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Teoria Geral do Direito Tributário e Processo Tributário - Aula 05

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TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 1 
Aula 5: Crédito tributário I ............................................................................................................ 2 
 ............................................................................................................................. 2 Introdução
 ................................................................................................................................ 3 Conteúdo
Crédito Tributário .............................................................................................................. 3 
Teorias sobre o nascimento da obrigação tributária .................................................. 3 
Relação jurídica tributária ................................................................................................ 4 
Concreção do crédito tributário ..................................................................................... 5 
Lançamento crédito tributário ........................................................................................ 6 
Natureza jurídica ................................................................................................................ 7 
Espécies de lançamento previstas no CTN .................................................................. 7 
Princípios do crédito tributário ..................................................................................... 10 
Suspensão da exigibilidade do crédito tributário ...................................................... 12 
Efeitos da suspensão da exigibilidade do crédito tributário .................................... 12 
Causas do crédito tributário .......................................................................................... 13 
Moratória ........................................................................................................................... 15 
Depósito do montante integral ..................................................................................... 16 
Reclamações e recursos administrativos .................................................................... 17 
Concessão de medida liminar em mandado de segurança .................................... 18 
Concessão de medida liminar em mandado de segurança .................................... 19 
Liminar em outras ações ................................................................................................ 19 
Parcelamento ................................................................................................................... 20 
Atividade proposta .......................................................................................................... 21 
........................................................................................................................... 22 Referências
 ......................................................................................................... 22 Exercícios de fixação
Notas ........................................................................................................................................... 28 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 30 
 ..................................................................................................................................... 30 Aula 5
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 30 
 
 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 2 
 
Introdução 
Quando falamos em Administração Pública, quando pedimos para que você 
imagine uma foto do que vem a ser administração, aposto que você pensa em 
um ambiente empoeirado, desorganizado, com uma papelada sobre várias 
mesas, paletós jogados sobre a cadeira, e uma fila de pessoas esperando por 
atendimento... Isso é ruim? Claro. E é ruim para quem? Inicialmente sempre 
pensamos que isso era ruim simplesmente para o cidadão que precisava do 
Estado. Mas o é também para o Estado em suas relações. Imagine realizar a 
cobrança dos tributos nesse ambiente? Nada possível. É por isso que uma 
reorganização é necessária. Se você não fez, confira o caso concreto. Ele vai te 
mostrar o que aconteceu nos Estados Unidos e que pode vir a acontecer no 
Brasil. 
 
Objetivo: 
1. Recordar os conceitos de crédito tributário; 
2. Examinar o instituto do lançamento e principalmente seus princípios e 
realidade atual; 
3. Identificar as hipóteses em que esse crédito estará suspenso. 
 
 
 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 3 
Conteúdo 
Crédito Tributário 
Crédito tributário: é o direito subjetivo que a Fazenda tem de receber o 
pagamento do tributo. É o elemento da obrigação tributária que corresponde ao 
direito do fisco. 
 
Vamos relembrar o conceito de obrigação tributária para entendermos bem o 
que é crédito tributário – afinal não nos interessa decorar um conceito, mas 
entendê-lo. A obrigação tributária é o vínculo jurídico de natureza patrimonial 
que reúne credor e devedor (fisco e contribuinte ou responsável) em uma 
relação de crédito e débito que tem por objeto, ou melhor, prestação, o 
pagamento de um tributo. Assim, a obrigação é, tecnicamente, o vínculo, e o 
crédito é o direito que decorre desse vínculo em favor do fisco. O crédito é 
elemento da obrigação – segundo a teoria geral das obrigações. 
 
Para uma parte da doutrina, a saber encabeçada atualmente por Hugo de Brito 
Machado, o conceito de crédito no Direito Tributário seria diferente da Teoria 
Geral das Obrigações. O crédito seria o próprio “vínculo jurídico, de natureza 
obrigacional, por força do qual o Estado (sujeito ativo) pode exigir do particular, 
o contribuinte ou responsável (sujeito passivo), o pagamento do tributo ou da 
penalidade pecuniária (objeto da relação obrigacional)”. 
 
Teorias sobre o nascimento da obrigação tributária 
Há uma grande controvérsia na doutrina sobre o momento do nascimento da 
obrigação tributária. Aliás, são duas correntes que se fundam na leitura do 
CTN: 
 
corrente dualista 
 
corrente monista 
 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 4 
A teoria dualista afirma que a obrigação e o crédito tributários não nascem em 
um só momento. Ao contrário, nascem em dois, por isso teoria dualista. Essa 
afirmação é retirada da conjugação de três artigos, dos quais sugiro que se faça 
a leitura na sequência indicada: Artigo 114, 113, §1º, e 142. O Artigo 114 vai 
determinar que a obrigação tributária nasce com a ocorrência do fato gerador. 
O §1º do Artigo 113 vai conceituar a obrigação tributária. E o Artigo 142 do 
CTN vai dizer que o crédito tributário é constituído pelo lançamento. Então, 
diferente do direito privado, para essa corrente obrigação e crédito não nascem 
no mesmo momento, tanto é assim que Hugo de Brito Machado ensina que “É 
sabido que obrigação e crédito, no direito privado, são dois aspectos da mesma 
relação. Não é assim, porém, no direito tributário brasileiro. o Código Tributário 
Nacional distinguiu a obrigação (Artigo 113) do crédito (Artigo 139). A 
obrigação é um primeiro momento na relação tributária (...) Já o crédito 
tributário é um segundo momento na relação de tributação”. 
 
De outro lado, há quem afirme que o crédito nada mais é do que elemento da 
obrigação, e por isso, conjugando outros dispositivos, nasceriam num mesmo 
momento. Leia agora os Artigos 114 e 139 do CTN. O Artigo 114, como já visto, 
determina que a obrigação tributária nasce com o fato gerador. Por sua vez, o 
Artigo 139 determina que o crédito tributário decorreda obrigação tributária e 
tem a mesma natureza. 
 
Assim, para os defensores da teoria monista, e.g. Ricardo Lobo Torres, o 
crédito, por ser elemento da obrigação, nasce junto com ela. O que o 
lançamento fará é dar maior concretude ao crédito tributário. Assim, defende 
Ricardo Lobo Torres a teoria do “processo de concreção do crédito tributário”, 
que Alberto Xavier chama de “teoria dos graus de eficácia”. 
 
Relação jurídica tributária 
Podemos concluir que temos a relação jurídica tributária se formando em dois 
momentos. No primeiro momento, com a ocorrência do fato gerador, nasce a 
obrigação tributária. Por essa obrigação tributária o fisco tem o direito de 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 5 
lançar, mas para o contribuinte ou responsável já nasce a obrigação de pagar o 
tributo. Num segundo momento, com a realização do lançamento, nasce o 
crédito tributário. O crédito tributário estaria relacionado diretamente com a 
liquidez e certeza, somente atingidos a partir do lançamento. Até porque, a teor 
do que afirma o CTN, somente neste momento teremos a certeza de quem é o 
contribuinte e estará liquidado o montante devido. 
 
Concreção do crédito tributário 
Segundo as teorias das correntes, podemos resumir os seguintes fatos como 
importantes para a concreção do crédito tributário: fato gerador, lançamento, 
vencimento e inscrição na dívida. 
 
Fato gerador - o crédito tributário estará simplesmente constituído, ou seja, 
simplesmente nasce. 
 
Lançamento - ele passa a ter liquidez e certeza, ou seja, sabemos quem deve, 
por que deve e o quanto deve. 
 
Vencimento - este crédito que existe é líquido e certo, passa a ser também 
exigível. 
 
Inscrição na dívida ativa (fase que permite que o credor-fisco possa 
transformar administrativamente e unilateralmente o seu crédito em um título 
executivo) - o crédito, além de existir, ser líquido, certo e exigível se torna 
executável. 
 
Independente de seguirmos ou não esta ou aquela tese, esse é o caminho que 
segue o CTN e que vamos seguir nesta e na próxima aula. Estudaremos o 
crédito tributário desde o lançamento até a inscrição na dívida ativa. 
 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 6 
Lançamento crédito tributário 
A formalização do crédito tributário pode se dar por ato do fisco ou mesmo do 
contribuinte. Quando o contribuinte realiza a declaração para recolhimento de 
algum tributo, ele formaliza, documenta, o crédito tributário. Pelo fisco ele será 
documentado através do auto de lançamento, do auto de infração ou da 
notificação fiscal de lançamento. Aliás, a nomenclatura é irrelevante, pois o CTN 
simplesmente se refere a lançamento. 
 
É inicialmente resultado de atividade que compete privativamente à autoridade 
administrativa. De há muito se questiona a necessidade de a Fazenda realizar 
lançamento quando o contribuinte realizou a declaração do crédito tributário. 
Vários atos normativos federais estabelecem a desnecessidade de lançamento 
quando o contribuinte declara, ou confessa, e deixa de pagar o tributo. Assim, 
seria possível a imediata inscrição na dívida ativa para o ajuizamento da 
execução fiscal. Podemos citar como exemplo a IN MPS/SRF nº 03/2005 ou o 
DL nº 2.124/1984, e ainda a Lei nº 10.833/2003. A matéria foi pacificada no 
STJ através da Súmula nº 436 que afirma que “a entrega da declaração pelo 
contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada 
qualquer outra providência por parte do fisco. 
 
Quando se tratar de contribuição previdenciária objeto de processo trabalhista, 
a Constituição já cuidou da matéria, no Artigo 114, e a Lei nº 10.035/2000 
acrescentou dispositivo na CLT, o §1º-A do Artigo 879 que determina a 
liquidação dos créditos trabalhistas, incluindo as contribuições. A isso dá-se o 
nome de lançamento judicial. Não que seja uma forma de lançamento das 
previstas no CTN, mas sim que se dá na prática. 
 
Diferente é a situação de uma decisão judicial em ação que o contribuinte 
procura ver declarada a inexistência de uma obrigação tributária. Neste caso, a 
decisão judicial declara, ao contrário, que o tributo é devido. Neste caso, o 
lançamento não está dispensado e tem que ser realizado. 
 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 7 
Discute-se se esse lançamento é um ato ou um procedimento. Para Paulo de 
Barros Carvalho, o lançamento pode ser visto em três acepções: norma – 
concentrando o significado dos vários dispositivos que regulam o 
desdobramento procedimental para a produção do ato; procedimento – 
constante na sucessão de atos praticados pela autoridade competente para 
investigar o fato gerador; e ato – relativamente ao resultado do procedimento. 
Mas como diria Sacha Calmon, o lançamento não pode ser um procedimento, e 
sim um ato singular, precedido de procedimentos preparatórios. 
 
Na sequência do previsto no Artigo 142 vemos a motivação do lançamento, 
como ato vinculado que é. Assim, a identificação da ocorrência do fato gerador, 
determinação da matéria tributável, cálculo do montante devido, identificação 
do sujeito passivo, e, se for o caso, aplicação da penalidade cabível. 
 
Natureza jurídica 
Considerando as duas correntes anteriores quanto ao nascimento do crédito 
tributário, o lançamento poderá ser declaratório ou constitutivo. 
 
1 - Para a teoria dualista, não há dúvida de que o lançamento é constitutivo do 
crédito tributário, mas declaratório da obrigação da qual resulta. 
 
2 - Para a teoria monista, o lançamento seria declaratório tanto da obrigação 
quanto do crédito. Contudo, podemos afirmar que o lançamento acaba por 
constituir a liquidez e certeza do crédito tributário. 
 
Espécies de lançamento previstas no CTN 
Vamos identificar agora as espécies de lançamento previstas no CTN de acordo 
com a participação do fisco e do contribuinte. 
 
a) No Artigo 147 do CTN encontramos o lançamento por declaração. Nele, o 
sujeito passivo (contribuinte ou responsável) declara ao fisco as informações de 
fato indispensáveis à realização do lançamento. É também chamado de 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 8 
lançamento misto pois exige a participação das duas partes na relação jurídica 
tributária (credor e devedor). Raramente vemos tributos sujeitos a lançamento 
por declaração. O próprio imposto de renda não se constitui em lançamento por 
declaração. Veremos que é lançamento por homologação. 
 
Um exemplo que podemos dar, ao menos no Rio de janeiro, é que o ITBI é um 
tributo com lançamento por declaração. Acessando o sítio da secretaria da 
receita do seu Município você preenche uma ficha com os dados da aquisição 
do imóvel. Com base nessas informações, eletronicamente e online, o Município 
lança o tributo e é possível emitir a guia. 
 
Não é como no imposto de renda, pois neste caso o fisco tem muitas 
informações relativas ao fato gerador, tal como o valor de mercado do imóvel, 
podendo automaticamente desconsiderar a informação prestada pelo 
contribuinte e lançar pelo valor contido em sua base de dados. 
 
b) Afirma-se que no Artigo 148 do CTN há uma espécie própria de lançamento, 
o lançamento por arbitramento. É aquele que deveria ser feito com base na 
declaração do contribuinte. Entretanto, essa declaração não merece confiança 
do fisco. Assim, o agente fiscal deve investigar o fato gerador e realizar o 
lançamento com base nas informações que obteve. Isso é o que ocorre quando 
o contribuinte “cai na malha fina” e a Receita Federal o autua. 
 
Uma observação bem relevante é que lançamento por arbitramento nãoé 
lançamento arbitrário. Ou seja, os critérios utilizados pelo agente fiscal não são 
o seu puro “achismo”. Não é somente a sua impressão. Lembre-se que o 
lançamento é um ato vinculado e como tal não admite qualquer 
discricionariedade. Há procedimentos específicos estabelecidos para cada 
tributo e cada ente federativo. Assim, há um procedimento investigativo cujo 
resultado será o lançamento. 
 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 9 
c) O Artigo 149 do CTN determina as situações em que haverá lançamento de 
ofício. Por conta destas situações é que podemos dizer que há duas espécies de 
lançamento de ofício: o próprio ou o supletivo. O lançamento de ofício é aquele 
realizado pela autoridade administrativa sem qualquer participação do 
contribuinte. Ele pode ser próprio, quando a autoridade já é designada desde o 
início para o tributo, conforme o inciso I do Artigo 149. Isto é o que ocorre ao 
IPTU e ao IPVA. 
 
Mas não só nesta hipótese. Quando o contribuinte não realizou o que lhe cabia, 
não prestou as informações devidas, haverá um lançamento supletivo. No inciso 
II temos essa exata hipótese nos casos de lançamento por declaração. Outra 
hipótese de lançamento supletivo se dá quando o contribuinte presta 
declarações insatisfatórias, com erro de fato, inexatas e elas precisem ser 
revistas pela autoridade fiscal, conforme os incisos III a IX. 
 
A revisão que venha a onerar o contribuinte só pode ser realizada antes de 
ocorrida a decadência ou antes do prazo em que se considere homologado 
tacitamente o tributo, conforme veremos a seguir. 
 
d) O lançamento por homologação ocorrerá nas hipóteses em que o sujeito 
passivo presta informações ao fisco, calcula o montante do tributo devido e 
antecipa o pagamento. Caberá ao fisco apenas chancelar tal conjunto de 
condutas se entender correta. 
Esta é a modalidade mais usada. É a forma mais barata para o fisco, uma vez 
que cabe ao contribuinte todo o trabalho. É o caso do IR, IPI, PIS, COFINS, 
CSLL, ICMS. 
 
A rigor, o que se homologa é a apuração, a declaração feita pelo contribuinte. 
O pagamento não é homologado. Aliás, caso não seja realizado o pagamento, 
admite-se que o fisco possa simplesmente enviar as declarações prestadas a ele 
diretamente à dívida ativa. 
 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 10 
Princípios do crédito tributário 
Há um pequeno subgrupo de normas fundamentais que orientam a realização 
do lançamento, são os princípios específicos que a ele se aplicam. Acompanhe. 
 
A - Vinculação à lei. Nos termos expressos do Artigo 142 parágrafo único do 
CTN, o lançamento é resultado de uma atividade plenamente vinculada. É 
correto dizer, portanto, que o lançamento deve ser feito nos estritos padrões 
estabelecidos em lei. Não há qualquer espaço para avaliação de conveniência e 
oportunidade. Aliás, seguindo a ausência de qualquer vedação legal, a 
existência de demanda questionando o tributo, por si só, não impede a 
realização do lançamento – ao contrário, a autoridade administrativa 
permanece impelida a fazê-lo. 
 
Diferente será da hipótese que se configure em excesso de exação, figura penal 
prevista no Artigo 316 do Código Penal. Neste caso, importa que o agente exige 
tributo que sabe ou deveria saber indevido, ou que emprega na cobrança 
recursos vexatórios ou gravosos não autorizados por lei. 
 
B - Caráter retrospectivo. Como forma de respeitar o princípio da 
legalidade e da irretroatividade aplicáveis ao tributo por determinação 
constitucional, o caput do Artigo 144 do CTN determina que o 
lançamento se reporta à data da ocorrência do fato gerador. Note-se 
que isso não se aplica eventualmente às penalidades, pois no Direito 
Penal vige outro princípio. Vige o princípio da retroatividade penal 
mais benéfica. Assim é que se a pena foi reduzida ou suprimida, esta 
lei nova é que orientará a imposição de penalidades que venha no 
próprio lançamento. Mas com relação ao tributo, nada importa se 
sobreveio lei posterior benéfica ou maléfica. O que importa é a lei da 
data da ocorrência do fato gerador. 
 
C - Aplicação imediata das regras procedimentais. O § 1º do Artigo 144 trata de 
situação diversa da vista anteriormente. Aqui, quando a lei manda que se 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 11 
aplique a lei vigente na data da realização do lançamento, da prática do ato, 
queremos dizer que se aplica a lei relativa ao procedimento utilizado para 
lançar o tributo, não para determiná-lo. Não para determinar os elementos da 
obrigação tributária – para estes aplica-se a lei da data da ocorrência do fato 
gerador. Aqui estamos diante de uma lei de conteúdo formal, que diz respeito 
ao procedimento utilizado para lançar. 
 
Há forte controvérsia sobre um ponto. A utilização de dados bancários 
relativamente a período anterior à criação da CPMF. Em 1996 foi instituída a 
CPMF, determinando que as instituições financeiras prestassem informações ao 
fisco sobre a identificação dos contribuintes e valores globais de suas 
operações, vedando a utilização dessas informações para o lançamento de 
outros tributos. Em 2001 sobreveio legislação permitindo o uso dessas 
informações para o lançamento de outros tributos, após a instauração de 
procedimento fiscal. Em 2001 tivemos também a autorização para a quebra de 
sigilo bancário. 
 
Há quem entenda que se pode aplicar a legislação de 2001 para fatos 
anteriores a ela que estivessem sendo lançados após ela, por aplicação 
imediata das leis relativas a procedimentos formais. Mas há quem entenda que 
o direito ao sigilo bancário é verdadeira regra material, que protege direito 
fundamental e que não pode ser submetido à lei nova. 
 
D - Irrevisibilidade ou imutabilidade do lançamento. Em princípio, tão logo 
notificado o contribuinte do tributo devido, não poderá este ser revisto pela 
autoridade administrativa. Essa é a regra. É contudo uma regra que comporta 
inúmeras exceções que estão no Artigo 145 genericamente previstas, e mais 
detidamente arroladas no Artigo 149. É o que chamamos anteriormente de 
lançamento de ofício supletivo. Então não sejamos repetitivos. 
 
E - Inalterabilidade dos critérios do lançamento. Segundo o Artigo 146 do CTN, 
caso haja modificação nos critérios utilizados pela administração para lançar, 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 12 
esses critérios somente poderão ser utilizados relativamente a fatos geradores 
ocorridos após a sua introdução. Esse princípio é decorrência do princípio da 
proteção à confiança do contribuinte. 
 
F - Princípio da eficiência. Como vimos no caso concreto, temos ainda um 
princípio que hoje se vem aplicando em toda Administração pública. Hoje deve 
se pensar em relação custo-benefício. Nesse sentido é que a receita vem se 
organizando em várias esferas para que a sua arrecadação não tenha um 
resultado inferior ao custo ou um custo injustificável face ao que é arrecadado. 
Procure mais sobre este tema! 
 
Suspensão da exigibilidade do crédito tributário 
Vamos tratar agora das situações que afastam, ainda que temporariamente, o 
direito que o fisco tem de realizar a cobrança do tributo. 
 
A exigibilidade do tributo decorre do crédito tributário. A rigor, somente o 
crédito tributário devidamente lançado e vencido poderá ter a sua exigibilidade 
suspensa. Contudo, nada impede que uma das situações que vamos ver ocorra 
antes, mas somente produza o efeito de suspender a exigibilidade tão logo seja 
realizado o lançamento e sobrevenha o vencimento. 
 
Efeitos da suspensão da exigibilidade do crédito tributário 
A suspensãoda exigibilidade do crédito tributário produz como efeito principal o 
impedimento que a fazenda exerça o seu direito ao crédito. Assim veda a 
cobrança do montante respectivo em face do sujeito passivo. 
 
Mas há outros efeitos secundários, como afastar do contribuinte a condição de 
inadimplência. Ele deixa de figurar como contribuinte irregular para figurar 
como regular e ter direito, na forma do Artigo 206 do CTN, a uma certidão de 
regularidade fiscal. Veja que é uma certidão de regularidade fiscal. Não é uma 
certidão de quitação fiscal, pois ele não quitou os tributos. Então nesta certidão 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 13 
poderá estar inscritos os débitos tributários com a ressalva de que o fisco não 
poderá exercê-los. 
 
Uma vez que o fisco não pode praticar atos de cobrança, não poderá inscrever 
os débitos na dívida ativa, não poderá inscrever em qualquer cadastro de 
inadimplentes, nem poderá protestar ou promover a execução fiscal. 
 
O lançamento, contudo, poderá ser praticado, pois como vimos a exigibilidade 
só vem depois do vencimento, e é neste momento que estas causas produzem 
efeito. E se o lançamento pode ser efetuado, as obrigações acessórias que 
normalmente colaboram para um adequado lançamento também não estão 
afastadas, como deixou claro o parágrafo único do Artigo 151 do CTN. 
 
Podemos concluir que, se não impede o lançamento e, como veremos, este 
está sujeito a prazo decadencial, a decadência não se suspende nem se 
interrompe. E se impede atos de cobrança, sujeitos a prazo prescricional, a 
prescrição se suspende, enquanto perdurarem os efeitos da suspensão da 
exigibilidade. O fisco não pode responder por inércia determinada por lei. 
 
Causas do crédito tributário 
Antes de analisarmos cada uma das causas previstas explicitamente no Artigo 
151 do CTN é preciso saber se o rol ali é taxativo. A discussão toda se levanta 
em relação à redação do Artigo 141 do CTN que diz, dentre outras coisas, que 
as hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário estão 
taxativamente previstas no CTN. 
 
Este problema não é de hoje. Antes da LC nº 104/01 o Artigo 151 não continha 
duas causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário: a antecipação 
de tutela e cautelares em outras ações e o parcelamento. Quanto às decisões 
liminares o argumento que prevalecia é o que decorre do poder geral de 
cautela do juiz. É claro que não pode o juiz admitir a condução de um processo 
que, caso não possa ter efetivada decisão sua antes do fim, viesse a tornar 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 14 
ineficaz a sentença. Assim, neste caso, haveria no sistema o que autorizasse a 
efetivação da decisão. Detalharemos isso ao tratarmos especificamente dessa 
causa de suspensão. 
 
Quanto ao parcelamento, tenho certeza que você imagina que ele não é uma 
novidade deste milênio. Que parcelamento já era praticado há muito no nosso 
ordenamento fiscal. É claro que era! Mas veremos que ele sofria uma 
controvérsia quanto à sua classificação, para uns era uma forma de pagamento 
e para outros uma espécie de moratória. Ambas as hipóteses expressamente e 
originariamente previstas no CTN. Falaremos disso a seguir. 
 
O problema está hoje em mais uma criatividade do homem. Agora o que se 
tem pretendido é alcançar os efeitos da suspensão da exigibilidade com uma 
das hipóteses de cautelar típica do Código de Processo Civil: Ação Cautelar 
Antecipatória de Caução – Artigo 826 e seguintes. Nesta hipótese, é possível 
antecipar a caução que seria exigida no processo de execução futura. 
 
Veja bem. Antes da propositura de uma execução fiscal, para que o 
contribuinte obtenha uma certidão positiva com efeitos de negativa, ou seja, 
consiga uma condição que lhe permita praticar quaisquer atos jurídicos sem 
ônus, ele teria que buscar no rol do Artigo 151 uma causa de suspensão da 
exigibilidade do crédito tributário. 
 
A moratória e o parcelamento são “favores fiscais”, ou seja, dependem da 
existência de autorização legal. As liminares, de forma geral, dependem de 
convencimento do juiz. Resta o depósito que só será acessível ao contribuinte 
que tiver condições financeiras de dispor da importância cobrada. 
 
Em sede de execução fiscal, o contribuinte pode ter acesso a essa certidão 
através da entrega de um bem, próprio ou de terceiro, que caucione a dívida. 
Se o fisco demorar a promover a execução fiscal, o contribuinte não pode obter 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 15 
a referida certidão sem favor fiscal, convencimento do juiz ou constrição 
financeira. Assim, poderá ele ficar torcendo pela execução fiscal. 
 
É claro que a advocacia privada iria buscar uma solução. O que se pensou foi 
usar da cautelar antecipatória de caução como forma de garantir o crédito 
tributário, antecipando os efeitos que a penhora no processo de execução 
produz. Infelizmente, para o contribuinte, há julgados do STJ entendendo pela 
taxatividade do Artigo 151 e o descabimento dessa manobra. 
 
Vamos então começar a analisar as hipóteses previstas no Artigo 151, do CTN. 
 
Moratória 
A primeira causa de suspensão da exigibilidade é a moratória, assim entendida 
como uma dilação do prazo de pagamento do tributo do próprio vencimento. 
Isso pode ocorrer antes do decurso do prazo (situação mais comum) ou depois. 
 
Há regras específicas sobre a moratória no CTN. O Artigo 152, por exemplo, 
trata dela estabelecendo quem pode conceder a moratório. Este dispositivo traz 
uma regra que não foi recepcionada pela Constituição: Artigo 151, I, “b”. Ele 
autoriza que a União venha a conceder moratória relativamente a tributos de 
outros entes federativos. É possível encontrar autores de manuais que 
defendam, ao arrepio da Constituição, que isso é possível e que a Constituição 
não veda pois ela é silente quanto à moratória. Fundam-se no Artigo 151, III, 
da Constituição que veda a concessão de isenção heterônoma. E afirmam que 
se a Constituição vedou a isenção heterônoma (concedida por ente distinto 
daquele que tenha competência para instituir o tributo) e não vedou a 
moratória heterônoma é porque esta última cabe. 
 
Isto é um verdadeiro absurdo. A competência tributária é regra fundamental de 
nosso ordenamento jurídico, pois se presta a garantir o pacto federativo. E a 
competência diz respeito a todo os aspectos do tributo, inclusive a sua forma 
de cobrança. 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 16 
Sempre que você estiver estudando qualquer coisa, experimente colocar em 
prática aquilo que se fala. Aliás, espero que você faça isso aqui também. E que 
leve para os outros ambientes, os fóruns e os chats as suas dúvidas e 
perplexidades. 
 
Pois bem... imagine que a União decida conceder moratória do IPI (tributo para 
o qual não precisa se preocupar em manter o equilíbrio de seu orçamento por 
expressa determinação legal, já que é extrafiscal – Artigo 14, §3º, I, da LC nº 
101/2000) e, ao mesmo tempo, do ICMS. O ICMS é um tributo fiscal que 
compõe a maior parcela da arrecadação tributária dos Estados. Certamente 
haveria um desequilíbrio nas contas estaduais e uma verdadeira situação de 
insolvência pública. 
 
É claro que a vedação de isenção heterônoma se suporta no pacto federativo. 
 
Depósito do montante integral 
O depósito de montagem integral, conclui o STJ na Súmula nº 112, deve ser 
integral e em dinheiro. Integral, pois se for parcial não poderá suspender a 
exigência de todo o crédito tributário. Em dinheiro porque se for através de 
outro bem não se considera como depósito, mas outra espéciede caução. Até 
porque o fisco, como credor que é, só está obrigado a receber o que 
corresponde ao objeto da obrigação. A entrega de objeto diferente daquele que 
originariamente estabelecido se constitui em dação em pagamento – forma de 
extinção que depende de aceitação do credor. 
 
O depósito pode ser feito tanto na via administrativa como na via judicial. Na 
via administrativa ele impede a atualização monetária do débito, que ficará a 
cargo da própria instituição financeira. Isso porque, se o contribuinte pretende 
depositar administrativamente, é porque, normalmente, prefere discutir 
administrativamente e a impugnação administrativa, por si só, suspende a 
exigibilidade do crédito tributário. 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 17 
Outro detalhe é que caso o sujeito passivo tenha discutido a sua dívida em sede 
administrativa e tenha sido vencido, e pretenda discutir na via judicial, ele 
deverá requisitar ao juiz a transferência da importância, se perante a 
administração federal, no prazo de 30 dias, na forma do §4º do Artigo 43 do 
Decreto nº 70.235/1972 (este decreto será estudado na aula 7 desta disciplina, 
quando da análise do processo administrativo tributário federal). 
 
Este depósito, por força do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional 
(Artigo 5º, XXXV, da CR), não será condição para a propositura de qualquer 
demanda – administrativa ou judicial –, entendimento que está pacificado nas 
súmulas vinculantes nºs 21 e 28. Aliás, este entendimento jurisprudencial não é 
novo e quando da existência do extinto Tribunal Federal de Recursos, já foi 
objeto de súmula, a nº 247. Resumindo: o depósito é um direito subjetivo do 
contribuinte. 
 
O depósito se presta a acautelar ambas as partes, pois impede a propositura de 
execução fiscal, fluência de juros e a imposição de multa, e garante ao fisco 
sua satisfação ao final da demanda. 
 
Ao final do processo, conforme o vencedor, a importância será levantada pelo 
sujeito passivo ou convertida em renda em favor do fisco. Tudo isso deve 
aguardar o trânsito em julgado. Aliás, conforme entendimentos jurisprudenciais, 
não pode sequer o fisco se apropriar da quantia para garantir ou se satisfazer 
de outro crédito devido (ou que entenda devido) pelo contribuinte. 
 
Reclamações e recursos administrativos 
Aqui se aplica somente aos processos contenciosos, o que afasta a consulta 
(mecanismo perante o qual o contribuinte apresenta ao fisco dúvida acerca da 
correta aplicação da legislação tributária). Uma vantagem do processo 
administrativo sobre o processo judicial é esse. Espero que você esteja com seu 
CTN aberto agora. Aproveite para verificar no Artigo 151 que não há previsão 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 18 
de suspensão da exigibilidade com a simples propositura de uma demanda 
judicial. 
 
Outro aspecto, pelo menos no âmbito do previsto em lei, é o prazo para 
conclusão do processo administrativo, que, segundo a Lei nº 11. 457/2007, 
Artigo 24, será de 360 dias a contar do protocolo da petição. Para alguns a 
extrapolação do prazo poderia implicar o afastamento das penalidades e a 
suspensão dos juros, ou até a decadência. 
 
Se quisermos ser bastante técnicos, a rigor só se suspende aquilo que já existe, 
que já produz efeitos. No caso da impugnação administrativa, seu prazo é 
anterior ao vencimento, logo, ainda não há exigibilidade. E mesmo que o 
vencimento já tenha ocorrido, enquanto ela não se tornar definitiva não pode 
ser inscrita em dívida ativa. 
 
Antes de passarmos à próxima causa de suspensão é preciso registrar que a 
propositura de demanda judicial na pendência do processo administrativo 
implica em renúncia a este. 
 
Concessão de medida liminar em mandado de segurança 
O mandado de segurança é a ação de conhecimento de procedimento mais 
célere (pois não admite dilação probatória) para reconhecimento e 
determinação de observância do direito líquido e certo violado por ato de 
autoridade. Segundo nossa doutrina e jurisprudência, há muito se reconhece 
que direito líquido e certo é justamente aquele que não demanda dilação 
probatória. 
 
Ele cabe tanto após a violação do direito líquido e certo – o que pode ocorrer 
através de lançamento de tributo que não seja devido – como preventivamente 
de forma a evitar que este ato se pratique. 
 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 19 
A Súmula nº 212 do STJ firma o entendimento de que não se admite 
compensação em sede liminar no mandado de segurança. Mas isso vale para 
liminar, já que a Súmula nº 213 consolida o entendimento de que o mandado 
de segurança é a via própria para se ver reconhecido o direito à compensação. 
 
Concessão de medida liminar em mandado de segurança 
Um ponto bastante importante é que se fluem juros moratórios na pendência 
de uma decisão em mandado de segurança com liminar concedida. A rigor, 
uma vez que a medida liminar em mandado de segurança suspende a 
exigibilidade, e dilata o prazo de vencimento, não é adequado que fluam juros 
moratórios. Mas há quem defenda que para que não fluíssem juros moratórios, 
o contribuinte deveria realizar o depósito, pois este sim impede a fluência de 
juros – é o que ensina Ricardo Lobo Torres. O tema é bastante controverso. 
 
Veremos outros detalhes quanto ao mandado de segurança em nossa aula 8, 
quando trataremos do processo judicial em matéria tributária. 
 
Liminar em outras ações 
Inicialmente quero esclarecer para você que não estou repetindo o texto do 
Código. É que em verdade a antecipação dos efeitos da tutela é uma decisão 
liminar. É uma decisão proferida antes do conhecimento exauriente. Portanto 
não seria correto falar em tutela antecipada e liminar. Poderíamos falar em 
tutela antecipada e cautelar... Mas podemos generalizar com a expressão 
“liminar”. 
 
1996 
 
Este dispositivo foi incluído pela LC nº 104/2001, mas entendia-se que mesmo 
antes de sua inclusão expressa, não apenas no Mandado de Segurança cabia 
essa liminar. Isso porque quando o CTN foi elaborado, em 1966, o CPC de 
1939 não trazia o chamado poder geral de cautela, que hoje há em nosso 
código, no Artigo 796 e seguintes. E hoje só não caberá antecipação dos efeitos 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 20 
da tutela contra a Fazenda Pública no que se tratar da antecipação de 
precatórios, nos próprios autos da ação. Além disso, as limitações da legais não 
podem afastar esse poder geral de cautela, pois não se pode exigir que um juiz 
não tenha em nosso ordenamento processual mecanismos para defesa de suas 
próprias decisões. 
 
Parcelamento 
A última causa de suspensão da exigibilidade a ser incluída no CTN foi 
justamente o parcelamento. Até então existia parcelamento, mas havia uma 
controvérsia a respeito de sua natureza. Poderíamos dizer que era uma causa 
de extinção do crédito tributário, pois se constituía em espécie de pagamento. 
Poderíamos dizer, por outro lado, que era uma causa de suspensão da 
exigibilidade do crédito tributário, por ser espécie de moratória. Hoje ele é uma 
causa autônoma de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. O certo é 
que ele mantém suspensa a exigibilidade enquanto suas parcelas sejam 
rigorosamente pagas no vencimento. 
 
Um dos aspectos mais importantes que dizem respeito ao parcelamento é a 
questão da confissão de dívida. Se você advoga ou pretende advogar na área 
tributária, este é um tema que deve ser de seu conhecimento. Veja só: o 
tributo somente pode ser exigido se estiver previsto em lei. Se o contribuinte, 
mesmo após parcelar, descobrisseque o tributo não era devido, ele não era 
devido por falta de lei o autorizando. 
 
Na hipótese de o contribuinte não poder mais discutir este tributo, teríamos 
uma situação em que o tributo teria nascido pela vontade (ainda que pouco 
espontânea) do sujeito passivo e do fisco. Assim, o tributo deixaria de ser 
necessariamente uma obrigação ex lege, para se tornar uma obrigação 
voluntária. Assim, a menos que haja uma renúncia em sede de processo 
judicial, que nos termos do Artigo 269, V, do CPC gera coisa julgada, nada 
impede que o contribuinte que confessou venha a discutir judicialmente o 
tributo. 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 21 
Além disso, se a lei estabelecer expressa renúncia à via judicial, ela é 
inconstitucional por afrontar o princípio da inafastabilidade do controle 
jurisdicional, inserto dentre as garantias fundamentais, no Artigo 50, XXXV, da 
CR É com esta discussão que fechamos esta aula. 
 
Atividade proposta 
Você deverá pesquisar o procedimento mais famoso de parcelamento o REFIS 
diretamente no site da 
http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/Refis/refis.htm Receita 
Federal do Brasil: após a pesquisa você deverá apresentar quais são os 
requisitos e a quais contribuintes e responsáveis se aplica. 
 
Chave de resposta: Quem pode optar: todas as pessoas jurídicas, exceto: 
órgãos da Administração Pública direta, das fundações instituídas e mantidas 
pelo Poder Público e das autarquias; pessoas jurídicas do setor financeiro e de 
"factoring" (incisos II e VI do Artigo 14 da Lei nº 9.718/98 ); As pessoas 
jurídicas cindidas a partir de 01.10.1999, exceto quando atenderem às 
condições expressas na Lei nº 10.189/2001 , Artigo 4. E sua opção pelo Refis 
implica : inclusão de todos os débitos da empresa no Refis , inclusive os ainda 
não declarados ou confessados à SRF ou ao INSS, se houver; confissão 
irrevogável e irretratável de todos os débitos incluídos no programa; 
autorização, no ato da opção, de acesso irrestrito, pela SRF, às informações 
relativas a sua movimentação financeira, ocorrida durante o período em que a 
optante estiver submetida ao Refis; acompanhamento fiscal específico, com 
fornecimento periódico de dados, em meio magnético; regularidade no 
pagamento do Refis e dos demais tributos e contribuições federais com 
vencimento após 29.02.2000; cumprimento regular das obrigações para com o 
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS e o ITR); adoção do regime de 
tributação com base no lucro presumido (se assim o desejarem), com exceção 
das pessoas jurídicas isentas do imposto de renda e das microempresas e 
empresas de pequeno porte optantes pelo Simples; aceitação plena e 
irretratável de todas as condições estabelecidas. 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 22 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre lançamento de ofício, embargos de 
declaração intedispostos leia os textos disponíveis em nossa 
biblioteca virtual. 
 
Para saber mais sobre contencioso administrativo e tributário, 
assista ao vídeo disponível em nossa galeria. 
 
 
Referências 
BECKER, Alfredo Augusto. Teoria geral do direito tributário. 5. ed. São 
Paulo: Noeses. 
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 25. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2013. 
COELHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de direito tributário brasileiro. 12. 
ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012. 
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 33. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2012. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Indique o conceito de crédito tributário nas opções abaixo: 
a) É o direito que a Fazenda Pública tem de receber o pagamento de 
qualquer valor. 
b) É o direito que a Fazenda ou instituição financeira em seu nome tem de 
promover a execução fiscal. 
c) É o direito que a Fazenda Pública tem de receber o pagamento do 
tributo. 
d) É o direito que o contribuinte tem de receber a restituição do tributo 
recolhido equivocadamente. 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 23 
e) É o direito que o contribuinte tem de receber de volta o tributo recolhido 
a maior. 
 
Questão 2 
Analise as assertivas abaixo e indique a opção correta: 
I - A teoria dualista afirma que a obrigação e o crédito tributários não nascem 
em um só momento. 
II - A teoria monista afirma que o crédito, por ser elemento da obrigação, nasce 
junto com a obrigação. 
III - Para a teoria dualista, o crédito nasce somente com a inscrição na dívida 
ativa. 
a) Somente a assertiva I está correta. 
b) Somente a assertiva II está correta. 
c) Somente a assertiva III está correta. 
d) As assertivas I e II estão corretas. 
e) As assertivas II e III estão corretas. 
 
Questão 3 
O processo de concreção do crédito tributário significa que: 
a) O crédito tributário nasce com a obrigação tributária. 
b) O crédito tributário nasce somente com o lançamento. 
c) O crédito tributário fica líquido e certo somente com a inscrição na dívida 
ativa. 
d) O crédito tributário se torna exequível desde o lançamento. 
e) O crédito tributário se torna exequível somente após a citação na 
execução fiscal. 
 
Questão 4 
O crédito tributário decorre: 
a) Do lançamento tributário. 
b) Da obrigação tributária e tem a mesma natureza desta. 
c) Do vencimento. 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 24 
d) Da inscrição na dívida ativa. 
e) Do fato gerador. 
 
Questão 5 
É indiscutivelmente objeto do crédito tributário: 
a) O pagamento de penalidade pecuniária. 
b) O pagamento de correção monetária e juros de mora. 
c) O pagamento do tributo. 
d) O pagamento de juros moratórios. 
e) O pagamento de juros compensatórios. 
 
Questão 6 
Entende-se por lançamento tributário: 
a) Todo ato judicial impositivo de pagamento de determinado tributo, cuja 
sentença tem força erga omnes e cujo recurso não tem efeito 
suspensivo. 
b) Todo ato judicial impositivo de pagamento de determinado tributo, cuja 
sentença tem força apenas contra o sujeito passivo devidamente 
identificado na sentença, o que permite o exercício do contraditório e 
ampla defesa. 
c) O ato privativo de autoridade administrativa tendente constituir o crédito 
tributário desde que verificada a ocorrência do fato gerador da obrigação 
correspondente, determinação da matéria tributária, identificação do 
sujeito passivo, valor do tributo e, se necessário, a proposição de 
penalidade cabível. 
d) O ato administrativo complexo ou composto que verifique a incidência do 
fato gerador e do valor do imposto sem que haja necessidade de 
identificação de plano do sujeito passivo nem do estabelecimento de 
penalidade cabível. 
e) Nenhuma das respostas acima. 
 
 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 25 
Questão 7 
Uma vez notificado o sujeito passivo da realização do lançamento tributário, 
este: 
a) Constitui o crédito tributário em definitivo, não sendo mais possível sua 
revisão ou modificação administrativa. 
b) Só pode ser alterado na hipótese exclusiva de impugnação do sujeito 
passivo. 
c) Constitui a obrigação tributária em definitivo, somente sendo possível 
sua revisão ou modificação de ofício pela autoridade administrativa, em 
caso de erro evidente. 
d) Somente pode ser alterado nas hipóteses de impugnação do sujeito 
passivo, em decorrência de recurso de ofício ou em virtude de iniciativa 
de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no Código 
Tributário Nacional. 
e) Não pode ser revisto ou modificado, mas admite sua anulação por 
decisão judicial ou por ato de ofício de autoridadeadministrativa 
competente. 
 
Questão 8 
Um determinado tributo, cuja legislação de regência determine aos seus 
contribuintes a emissão do correspondente documento fiscal, com sua posterior 
escrituração no livro fiscal próprio, seguida da apuração do valor devido no final 
de cada período de competência e, finalmente, do subsequente recolhimento 
do valor apurado junto à rede bancária, tudo sem a prévia conferência do fisco, 
ficando essa atividade desenvolvida pelo contribuinte sujeita à posterior análise 
e exame pelo agente do fisco, que poderá considerá-la exata ou não, 
caracteriza a forma de lançamento denominada: 
a) De ofício 
b) Por homologação 
c) Por declaração 
d) Misto 
e) Extemporâneo 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 26 
Questão 9 
Assinale, dentre os tributos abaixo, aquele em que o lançamento é efetuado de 
ofício. 
a) Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana. 
b) Imposto sobre produtos industrializados. 
c) Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. 
d) Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e 
serviços. 
e) Contribuição social para o financiamento da seguridade social. 
 
Questão 10 
O fisco de um estado da Federação verificou que um estabelecimento comercial 
não emitia notas fiscais, não escriturava os livros obrigatórios e não recolhia o 
tributo de ICMS devido nas operações comerciais. Diante disso, lavrou auto de 
infração contra a empresa e notificou seu representante para que efetuasse o 
pagamento do débito. Considerando a situação hipotética apresentada, assinale 
a opção correta. 
a) O procedimento adotado pelo fisco é denominado lançamento por 
homologação. 
b) O fisco local utilizou de sua prerrogativa e realizou o lançamento misto. 
c) O lançamento foi efetuado irregularmente, uma vez que o fisco deveria 
ter notificado o contribuinte antes de ter realizado o procedimento 
administrativo. 
d) Ao lavrar o auto de infração tributária contra a empresa sonegadora, o 
fisco fez o lançamento de ofício, uma vez que se comprovou que o 
sujeito passivo agiu com fraude. 
e) O procedimento do fisco é denominado extemporâneo, dado que foi 
realizado sem auxílio do contribuinte. 
 
Questão 11 
A suspensão da exigibilidade de um tributo acarretará: 
a) A extinção do crédito. 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 27 
b) A lavratura de auto de infração em procedimento de fiscalização. 
c) A suspensão das medidas de cobrança do crédito. 
d) A remessa dos autos ao Ministério Público. 
e) A abertura de sindicância para apuração de responsabilidade do autor da 
exigência. 
 
Questão 12 
A suspensão da exigibilidade de um tributo acarretará: 
a) A extinção do crédito. 
b) A lavratura de auto de infração em procedimento de fiscalização. 
c) A suspensão das medidas de cobrança do crédito. 
d) A remessa dos autos ao Ministério Público. 
e) A abertura de sindicância para apuração de responsabilidade do autor da 
exigência. 
 
Questão 13 
Tício obteve o parcelamento de débito tributário relativo ao Imposto sobre a 
Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Enquanto pendente o pagamento 
do crédito, Tício: 
a) Não estará dispensado do cumprimento das obrigações assessórias 
relacionadas à obrigação principal cujo crédito esteja suspenso. 
b) Terá direito à certidão negativa de débitos tributários. 
c) Estará dispensado do cumprimento das obrigações assessórias 
dependentes da obrigação principal cujo crédito esteja suspenso. 
d) Poderá sujeitar-se à Execução Fiscal diante da não suspensão da 
prescrição. 
e) Terá direito à certidão positiva de débitos. 
 
Questão 14 
Suspenderá a exigibilidade do crédito tributário: 
a) A impetração de ação anulatória de débito fiscal. 
b) A impetração de mandado de segurança preventivo. 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 28 
c) A ajuizamento de ação de consignação em pagamento. 
d) O parcelamento. 
e) O depósito do valor que o sujeito passivo considera devido, mesmo que 
seja inferior ao montante integral do crédito. 
 
Questão 15 
Acerca da suspensão e extinção do crédito tributário, assinale a opção correta. 
a) Os recursos e reclamações decorrentes do lançamento administrativo do 
débito tributário não têm o efeito de suspender ou extinguir o crédito 
tributário. 
b) Parcelado regularmente o crédito tributário, não pode a fazenda pública 
propor execução fiscal, dada a consequente suspensão da exigibilidade 
do referido crédito. 
c) Se, em mandado de segurança, for concedida liminar para suspender a 
exigibilidade do crédito tributário, posteriormente cassada em 
julgamento de agravo de instrumento, continua suspensa a exigibilidade 
do crédito até julgamento definitivo do mérito, porque é a propositura da 
ação mandamental, e não a liminar, que legitima o instituto da 
suspensão. 
d) Concedida moratória, estará extinto o crédito tributário. 
e) O depósito prévio do valor da exigência fiscal em ação declaratória de 
inexigibilidade do crédito tributário extingue a sua exigibilidade porque o 
valor será convertido em renda. 
 
COFINS: Contribuição para o financiamento da seguridade social. 
 
CPC: Código de Processo Civil. 
 
CPMF: Contribuição provisória sobre a movimentação financeira. 
 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 29 
CR: Constituição da República. 
 
CSLL: Contribuição social sobre o lucro líquido. 
 
CTN: Código Tributário Nacional. 
 
DL: Decreto-Lei. 
 
ICMS: Imposto sobre a circulação de mercadorias e prestação de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
 
IN MPS/SRP: Instrução normativa – Ministério da Previdência Social – 
Secretaria da Receita Previdenciária. 
 
IPTU: Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana. 
 
IPVA: Imposto sobre a propriedade de veículo automotor. 
 
IR: Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. 
 
ITBI: Imposto sobre a transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato 
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais 
sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua 
aquisição. 
 
LC: Lei complementar. 
 
PIS: Contribuição ao programa de integração social. 
 
STJ: Superior Tribunal de Justiça. 
 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 30 
Aula 5 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - D 
Justificativa: Crédito é o direito decorrente de uma obrigação, no caso o vínculo 
que se estabelece entre a Fazenda e um terceiro, no qual aquela espera 
receber o pagamento de um tributo. 
 
Questão 2 - D 
Justificativa: Para a teoria dualista, da conjugação de três artigos, (sugiro que 
faça a leitura na sequência indicada: Artigo 114, 113, §1º, e 142), conclui-se 
que são necessários dois momentos. Já para a teoria monista, o crédito nada 
mais é do que elemento da obrigação, e por isso, conjugando outros 
dispositivos, nasceriam num mesmo momento ( arts. 114 e 139 do CTN). 
 
Questão 3 - A 
Justificativa: Para a teoria do processo de concreção do crédito tributário, o 
crédito nasce com a obrigação tributária e cada um dos momentos posteriores 
tornam esse crédito mais eficaz. 
 
Questão 4 - B 
Justificativa: Esta é a determinação do Artigo 139 do CTN. 
 
Questão 5 - C 
Justificativa: O objeto principal do crédito tributário é naturalmente o 
pagamento do tributo. 
 
Questão 6 - C 
Justificativa: Esta é a afirmação contida no Artigo 142 do CTN (UFPR-2013). 
 
 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO EPROC. TRIBUTÁRIO 31 
Questão 7 - D 
Justificativa: É o que dispõe o Artigo 145 c/c com o Artigo 149, ambos do CTN, 
que consagram o princípio da irrevisibilidade de lançamento (FCC-2012). 
 
Questão 8 - B 
Justificativa: Lançamento por homologação é aquele em que o sujeito passivo 
presta informações ao fisco, calcula o montante do tributo devido e antecipa o 
pagamento, devendo este apenas conferir. (FCC-2012). 
 
Questão 9 - A 
Justificativa: O lançamento de ofício é aquele que a Fazenda procede ao 
lançamento sem qualquer participação do contribuinte (FMP-RS – 2011). 
 
Questão 10 - D 
Justificativa: Lançamento de ofício é aquele em que a autoridade administrativa 
realiza toda a atividade (CESPE-2008). 
 
Questão 11 - C 
Justificativa: A suspensão da exigibilidade, como o próprio nome diz, torna 
inexigível o crédito tributário (VENESP-2014). 
 
Questão 12 - D 
Justificativa: A hipótese se encontra elencada no Artigo 151 do CTN (VUNESP-
2014). 
 
Questão 13 - A 
Justificativa: A suspensão da exigibilidade afasta somente a cobrança do tributo 
(FCC-2013). 
 
Questão 14 - D 
Justificativa: É hipótese prevista no Artigo 151 do CTN. 
 
 
 TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO E PROC. TRIBUTÁRIO 32 
Questão 15 - B 
Justificativa: A resposta corresponde à aplicação do Artigo 151 e 155-A do CTN 
(CESPE-2012).

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