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Exercícios feitos sobre Linguística do livro Manual de Linguística

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Exercícios feitos sobre Linguística do livro Manual de Linguística, de Martelotta 
 
 
 
 
1. Faça um comentário acerca do conceito de “linguística” apresentado no início 
do texto: “disciplina que estuda cientificamente a linguagem”. 
A linguística tem como objeto de estudo a linguagem humana através da observação 
de sua manifestação oral ou escrita (ou gestual, no caso da língua dos sinais). Seu 
objetivo final é depreender os princípios fundamentais que regem essa capacidade 
exclusivamente humana de expressão por meio das línguas. Para atingir esse objetivo, 
os linguistas analisam como as línguas naturais se estruturam e funcionam. A 
investigação de diferentes aspectos das diversas línguas do mundo é o procedimento 
seguido para detectar as características da faculdade da linguagem: o que há de 
universal e inato, o que há de cultural e adquirido, entre outras coisas. 
Pode-se, portanto, dizer que a linguística executa duas tarefas principais: o estudo das 
línguas particulares como um fim em si mesmo, com o propósito de produzir 
descrições adequadas de cada uma delas, e o estudo das línguas como um meio para 
obter informações sobre a natureza da linguagem de um modo geral. 
2. Que argumento(s) poderia(m) ser usados para privilegiar a análise da língua 
falada? 
A língua falada, excluída durante muito tempo como objeto de pesquisa, tem 
características próprias que a distinguem da escrita e constitui foco de interesse de 
investigação. Ou seja, a linguística, apesar de se interessar também pela escrita, 
apresenta interesse especial pela fala, uma vez que é nesse meio que a linguagem se 
manifesta de modo mais natural, diferente da escrita, que é mais planejada. Isso faz 
da fala um material mais interessante para que se possa compreender o 
funcionamento da linguagem humana. 
3. Aponte um aspecto que caracterize a relação entre linguagem e nossa 
estrutura neurobiológica e comente sua escolha. 
A partir de estudos no século XIX, de cientistas como Paul Broca e Karl Wernick, ficou 
estabelecido que lesões ou traumatismos em determinadas áreas do cérebro 
provocam problemas de linguagem: as afasias. 
Lesões que ocorrem na parte frontal do hemisfério esquerdo do cérebro, causam nas 
pessoas afetadas, uma articulação deficiente e uma séria dificuldade de formar frases 
sem que, no entanto, sua compreensão daquilo que as outras pessoas falam seja 
comprometida. Diz-se que os pacientes que apresentam esse problema sofrem de 
afasia de Broca. 
Já lesões na parte posterior do lóbulo temporal esquerdo geram problemas de 
linguagem diferentes, causando a perda da capacidade de produzir enunciados com 
significado, assim como a capacidade de compreender a fala de outras pessoas. 
Costuma-se caracterizar essa deficiência como afasia de Wernicke. A partir de então 
vêm sendo desenvolvidos estudos acerca da interface entre cérebro/mente/linguagem, 
caracterizando uma área de pesquisa normalmente chamada neurolinguística ou 
afasiologia. Com isso, podemos demonstrar as relações entre linguagem e estrutura 
neurobiológica e que o funcionamento da linguagem, tal como ocorre, está relacionado 
a uma estrutura biológica que o veicula. 
4.Que aspectos caracterizam a linguística como o estudo científico da 
linguagem? 
Em primeiro lugar, a linguística tem um objeto de estudo próprio: a capacidade da 
linguagem, que é observada a partir dos enunciados falados e escritos. Esses 
enunciados são investigados e descritos à luz de princípios teóricos e de acordo com 
uma terminologia específica e apropriada. A universalidade desses princípios teóricos 
é testada através da análise de enunciados em várias línguas. Em segundo lugar, a 
linguística tende a ser empírica, e não especulativa ou intuitiva, ou seja, tende a 
basear suas descobertas em métodos rígidos de observação. 
Estreitamente relacionada ao caráter empírico da linguística está a atitude não 
preconceituosa em relação aos diferentes usos da língua. Essa atitude torna a 
linguística, primordialmente, uma ciência descritiva, analítica e, sobretudo, não 
prescritiva. 
5. Estabeleça uma distinção entre linguística, filologia e semiologia. 
A semiologia não se interesse apenas pela linguagem humana de natureza verbal, 
mas por qualquer sistema de signos naturais (a fumaça é um sinal de fogo, nuvens 
negras são sinal de chuva, etc) ou culturais (sinais de trânsito, gestos, formas de 
dança, etc.). 
Para Saussure, a linguística seria um ramo da semiologia, apresentando um caráter 
mais específico em função de seu particular interesse pela linguagem verbal. 
Independentemente da dificuldade de delimitar o campo dessas duas disciplinas, 
podemos apontar, como fator de diferenciação, um aspecto que parece estar presente 
na maioria dos manuais da disciplina: a linguística estuda a linguagem verbal, 
enquanto a semiologia, com seu caráter mais geral, interessa-se por todas as formas 
de linguagem. 
Quanto à diferença entre linguística e filologia, podemos dizer que a última é uma 
ciência eminentemente histórica, que por tradição se ocupa do estudo de civilizações 
passadas através da observação dos textos escritos que elas nos deixaram. Esse 
estudo engloba a exploração exaustiva dos mais variados aspectos do texto: 
linguístico, crítico-textual, sócio-histórico, entre outros. 
De maneira geral, a filologia se interessa pelo estudo do texto escrito, enquanto a 
linguística, embora não despreze a escrita, se volta para a linguagem oral. 
6.Cite algumas áreas em que os resultados da pesquisa linguística podem ser 
aplicados. 
A linguística tem sido aplicada em maior ou menor grau, em contextos de 
aprendizagem de língua. Os estudiosos da língua têm usado informações linguísticas 
em tarefas educacionais. As aplicações da linguística não se restringem, porém, ao 
domínio do ensino de línguas ou ao campo de atuação da disciplina denominada 
linguística aplicada; outras áreas utilizam, produtivamente, as descobertas teóricas da 
pesquisa linguística para fins práticos, como a afasiologia, a inteligência artificial, a 
tradução automática e o desenvolvimento de softwares capazes de traduzir a fala 
humana em escrita e vice-versa. Em resumo, há vários domínios em que a linguística 
pode ser aplicada. Dependendo do propósito da aplicação, as disciplinas relevantes 
esses propósitos vão variar 
 
 
Bibliografia: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.).​ Manual de Linguística.​ São Paulo: 
Contexto, 2015.

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