperatura; • umidade; • insolação; • ventos; • precipitação O material de construção apresentou desempenho adequado? Desempenho dos Materiais Desempenho dos Materiais O material de construção apresentou desempenho adequado? Desempenho Manutenção Conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade funcional da edificação e de suas partes constituintes de forma a atender as necessidades e segurança dos seus usuários. (ABNT NBR 5674, 1999) Fonte: Multeffect engenharia Propriedades dos Materiais Densidade Teor de umidade Absorção de água Resistência Rigidez Deformação Dutilidade Elasticidade Fadiga Fluência Aparência Vida útil Propriedades Caracterização - Ensaios destrutivos - Ensaios não-destrutivos Propriedade dos Materiais Características intrínsecas dos materiais Ensaios normalizados Especificações normativas Propriedade dos Materiais Propriedade dos Materiais Durabilidade Principais ensaios de caracterização GERAIS ESPECIAIS FÍSICOS Massa específica Porosidade Permeabilidade Aderência Dilatação térmica Condutibilidade térmica e acústica Desgaste MECÂNICOS METALOGRÁFICOS Estáticos Tração Compressão Flexão Torção Cisalhamento Torção Dinâmicos Compressão Fadiga Flexão Torção Flexão Compressão Micrográfico Micrográfico Maleabilidade Soldabilidade TECNOLÓGICOS Dobramento Fusibifidade Principais ensaios de caracterização Tração Compressão Cisalhamento Flexão Torção Degradação Mecanismos de Degradação: Consiste em uma sequência de mudanças físicas e/ou químicas que conduzem a perda de uma ou mais propriedades de um componente ou material; Agentes Agressivos: Qualquer fator externo que afete de maneira desfavorável o desempenho de um componente ou material; PROCESSO DE DEGRADAÇÃO Degradação Materiais de construção sofrem transformações ao interagirem com o ambiente: Transformações reversíveis; Transformações irreversíveis – perda de qualidade ou valor; Mecanismos de Degradação Agentes Agressivos Fatores externos Fatores atmosféricos Fatores biológicos Fatores de carga Fatores de incompatibilidade Fatores de uso Climas quentes e úmidos são os mais prejudiciais à conservação das edificações Crescimento de microorganismos, insetos; Desenvolvimento de reações químicas Presença de água nos materiais Agentes Agressivos (Antunes, 2010) Climas quentes e secos: principal forma de degradação é por ação da temperatura – grandes amplitudes térmicas Efeitos de retração e expansão Agentes Agressivos O nível de agressividade que cada agente agressivo representa depende da vulnerabilidade/sensibilidade do material ao mesmo Climas frios geram problemas relacionados à condensação de vapor d’água sobre os materiais e pelo congelamento da água presente nos poros e cavidades Agentes Agressivos Madeira Plástico Borrachas Fibras Pigmentos Fatores atmosféricos Radiação solar: - Agente especialmente destrutivo aos materiais orgânicos Agentes Agressivos Fatores atmosféricos Presença de água nas edificações: - Umidade ascensional proveniente do solo - Umidade por infiltração de água da chuva - Umidade de condensação - Umidade devido à higroscopicidade dos materiais - Umidade de obra - Umidade acidental Agentes Agressivos Construção Civil e o Meio Ambiente Contextualização Recursos naturais renováveis São aqueles que podem ser recolocados na natureza ou se regenerar através de processos naturais a uma taxa equivalente ou maior que o consumo humano - Água, - Ar, etc. (Parque Eólico em Osório, RS Fonte: Ponche Verde.). Contextualização Recursos naturais não renováveis São aqueles que não podem ser produzidos, regenerados ou reutilizados a uma escala que possa sustentar a sua taxa de consumo. - Combustíveis fósseis, - Minérios, - ... Fonte: http://www.riosvivos.org.br Recurso natural Material de construção Madeira forros; pisos, etc. Argila tijolos; cimento, etc. Minérios aço; alumínio, etc. Petróleo plásticos; vinílicos, etc. Rochas agregado graúdo (brita); revestimentos, etc. Areias agregado miúdo; vidro Recursos Naturais na Construção Consumo de Recursos Naturais Entre 40% e 75% das matérias-primas extraídas da natureza são transformados em materiais de construção (John, 2000). GERAÇÃO DE RESÍDUOS Reaproveitamento!!! Consumo de Recursos Naturais Consumo de Recursos Naturais O consumo de agregados naturais varia entre 1 e 8 toneladas/habitante.ano. No Brasil, o consumo de agregados naturais somente na produção de concreto e argamassas é de 220 milhões de toneladas. Fonte: http://asgeologia.blogspot.com.br/ Consumo de Recursos Naturais Consumo de Recursos Naturais Consumo de Recursos Naturais O volume de entulho deconstrução e demolição gerado é até duas vezes maior que o volume de resíduo sólido urbano. (Ângulo, 2005) Os valores internacionais oscilam entre 0,7 a 1 ton/habitante.ano No ano de 2006, foi gerado no mundo cerca de 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos(UNEP, 2010) No Brasil: consumo diário de150 mil toneladas RSU (PNSB, 2010) Gerenciamento de Resíduos Sólidos Os resíduos sólidos são classificados em (NBR 10004,2004): Classe I – Perigosos; Classe II – Não perigosos - Classe IIA - Não Inertes (contaminados); - Classe IIB – Inertes Constituição do RCD: Restos de brita, argamassas, concretos, materiais cerâmicos, areia, gesso, madeira, metais, papéis, plásticos, pedras, tijolos, tintas, resinas, tubos, fios, etc. A resolução CONAMA 307/2002 estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a Gestão dos Resíduos da Construção Civil e cria a cadeia de responsabilidades: gerador - transportador - municípios 59% Reformas 20% Construção de residências 21% Construção de edifícios Geração de RCD no Brasil – Gestão de Resíduos de Construção Civil – A visão do SINDUSCON-SP (A. A. Campos) Gerenciamento de Resíduos Sólidos Legislação Lei n° 12305/2010: Política Nacional de Resíduos Sólidos. - Artigos 20 e 21, obrigam as empresas de construção civil, entre outras empresas e estabelecimentos, a elaborarem um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Lei estadual nº. 11.520/2000: institui o Código Estadual do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências - Art. 218: responsabilidades pelos resíduos produzidos; - Art. 222: responsabilidade de recuperação de áreas degradadas pela ação da disposição de resíduos (RIO GRANDE DO SUL,2000). Fonte: ambiencia.org Gerenciamento de Resíduos Sólidos Legislação Lei estadual nº. 9.921/1993: dispõe sobre a gestão dos resíduos. - Obriga a separação dos resíduos sólidos na origem, visando o reaproveitamento e ainda preconiza que os municípios devem implantar programas educacionais e projetos de sistemas de coleta segregativa, entre outras disposições. Outras resoluções: - Resolução CONSEMA nº 017/2001 - Resolução CONSEMA, nº109/05 - Lei Federal 10.257/01 Fonte: ambiencia.org Gerenciamento de Resíduos Sólidos Materiais de construção Evolução da humanidade SUSTENTABILIDADE DA HUMANIDADE Construção Civil e o Meio Ambiente Processo Sustentável Gerenciamento de Resíduos EVITAR a geração de resíduos MINIMIZAR a geração de resíduos RECICLAR os resíduos ELIMINAR de maneira ambientalmente segura Evitar o desperdício de materiais Processo Sustentável Antigos parâmetros Aspectos estéticos Aspectos econômicos Aspectos técnicos – propriedades dos materiais As normas têm força de lei! Processo Sustentável x Escolha dos Materiais de Construção Novos parâmetros Sustentabilidade Desempenho Garantia do resultado desejado, com preocupação ambiental! Processo Sustentável x Escolha dos Materiais de Construção Novas tecnologias Fonte: http://www.matpar.com.br/blog/pre- fabricados/matpar-fara-aplicacao-inedita-do- concreto-autoadensavel/ Fonte: Ópera de Sydney, Austrália Processo Sustentável x Escolha dos Materiais de Construção Construção Sustentável Casas Contâiners Fonte: http://www.casarima.com.br/blog/?cat=1&paged=3 Próxima aula... Agregados
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