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Direito Processual Penal REVISÃO Curso Preparatório Professor Alexandre dos Santos Priess E-mail: professor@alexandrepriess.com.br AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo penal: esquematizado. Rio de Janeiro: Forense, 2009. BONFIM, Edilson Mougenot. Curso de processo penal. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 12. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2005. DEMERCIAN, Pedro Henrique. Curso de processo penal. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009. FEITOZA, Denílson. Direito processual penal: teoria, crítica e práxis. 6. ed. rev. ampl. e atual. Niterói/RJ: Impetus, 2009. NUCCI, Guilherme de Souza. Código de processo penal comentado. 7. ed. rev. Atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 8. Ed. rev. atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011. OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de processo penal. 13. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. Referências Persecução Penal Fase pré-processual Investigação Criminal Inquérito Policial Fase processual Processamento em Juízo Ação Penal Execução Penal Princípios Processuais Penais Princípios Princípios Constitucionais Explícitos do Processo Penal Princípios Constitucionais Implícitos do Processo Penal Princípios Processo Penal Constitucionais Explícitos Indivíduo Presunção de Inocência (art. 5º, LVII) Ampla Defesa (art. 5º, LV) Plenitude de Defesa (art. 5º, XXXVIII, a) Processo Prevalência do Interesse do Réu Contraditório (art. 5º, LV) Atuação do Estado Juiz Natural (art. 5º, LIII e XXXVII) Publicidade (art. 5º, LX e XXXIII e 93, IX) Vedação de Provas Ilícitas (art. 5º, LVI) Economia Processual (art. 5º, LXXVIII) Geral Devido Processo Legal (art. 5º, LIV) Constitucionais Implícitos Indivíduo Nemo Tenetur Se Detegere Processo Iniciativa das Partes Duplo Grau de Jurisdição Atuação do Estado Juiz Imparcial Promotor Natural e Imparcial Obrigatoriedade da Ação Penal Pública Oficialidade Intranscendência Vedação da Dupla Apenação Processo Penal Processo Busca da Verdade Real* Oralidade: Concentração, Imediatidade, Identidade Física do Juiz Indivisibilidade da Ação Penal Privada Comunhão da Prova Atuação do Estado Impulso Oficial Persuasão Racional * Ler trecho do Prof. Aury Lopes Júnior Assinale a alternativa correta. a) O processo penal moderno deve ser visto como um instrumento a serviço do poder punitivo. Não há espaços aqui para que se trate do processo como limitador do poder e garantidor do indivíduo a ele submetido. b) O processo penal não possui caráter instrumental. c) O sistema processual penal inquisitivo prestigia o livre convencimento motivado e a coisa julgada. d) Não basta ao sujeito que se submeta à jurisdição penal qualquer processo, ou mera legalidade, senão que somente um processo penal que esteja conforme as regras constitucionais do jogo na dimensão formal, mas, principalmente, substancial. Eis o conteúdo do princípio do due process of law. e) O princípio processual penal da comunhão da prova preconiza que uma vez confeccionado o elemento probatório e acostado aos autos, tal elemento de convicção pode ser manejado e utilizado por qualquer dos litigantes. Já o princípio da obrigatoriedade da ação penal pública determina que o órgão do Ministério Público sempre, sem exceção, deve oferecer denúncia quando receber em gabinete um inquérito policial. Assinale a alternativa incorreta. a) O princípio do promotor natural, evidenciado na garantia constitucional acerca da isenção na escolha dos representantes ministeriais para atuarem na persecução penal, almeja assegurar o exercício pleno e independente das atribuições do Ministério Público, repelindo do nosso ordenamento jurídico a figura do acusador de exceção, escolhido arbitrariamente pelo Procurador-Geral. b) O princípio nemo tenetur se detegere refere-se à garantia da não auto-incriminação, segundo o qual ninguém pode ser forçado, por qualquer autoridade ou particular, a fornecer involuntariamente qualquer tipo de informação ou declaração que o incrimine, direta ou indiretamente. Trata-se de princípio de caráter processual penal, já que intimamente ligado à produção de provas incriminadoras. c) Embora o juiz seja um órgão do Estado que deve atuar com imparcialidade, acima dos interesses das partes, o certo é que o próprio ordenamento jurídico vigente veda que, na busca da verdade real, ordene a produção de provas necessárias para a formação do seu livre convencimento. d) O Ministério Público é parte no processo penal, e embora seja entidade vocacionada à defesa da ordem jurídica, representando a sociedade como um todo, não atua de forma imparcial no âmbito penal, de modo que é inconcebível admitir como prova técnica oficial um laudo que emanou exclusivamente de órgão que atua como parte acusadora no processo criminal, sem qualquer tipo de controle judicial ou de participação da defesa, sob pena de ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. e) Compete ao Ministério Público, na condição de dominus litis, avaliar se há elementos de autoria e materialidade suficientes para a propositura da ação penal pública. Se determinada pessoa não foi denunciada é porque com relação a ela não está formada a opinio delicti, cuja aferição compete, em tal caso, exclusivamente ao Parquet. (Juiz Federal, TRF3, XIII) Assinale a alternativa correta: a) Em face do princípio da inviolabilidade de domicílio (artigo 5°, XI, Constituição Federal) qualquer do povo pode ingressar em casa alheia, de dia ou à noite, se nela ocorre prática de crime em situação de flagrância. b) Em face do princípio da presunção de inocência (artigo 5°, LVII, Constituição Federal), tomou-se falsa a idéia de que o acusado que alegar um álibi capaz de absolvê-lo ou melhorar sua situação no processo penal tem o ônus de demonstrá-lo cumpridamente. c) Em face do princípio da publicidade e da motivação das decisões judiciais (artigo 93, IX, Constituição Federal), no julgamento pelo Tribunal do Júri deve ser abolida a “sala secreta” e a votação meramente singela (apenas sim ou não) dos quesitos pelos jurados; d) Em face do princípio da inviolabilidade da vida privada e da imagem das pessoas (artigo 5°, X, Constituição Federal), a divulgação de “retratos falados” de suspeitos e da imagem de indiciados ou réus em cartazes de “procura-se” atenta contra a honra e configura abuso de autoridade. D C A Direito de provocar o Poder Judiciário para resolver uma controvérsia jurídica de natureza penal (criminal) e pedir a aplicação de uma sanção contra o responsável (autor) de uma infração penal (crime ou contravenção). Ação Penal (Conceito) Condições da Ação Condições Genéricas Possibilidade jurídica do pedido Interesse processual Legitimidade para a causa (ad causam) Específicas Representação do ofendido Requisição do Ministro da Justiça Classificação Ação Penal Pública Incondicionada Condicionada Privada Exclusiva (Comum) Personalíssima Subsidiária da Pública Titularidade (art. 129, I, CRFB/88) Princípios Obrigatoriedade (art. 24, caput, CPP) [Exceção: art. 76 da Lei 9.099/95] Indisponibilidade (art. 42 do CPP) [Exceção: art. 89 da Lei 9.099/95)]. Também vigora em recursos (art. 576 CPP). Oficialidade Oficiosidade Divisibilidade Intranscendência (art. 5º, XLV, CRFB/88). Ação Penal Pública Incondicionada Início: Denúncia Prazo: 5 dias preso / 15 dias solto (IP) (art. 46 do CPP) Peças de Informação (Dispensado o IP): 15 dias (art. 39, §5º, CPP) Lei de Drogas: 10 dias preso ou solto (art. 54, III, da Lei 11.343/06) Ação Penal Pública Incondicionada Condição Específica de Procedibilidade Forma Extensão (Eficácia Objetiva) Titular do direito de representação Prazo (ver arts. 103 do CP e 38 do CPP) Destinatário Irretratabilidade após o ajuizamento da ação penal (art. 25 do CPP) Não-vinculação do Ministério Público Ação Penal Pública Condicionada Representação do Ofendido Conveniência política Prazo (inexiste) Reconsideração (admite) Destinatário Ação Penal Pública Condicionada Requisição do Ministro da Justiça Titularidade (art. 30 do CPP) Princípios Oportunidade (ou Conveniência) Disponibilidade Indivisibilidade (contra todos/renúncia/perdão) Intranscendência Prazo (ver arts. 103 do CP e 38 do CPP) EXCEÇÃO: art. 236, parágrafo único, CP = conta do trânsito em julgado. Perempção (art. 60 CPP) Ação Penal Privada Exclusiva É o conjunto de elementos produzidos pelas partes ou determinados pelo juiz com o objetivo de formar o seu convencimento quanto aos fatos e suas circunstâncias. Provas Recursos, diretos ou indiretos, usados para se chegar a verdade de um fato em um processo (NUCCI). Exame de Corpo de Delito e Perícia em Geral Interrogatório do acusado Confissão Ofendido (oitiva) Testemunhas (oitiva) Reconhecimento de Pessoas ou Coisas Acareação Documentos (juntada) Indícios Busca e Apreensão Meios de Provas Prova emprestada chega ao processo penal por via documental. Cautela: devido processo legal contraditório. Meios de Provas Finalidade (NUCCI): convencer o juiz a respeito da verdade de um fato litigioso. (PACELLI): “reconstrução dos fatos investigados no processo, buscando a maior coincidência possível com a realidade histórica, isto é, com a verdade dos fatos, tal como efetivamente ocorridos no espaço e no tempo” (p. 327). Objeto da Prova (NUCCI): fatos que se pretendem discutir. Finalidade e Objeto da Prova Encargo: da acusação, como regra. Caso o acusado chame para si o interesse, a ele compete provar o alegado. Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida (PACELLI, INCONSTITUCIONAL). II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. Ônus da Prova Princípio do contraditório (PACELLI Igualdade , paridade de armas [par conditio]). Efetiva participação. Princípio da comunhão. Princípio da oralidade (ver também Identidade Física do Juiz, 399, §2°, CPP) Subprincípio da concentração. Subprincípio da publicidade. Subprincípio da imediação (imediatidade). Princípio da auto-responsabilidade das partes. Princípio da não-auto-incriminação ou inexigibilidade de produção de prova contra si (nemo tenetur se detegere). Princípios Gerais da Prova Sistemas de Apreciação (Avaliação) Sistema do Livre Convencimento Motivado do Juiz (ou da Persuasão Racional) art. 155 do CPP (ler art. 93, IX, CRFB/88). (PACELLI e a prova do IP). Sistema da Íntima Convicção (Tribunal do Júri) Sistema da Prova Tarifada (Morte do réu/estado das pessoas) Consequências 1) Ausência de limitação quanto aos meios 2) Ausência de hierarquia Art. 5º, LVI, CRFB/88 e Art. 157 do CPP Prof. Avena Provas Ilegais Ilícitas Violam regras de Direito Material e produzem reflexos diretos ou indiretos na CRFB/88 Ilegítimas Violam regras de Direito Processual sem reflexo no ordenamento constitucional Ilícitas por derivação Na essência é lícita, mas se tornou ilícita pela ilicitude da anterior Decisão judicial declaratória da inadmissibilidade da prova. Possibilidade de RESE (art. 581, XIII, CPP). Preclusa a decisão retirada da prova. Após, o juiz decide sobre a inutilização. 157, §3º, CPP – A Exclusão da Prova (AVENA) Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. § 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras (TEORIA DA FONTE INDEPENDENTE) [Prof. Pacelli]. § 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova (TEORIA DA DESCOBERTA DO INEVITÁVEL) [Prof. Pacelli]. § 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. Provas Ilegais Exceções Prof. Avena Exceções Fonte Independente Chegou-se a testemunha X por escuta clandestina. Mas antes disso B, ouvido regularmente, cita a testemunha X. Descoberta do Inevitável Mediante tortura J confessa um homicídio e indica o local do enterro do cadáver. Outra equipe de polícia, com mandado, chega no local. Contaminação Expurgada Prisão ilegal de G em flagrante. G confessa o crime. Depois, em juízo, com advogado, confessa novamente. Em relação à busca e apreensão domiciliar é incorreto afirmar: a) O mandado de busca e apreensão deve conter a indicação mais precisa possível do local da busca, os motivos e fins da diligência e ser emanado de autoridade competente. b) Há ilegalidade na busca e apreensão realizada no domicílio do cidadão se a entrada dos policiais foi por ele permitida. c) Eventual nulidade da diligência de busca e apreensão não torna ilegal auto de prisão em flagrante lavrado em desfavor do denunciado por posse irregular de arma de fogo de uso restrito (art. 16 da Lei 10.823/03), pois, por se tratar de crime permanente, a expedição de mandado de busca e apreensão, na hipótese, seria desnecessária. d) É legal, desde que autorizada judicialmente, a conduta de policiais federais que cumprem mandados de busca e apreensão em sedes de empresas, com a finalidade de coletar provas relativas aos crimes investigados em inquérito policial. e) A busca e apreensão, como meio de prova admitido pelo Código de Processo Penal, deverá ser procedida quando houver fundadas razões autorizadoras a, dentre outros, colher qualquer elemento hábil a formar a convicção do julgador. Segundo as disposições Processuais Penais atinentes às testemunhas assinale a alternativa correta: a) Toda pessoa poderá ser testemunha, inclusive, as que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, ainda que não estejam desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. Neste caso, as testemunhas comunicarão ao juiz, dentro de um ano, qualquer mudança de residência, sujeitando-se, pela simples omissão, às penas do não-comparecimento. b) O juiz permitirá, em qualquer hipótese, que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais, pois o escopo do Processo Penal é a busca pela verdade real.c) Finalizado o depoimento, as partes poderão contraditar a testemunha ou arguir circunstâncias ou defeitos, que a tornem suspeita de parcialidade, ou indigna de fé. d) Se o juiz verificar que a presença do réu poderá causar humilhação, temor, ou sério constrangimento à testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do depoimento, determinará a retirada do réu, prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor. Eis o único instreumento disponível no CPP para evitar que a testemunha tenha contato direto com o réu. e) Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe antecipadamente o depoimento e até mesmo ouvi-las onde se encontrem, ou seja, fora do edifício público do Poder Judiciário. Segundo as disposições Processuais Penais atinentes à vítima (ofendido) assinale a alternativa correta: a) É direito do ofendido deixar de comparecer a qualquer audiência, mesmo que intimado pessoalmente e sem justo motivo, pois o temor de encontrar o réu justifica a ausência. b) O juiz tomará as providências necessárias à preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido, podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em relação aos dados, depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposição aos meios de comunicação. c) Atualmente, o ofendido será comunicado apenas dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão. Demais informações processuais do réu não são do interesse da vítima. d) As comunicações ao ofendido deverão ser feitas, exclusivamente, no endereço por ele indicado, por oficial de justiça. e) Por força do princípio da isonomia ou igualdade antes do início da audiência e durante a sua realização o ofendido permanecerá na presença do réu e testemunhas de acusação e defesa. Segundo as disposições Processuais Penais assinale a alternativa correta em relação ao interrogatório do réu: a) O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. Quanto à sua pessoa, o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e sociais. b) Após proceder ao interrogatório, o juiz encerrará o ato processual, uma vez que é vedado as partes realizar perguntas. c) Se confessar a autoria, será perguntado sobre os motivos e circunstâncias do fato e se outras pessoas concorreram para a infração, e quais sejam. O valor da confissão é absoluto e, por ser prova cabal de autoria, dispensa o juiz de confrontá-la com as demais provas do processo. d) O silêncio, que importará em confissão, poderá ser interpretado em prejuízo da defesa. e) O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. Excepcionalmente, o interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, entretanto, neste caso, sem a presença do Ministério Público ou do Defensor. B E B A Juiz Autor Acusador Réu Acusado Sujeitos Principais 3 Sujeitos 2 Partes Sujeitos Secundários Podem intervir no feito e deduzir pretensões Terceiros Cooperam e intervêm para o desenvolvimento da relação processual. São os auxiliares dos sujeitos do processo. Ofendido (quando assistente) Peritos Terceiro prejudicado Tradutores Fiador do réu Intérpretes, servidores… Ministério Público Ministério Público Ministério Público da União Ministério Público Federal (MPF) Ministério Público do Trabalho (MPT) Ministério Público Militar (MPM) Ministério Público do Dsitrito Federal e Territórios (MPDFT) Ministério Público dos Estados Acusado Parte na relação processual. Investigado (suspeito) Denunciado (imputado) Acusado ou réu Apenado ou reeducando Impossibilidade de identificação (259 CPP) Colaboração do réu na produção da prova (260 CPP) Indisponibilidade do direito de defesa (261, 263 CPP) – S. 523 e 708 STF. Defensor Não é parte. Representante do acusado (este é quem ocupa o polo passivo da demanda). Vinculado aos interesses jurídicos do acusado. Dever: buscar uma decisão favorável. Pode ser a condenação? Não comparecimento do defensor em audiência (265, §1°, CPP) Constituição de defensor. Nomeação de defensor. Processo Procedimento Procedimentos Garantia ao procedimento integral Garantia ao procedimento tipificado Devido processo legal Procedimentos Procedimento Comum Ordinário = ou + 4 Sumário Inferior a 4 Sumaríssimo Menor potencial ofensivo Especial Previstos no CPP Tribunal do Júri Falimentares Responsabilidade dos servidores Honra Propriedade imaterial Restauração de autos Previstos em leis especiais (outros) Lei de drogas Lei de abuso de autoridade Comum Ordinário Oferecimento D/Q Recebimento D/Q Citação Resposta Instrução e Julgamento Rejeição Art. 395 CPP Absolvição Sumária Art. 397 CPP 396 363 Art. 41 Recursos 359 396-A Não absolve! Designa... Comum Ordinário Audiência de Instrução e Julgamento (art. 400, caput, CPP) Prazo: 60 dias Una (art. 400, §1º, CPP) Ofendido (vítima) Testemunhas de acusação Testemunhas de defesa Esclarecimentos dos peritos (antecedência, art. 400, §2, CPP) Acareações, reconhecimento de pessoas ou coisas Interrogatório Diligências (art. 402 CPP) Complexidade ou pluralidade Alegações Finais (memoriais) Sentença Debates Orais Testemunhas: 5 Audiência com prazo de 30 dias Não há previsão de juntada de memoriais (NUCCI) Comum Sumário Lei 9.099/95 Denúncia pode oralmente (rol com 5* testemunhas). Redução a termo. Cópia ao acusado para citação e intimação para audiência de Instrução e Julgamento. Na audiência: conciliação ou transação Resposta à acusação Recebimento D/Q (Rejeição: recurso AP) Ofendido testemunhas interrogatório Debates orais Sentença CUIDADO! Art. 66, parágrafo único [não encontrado o acusado para citação] e art. 77, §§ 2º e 3º [complexidade] SUMÁRIO (538) Comum Sumaríssimo Citação - ver S. 351/STF. Por mandado (citação pessoal). Conteúdo do mandado (art. 352). Por precatória (art. 353) caráter itinerante. Conteúdo da precatória (art. 354). Por hora certa (art. 362) Por edital (art. 361). Citação do militar (art. 358) Citação do servidor público (art. 359). Citação e Intimação Citação do réu preso S. 351 e 366/STF. Por rogatória (envio pelo juiz ao Ministério da Justiça, que, pelo Ministério das Relações Exteriores, envia à sede diplomática ou ao Estado estrangeiro). Ver art. 368 suspensão da prescrição. Ver art. 222-A CPP condições: imprescindibilidade + custo do envio. Por carta de ordem. Citação e Intimação Falta da citação. Consequência? (art. 564, III, e). Citação e Intimação Suspensão do processo e da prescrição (art. 366). Ver S. 415 e 455 do STJ. Citação e Intimação Para os crimes previstos nos arts. 186-199 do DL 7.661/45 aplica-se o procedimento especial previsto nos arts. 503 a 512 do CPP [revogado]. Para os crimes previstos na Nova Lei de Falências, Lei 11.101/05, aplica-se o procedimento sumário. Atenção: arts. 183-188 e 192 da LF. Especial – Crimes Falimentares O CPP quis se referir a crimes cometidos por servidores públicos no exercício da função (contra a administração pública). NOTIFICAÇÃO PARA EM 15 DIAS RESPONDER POR ESCRITO. Concurso de crime funcional e crime comum: não aplica 514 CPP. Concurso de agentes: não aplica 514 CPP ao particular. Caso o servidor seja demitido: não aplica 514 CPP (há divergência). Súmula 330 do STJ. A notificação dispensa a citação? NÃO! (adaptação do especial ao ordinário). Com o recebimento da denúncia ou queixa segue o procedimento ordinário em sua integralidade. Especial – Servidores Crimes de calúnia, difamação e injúria. Aplicável apenas àqueles delitos de ação privada, pois nos crimes de ação pública os interesses são indisponíveis. (NUCCI). ANTES DE RECEBER DESIGNA-SE UMA AUDIÊNCIA Não se incluem: honra na Lei de Imprensa e no Código Eleitoral. Audiência de conciliação é obrigatória? SIM, nulidade absoluta. Comparecimento das partes é essencial? Querelante falta perempção (art. 60, III, do CPP). Querelado falta Condução coercitiva. Crítica do NUCCI versus doutrina majoritária. Com o recebimento da denúncia ou queixa segue o procedimento ordinário em sua integralidade. Especial – Honra Delitos Calúnia (art. 138 do CP) Ofende honra objetiva. Atribuir, falsamente, um fato definido como crime. Caso seja imputada uma contravenção caracteriza difamação. Difamação (art. 139 do CP) Ofende a honra objetiva Desacreditar publicamente uma pessoa, maculando-lhe a reputação. Injúria (art. 140 do CP) Ofende a honra subjetiva Ofender, insultar uma pessoa de maneira a atingir sua dignidade (respeitabilidade ou amor- próprio) ou decoro (compostura). Abala o conceito que a vítima tem de si mesma. Admite: Exceção da verdade Retratação (isenta de pena): apenas em ação privada Admite: Exceção da notoriedade do fato Exclusão de crime Retratação (isenta de pena): apenas em ação privada Admite: “Perdão Judicial” Exclusão de crime Lei 9.279/96, regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Lei 9.609/98, dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador, sua comercialização no País. Lei 9.610/98, legislação sobre direitos autorais. Arts. 184 a 186 do CP. Especial – Imaterial Crimes de ação penal privada Arts. 524 a 530, CPP Regra: ações penais dos delitos desta natureza são privadas. Requerimento de diligência dirigido ao juiz. Deferida a apreensão, o Oficial de Justiça executa a ordem acompanhado por 2 peritos. Esta apreensão, se ilegal, poderá ser atacada mediante a impetração de MS. Confeccionado laudo no prazo de 3 dias contados da apreensão. Homologação judicial do laudo. Com a homologação o ofendido tem o prazo de 30 dias para propor a ação penal, que é reduzido para 8 se o querelado estiver preso. Especial – Imaterial Crimes de ação penal pública Arts. 530-B a 530-I, CPP Incondicionada: art. 184, §§ 1° e 2 °, CP, conforme art. 186, II; contra entidades públicas, segundo o art. 186, III; art. 191 da Lei 9.279/96, conforme art. 199 da citada lei; a hipótese do art. 12, §3°, I e II da Lei 9609/98. Condicionada: art. 184, §3°, CP segundo o art. 186, IV, CP. Comunicada a autoridade policial está realizará a apreensão; Lavra-se um termo com a assinatura de 2 testemunhas; Realiza-se perícia com perito oficial ou, na sua falta, pessoa tecnicamente habilitada; Lesados podem ser depositários dos bens apreendidos; Destruição das cosias ilícitas e perdimento dos bens lícitos, mas usados para fins ilícitos. Assistente de acusação: associação de titulares de direitos do autor. Especial – Imaterial Julgue as assertivas abaixo segundo o texto que é proposto. LEK, utilizando-se de explosivos, em contato com a água, pescou diversos espécimes de pequenos peixes no Rio das Aranhas, localizado na cidade de Berço Azul, interior de SC. Flagrada sua ação pela Polícia Ambiental, foi preso em flagrante. O MPSC ao receber o APF denunciou LEK como incurso nas sanções do art. 35 da Lei 9.605/98. A denúncia foi recebida e o réu citado, por mandado. Respondeu LEK, por advogado, à pretensão do MPSC e o processo foi concluso ao Magistrado que, não o absolveu sumariamente, mas designou audiência de instrução e julgamento. Encerrada a coleta da prova, as partes concluíram suas alegações finais orais e o juiz condenou o acusado. I - Ao oferecer a denúncia, uma vez preenchidos os requisitos objetivos e subjetivos da Lei 9.099/95, deveria o órgão do MPSC ter oferecido a LEK a suspensão condicional antecipada do processo. II - Erraram todos os órgãos públicos da segurança, pois o delito em apreço admite transação penal, o que impede a prisão em flagrante, mas apenas a condução para a tomada de compromisso para o comparecimento em audiência de conciliação. III - O rito que se impõe ao caso é o ordinário e, portanto, LEK pode arrolar até oito testemunhas em sua resposta. IV - Se a inicial acusatória tivesse sido rejeitada, o recurso manejável seria o RESE (recurso em sentido estrito) pelo MPSC. Entretanto, porque recebida a denúncia, abriu-se ao acusado a possibilidade de interpor idêntico recurso. V - Para a perfeita possibilidade de o acusado exercitar o contraditório, o que exige a lei processual é que a denúncia contenha a exposição do fato, em tese, criminoso com todos os detalhes e circunstâncias, bem como sua qualificação e a classificação do delito. Texto legal - [Art. 35 da Lei 9.605/98. Pescar mediante a utilização de: I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante; II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente: Pena - reclusão de um ano a cinco anos] Estão corretas: a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) II e III. e) I, III e IV Assinale a alternativa correta, segundo o Código de Processo Penal. a) É possível que se rejeite, de plano, uma denúncia caso inexistente lastro probatório mínimo para ser exercício. b) O recebimento, pelo juiz, da denúncia, ocorre na audiência de instrução e julgamento, afinal, é nesta fase que se julga admissível ou não a peça articulada pelo Ministério Público. c) É na reposta à acusação que o acusado articula, se quiser, sua defesa, bem como arrola testemunhas, não estando sujeito à preclusão. d) Nas ações privadas, o perdão oferecido e aceito, é causa de rejeição liminar da queixa-crime. e) A retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso é motivo para que o juiz absolva o acusado, no entanto, não poderá agir sob tal fundamento sumariamente, sob pena de extinção prematura da punibilidade. (Juiz Federal, TRF4, XV) Assinale a alternativa correta. a) Com fundamento no decurso do tempo, o juiz pode, forte no art. 366 do CPP, determinar a produção antecipada de provas. b) O prazo para o oferecimento de resposta à acusação, no procedimento ordinário, conta-se da data em que ocorrer a citação do acusado por mandado, e não da data em que esse mandado for juntado aos autos. c) Provas que constituam derivação de uma prova ilícita são sempre inutilizáveis no processo penal, tendoem vista o princípio constitucional da proibição da prova ilícita, que engloba a ilicitude derivada ou de segundo grau. d) Renunciando o defensor constituído, sem prévia comunicação ao acusado, deve o juiz, desde logo, designar membro da Defensoria Pública, ou nomear defensor dativo, para atuar em favor do acusado, sob pena de nulidade absoluta por ofensa ao princípio da ampla defesa, pois a revelia, no processo penal, não autoriza que o réu reste indefeso. E A B Obrigado, sucesso nos estudos!!! E-mail: professor@alexandrepriess.com.br
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