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Comportamento hídrico do corpo

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Comportamento hídrico do corpo
A agua corporal total se encontra no liquido intracelular (LIC) em torno de dois terços e um terço no liquido extracelular (LEC). No LEC se encontra o liquido intersticial, plasma e líquidos transcelulares (liquido gastrointestinal, urina e liquido cefalorraquidiano). Para entender as trocas entre os compartimentos precisamos entender as barreiras que os separam a membrana celular e a parede do capilar.
	A concentração de sódio e potássio é mantida nas membranas celulares através da bomba de sódio e potássio. O sódio por sua vez contribui para a osmolalidade do LEC, ele determina a distribuição de agua entre o LEC e o LIC. Já a distribuição de água entre o plasma e o liquido intersticial se dá pela pressão oncótica exercida pelas proteínas plasmáticas.
	A parede do capilar que separa o plasma do interstício é permeável a água e eletrólitos, mas não as proteínas. Moléculas de baixo peso molecular estão em concentração semelhante no LEC e no plasma, no entanto a quantidade de proteína é quatro vezes maior no plasma.
	A bomba de sódio e potássio tem a função de controlar a concentração de sódio dentro da célula, regula o volume celular, p ph citoplasmático e o nível de cálcio. O mau funcionamento da bomba de sódio e potássio no rim e no duodeno está ligado a fisiopatologia da hipertensão e da diarreia crônica.
	A bomba de sódio e potássio funciona hidrolisando uma molécula de ATP, a energia liberada por esta molécula é utilizada para transferir 3 íons de sódio para fora da célula e através de uma proteína coloca dois íons de potássio para o interior da célula.
	O movimento de água entre o LIC e o LEC se dá pela osmolalidade 
Uma mudança na concentração de íons osmoticamente ativos seja qual for o compartimento gera um gradiente de pressão osmótica, induzindo o movimento de água entre os compartimentos. A água sai do compartimento de menor osmolalidade para o de alta osmolalidade até igualar a pressão osmótica.
	O sódio é o principal determinante da osmolalidade do LEC
	Entre o líquido intersticial e o plasma também há uma pressão osmótica. Desta vez a s proteínas, sendo ela a albumina, exercem pressão osmótica no plasma, essa pressão é chamada de pressão oncótica, que retém água nos vasos. Esta força é balanceada pela pressão hidrostática, a qual força o líquido para fora dos capilares.
	Na porção arterial dos capilares a pressão hidrostática prevalece sobre a pressão oncótica, com isso a água e substancias de baixo peso molecular saem para o espaço extravascular. Na porção venosa dos capilares a pressão oncótica prevalece sobre a pressão hidrostática e o líquido é levado pro interior dos vasos.
Troca de água com o ambiente
	Ingestão de água por dia
	Água perdida por dia
	Bebidas 1200 ml
Alimentos 500 ml
Metabolismo 300 ml
	Urina 1200 ml
Ar expirado 500 ml
Suor 200 ml
Fezes 100 ml
Rins
Os rins mantêm a composição, osmolalidade e volume do LEC e também controlam o equilíbrio acidobásico.
Os rins removem produtos do metabolismo como ureia, ácido úrico e creatinina que são eliminados na urina, e retêm substancias como glicose, aminoácidos e proteínas. Também metabolizam e removem drogas e toxinas.
Os processos metabólicos dos rins são aeróbicos, ou seja, há consumo de oxigênio nos rins, o consumo é igual ao dos músculos cardíacos e 3 vezes maior que o do cérebro.
A unidade funcional do rim é o nefron
Cada rim tem 1 milhão de pequenas estruturas chamadas de néfrons. Os glomérulos localizados no córtex renal são filtros biológicos conectando o plasma com os túbulos excretores. Os túbulos renais são divididos em túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal e ducto coletor.
A filtração do plasma ocorre no glomérulo renal
A função excretora envolve filtração do plasma no glomérulo, transporte de água e solutos da luz tubular de volta pro sangue, e secreção de diferentes substancias pelas células tubulares.
A filtração glomerular depende da superfície de filtração e da permeabilidade da barreira de filtração, que inclui células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos glomerulares, a membrana basal e as células epiteliais (podócitos) 
A célula da molécula densa detectam a concentração de cloreto no túbulo distal e ajustam o diâmetro da arteríola aferente, regulando o fluxo sanguíneo glomerular.
A principal componente da membrana basal é o colágeno tipo IV que forma a rede de filamentos, proporcionando elasticidade e resistência à pressão hidrostática. Também possuem uma barreira com grupos carregados negativamente, formando uma barreira eletrostática para as proteínas no plasma.
Os podocitos e células mesangiais possuem receptores para substancias vasoativas como angiotensina II, vasopressina (ADH, ATP, dopamina)
Esta barreira filtra água e pequenas moléculas, a filtração de moléculas maiores através desta barreira é limitada por seu tamanho, forma e carga elétrica. 
Uma redução na pressão sanguínea na arteríola aferente do glomérulo é detectado por um grupo de células do conhecido aparelho justaglomerular. Este estimulo a secreção de renina e ativa o sistema renina-angiotensina-aldesterona .
O filtrado glomerular: Formação de urina
80% do filtrado é reabsorvido no túbulo proximal, as diferentes características de permeabilidade das porções ascendente e descendente da alça de Henle a elevada osmolalidade da medula, o que é importante para uma reabsorção eficiente da água, isso se chama de sistema de contracorrente. Na alça descendente ela adiciona sódio (Na+) e remoção de água, no ascendente remove o sódio e o cloro, deixando a água hipotônica, ao chegar no túbulo contorcido distal é absorvido mais sódio e adicionado potássio (K+) ou hidrogênio (H+), este processo é controlado pela aldesterona. A reabsorção de água no ducto coletor é controlada pela vasopressina (ADH). Por fim elimina a urina concentrada. 
Sistema Renina-Angiotensina-Aldesterona
A renina é produzida principalmente no aparelho justaglomerular e libera e resposta a uma redução na pressão na perfusão renal. A renina é uma protease que usa o angiotensinogênio como seu substrato. 
O Angiotensinogênio é produzido no fígado e é convertido em angiotensina I pela renina. A angiotensina I é convertida em angiotensina II nos pulmões através de uma enzima chamada de ECA (enzima conversora de angiotensina) .
A angiotensina II induz a constrição do musculo liso vascular, consequentemente aumentando a pressão sanguínea e reduzindo o fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular.
A aldesterona é produzida no córtex adrenal, ela regula o volume extracelular e o tônus vascular, e controla o transporte renal de sódio e potássio.
Inter-relação entre o metabolismo do sódio e da água
Os metabolismos da água e do sódio estão intimamente ligados. Um aumento na osmolalidade do LEC estimula a secreção da vasopressina, levando o aumento da reabsorção renal da água. Isto “dilui” o LEC e a osmolalidade diminui. Esta resposta é reforçada pelo estímulo da sede. Um decréscimo no volume plasmático também estimula a retenção de água por meio da estimulação de receptores sensíveis à pressão (barorreceptores) no aparelho justaglomerular. A osmolalidade vai diminuir se o grau de retenção da água for relativamente maior que a retenção do sódio.

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