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Fisiologia das Endorfinas e do Sistema Nervoso

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Transcrição de Aula – Fisiologia I
Endorfinas
 As endorfinas são substâncias que estão presentes no Sistema
Nervoso Central e são neurotransmissores produzidos por muitos
neurônios. Não só no córtex, também no super-córtex, no sub-
córtex e em várias regiões da medula. A endorfina se apresenta
envolvida diretamente com quase todas as partes cerebrais. 
As endorfinas recebem esse nome por conta de uma substância endógena chamada morfina. A endorfina está presente nas grandes situações de
prazer. 
Então a endorfina está presente em diversas áreas cerebrais e é responsável por diversas situações. Por exemplo:
Analgesia – as endorfinas bloqueiam a passagem de dor bloqueando canais de cálcio e abrindo canais de potássio. Então isso impede a condução
da dor.
Euforia – a endorfina causa euforia. 
Náuseas e vômitos.
As endorfinas atuam em receptores Kor, Aor, Dor, Gor, Mor (–or vê do inglês Opiode receptor, ou receptor opioide em português). Esses
receptores se localizam em locais diferentes. 
Emoções
 Pensamento é a sequência do potencial de ação. Cada neurônio tem, no mínimo, 200 ligações sinápticas. O cérebro humano tem alguns bilhões
de neurônios. Então há uma infinidade de possibilidade de caminhos percorridos por potenciais de ação. Então desde que quando você tem a
centelha da vida e começa a se formar o Sistema Nervoso, eu começo a ter padrões elétricos de estimulação. Dependendo da maior estimulação
desse neurônio eu aumento o neurotransmissor, faço com que esse neurônio cresça e apareçam mais axônios. Então eu posso aumentar ou
diminuir o número de axônios. Então, é óbvio, no cérebro mais utilizado mais axônios vão se formar mais rapidamente. É a partir disso que se
compara uma criança de 100 anos atrás e uma criança de hoje. A criança de 100 anos atrás ficava num quarto escuro, na penumbra,
completamente embrulhada em panos que impossibilitavam sua movimentação. Hoje em dia a criança, logo após nascer, é colocada em um
ambiente muito bem iluminado e é apresentada a várias cores e formas. Todos esses estímulos fazem com que o cérebro produza muito mais
axônios e que se formem muito mais redes sinápticas. Então você vai ter um ser muito mais inteligente. 
Pensar é livre. A cada milésimo de segundo você pode ter um pensamento diferente. O que significa que temos disparo elétrico indo pra todo lado.
Mas nós observamos fatos e objetos através de nossos sistemas sensoriais e transferimos isso a áreas cerebrais como memória. E aí, a memória
começa a comparar com as situações vivenciadas. Se a situação fugir do padrão da memória, você começa a achar que isso é irreal. Então você
começa a direcionar seu pensar. 
O pensamento livre ajuda a saúde mental. Pessoas que amarram demais o pensamento explodem e apresentam o distúrbio do pensamento. O
distúrbio do pensamento está relacionado à serotonina e à dopamina. Quando o individuo tem psicose, isso é um distúrbio do pensar. 
Consciência é organizar o pensamento. 
A emoção, apesar de envolver estruturas do córtex, é interpretada pelo subcórtex. A gente costuma dizer que emoção, como raiva, medo e ódio,
por exemplo, é algo mais primitivo. Outras emoções primitivas são:
Agressividade – pode ser apresentada de várias formas. Um animal quando mata uma presa para se alimentar apresenta agressividade predatória.
Já quando ele reage a uma agressão, é afetiva. Nós humanos apresentamos as duas agressividades, predatória e afetiva. A agressividade
apresentada quando o agressor estava com raiva é chamada de afetiva (passa pelo hipotálamo lateral). Agressões motivadas por vingança são
exemplos de agressividade predatória. 
Ansiedade – É uma emoção que nos prepara para a ação. Situa-se no sistema límbico, que tem várias estruturas que ajudam a amplificar a
ansiedade. O sistema límbico tem Locus Coeruleus, sistema reticular, hipotálamo, amígdala cerebral e putâmen. A ansiedade é a antecipação de
situações futuras. Quando encaramos um fato, nós julgamos esse fato. E esse julgamento leva a uma antecipação. Por exemplo, quando um
familiar está doente entramos em quadro de ansiedade porque sabemos que a pessoa doente pode morrer. Neste caso, começamos a antecipar a
situação, ou seja, começamos a sofrer como se aquele familiar já tivesse morrido. 
A ansiedade ativa o sistema vestibular. E então o hipotálamo faz a somatização, ou seja, passa a emoção ao corpo e causa todos os sinais e
sintomas físicos daquela emoção.
A ansiedade tem alguns sinais e sintomas como , por exemplo: 
 o indivíduo não consegue fixar o pensamento – o pensamento se torna mais rápido que as palavras. Ele chega a embolar as palavras porque ele
tá pensando muito rápido.
Apagão de memória – O indivíduo diz que “deu branco”.
Previsão de perigo – O indivíduo começa a ter um pressentimento de que algo ruim vai acontecer. 
Orexia ou anorexia – Anorexia é perda da fome. Tem pessoas que durante a ansiedade perdem a fome e ficam horas ou dias sem comer. Orexia é
a “fome do pensamento”. Algumas pessoas têm vontade de comer, mas não por fome. É aquele famoso “quero comer algo gostoso mas não sei o
que”. 
Distúrbios sexuais – pode ter perda da vontade de fazer sexo, tanto o homem quanta a mulher, e muitas vezes perde a capacidade de fazê-lo
(perda de libido, ejaculação precoce). Como também podem começar a fazer sexo compulsivamente (sexo da ansiedade). O que não é saudável. 
Distúrbio intestinal – o indivíduo pode ter diarréia, cólica, prisão de ventre.
Úlcera
Aumento do colesterol
Infarto
AVC
Tremor
Pele fria
Queda da imunidade – aparece uma série de infecções oportunistas como herpes, cândida.
“aperto” torácico – o indivíduo sente um aperto no tórax que ele sente vontade de sair correndo, abrir a janela, pegar ar.
Movimentos repetitivos – O que gera tiques nervosos.
Queda de cabelo
Equimoses – O indivíduo apresenta hematomas sem que ele tenha sofrido agressões
Prurido exagerado
Nó na garganta

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