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Trabalho Direito da Seguridade Social

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DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL
PRISCILA RODRIGUES MARTINS �
Sumário: 1. Antecedentes Históricos da Seguridade Social 2. Antecedentes Históricos no Brasil 3. Seguridade Social, Previdência Social e Assistência Social 4. Concepções: Comutativa e Distributiva 5. Características 6. Relação entre Seguridade Social, Economia e Estado. 6.1. Introdução 7. Economia e Seguridade Social 8. Previdência Privada como alternativa de solução 9. O modelo Econômico Estatal e a Previdência Social. Considerações finais. Referências.
RESUMO
O presente artigo faz referência ao contexto histórico da Seguridade Social no Brasil e no mundo, bem como os marcos mais importantes para a compreensão de como chegamos ao modelo de Seguridade Social ao qual o Estado aderiu, também nos traz de forma sucinta contendo as características deste modelo, suas concepções, os fatores relevantes e agravantes que prejudicam o desempenho de tal modalidade, outrossim, também nos é trazido a relação entre Seguridade Social, solidariedade, e seus benefícios e beneficiários. E por fim um conteúdo o qual faz a correlação entre Seguridade Social, Estado e Economia, para que tenhamos melhor compreensão sobre o tema tratado. 
PALAVRAS-CHAVE: Seguridade Social. Solidariedade. Benefícios. Economia. Estado.
INTRODUÇÃO
A Seguridade Social passou por períodos históricos de bastante conturbação, para que se chegasse aos moldes atuais, entretanto mesmo a tantas lutas o modelo na teoria é ilustre, porém na prática a qual se vê não condiz de forma mimética aos planos traçados. Para maior compreensão disto o referido artigo trata de forma sucinta, entretanto clara dos fatores contributivos e prejudiciais à Seguridade Social.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA SEGURIDADE SOCIAL
A seguridade social teve a priori a normatização orgânica com a inserção do Plano Beveridge, entretanto há outros movimentos históricos que colaboram para a proteção social na antiguidade.
Um exemplo é a aposentadoria a qual se inclui em parte de um sistema preservador da seguridade social, a priori as primeiras aposentadorias eram permitidas aos veteranos dos exércitos, isto nos antigos tempos romanos. As aposentadorias serviam como agradecimentos aos serviços prestados ao Império, assim sendo oferecidas propriedades as quais os beneficiários tiravam o seu sustento, quando não havia mais propriedades a serem oferecidas aos beneficiários ofereciam- lhes dinheiro, este “doado” aos beneficiários até o fim de suas vidas. 
A posteriori via-se que o modo que mais se enquadraria com eficiência, seria o aprimoramento do instituto da Previdência Social e prestações de serviços de assistência social, sendo assim obrigatória a participação no custeio. A obrigatoriedade está presente dede os primórdios da história, como exemplo os doutrinadores Marcus Orione e Érica Paula citam a Carta de Carlos Magno, a qual faz referência a assistência aos pobres como obrigação estabelecida na Idade Média.
Em 1.601 foi editado o Poor Law Act,o qual previa o pagamento de ínfimos valores, a desempregados doentes e de idade avançada. Em 19 de dezembro de 1601, Isabel I da Inglaterra, criou a assistência paroquial aos pobres, que eram contribuições, denominadas Poor tax, com duração de um século, já em 1.834, foi criada a Poor Law Act of 1834.
Em 1.844 surgiu Cooperativa Probos Pioneiros de Rochdale, fundada por vinte e oito tecelões, assim sendo marcado como início do cooperativismo no mundo.
O surgimento da Caixa Econômica, organizada em Hamburgo, na Alemanha em 1.778, sendo posteriormente fundada na Inglaterra e no Estado Unido, em 1.816. A fundação da Caixa Econômica trouxe auxílio para evolução histórica da Previdência Social, pois trouxe como benefício os depósitos individuais, podendo ser retirados mensalmente.
Entretanto a maior contribuição para a formação da Previdência Social foi o seguro privado, sendo este modelo para o seguro social.
A Lei Le Chapelier destruiu as corporações e associações de classe ou profissionais de todas as espécies, e trouxe como justificativa que a responsabilidade de gerar trabalho aos que precisam e dar socorro aos doentes, era da nação. Entretanto colhendo os frutos da Revolução Francesa, o Estado só poderia assumir a assistência de caráter unilateral, assim tornando-se irrealizável a implantação do seguro social, concluindo-se, pois que a Revolução Francesa ao afastar a legitimação do Estado e a afirmando como modelo a liberdade individual, a mesma não teria como objetivo a seguridade social. O Estado Liberal substituiu as obras de assistência e previdência, pelas corporações de ofício e grêmios formados pelo Cristianismo.
O capitalismo passou a dominar como sistema, criando um “mercado de trabalho humano”, e assim obrigando os funcionários a viverem em péssimas condições de vidas.
Diante da imoralidade a qual era imposta por meio das idéias liberais, Napoleão como forma de extinguir os excessos da Revolução, firmou a Santa Sé, em 1.801, a Concordata que permitiu a Igreja Católica voltar a defender os trabalhadores.
Em 1.869, o Parlamento da Confederação Norte, convidou o Chanceler Bismarck para criar um projeto de “seguro operário”, o Chanceler e seus colaboradores concluíram que poderiam combater o capitalismo e socialismo juntos.
Diante de tal conclusão, em 1.883 a Alemanha fundou o seguro social aos empregados, e quanto as pessoas não seguradas, ficariam por conta separadamente das instituições de assistência e de previdência, públicas e particulares, religiosas e de caridade, e de beneficência. 
Em 15 de maio de 1.891, a Santa Sé preocupada com classe operária, editou a encíclica Rerum Novarum, do papa Leão XIII, discutindo ao intervencionismo estatal, e aprovando o seguro social bismarckiano.
Diante do progresso e popularidade do seguro social alemão, os liberais formularam idéias alternativas, para combater rigor de não intervenção do estado, instruindo assim o seguro social voluntário subsidiado pelo Estado.
Em 1.919 após a primeira guerra, foi firmado o tratado de Paz de Versalhes, expandindo o seguro social obrigatório no mundo todo, ficando excluídos apenas os Estados Unidos.
Entretanto mesmo com resultados positivos do seguro social no campo da Previdência Social, houve na época problemas resultados de doenças e da miséria, não alcançando a competência de atuação do seguro social.
Em 1.941 o presidente dos Estados Unidos, Rossevelt, e o primeiro ministro Churchill, firmaram a Carta do Atlântico, a qual optou em favor da segurança social, e garantiu aos homens não temer a necessidade.
Entretanto o triunfo da seguridade social se deu a partir do Plano Beveridge, os princípios básicos que norteiam tal Plano, são:
Conforme nos dispõe os doutrinadores Marcus Orione e Érica Paula;
a) Fazer propostas considerando-se o que teria ocorrido no passado, com destaque para o fato de que se deveriam ignorar os interesses de grupos. 
 b) Foram eleitos cinco “gigantes na estrada da reconstrução”, a saber: necessidade, doença, ignorância, carência (desamparo) e desemprego (...)
 c) O Plano seria construído a partir da cooperação entre o Estado e o indivíduo. O Estado proveria a seguridade social, mediante a contribuição dos indivíduos, que acobertaria a eles e a sua família (...) 
Os princípios fundamentais eram: adequação do lucro; taxa uniforme de lucro; taxa uniforme de contribuição; unificação da responsabilidade administrativa; compreensão e qualificação.
O Plano Beveridge foi publicado em dezembro de 1.942, e a impressa fez alusão que seria à cobertura as necessidades humanas do nascimento até a morte, o reconhecimento logo veio de que o Plano tornava a Inglaterra igualitária.
Entretanto, logo Partido Conservador expôs sua contrariedade ao Plano, influenciando Churchill a pensar de forma igual, Brendan Bracken, o Ministro da informação era o único que apoiava o Plano de Sir Beveridge.
Em 1.943 a 1.945 o Governo elaborou o Plano chamado White Paper Chase, incluindo: saúde, educação, seguro social, questõesagrárias, e ínfimas questões sociais.
Foram editadas as leis, da Educação (1.944), e de Proteção à Família (1.945). Entre 1.944 e 1.949, com a influência de um governo trabalhista que estava no poder, implementou os “cinco gigantes”, com base nas cinco metas principais do Plano Beveridge.
Assim, tendo a verdadeira fonte do atual sistema de seguridade social.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS NO BRASIL
Referente às bases históricas da seguridade social no Brasil, sua primeira abordagem foi trazida na Constituição Federal de 1.891, a qual era ditada pelo artigo 75, constando que a aposentadoria seria disponibilizada sem contribuições aos funcionários públicos, “em caso de invalidez no serviço da Nação”.
A Constituição Federal de 1.934 ditava que seria de responsabilidade da União estabelecer regras de assistência social, e o Estado seria responsável pela saúde e assistências públicas, e fiscalização das leis sociais. O artigo 121 § 1°, alínea h, dispunha sobre assistência médica e sanitária ao trabalhador, e proteção à gestante.
Neste período empregado e empregador eram obrigados a contribuírem com o custeio ao ente público. O artigo 170, § 3°, disciplinava sobre a aposentadoria aos funcionários públicos com idade superior a 68 anos de idade, e em caso de invalidez do funcionário a aposentadoria seria com salário integral, não podendo ultrapassar os vencimentos da ativa.
A Constituição Federal de 1937, no seu artigo 137, alíneas m e n, tratavam de seguros de velhice, invalidez e em caso de acidentes de trabalho, e a obrigação das associações dos trabalhadores em fornecer aos associados auxílio e assistência em alguns casos.
A Constituição Federal de 1.946, em seu artigo 157, estabelecia os Direitos do Trabalho. 
Já a Constituição de 1.967, e sua Emenda n° 1 de 1.969, acrescentou de forma minuciosa alguns itens referentes à Constituição de 1.946, tais como: os vários benefícios previdenciários, disciplinados no artigo 165.
E finalmente a atua Constituição de 1.988, em sua Emenda Constitucional n°26 de 2.000, nos dispõe que dentre os direitos sociais, estão: a saúde, a Previdência Social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados. No título VIII da referida Constituição, em seus artigos 194 a 200, nos é disposto um capítulo próprio referente à seguridade social.
A Emenda Constitucional n° 20 de 1.998, trata da busca pelas modificações do sistema Previdenciário Social, com o intuito de desfazer o déficit previdenciário.
Com referência ao setor público, temos com destaque as Emendas: n° 41 de 2.003 e n° 47 de 2.005.
Após o fim do Império destacam-se algumas medidas legislativas, quais seja a Caixa de Socorros em cada uma das estradas de ferro do Estado (Lei n° 3.397, de 24 de novembro de 1.888), o Fundo de Pensões do Pessoal das Oficinas da Imprensa Nacional, (Decreto n° 10.269, de 20 de julho de 1.889), e aposentadoria para empregados da Estrada de Ferro do Brasil (Decreto n° 221, de 26 de fevereiro de 1.890).
Entretanto o marco do direito previdenciário no Brasil foi a Caixa de Aposentadoria e Pensões para trabalhadores de iniciativa privada, concebendo assim a Caixa de Aposentadoria e Pensões para as empresas ferroviárias. O Decreto n° 5.109 de 20 de dezembro de 1.926, ampliou o regime para os empregados das empresas de navegação marítima, fluvial, e aos portuários. Com o Decreto n° 19.433, os Institutos amparavam também os assalariados de determinada categoria profissional em todo território. Mas somente o Decreto n° 72 de 1.966 unificou as instituições previdenciárias criando o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
E finalmente resta saber que a matéria previdenciária atualmente é regida de forma principal pelas Leis n° 8.212 (referente ao custeio) e 8.213 de 1991 (referente aos benefícios), regulamentadas pelo Decreto n° 3.048 de 06 de maio de 1.999 (há múltiplas alterações expressas no texto).
SEGURIDADE SOCIAL, PREVIDÊNCIA SOCIAL E ASSISTÊNCIA SOCIAL
O conceito de seguridade social baseia-se em duas perspectivas, tal como cita os doutrinadores, tomando como direção os conceitos traçados pelo autor Almansa Pastor, em Derecho, uma primeira perspectiva baseada na política, a qual menciona que a que seguridade social, tem finalidade de proteger as necessidades sociais, e uma segunda perspectiva, sendo está de direcionamento jurídico, a qual se refere ao instrumento usado para proteção às necessidades sociais. O referido autor também cita a respeito da sociedade atual, mencionando a respeito de previdência, assistência e saúde, temas estes expressos em nossa Constituição Federal. 
CONCEPÇÕES: COMUTATIVA E DISTRIBUTIVA
A concepção comutativa, o direito social nesta concepção encontra-se associado a uma atividade assalariada. Já a concepção distributiva, nesta concepção a o objeto é a necessidade da população, e são levadas também em conta outras necessidade sociais, quais sejam: as necessidades coletivas, formando assim a idéia de solidariedade.
Como bem está disposto na referida doutrina, os doutrinadores dispõe um trecho do autor, Léon Bourgeois em sua Teoria do solidarismo, que afirma o seguinte: 
“Todos os homens são interdependentes: qualquer um que goze de uma vantagem a deve a esta interdependência, e por isto deve uma compensação aos demais. A sociedade representa um conjunto em que todas as partes estão estritamente unidas umas às outras, como as partes do corpo humano: aqueles que têm êxito são os que têm sabido aproveitar-se da ação dos outros e, são, portanto, seus devedores.”
Conceituando assistência social e a vinculando com seu objeto específico, a assistência é uma forma solidária de socorrer, ajudar ou amparar os cidadãos em suas necessidades, não sendo cobrada esta solidariedade, tendo assim estas formas especificadamente como objeto. 
Na assistência social, quem cuida dos objetos desta é o Estado, e já na Previdência Social, o Estado cria um sistema de contribuição para setores da população segurada, assim atendendo as necessidades do segurados ou de quem dele depender.
CARACTERÍSTICAS
As características que serão em suma citadas são: abrangência a todo e qualquer cidadão, a idéia de benefício, a existência de uma contingência, e custeio.
A abrangência a todo e qualquer cidadão, nos traz que a assistência social e a saúde englobam toda população, mediante suas necessidades. Ou seja, no sistema de seguridade social, todos os cidadãos em situação de necessidade serão beneficiários, entretanto mesmo que a Previdência Social esteja inserida na seguridade social, os beneficiários da Previdência serão apenas àqueles que contribuírem com o sistema.
O benefício é trata das necessidades vitais do homem, de forma benéfica. 
A existência de uma contingência, esta se vincula ao salário, tal como na Previdência Social, e já na assistência social, basta o aparecimento de necessidade do homem.
Custeio, este para a assistência social é diretamente contributivo, os benefícios assistenciais e os de saúde são custeados por toda população, estas características tornam os benefícios assistenciais gratuitos aos beneficiários.
RELAÇÃO ENTRE SEGURIDADE SOCIAL, ECONOMIA E ESTADO.
 INTRODUÇÃO
Em 1.945, a modalidade de Estado que estava em seu apogeu, era o Welfare State (bem-estar social), neste período o Estado capitalista, tentava se reestruturar, devido às ameaças socialistas, assim tendo como primeiro remédio adoção de um “novo Estado”, chamado Estado de bem-estar social, este Estado buscava arrecadar meios para cuidar das necessidades dos trabalhadores, a priori a idéia foi bem aceita, e quando a modalidade do Welfare State estava de fato em seu auge, acrescentaram-se elementos da Teoria de Keynes,
Entretanto houve críticas a respeito da modalidade Welfare State Keynesiano, algumas das críticas foram a respeito da natureza econômica, social, política, e moral, todas as críticas eram de origem neoconservadora, sendo assim suscetíveis a remoção. Diante da ruína do Welfare State, conseqüentedo apogeu neoliberal, houve alguns fatos importantes a serem destacados, tal como: a queda das entidades sindicais, ocasionada pela adoção do Estado do Bem-Estar, afetando também o operariado, outra conseqüência foi que com esta queda, deu-se maior importância a idéia de flexibilização, ou seja, o progresso de uma legislação que desregulamentava as condições trabalhistas, e que por outro lado flexibilizada os direitos sociais. 
No Brasil importamos o modelo neoliberal, entretanto calha registrar que no Brasil e nos demais países periféricos, não se chegou a estrutura que se assemelhe ao Estado de Bem-Estar Social europeu, pois tampouco nem são atendidas as necessidade básicas.
ECONOMIA E SEGURIDADE SOCIAL
Economia, seguridade social e Estado, estão a cada dia mais vinculados um ao outro. A seguridade social está atualmente sendo vista como algo oneroso aos contribuintes, além de provocar imperfeições nas finanças públicas.
Uma evidência a qual une os três pilares: Estado, Economia, e seguridade social; é aposentadoria, pois nesta a utopia de receber sem ter a obrigação de trabalhar para ter o pagamento, se concretiza, mesmo que este “sonho” dure por um curto intervalo de tempo, pois na idade em que se aposentam estas pessoas já estão com sua saúde fragilizada em decorrência do tempo. 
PREVIDÊNCIA PRIVADA COMO ALTERNATIVA DE SOLUÇÃO
Devido a preocupação de numerosos países a respeito da reformulação de pensões, alguns países buscaram a alternativa de previdência privada, pois diante de futura inviabilidade da previdência pública, alguns países optaram por dar preferência a previdência privada como forma de se precaver. Entretanto há críticas a respeito desta previdência, em suma, fala-se a respeito do oligopólio ao redor da administração de fundos, com a ascensão dos custos, aumentando assim o custeio.
O MODELO ECONÔMICO ESTATAL E A PREVIDÊNCIA SOCIAL
Para concluir do que se trata a Previdência Social, anteriormente faz-se necessário o entendimento modelo econômico adotado pelo Estado. 
Os doutrinadores Marcus Orione e Érica Paula, nos trazem anteriormente para compreendermos o modelo econômico capitalista e sua finalidade na Previdência Social nesta forma de Estado.
Há dois tipos de capitalismo, o liberal que é àquele em que o Estado intercede no Bem-Estar Social, e sobrepõe-se à iniciativa privada, com o intuito de favorecer a coletividade, entretanto, para sua sobrevivência o Estado de Bem-Estar Social, é fiscal.
O Estado social-democrata, a ação exercida é de forma direta e controlada pelo Estado, buscando a diminuição das desigualdades, entretanto há decadência nesta forma de Estado, e alguns dos fatores para esta queda são: o aumento das necessidades da sociedade, o aumento em demasia da carga tributária, crítica a SUPOSTA desestimulação para a produção e trabalho.
E a respeito da crise enfrentada pelo Estado de Bem-Estar, muitos críticos se manifestaram a respeito desta modalidade de Estado. Na crítica do autor Francisco Oliveira, o referido autor cita, em suma, que:
 “O padrão de financiamento público do Estado- Providência é o responsável pelo continuado déficit público nos grandes países industrializados. É este padrão que está em crise (...)”
Outros críticos são adeptos da seguinte corrente, que a modalidade de Estado ora referida, tal como cita os doutrinadores Marcos e Érica, referente à observação de alguns críticos, que defendem que resultado desta crise é decorrência de: “bastiões corporativistas, com cada uma das classes sociais e grupos específicos defendendo ferozmente seus interesses, que não espraiam para os outros, que não se espraiam para os outros, confinando a gosto do Estado e dos interesses sociais a guetos particulares, a partir dos quais políticas de caráter geral tornam-se impossíveis.”
Já a direita segue outra corrente, acusando os direitos latu sensu trabalhistas, como empecilho ao investir e acumular.
Entretanto com decadência em que se encontra o socialismo, o Estado do Bem-Estar tem servido de alternativa para atender as necessidades da sociedade. 
Os doutrinadores Marcus Orione e Érica Paula, mencionam o renomado sociólogo polonês, Adam Prezeworski, em sua doutrina, o qual em suma, crítica o neoliberalismo, e vincula a sobrevivência do Estado de Bem-Estar ao neoliberalismo, porém não crítica a ideologia do Estado do Bem-Estar, mas sim forma que esta modalidade implementada, “deixando assim de ser viável”, diz o sociólogo.
Prezeworski propõe a construção do Estado do Bem-Estar sobre novas bases, devido a perda do poder dos sindicatos, ocasionada pela queda da social-democracia sobre as bases antigas com a globalização da economia.
O sociólogo respondeu à entrevista no Brasil e mencionou qual a viabilidade da social-democracia no Brasil, Prezeworski diz que: 
“Um dos princípios básicos da social-democracia diz que boa parte que se considera puro consumo, e por extensão desperdício, é, no fundo, um investimento. Isso inclui educação, prevenção à saúde e até alimentação.” 	
A importância da Previdência Social no modelo do Estado de Bem-Estar social é visível, a Previdência é um dos maiores investimentos do Welfare State, a qual tem como objetivo o bem estar social, e redistribuição de renda de forma indireta, pois está move-se em direção aos desfavorecidos, os quais são movidos por uma questão solidária, pois permitem que seja retirada uma contribuição deles, para a efetivação do bem-estar social, e não tendo assim caráter tributário, pelo fato de que a contribuição previdenciária tem função na redistribuição de renda, a partir da prestação de serviços e benefícios aos desfavorecidos com capital dos mais favorecidos, os quais optam por serviços privados. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo fez referência ao e aos antecedentes históricos da Seguridade Social, elecando de forma sintética as considerações remetidas pelos doutrinadores Marcus Orione Gonçalves Correia e Érica Paula Barcha Correia, o referente artigo percorre a história da Seguridade Social no Brasil e no mundo, trazendo-nos as alterações que houve no decorrer do tempo, referentes a Constituição Federal brasileira, tratando-se, pois, das inúmeras mudanças quanto a Seguridade Social em tempos passados e na contemporaneidade, outrossim este também abrange as interpretações referentes a segurança, saúde, assistência social, Estado, e a correlação entre todos estes a Seguridade Social.
REFERÊNCIAS 
CORREIA, Marcus Orione Gonçalves; CORREIA, Érica Paula Barcha. Curso de Direito da Seguridade Social. 5 ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2010.
� Discente do 6° Período – Décima sexta Turma, do Curso de Direito do Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos. Professor Woille Aguiar Barbosa. Disciplina: Direito da Seguridade Social. E-mail: � HYPERLINK "mailto:p.rodriguesm@hotmail.com" �p.rodriguesm@hotmail.com�

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