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Introdução à Bioquímica Clínica Faculdade Estácio do Recife Curso de Farmácia Prof: Wanderlan Pontes Introdução à Bioquímica Clínica Exames que devem ser analisados em conjunto com outros exames como o hemograma e da urinálise Rotina de um setor bioquímico Fase pré-analítica Fase analítica Fase pós-analítica Fase Pré-analítica solicitação do exame qualificação e obtenção da amostra Fase Analítica Fase pós-analítica análise do resultado obtido (a qual passa por cálculos, validação e correlação clínico laboratorial/interpretação) liberação de laudos armazenamento das amostras. Fluxo de Processos – Fases da Assistência Laboratorial Conceitos importantes Analito: é o componente de uma amostra que é alvo de análise ou é de interesse para uma determinada análise. Padrão: material calibrador em matriz não protéica, geralmente cada padrão serve para um único analito. Calibrador: material calibrador em matriz proteica, geralmente com características físico-químicas mais próximas da amostra humana. Controle: material preparado com média e intervalo informados pelo fabricante e que são utilizados para monitorar a precisão dos ensaios realizados. Validação de processos: provar e documentar resultados que indiquem que o método é seguro dentro dos limites estabelecidos, e que com sua aplicação se conseguem os resultados desejados. Valor de referência: estabelecido estudando-se um grupo de controle constituído de indivíduos clinicamente “normais”. Insumos: nome genérico usado para materiais utilizados em um processo. Controle interno da qualidade: é o controle intralaboratorial aplicado aos processos internos para verificação de operação dentro dos parâmetros pré-estabelecidos para obtenção do padrão de qualidade desejado. Controle externo da qualidade: ensaios de proficiência realizados por meio da análise de padrões certificados e comparações entre laboratórios. Conceitos importantes Aspectos do Controle de Qualidade no Setor de Bioquímica Conjunto de atividades planejadas que se destinam a monitorar os processos e eliminar as causas de desempenho insatisfatório em todas as etapas do ciclo da qualidade; Estudo de erros e procedimentos para minimizá-los; Registro de todas as ações; Ações preventivas e corretivas. Confiabilidade dos resultados de exames controle de qualidade Evolução dos métodos e novas tecnologias (automatização) Produtividade Precisão Exatidão Aspectos do Controle de Qualidade no Setor de Bioquímica Padronização de processos estabelece uma maneira padronizada de executar todas as etapas envolvidas na realização de um determinado exame, a fim de prevenir, detectar, identificar e corrigir erros ou variações que possam ocorrer em todas as fases da realização do teste Instrução de Trabalho (IT) ou Procedimento Operacional Padrão (POP) atendimento ao cliente, coleta de amostras, limpeza e descarte de material, manipulação de equipamento, realização dos diversos exames liberação de laudos. Aspectos do Controle de Qualidade no Setor de Bioquímica Padronização dos Processos Pré-Analíticos Tipos de amostras utilizadas em dosagens bioquímicas: Sangue total: obtido através da coleta em tubo com anticoagulante. Ex: no teste da hemoglobina glicada utiliza-se sangue total com EDTA. Plasma: parte líquida do sangue coletado em tubo com anticoagulante. Soro: é a parte liquida do sangue coletado em tubo sem anticoagulante, sendo o soro obtido após centrifugação. OBS: O anticoagulante não deve interferir na reação química Anticoagulantes Heparina: anticoagulante que menos interfere EDTA (ácido etilenodiaminotetracético): anticoagulante de escolha para exames hematológicos, pois preserva os componentes celulares do sangue sem alterar sua morfologia NaF: inibe a enzima enolase na via glicolítica e assim previne a degradação da glicose (glicose estável por 8 horas a 25°C e por 48 horas entre 2 a 8°C). Sem agente anti-glicolítico: concentração de glicose no sangue decresce em torno de 10mg/dL por hora a 25°C. Fatores que podem alterar os resultados dos testes bioquímicos Tempo de contato prolongado do soro ou do plasma com as células, Parâmetros que não sofrem interferências quando não se atende ao prazo de duas horas para centrifugação: albumina, fosfatase alcalina, TGP (ALT), bilirrubina, cálcio, colesterol, CK total, creatinina, magnésio, fósforo, sódio, proteína total, triglicérides, T3, T4, uréia e ácido úrico. Hemólise, Hemoconcentração causada por evaporação, Temperatura inadequada de armazenamento das amostras, A maioria dos analitos não altera em 24 horas à temperatura ambiente. Transporte de forma incorreta, Uso errôneo de aditivos (ex: anticoagulantes), Lipemia e icterícia Variações cronobiológicas gênero, idade, prática de atividade física, dieta, jejum, uso de medicamentos Fatores que podem alterar os resultados dos testes bioquímicos Padronização dos Processos Analíticos Métodos analíticos analisados e validados em relação aos seguintes critérios/parâmetros: Confiabilidade: precisão, exatidão, sensibilidade, especificidade, linearidade. Praticidade: Volume e tipo de amostra, duração do ensaio, complexidade metodológica, estabilidade dos reagentes, robustez, necessidade de equipamentos, custo, segurança pessoal. Qualidade da Água Utilização dos Reagentes Limpeza da Vidraria Calibração dos Dispositivos de Medição e Ensaio (DMM): pipetas, vidraria, equipamentos, etc. Monitoramento e avaliação do desempenho dos processos analíticos Controle Interno da Qualidade, Controle Externo da Qualidade, Manutenção Preventiva de Equipamentos. Padronização dos Processos Analíticos Calibração dos equipamentos conjunto de procedimentos destinados a estabelecer uma correspondência entre uma grandeza física conhecida (um padrão) e as leituras do equipamento que será utilizado nas medições futuras em amostras de concentração desconhecida. Padronização dos Processos Analíticos Exatidão Erro Sistemático Controle diário Precisão A precisão pode ser verificada após uma série de medições de uma mesma amostra e cálculo do desvio padrão (qualidade do instrumento). Padronização dos Processos Analíticos Padronização dos Processos Analíticos Sensibilidade diagnóstica: avaliação da frequência de testes positivos na presença de uma doença. É geralmente expressa como a percentagem de indivíduos com uma doença que apresentam testes positivos. Muito alta sensibilidade: provoca aumento de resultados falso positivos. Sensibilidade muito baixa: propicia a ocorrência de resultados falso negativos. Sensibilidade química: em um método dito sensível, uma pequena diferença na concentração do analito causa grande variação no valor do sinal analítico medido. Limite de detecção: menor quantidade do analito que pode ser quantificada pelo processo. É dependente da imprecisão inerente do processo analítico. Padronizaçãodos Processos Analíticos Especificidade diagnóstica: frequência de testes negativos na ausência de doença. Geralmente expresso como a percentagem de indivíduos sadios (sem a condição em questão) que apresentam testes com resultados negativos. Baixa especificidade aumenta a ocorrência de resultados falso positivos. Especificidade metodológica: propriedade do método analítico de medir somente o analito que se propõe a medir. Linearidade: capacidade de uma metodologia analítica demonstrar que o resultado obtido (sinal) é diretamente proporcional à concentração do analito na amostra, dentro de um intervalo especificado. Padronização dos Processos Analíticos Intervalo de Trabalho: o intervalo do método analítico corresponde à faixa do maior ao menor nível que possa ser determinado com precisão e exatidão, usando a linearidade do método. Geralmente, os analistas seguem o caminho inverso. Robustez: medida da capacidade do método de permanecer inalterado sob pequenas variações nas condições do método/ensaio. Padronização dos Processos Analíticos Padronização dos Processos Pós-Analíticos Cálculo dos resultados Análise de Consistência dos Resultados Liberação dos Laudos Armazenamento de Material ou Amostra do Paciente Transmissão e Arquivamento de Resultados Consultoria Técnica Os laudos devem ser legíveis e sem rasuras de transcrição. Os dados dos laudos são confidenciais, devendo-se respeitar a privacidade do paciente e manter sigilo sobre os resultados. Os resultados devem ser liberados em prazos especificados e expressos preferencialmente nas unidades do Sistema Internacional de Medidas (SI). No laboratório devem permanecer cópias ou arquivos de laudos para posterior recuperação, se necessário. Os laudos devem ser recuperados enquanto forem clinicamente relevantes. Deve existir uma IT para emitir, datar e assinar os laudos dos exames realizados, seja na rotina, nos plantões ou nas emergências, se aplicável. Também é importante ter procedimentos para transmissão de laudos por fax, telefone, internet ou outro meio. Padronização dos Processos Pós-Analíticos Obrigado!!
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