ATIVIDADE FINAL SIOPE

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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA
SIOPE
Agnaldo Márcio de Lima
Dayane Alves Ferreira
Fazenda Rio Grande
2017
PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA
SIOPE
Trabalho final de conclusão 
do Curso SIOPE no âmbito 
do Programa Formação pela
					 Escola
Agnaldo Márcio de Lima
Dayane Alves Ferreira
Fazenda Rio Grande
2017
RESUMO
	Com os avanços tecnológicos e a era da informação, torna-se cada vez mais fácil a divulgação de dados para que a sociedade conheça a realidade de cada município. Neste contexto a aplicação mínima de recursos na área de educação dos municípios é derivada da receita de impostos, a qual representa um fator importante para constatação do desenvolvimento do município e qualidade de vida dos cidadãos e o compromisso do gestor com ações que prioriza a manutenção e desenvolvimento do ensino. 
	O Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (SIOPE) é uma ferramenta de acesso aos dados referentes ao orçamento dos entes federados, disponibilizando assim uma farta fonte para pesquisadores. Formatado para ser de fácil acesso se configura como um sistema eletrônico, operacionalizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), instituído para coleta, processamento, disseminação e acesso público às informações referentes aos orçamentos de educação da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, sem prejuízo das atribuições próprias dos Poderes Legislativos e dos Tribunais de Contas.
	O foco especifico deste trabalho será analisar o investimento do Fundeb em relação ao orçamento e o MDE e uma entrevista com um conselheiro do Fundeb. O SIOPE, visando à padronização de tratamento gerencial, calcula a aplicação da receita vinculada à manutenção e desenvolvimento do ensino de cada ente federado.
	O SIOPE além de servir de fonte para pesquisadores é uma forte ferramenta para controle social dos gastos na manutenção e desenvolvimento do ensino. Dessa forma, este sistema contribui para garantir maior efetividade e eficácia das despesas públicas em educação e, em última instância, para a melhoria da qualidade dos serviços prestados à sociedade pelo Estado. A implantação deste sistema se reveste de particular importância para os gestores educacionais dos estados e municípios, pois vai auxiliá-los no planejamento das ações, fornecendo informações atualizadas sobre as receitas públicas e os correspondentes recursos vinculados à educação. Os indicadores gerados pelo SIOPE vão assegurar ainda maior transparência da gestão educacional.
	O SIOPE poderá subsidiar a definição e a implementação de políticas de financiamento orientadas para a promoção da inclusão educacional, da igualdade de oportunidades, da equidade, da efetividade e da qualidade do ensino público.
PALAVRAS CHAVE: Educação; Fundeb; Financiamento da educação; Gastos públicos;
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................... 05
SIOPE .................................................................................................................... 07
Visão geral …............................................................................................. 07
Percentuais legais do SIOPE ................................................................... 08
ENTREVISTA COM CONSELHEIRO DO CONSELHO DO FUNDEB ….. 09
CONCLUSÃO ....................................................................................................... 10
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 11
INTRODUÇÃO
	SIOPE é um sistema informatizado, uma fonte de dados sobre orçamento dos entes federados, com intuito de disseminar o acesso ao publico dados referentes ao orçamento público de educação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sem prejuízo das atribuições próprias dos Poderes Legislativos e dos Tribunais de Contas. Este sistema, de acesso público via internet é operacionalizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
	Tem como objetivo levar ao conhecimento da sociedade quanto se investe na educação pública no Brasil segundo esfera de governo (federal, estadual e municipal), serve também com fonte de pesquisa para os mais diversos estudo sobre educação e seu financiamento, fortalecendo os mecanismos de controle social e contribuindo para a garantia da efetividade e da eficácia dos investimentos públicos no setor educacional e, em última instância, para a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo Estado à sociedade.
	Iremos fazer uma análise do município de Fazenda Rio Grande, temos como importante sabermos sua caracterização. Conforme informações obtidas no site oficial do município de Fazenda Rio Grande, a história da cidade data do início de do século XVI quando havia apenas terras indígenas na região, sendo uma delas a aldeia CAPOCU, cujas terras pertenciam ao governo da 5ª Comarca de São Paulo. Em 1800 surgiu, junto à fazenda CAPOCU outra fazenda denominada RIO GRANDE, ou GRANDE RIO, porque se desenvolveu às margens do Rio Iguaçu.
	Esses dois povoados originados pelas duas fazendas, passaram a ser denominados de Fazenda Rio Grande, que juntamente com outros povoados desta região em 25 de julho de 1960, foram desmembrados de São José dos Pinhais formando o Município de Mandirituba. Em 1981, através da lei 7521, publicada no Órgão Oficial do Estado Nº 1.171, no dia 17 de novembro de 1981, assinado pelo então Governador Ney Braga, Fazenda Rio Grande tornou-se Distrito Administrativo do Município de Mandirituba. 
	A emancipação de Fazenda Rio Grande se deve a um contexto sócio-econômico específico, que está atrelado ao crescimento da grande Curitiba ao final da década de 1970. A partir de 1975 com a quase erradicação da produção de café na Região Norte do Paraná, houve um grande movimento de êxodo rural no Estado, o qual atraiu para a região metropolitana de Curitiba muitas pessoas. O Município de Fazenda Rio Grande, começou a se tornar realidade em 15 de setembro de 1989, através do Projeto de Lei nº 229/89, de autoria do Deputado Estadual Aníbal Khury. Em 26 de janeiro de 1990 através da Lei Estadual nº 9.213, sancionada pelo então Governador Álvaro Fernandes Dias, nas dependências da Churrascaria 22, na presença de mais de três mil testemunhas, foi criado o município de Fazenda Rio Grande. Hoje Fazenda Rio Grande se caracteriza por ser um dos municípios brasileiros que mais cresce, apresentando um crescimento populacional na ordem de 10% ao ano, sendo sede de Comarca, desde 1999. A instalação do Município no dia 12 de abril de 1991, às 13h30 no Fórum da Comarca de São José dos Pinhais, pelo então Juiz de Direito Dr. Raul Luiz Gutmann, publicada no Diário da Justiça através do decreto nº 360.( FAZENDA RIO GRANDE, 2015)
	Fazenda Rio Grande tem 25 anos de existência e é um dos municípios mais novos dos 29 municípios da região metropolitana de Curitiba e compõem o núcleo urbano central desta região.	A cidade tem área territorial de 115,377 km2, e sua sede fica a 31,35 km de distância da capital, o município faz divisa territorial com outras três cidades, alem de Curitiba, são elas; Araucária, São José dos Pinhais e Mandirituba e tem um grau de urbanização que chega a 92,96%, ( IPARDES, 2015).
Com uma população de 81.685 habitantes em 2010 e uma população estimada para 2015 de aproximadamente 92.204 tem uma densidade demográfica de 700 habitantes por km2 seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,720 segundo dados do IBGE, já o índice GINI, é de 0,4922( IPARDES, 2015).
SIOPE
	O Município de Fazenda Rio Grande, cumprindo a Legislação vigente, preencheu e transmitiu os dados que integram o SIOPE nos últimos cinco anos.
	A vinculação de receita que será analisadapelo com a base de dados do SIOPE se configura com a Constituição Federal de 1988 que explicita, pela primeira vez, a declaração dos direitos sociais, destacando-se, com primazia, a educação como direito público subjetivo. No entanto, para garantir o direito à educação, são necessários, dentre outros fatores, o financiamento, para garantir a efetivação de uma educação pública gratuita e de qualidade.
	No Brasil, o financiamento do ensino público é assegurado, em montante anual estimável e com continuidade, por força de mandamento constitucional ( CALLEGARI, 2013, p. 223). A CF/88 define a responsabilidade financeira da União, Estados e Municípios ao vincular recursos orçamentários para educação com o objetivo de assegurar esse direito social. De acordo com o art. 212, “A Uniao aplicara anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendidas transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino" (BRASIL, 1988).
		O percentual de recursos destinados à educação será apresentada no quadro abaixo, conforme a série histórica e sua vinculação nas constituições.
	Disposição Legal
	Esfera de vinculação
	
	União
	Estados/DF
	Municípios
	Constituição Federal de 1934
	10%
	20%
	10%
	Constituição Federal de 1937
	-
	-
	-
	Decreto Lei nº 4.958 de 1942
	-
	10% a 20%
	10% a 15%
	Constituição Federal de 1946
	10%
	20%
	20%
	LDB 4.024 de 1961
	12%
	20%
	20%
	Constituição Federal de 1967
	-
	-
	-
	Emenda Constitucional nº 1 de
1969
	-
	-
	20%
	LDB 5.692 de 1971
	-
	-
	20%
	Emenda Constitucional 24 de
1983
	13%
	25%
	25%
	Constituição Federal de 1988
	18%
	25%
	25%
Com base nos dados retirados do SIOPE foi possível observar os seguintes dados; o percentual de aplicação das receitas de impostos e transferências vinculadas à educação em MDE foi de 25,32%, o percentual de aplicação das receitas do Fundeb na remuneração dos profissionais do magistério foi de 91,92% ( quase uma totalidade dos recursos foi para pagamento dos profissionais do magistério); o percentual de aplicação das receitas do Fundeb em despesas com MDE, que não remuneração do magistério foi de 4,18%, o percentual de aplicação das receitas do Fundeb não aplicadas no exercício foi de 3,9%. 
	Com base nestes dados foi possível formatar a tabela a baixo com os principais indicadores de investimentos obrigatórios em educação, realizadas pelo Município no ano de 2016:
	Percentuais legais do Siope
	Índices constitucionais e legais calculados pelo Siope.
	%
	% investida de fato
	Percentual de aplicação das receitas de impostos e transferências vinculadas à educa​ção em MDE.
	Mínimo 25%
	25,32
	Percentual de aplicação das receitas do Fundeb na remuneração dos profissionais do magistério. 
	Mínimo 60%
	91,92
	Percentual de aplicação das receitas do Fundeb em despesas com MDE, que não remu​neração do magistério. 
	Máximo 40%
	4,18
	Percentual de aplicação das receitas do Fundeb não aplicadas no exercício. 
	Máximo 5%
	3,90
PESQUISA JUNTO AO CONSELHO DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE SOCIAL - CACS/FUNDEB 
	ENTREVISTA COM CONSELHEIRO DO CACS/FUNDEB
	Nome do Conselheiro: José Daniel Fabrício
	1. Situação do conselheiro
	( x ) titular ( ) suplente
	2. Segmento representado
	Secretária de Educação
	3. Vigência do mandato
	2017 á 2018
	4. Há quanto tempo atua em conselhos?
	3 (três) anos
	5. Conhece o SIOPE?
	( x ) sim ( ) não
	6. Já entrou na página do FNDE para realizar consulta no SIOPE?
	( x ) sim ( ) não
	7. Tem acompanhado os investimentos em educação efetuados pelo seu estado Distrito Federal ou município pelo SIOPE?
	( x ) sim ( ) não
	8. Tem hábito de comparar esses dados com os demais estados e/ou municípios?
	( ) sim ( x ) não
	9. Na sua percepção, em que medida o SIOPE contribui para facilitar o acompanhamento e o controle social tornando mais transparente a destinação dos recursos destinados à educação básica?
 Na percepção do conselheiro, ela se dá na maior transferência da aplicação dos recursos da educação e na ampliação da plataforma de acesso e controle social.
CONCLUSÃO
	O sistema tributário brasileiro é composto por três tributos: impostos, taxas e contribuição; destes apenas os impostos tem vinculação constitucional obrigatória com a educação com o SIOPE podemos observar onde foi aplicado o recurso com MDE e fiscalizar a aplicação do Fundeb, se a lei de vinculação está sendo praticada. 
	A transparência na administração pública brasileira está estabelecida como princípio na Constituição Federal de 1988. Desta forma, os entes públicos devem prestar contas ao Poder Legislativo e à sociedade, ou seja, o povo tem o direito de conhecer os atos praticados na administração pública para o exercício do controle social, derivado do exercício do poder democrático. 
REFERÊNCIAS
FNDE, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação