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CASAMENTO introdução

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DO CASAMENTO 
 
CONCEITO 
 É a união de duas pessoas reconhecida e regulamentada pelo Estado, formada com o objetivo 
de constituição de uma família e baseado em um vínculo de afeto. 
NATUREZA JURÍDICA 
Três correntes: 
1. Teoria institucionalista: o casamento é uma instituição social. 
2. Teoria contratualista: o casamento é um contrato de natureza especial, com regras próprias de 
formação 
3. Teoria eclética ou mista: o casamento é uma instituição quanto ao conteúdo e um contrato 
especial quanto à formação 
CARACTERÍSTICAS 
 É ato eminentemente solene, repleto de formalidades; 
 As normas que o regulamentam são de ordem pública; 
 Não comporta termo ou condição; 
 Liberdade de escolha do nubente; 
 Estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres. 
PRINCÍPIOS 
 Princípio da monogamia (art. 1.521, VI, CC) 
 Princípio da liberdade de escolha (art. 1.513, CC): reflexo do exercício da autonomia privada 
(salvo impedimentos matrimoniais) 
 Princípio da comunhão plena de vida (art. 1.511, CC) 
 
 
DA CAPACIDADE, DOS IMPEDIMENTOS E DAS CAUSAS SUSPENSIVAS DO CASAMENTO 
1. INCAPACIDADE 
 INCAPACIDADE ≠ IMPEDIMENTO 
 É a aptidão do nubente a contrair núpcias. 
 É geral, impedindo que a pessoa se case com quem quer que seja. 
 Ex: menores de 16 anos (art. 1.517, CC), pessoa privada do necessário discernimento e a pessoa 
já casada 
 
2. IMPEDIMENTO 
 Não é uma incapacidade, mas sim uma inaptidão para se casar com determinada pessoa, em 
situações específicas. 
 Situações previstas no art. 1.521, CC 
 Ex: ascendentes com descentendes 
 
CASAMENTO ANTES DOS 16 ANOS 
 Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido para evitar imposição ou cumprimento de pena 
criminal ou em caso de gravidez. 
 Impunha-se a extinção da punibilidade em razão da reparação pelo casamento. 
 Lei 11.106/2005: revogou o inciso VII do art. 107, do Código Penal: extingue-se a punibilidade 
“pelo casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes, definidos nos 
Capítulos I, II, e III do Título VI da Parte Especial deste Código”. (antiga redação) 
 Lei 12.015/2009;. Supera a polêmica, deixando de permitir o casamento da menor com o agente 
que cometeu o crime. O novo tipo penal estupro de vulnerável passa a ser de ação penal pública 
incondicionada. 
 
CASAMENTO ACIMA DE 16 ANOS 
 O homem e a mulher em idade núbil, com 16 anos completos, podem casar, MAS com 
autorização de ambos os pais ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a 
maioridade civil (18 anos) 
OBS: essa autorização especial pode ser revogada até a celebração do casamento (art. 1.518, 
CC) 
 Se a denegação do consentimento for injusta, poderá ser suprida pelo juiz (art. 1.519, CC) 
 
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS (art. 1.521, CC) 
NÃO PODEM SE CASAR: 
I- os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
II- os afins em linha reta; 
III- o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; 
IV- os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; 
V- o adotado com o filho do adotante; 
 
VI- as pessoas casadas (princípio da monogamia); 
VII- o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu 
consorte. OBS: deve haver o trânsito em julgado da sentença penal condenatória!! 
 
EFEITOS DOS IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS 
 Impossibilitam a celebração do casamento pela via administrativa (no cartório) 
 Oposição: pode ocorrer até o momento da celebração por qualquer pessoa capaz, podendo ser 
reconhecido até de ofício pelo juiz ou pelo oficial de registro. 
 Se mesmo com impedimento, o casamento for celebrado: será nulo de pleno direito (nulidade 
absoluta) 
 
3. CAUSAS SUSPENSIVAS DO CASAMENTO (art. 1.523, CC) 
 Configuram situações de menor gravidade que envolvem questões patrimoniais e de ordem 
privada 
 Não geram nulidade absoluta ou relativa do casamento. Impõem apenas sanções patrimoniais 
aos cônjuges, como a imposição do regime de separação legal ou obrigatória de bens. 
 
NÃO DEVEM CASAR: 
I- o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal 
e der partilha aos herdeiros; 
II- a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois 
do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; 
III- o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; 
IV- o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a 
pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as 
respectivas contas. 
OBSERVAÇÕES: 
 Em todos os casos, desaparece a causa suspensiva se for provada a ausência de prejuízo aos 
envolvidos. 
 Quem pode arguir: somente parentes em linha reta de um dos cônjuges, consanguíneos ou afins 
(ex: pai, avó, sogro) e pelos colaterais em 2º grau, consanguíneos ou afins (irmãos ou cunhados) 
 Não podem ser reconhecidas de ofício pelo juiz ou pelo oficial de registro civil.

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