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1 Contabilidade Ambiental Aula 1 Profa. Viviane da Costa Freitag Organização da Disciplina Aula 1 Introdução à questão ambiental Antecedentes históricos Legislação Aula 2 Gestão ambiental Aula 3 Conceitos contábeis aplicados à contabilidade ambiental Aula 4 Plano de contas Estrutura contábil Aula 5 Evidenciações Transparência e divulgação Aula 6 Indicadores ambientais e socioeconômicos Organização da Aula Contabilidade e meio ambiente • Antecedentes históricos • Legislação brasileira sobre o tema Contextualização Contabilidade e o Meio Ambiente 2 Meio Ambiente e Contabilidade “A riqueza individual das empresas, refletida no desenvolvimento econômico de cada região, confronta-se com o meio ambiente, embora tenha nele a fonte de recurso mais elementar”. (RIBEIRO, 2006, p. 5) “O planeta tem seu potencial econômico prejudicado à medida que perde seu patrimônio natural ou este perde parte de suas qualidades” (RIBEIRO, 2006, p. 5) A empresa ao utilizar os recursos naturais renováveis ou não, faz uso do patrimônio da humanidade Quando não consumidos totalmente ou devolvidos de forma deteriorada, eles afetam negativamente o patrimônio natural (RIBEIRO, 2006, p. 19) Até que ponto o desenvolvimento econômico é sustentável? • “Desenvolvimento sustentável corresponde à satisfação das necessidades sociais, sem o prejuízo das gerações futuras.” (RIBEIRO, 2006, p. 19) A implantação dos conceitos de desenvolvimento sustentável deve viabilizar a coexistência entre economia e ecologia, a fim de sanar os problemas de geração e distribuição de riqueza e simultaneamente proteger, preservar e recuperar o ambiente (RIBEIRO, 2006, p. 19) “A preservação do meio ambiente converteu-se em um dos fatores de maior influência da década de 90 [...]. Assim, as empresas começam a apresentar soluções para alcançar o desenvolvimento sustentável e ao mesmo tempo aumentar a lucratividade de seus negócios.” Andrade, Tachizawa e Carvalho (2000, p. 7-8 apud TINOCO, 2001, p. 99) 3 Os gastos das empresas para a sua adequação ao Desenvolvimento Sustentável devem ser registrados e evidenciados contabilmente pelas organizações de forma a dar ciência do comprometimento que esta entidade tem com o meio ambiente Instrumentalização Antecedentes Históricos 1979 – 1ª conferência mundial sobre o clima, onde se discutiu a mudança climática e seus possíveis impactos Na década de 1980 – a criação do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima – IPCC 1983, à Assembleia Geral da ONU deliberou o Relatório Brundtland ou Documento Nosso Futuro Comum, elaborado pela Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Década de 1990 – ECO-92, a II Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento 4 1992 – Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima Como instrumento mediador, a Convenção apresenta a Conferência das Partes – COP, órgão decisório máximo da Convenção O marco teórico de inclusão da Contabilidade e sustentabilidade está contido no capítulo 8, letra “d”, da Agenda 21, de 1992 Trata “da necessidade de que países e organismos internacionais desenvolvam um sistema de contabilidade que integre as questões sociais, ambientais e econômicas”. Capítulo 8, letra “d”, da Agenda 21, de 1992 1997 – em Kyoto, Japão – realizou-se a COP-3, na qual foi elaborado o “Protocolo de Kyoto” 1998 é sancionada a Lei Federal 9.605 • Trata das sanções penais e administrativas para o caso de conduta e atividades lesivas ao meio ambiente (RIBEIRO, 2006, p. 33) 5 1999 é sancionada a Lei Federal 9.795 • Trata da política nacional de educação ambiental, para conscientização da população em relação à preservação 2011 – COP-16, realizada em Cancun, aprovou o Fundo Verde, e estendeu o protocolo de Kyoto para além de 2012 Aplicação – Recomendações sobre a Interação entre a Contabilidade e o Meio Ambiente Normativos e Recomendações Securities Exchange Comission (SEC), em 1993, emitiu a norma SAB (92) se pronunciando sobre a contabilização de provisões de natureza ambiental de acordo com legislação específica para recuperação de lixões de resíduos sólidos espalhados pelos Estados Unidos (KRAEMER, 2014) Canadian Institute of Chartered Acoountants (CICA) em 1993 publicou o Environmental Costs and Liabilities, um estudo que define os elementos que compõe a contabilidade ambiental, no entanto esse é um documento de recomendação, e por si só não representa valor regulador (KRAEMER, 2014) A United Nations Intergovernmental Working Group of Experts on Internacional Standards of Accounting and Reporting reuniu em 1997, em documento, recomendações sobre questões ambientais, tais como reconhecimento dos custos, passivos e divulgação das informações ambientais (KRAEMER, 2014) 6 O International Accounting Standard Board (IASB) reconhece a importância dos critérios de reconhecimento de provisões ambientais, no entanto, não aconselha a realizar uma publicação de informes ambientais separados (KRAEMER, 2014) A European Comission em 2000 propõe no Livro Branco de Responsabilidade Ambiental delimitar as responsabilidades ambientais mínimas, e no Livro Verde, incentiva o comportamento voluntário ambiental além do contratual (KRAEMER, 2014) Na Espanha, o Instituto de Contabilidade e Auditoria de Contas (ICAC), em 2002, publicou uma resolução que contém normas para reconhecimento, avaliação e informação dos aspectos ambientais das contas anuais (KRAEMER, 2014) 1996 – publicação da NPA 11, pelo IBRACON • Estabelece os liames da contabilidade e o meio ambiente (RIBEIRO, 2006, p. 21) 1997 – pronunciamento da ONU • O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre a posição financeira da empresa, visando às necessidades de diversos usuários, [...] e dos gestores, relativamente à gestão dos recursos que lhes foram confiados No Brasil, está vigente a resolução CFC 1003/2004 que normatiza procedimentos para evidenciação de informações de natureza social e ambiental, essa tem natureza complementar e se apresenta de forma segregada das notas explicativas (CFC, 2004) 7 Síntese Conscientização da população • Interesse das empresas na vinculação da marca à atividades ecologicamente corretas • Iniciativa dos países com a inclusão de aspectos ambientais nas contas Referências de Apoio ANTONOVZ, Tatiane. Contabilidade Ambiental. Curitiba: Intersaberes, 2014. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução 1003/2004. Disponível em: <www.cfc.org.br/sisweb/ sre/docs/RES_1003.doc>. Acesso em: 01 jan. 2015. KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. A Evolução das Normas e Recomendações Nacional e Internacionais da Contabilidade Ambiental. 2014. Disponível em: <http://www.gestiopolis.com/ca nales5/fin/vocanormas.htm>. Acesso em: 01 jan. 2015. FERREIRA, Aracéli Cristina de Sousa. Contabilidade Ambiental – uma informação para o desenvolvimento sustentável. 2. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2007. RIBEIRO, Maisa de Souza Contabilidade Ambiental. São Paulo: Saraiva 2006. TINOCO, João Eduardo Prudêncio. Balanço social – uma abordagem da transparência e da responsabilidade pública das organizações. São Paulo: Atlas, 2001.
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