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Sistemas de Produção de Bens e Serviços

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SISTEMA DE PRODUÇÃO 
DE BENS E SERVIÇOS 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Gil Fábio de Souza 
 
 
2 
 
 
CONVERSA INICIAL 
 Seja bem-vindo à disciplina de Sistema de Produção de Bens e Serviços! 
Esta é uma das mais importantes áreas no campo da gestão, e é a base para 
todo o processo de formalização de uma empresa. 
Antes de iniciarmos esta aula, vamos verificar os principais temas que nos 
acompanharão durante o desenvolvimento de nosso processo de ensino e 
aprendizagem. Os temas que abordaremos têm a seguinte organização: 
1. Introdução e contexto; 
2. Evolução histórica; 
3. O modelo de transformação; 
4. Bens e serviços; 
5. Funções dos sistemas de produção de bens e serviços. 
 
Com base nestes tópicos, teremos uma visão geral dos sistemas de 
produção, de seus conceitos fundamentais e de sua evolução. 
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: 
 Ter uma visão geral dos sistemas de produção; 
 Compreender a interdependência da tríade: marketing, produção e 
finanças; 
 Entender a importância das atividades de planejamento e controle, com 
foco na produção; 
 Ter uma visão da necessidade de unir a produção à demanda. 
 
Bom estudo! 
 
CONTEXTUALIZANDO 
Antes de iniciarmos nossas atividades, gostaríamos de sugerir um filme. 
A ideia é confrontarmos a visão tradicional de produção em massa – opressora 
– à visão filosófica da importância do ser humano como elemento final, e principal 
beneficiado desse sistema. O filme é Tempos Modernos, de Charles Chaplin. 
Um clássico lançado em 1936 que, apesar de sua antiguidade, nunca pareceu 
 
 
3 
tão atual. Preste atenção ao contexto social dos processos produtivos mostrados 
no filme, e à ironia de seu título. 
 
Embora tradicionalmente a gestão da produção tivesse como objeto de 
estudo os setores produtivos das empresas industriais, atualmente muitas de 
suas técnicas vêm sendo aplicadas a organizações do setor de serviços, como 
bancos, escolas, hospitais etc. 
Por natureza, a gestão da produção (e operações) é o estudo de técnicas 
e conceitos aplicáveis à tomada de decisões nas funções de produção 
(empresas industriais) e operações (empresas de serviços). 
Os conceitos e técnicas que fazem parte do objetivo da gestão da 
produção dizem respeito às funções administrativas clássicas (planejamento, 
programação e controle) aplicadas às atividades envolvidas com a produção 
física de um produto ou à prestação de um serviço. 
 
PESQUISE 
Antes de iniciar o próximo tema, leia, na página 14 da revista Controle e 
Instrumentação, o artigo “A Indústria 4.0 e a ISA”, sobre os impactos da 
tecnologia na indústria, um movimento que está sendo chamado de indústria 4.0. 
Para ler, acesse: <https://issuu.com/editora_valete/docs/ci217>. 
 
TEMA 1 – INTRODUÇÃO E CONTEXTO 
A Administração da Produção e Operações ou Administração da 
Produção de Bens e Serviços lida com processos que produzem bens materiais 
e serviços. Processos são atividades fundamentais que as organizações usam 
para realizar tarefas e atingir suas metas (Ritzman, 2004). 
A conceituação de sistemas produtivos abrange tanto a produção de bens 
como a de serviços. A eficiência de qualquer sistema produtivo depende da 
forma como os problemas são resolvidos, ou seja, do planejamento, 
programação e controle do sistema. 
Segundo o Dicionário Aurélio (1999, p. 1643), produção é o 
“ato ou efeito de criar, gerar, elaborar, realizar [...] aquilo que é produzido pelo 
homem, e, especialmente, por seu trabalho associado ao capital e à técnica [...]. O 
volume da produção de um indivíduo ou de um grupo, levando-se em consideração 
fatores circunstanciais, como tempo, qualidade, procura, etc.”. 
 
 
4 
 
Gestão da produção 
“É o termo usado pelas atividades, decisões e responsabilidades dos gerentes de produção que 
administram a produção e a entrega de produtos e serviços”. “É uma das funções centrais de 
qualquer negócio”. (Slack, Chambers e Johnston, 1997) 
 
As empresas de bens ou serviços que não adaptarem seus sistemas 
produtivos para a melhora contínua da produtividade não terão espaço no mundo 
competitivo atual. À semelhança dos seres vivos, pode-se dizer que as empresas 
são organismos com vida própria, em constante transformação, sujeitas às leis 
do mercado. Quanto mais livre e dinâmico este mercado for, mais forte e 
resistente essas empresas serão, pois terão de conviver diariamente com 
oportunidades e ameaças ao seu desempenho produtivo (Tubino, 2009). 
É importante lembrar e atentar para as questões sociais sempre, tal como 
confrontadas com os sistemas de produção – principalmente a manufatura de 
bens. O contexto social-humanístico nunca pode deixar de ser considerado em 
qualquer atividade do ser humano, seja este em seu nível mais fundamental, 
seja naqueles níveis de elevada necessidade de capacitação intelectual e/ou 
tecnológica. No entanto, essa afirmação parece não ser tão lembrada quando 
nos embrenhamos em nossas atividades profissionais diárias, principalmente em 
se tratando das relações no trabalho e suas derivações. 
Não são raros os estudos a respeito de distúrbios sociais causados pela 
constante chamada à necessidade de evolução, de aumento de produtividade 
ou de capacitação profissional, uma lista que parece não terminar, já que são 
tantas as urgências de nosso tempo. Enquanto isso, uma grande parcela da 
sociedade continua marginalizada, à mercê dos altos ganhos gerados por essa 
mesma evolução, que se mostra completamente desigual em suas várias 
direções: o acesso às riquezas produzidas pela “máxima da produtividade” 
mostra-se ainda incapaz de chegar a todos os setores da sociedade. Um grande 
exemplo deve ser lembrado: a maior potência industrial mundial, os Estados 
Unidos da América, que consegue consumir cerca de um quarto de todos os 
recursos naturais do planeta, deixando o restante para ser dividido pelo resto do 
mundo. Vamos trabalhar, então, para que o aumento da produtividade sirva para 
diminuir a desigualdade social. 
Faz-se necessário observar também se os ambientes envolvidos em todo 
o conjunto da produtividade têm possibilidades de oferecer as melhores 
 
 
5 
condições de produção para todos os envolvidos e, nesse contexto, estão 
envolvidos os ambientes interno e externo à organização. No ambiente interno, 
faz-se necessário analisar se há tecnologias, finanças, marketing, suprimentos 
e principalmente pessoas para gerar os melhores produtos e/ou serviços. No 
ambiente externo, é preciso analisar os fornecedores, o governo, a concorrência, 
os consumidores, a comunidade, a tecnologia, os sindicatos, a sociedade 
organizada etc., pois todos estes, direta ou indiretamente, influenciam na 
produtividade e na qualidade das empresas. 
Curiosidade 
Acesse os links a seguir para entender a importância da Revolução Industrial nos sistemas 
produtivos que conhecemos atualmente. Veja como os sistemas nasceram e o quanto evoluímos 
em termos de planejamento. 
Vídeo 1: 
Revolução Industrial na Inglaterra, vídeo educativo sobre a Revolução Industrial na Inglaterra. 
Encyclopedia Britannica. 25 min. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=jt-
o3EBQPMU>. 
 
Vídeo 2: 
Revolução Industrial nos Estados Unidos, vídeo educativo sobre a Revolução Industrial nos 
Estados Unidos. Encyclopedia Barsa. 22 min. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=GTOzHrvYVQ4>. 
 
O período entre 1850 e 1920 é marcado pela ascensão dos Estados 
Unidos e da Inglaterra como maiores potências militares, políticas e econômicas 
do mundo. O início desse período caracteriza-sepela reconstrução de um país 
– os Estados Unidos – destruído pela Guerra Civil. O crescimento da 
industrialização norte-americana que se começara no início do século XIX 
aumentou drasticamente após a Guerra Civil, quando o país passou por uma 
Revolução industrial. Técnicas mais modernas, rápidas e eficientes de produção 
industrial aumentaram drasticamente a capacidade de produção das fábricas 
americanas, e a construção de uma grande malha ferroviária ao longo do país 
fez com o transporte de produtos de um ponto a outro do país se tornasse prático 
e rápido. 
Inventores desenvolveram diversos novos produtos. O comércio por 
atacado e varejo do país prosperou, e grandes empresas surgiram. Durante esse 
período, o crescimento industrial dos Estados Unidos teve grandes efeitos. As 
indústrias de manufatura e de finanças superaram a agricultura e a pecuária 
 
 
6 
como principais fontes de renda dos Estados Unidos. O processo de 
industrialização elevou drasticamente a migração rural. Além disso, tal período 
também foi marcado pela grande imigração sem precedentes de europeus ao 
país. Logo após a Guerra Civil, a política de reconstrução perdurou por mais de 
uma década. A maior parte da industrialização e do crescimento econômico 
americano, entre 1865 e 1918, ocorreu no Centro-Oeste e principalmente no 
Norte – enquanto que a economia do Sul, completamente destruída pela Guerra 
Civil, demoraria décadas para se recuperar, sendo que sua industrialização 
ocorreria somente após as primeiras décadas do século XX. 
 
TEMA 2 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
Nos primórdios da humanidade, não havia produção, mas sim povos 
nômades que se alimentavam do que coletavam na natureza. 
A Pré-história é marcada pela utilização de ferramentas feitas de pedra. 
Com o desenvolvimento e a organização das produções artesanais, iniciou-se o 
ciclo de desenvolvimento dos processos da gestão de produção de uma maneira 
geral. 
Da mesma forma, antes disso, o comércio não era oficial, e funcionava 
com base na troca de produtos, o chamado escambo. Isso impulsionou a 
primeira forma de produção organizada pelos artesãos – pessoas com 
habilidade para produzir bens específicos – que, com maiores demandas, 
começaram a estabelecer prazos de entrega e a classificar prioridades. O 
trabalho de manufatura era feito em casa, e a técnica de produção era 
transmitida de pai para filho, mas em razão deste aumento de demanda, os 
artesãos começam a trabalhar com ajudantes que, depois de treinados, se 
tornariam novos artesãos. Isso levou ao início dos primeiros movimentos de 
pessoas que deixavam de trabalhar em casa para fazê-lo em associações. 
Com o surgimento da Revolução Industrial, a produção artesanal entra em 
decadência e, com a invenção da máquina a vapor, em 1764, por Watt, e da 
máquina de fiação (tear mecânico) por Hargreaves quase na mesma época, 
começa a substituição do trabalho artesanal (manual) pelo realizado por 
máquinas, quando surgem as primeiras fábricas. Nesse momento, nenhum 
produto era igual a outro. Só em 1801 Eli Whitney introduziu a padronização de 
 
 
7 
produtos por meio da montagem de armas que eram vendidas ao governo norte-
americano. 
A Revolução Industrial (que atualmente é conhecida como a Primeira 
Revolução Industrial) preparou o caminho para a moderna Gestão da Produção e 
Operações, mas foi com os grandes avanços que se deram no século XX, 
particularmente na Inglaterra e nos Estados Unidos, que as técnicas e instrumentos 
de gestão da produção se difundiram por inúmeros países. 
À medida que o tempo passa muitos tipos de máquinas são desenvolvidos 
nas fábricas, dando início à gestão da produção, sendo esta área capaz de produzir 
bens e/ou serviços por meio dos melhores processos, decisões, atitudes e 
responsabilidades vindas de seus gestores. A administração científica de Taylor 
trouxe inovações: estudos para saber como fazer melhor as coisas, cálculos de 
tempo e planos de incentivos. 
Houve ainda o casal Gilbreth, que fez estudos dos movimentos dos 
trabalhadores e iniciou a psicologia industrial. Um grande impulso é dado com o 
advento da linha de montagem em movimento por Henry Ford, em 1913. A indústria 
têxtil cria a divisão do trabalho, com os objetivos de redução da fadiga, padronização 
dos produtos e melhoria da qualidade dos produtos. 
No século XIX ocorre a Segunda Revolução Industrial, marcada pela divisão 
do trabalho (matadouro de Cincinatti), produção em massa (Henry Ford) e a 
invenção da energia elétrica. 
 
Figura 1 – Primeira e Segunda Revolução Industrial 
 Fonte: Portal da Indústria – CNI. 
 
 
8 
 
 
No entanto, as tecnologias, tanto práticas como teóricas, continuam 
evoluindo, e o foco da manufatura muda muito com o passar das últimas 
décadas, conforme vemos na Tabela 1. 
 
Tabela 1 – A evolução da manufatura 
Década Abordagem/foco 
1960 Custos 
1970 Marketing 
1980 Qualidade 
1990 Tempo 
2000 Conhecimento 
 
A Terceira Revolução Industrial, ocorre no século XX, marcada 
principalmente pela invenção do computador, do consequente sistema de 
tecnologia da informação (TI), da internet e da automação industrial. As fábricas 
digitais, com altos níveis de comunicação e capacidade de monitoramento de 
processos, já dão seus primeiros passos, principalmente na Europa, Japão e 
Estados Unidos. 
Vivemos atualmente a Quarta Revolução Industrial, também chamada de 
Indústria 4.0, cujos principais pontos são: ferramentas e produtos se 
comunicando; sistemas ciberfísicos, marcados pela inteligência artificial; fábrica 
digital/nuvem – cloud computing; internet das Coisas – Internet of Things – IoT. 
No entanto, a realidade da manufatura avançada da Indústria 4.0 ainda está 
distante do cenário brasileiro. 
 
 
 
9 
Figura 2 – Terceira e Quarta Revoluções Industriais 
 Fonte: Portal da Indústria – CNI. 
 
CURIOSIDADE: 
Assista ao vídeo “Fábrica da BMW Série 3 na Alemanha”. Você pode acessá-lo neste link: 
<http://www.noticiasautomotivas.com.br/video-fabrica-da-nova-bmw-serie-3-na-alemanha/>. 
 
TEMA 3 – O MODELO DE TRANSFORMAÇÃO 
Um processo é qualquer atividade ou conjunto de atividades que com 
base em insumos, transforma-os e lhes agrega valor, criando um ou mais 
produtos/serviços para os clientes (Ritzman, 2004). 
 
Figura 3 – Processos e operações 
 
Fonte: Ritzman, 2004. 
 
 
10 
 
Entradas do processo de transformação – Inputs 
1. Recursos transformados: são aqueles que são tratados, 
transformados ou convertidos de alguma forma. Exemplos: 
 Materiais: os extratos bancários fornecidos pelo banco. 
 Informações: processamento de informações sobre assuntos 
financeiros de interesse dos consumidores (predomina nos bancos). 
 Consumidores: orientações sobre aplicações, pagamento de 
cheques. 
 
2. Recursos de transformação: são aqueles que agem sobre os 
recursos transformados. Exemplos: 
 Instalações: prédios, terrenos, equipamentos, tecnologia do 
processo de produção. 
 Funcionários: os funcionários, ou seja, as pessoas que operam, 
mantêm, planejam e administram a produção. 
 
Processo de transformação 
1. Processamento de materiais 
 Transformação das propriedades físicas (manufatura). 
 Mudança de localização (correio). 
 Mudança na posse/propriedade (atacado-varejo). 
 Estocagem ou armazenamento (centro de distribuição). 
 
2. Processamento de informações 
 Alteram a forma da informação (contadores). 
 Alteram a posse da informação (empresas de pesquisa). 
 Estocam ou acomodam (bibliotecas, arquivos). 
 Transferem as informações (empresas de telecomunicação). 
 
3. Processamentode consumidores 
 Transformação das propriedades físicas (cabelereiros, cirurgiões 
plásticos). 
 Estocam ou acomodam (hotéis). 
 Localização (linhas aéreas, ônibus etc.). 
 
 
11 
 Estado fisiológico (hospitais, clínicas). 
 Estado psicológico (música, teatro, televisão). 
 
Exemplo: 
Função produção: transporte de pessoas. 
A função Produção transforma insumos em transporte de pessoas por meio do 
processo de conversão. 
Entradas/insumos Conversão Saídas 
Ônibus 
Mão de obra (motoristas e 
cobradores, manutenção) 
Combustível 
Transporte 
de pessoas 
Transporte de 
pessoas 
 
Figura 4 – O processo de transformação 
 
Fonte: Slack et al., 1997. 
 
Saídas do processo de transformação – Outputs 
A saída, claro, é o propósito do processo de transformação: são bens e 
serviços geralmente vistos como diferentes. 
 É importante destacar a situação específica da agregação de valor: qual 
a necessidade de transformarmos insumos (entradas) em produtos ou serviços 
sem gerarmos mais valor? Isso significa que quanto mais criamos valor no 
processo de transformação, mais agregamos valor ao produto da empresa, seja 
este um bem material ou um serviço. A saída – o produto – deve ser muitas 
 Recursos 
transformados 
Input 
Recursos de 
transformação 
Input 
Materiais 
Informações 
Consumidores 
Instalações 
Pessoal 
INPUT 
Processo de 
transformação 
Ambiente 
Ambiente 
OUTPUT 
Bens e 
serviços 
Slack et all , 1997. 
 
 
12 
vezes mais valioso que a soma dos itens de entrada. Quanto maior a agregação 
de valor, maior a competitividade de uma empresa. E o que as empresas buscam 
é a manutenção de uma alta capacidade de competição, pois somente assim 
conseguirão se manter vivas, vendendo e distribuindo seus produtos e serviços. 
Um ponto importante dessa discussão está ligado à gestão (ou não) dos 
preços dos produtos ofertados ao mercado: 
 
Preço = custo + lucro (economias fechadas ou monopólios) 
Lucro = preço - custo (globalização – ampla concorrência) 
 
Quanto mais livre e dinâmico esse mercado for, mais forte e resistente tais 
empresas serão, pois terão de conviver diariamente com oportunidades e 
ameaças ao seu desempenho produtivo. 
Segundo Tubino (2009), a perda do poder de competitividade das 
empresas nacionais se deve em grande parte à obsolescência das práticas 
gerenciais e tecnológicas aplicadas aos seus sistemas produtivos, em especial 
no processo de transformação e consequente agregação de valor, tendo sua 
origem atribuída a cinco pontos básicos, que são: 
 Deficiência nas medidas de desempenho; 
 Negligência com considerações tecnológicas; 
 Especialização excessiva das funções de produção sem a devida 
integração; 
 Perda de foco dos negócios; 
 Resistência e demora em assumir novas posturas produtivas. 
 
TEMA 4 – BENS E SERVIÇOS 
Até 1950, a indústria de transformação era a que se destacava no cenário 
político e econômico mundial. As chaminés das fábricas eram símbolos de poder; 
as indústrias empregavam um grande número de pessoas e eram responsáveis 
por 90% do Produto Interno Bruto (PIB) dos países industrializados. 
Os manuais acadêmicos sobre produção referiam-se ao chão de fábrica 
– termo usado para designar os trabalhadores ou os processos relativos à fase 
de produção propriamente dita – e abordavam temas relativos à fabricação de 
bens tangíveis: arranjo físico, processos de fabricação, planejamento e controle 
da produção, controle de qualidade, manutenção das instalações fabris, 
 
 
13 
manuseio e armazenamento de materiais. A gestão de todos esses elementos 
era denominada Administração da Produção. A indústria de transformação tinha 
total destaque (fábricas-chaminés) e a ênfase dos estudos está na fabricação de 
bens tangíveis. 
Na década de 1980, a administração da produção foi o campo fértil para 
a teoria da qualidade: tudo era uma questão de processo. Aumenta a produção 
de serviços e, assim, a produção deixa de ser exclusivamente da fábrica. 
 
Figura 5 – Bens e serviços 
 
Fonte: adaptado de Administração da Produção, Slack et alli, Atlas, 1997. 
 
Os serviços representam a maior parcela do PIB da maior parte das 
nações e empregam o maior número de pessoas. Dessa maneira, todas as 
técnicas utilizadas na administração industrial tradicional foram transportadas 
para a administração de serviços. Houve uma ampliação do conceito de 
produção, que passou a incorporar os serviços. Hoje o termo “operações” é 
considerado amplo e compõe o conjunto de todas as atividades da empresa 
relacionadas com a produção de bens e/ou serviços. No Brasil, os autores 
costumam abordar esse conjunto de técnicas como Administração da Produção 
e Operações ou Administração de Bens e Serviços. 
 
 
 
14 
As empresas mundiais necessitam cada vez mais de esquemas de 
distribuição rápidos e eficazes. A logística empresarial, parte integrante da 
Administração de Operações, constitui um conjunto de técnicas de distribuição 
e transporte de produtos. Um bom exemplo disso são os automóveis fabricados 
por multinacionais, que são idênticos a despeito de produzidos em países 
diferentes. 
 
Tabela 2 – Fluxos 
 Fluxo de serviços: o volume tende a ser ainda maior que o de materiais, 
devido à melhoria dos meios de comunicação. 
 Fluxo de capitais: os fluxos de dinheiro, como uma “nuvem”, vagam sobre 
o mundo, à procura de locais onde possam “descer” e obter o máximo de 
rendimento possível. 
 
A saída é o propósito do processo de transformação: são bens e serviços 
geralmente vistos como diferentes. 
 
Tabela 3 – Elementos relacionados à saída de bens 
 Tangibilidade (bens  tangíveis; serviços  intangíveis) 
 Estocabilidade (bens  estocáveis; serviços  não estocáveis) 
 Transportabilidade (bens  transportáveis; serviços  não transportáveis) 
 Simultaneidade (bens  produzidos antes do consumo; serviços  produzidos 
simultaneamente ao consumo) 
 Contato com o consumidor (bens  baixo nível de contato na produção; serviços  alto 
nível de contato na produção do serviço) 
 Qualidade (bens  julgarão qualidade com base nos próprios bens; serviços  julgarão 
qualidade pela percepção) 
 
A saída da maioria dos tipos de operações é um composto de bens e 
serviços. Gianesi (1994) destaca sete fatores que propiciam o aumento da 
demanda por serviços: 
1. Desejo de melhor qualidade de vida; 
2. Mais tempo de lazer; 
3. A urbanização, tornando necessários alguns serviços (a segurança, 
por exemplo); 
 
 
15 
4. Mudanças demográficas que aumentam a quantidade de crianças e/ 
ou idosos, os quais consomem maior variedade de serviços; 
5. Mudanças socioeconômicas, como o aumento da participação da 
mulher no trabalho remunerado e pressões sobre o tempo pessoal; 
6. Aumento da sofisticação dos consumidores, levando a necessidades 
mais amplas de serviços; 
7. Mudanças tecnológicas (como o avanço dos computadores e das 
telecomunicações), que têm aumentado a qualidade dos serviços, 
ou ainda criado serviços completamente novos (Gianesi, 1994, p. 
17). 
 
Os serviços possuem uma interatividade maior com os clientes. Por sua 
proximidade com o público, os serviços atualmente são considerados os maiores 
responsáveis pela conquista e fidelização daqueles. 
Gianesi (1994) destaca três papéis dos serviços na indústria: 
 Diferencial competitivo; 
 Suporte às atividades de manufatura; 
 Geradores de lucro. 
 
O serviço agregado ao produto adiciona valor à oferta final, o que significa 
diferencial competitivo para as empresas e seus produtos.As atividades de 
produção existem dentro de um sistema composto por subsistemas, e vários 
desses subsistemas são compostos por serviços que dão suporte à atividade de 
manufatura da empresa (administração financeira, administração de recursos 
humanos etc.). Algumas empresas descobriram que seu verdadeiro foco está 
nos serviços, e para vendê-los os atrelam a produtos que geram maior 
rentabilidade, como é o caso das operadoras de telefonia móvel. 
A gestão de serviços poder ser caracterizada pela presença e participação 
intensa dos clientes, produção e consumo simultâneos (impossibilidade de 
estocar serviços) e intangibilidade. 
 
TEMA 5 – FUNÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO 
Para atingir seus objetivos, os sistemas produtivos devem exercer uma 
série de funções operacionais, desempenhadas por pessoas, que vão desde o 
projeto dos produtos até o controle dos estoques, passando por recrutamento e 
 
 
16 
treinamento de funcionários, aplicação dos recursos financeiros, distribuição dos 
produtos etc. 
De maneira geral, essas funções podem ser agrupadas em três áreas 
básicas: 
 Finanças; 
 Produção; 
 Marketing. 
 
 
 
O sucesso de um sistema de produção depende da forma como essas 
três funções se relacionam. Convencionalmente, as funções desempenhadas 
dentro de um sistema produtivo se limitam à esfera imediata de sua autoridade. 
Tende a ser bilateral e fechado, com as funções exercendo suas atividades até 
o limite de sua delegação. 
Atualmente, as empresas sabem que essas barreiras funcionais devem 
ser quebradas, e o compartilhamento de informações nas tomadas de decisões 
é fundamental para o eficiente desempenho do sistema como um todo. A 
estrutura funcional deve ceder espaço a uma estrutura operacional multilateral e 
aberta, em que as responsabilidades pelas ações vão até o ponto em que o efeito 
dessa ação se fizer sentir. 
 
Figura 6 – Administração de operações como uma função 
 
Fonte: Ritzman, 2004. 
 
 
 
17 
A função de produção consiste em todas as atividades que estão 
diretamente relacionadas com a produção de bens ou serviços. 
Ela é o centro dos sistemas produtivos, sendo responsável por gerar os 
bens ou serviços comercializados pelas empresas pela transformação dos 
insumos utilizando-se de um ou mais processos organizados de conversão. 
A essência da função de produção consiste em adicionar valor aos bens 
ou serviços durante o processo de transformação. De acordo com esse conceito, 
todas as atividades produtivas que não adicionarem valor aos bens ou serviços 
devem ser consideradas perdas e eliminadas. 
A função de marketing é vender e promover os bens materiais e serviços 
produzidos, tomando decisões sobre estratégias de publicidade e estimativas de 
preços destes. Ela está encarregada de contatar os clientes e cuidar do mercado, 
visando a, por um lado (médio e curto prazos), abastecer a produção com 
informações sobre a demanda pelos produtos atuais, permitindo o planejamento 
e a programação da produção, e, por outro (longo prazo), buscar informações 
sobre potenciais necessidades dos clientes buscando projetos de novos bens ou 
serviços a serem desenvolvidos. 
 
Figura 7 – O Fluxo de Informações do PCP 
 
Fonte: Adaptado de Tubino, 2002. 
 
A função de finanças está encarregada de administrar os recursos 
financeiros da empresa e alocá-los onde forem necessários. Esta função deve 
providenciar o orçamento, acompanhar receitas e despesas, e fazer a provisão 
Engenharia de Produto
•lista de materiais
•desenhos
Engenharia de Processo
•roteiros de fabricação
•leadtimes
Marketing
•plano de vendas
•pedidos firmes
Manutenção
•plano de manutenção
Compras
•entradas e saídas de materiais
Planejamento Estratégico
da
Produção
Planejamento Mestre
da
produção
Programação
da
Produção
•ordens de compra
•ordens de fabricação
•ordens de montagem
Acompanhamento
da
Produção
Recursos Humanos
•programa de treinamento
Finanças
•plano de investimentos
•Fluxo de caixa
 
 
18 
de fundos para atender que atenda a esse orçamento, além da análise 
econômica dos investimentos produtivos. 
Outras funções de apoio são: engenharia, compras, suprimentos, 
manutenção, recursos humanos etc. 
 
Pesquise 
Leia o primeiro e o segundo capítulos do nosso livro-texto, que se encontra na 
biblioteca virtual. 
 
Saiba mais 
Acesse este link e leia o artigo sobre os sistemas de produção: 
<http://planejamentoecontroledeproducao.blogspot.com.br/2010/02/visao-geral-
dos-sistemas-de-producao.html>. 
 
TROCANDO IDEIAS 
O Brasil conseguirá dar uma guinada de produtividade – elemento 
fundamental para o crescimento econômico – sem se basear na tecnologia e na 
inovação? (Responda antes de ver a sugestão de resposta.) 
 
Sugestão de resposta: 
A manufatura avançada começa a aparecer, no Brasil, principalmente, na modernização de 
plantas de grandes multinacionais, sobretudo na indústria automotiva tradicional. Entretanto, isso 
não ocorre em todos os segmentos industriais. Com exceção de algumas ilhas de excelência no 
setor produtivo, como a Embraer, progressos tecnológicos são isolados e são implementados 
lentamente, em função das dificuldades enfrentadas pela indústria nos últimos dez anos. Por 
aqui, tanto na academia quanto no governo, as discussões sobre manufatura avançada são 
incipientes (Fonte: CNI). 
 
No entanto, temos uma indústria de alimentos e bebidas altamente 
competitiva, conforme poderá ser visto no infográfico a seguir, que demonstra 
este grande poder de competitividade, alcançando a liderança mundial tanto 
para alimentos quanto para bebidas. Observe: 
 
 
 
 
 
19 
Figura 8 - Infográficos do faturamento da indústria alimentícia em 2014 
 
Fonte: Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) e CNI – Portal da 
Indústria. 
 
Com o crescimento excessivo das funções de apoio, o compartilhamento 
de informações na tomada de decisões fica mais difícil, comprometendo a 
eficiência do sistema, além de criar uma burocratização pela subdivisão de 
tarefas. Por exemplo, havendo uma divisão responsável pela manutenção das 
máquinas, se ocorre um problema simples com uma delas, quem é responsável 
 
 
20 
pelo seu conserto? Seria o operador ou ele tem de esperar o pessoal da 
manutenção? Cria-se então um conflito, retardando a resposta para o problema. 
 Discuta o crescimento excessivo das funções de apoio aos sistemas 
produtivos e sua relação com a burocratização e a morosidade de resposta aos 
problemas. 
 
NA PRÁTICA 
Analise as questões propostas a seguir e tente respondê-las sem olhar as 
respostas sugeridas. 
 
Nos sistemas de produção abaixo, diferencie quais dos sistemas são 
predominantemente de produção de bens materiais (B) e quais são de serviços 
(S): 
 
1. Processo contínuo: 
( ) Petróleo e derivados 
( ) Fornecimento de aquecimento e ar condicionado 
( ) Geração de energia elétrica 
 
2. Processo repetitivo em massa: 
( ) Transporte aéreo 
( ) Automóveis 
( ) Restaurante industrial 
( ) Eletrodomésticos linha branca 
 
3. Processo repetitivo em lotes: 
( ) Restaurantes 
( ) Fabricação de calçados 
 
4. Processo por projeto: 
( ) Clínica médica 
( ) Estaleiros (navios) 
( ) Escritórios de arquitetura 
( ) Aluguel de automóveis 
 
 
 
21 
Respostas esperadas: 
1) B – S – S. 
2) S – B – S- B. 
3) S – B. 
4) S – B – S – S. 
 
Sustentabilidade na Atualidade 
Vejamos agora uma abordagem interessante em um artigo que traz umavisão bem moderna do importante papel da gestão da produção sob o ponto de 
vista da sustentabilidade. Leia o artigo no link 
<http://www.sustentabilidadecorporativa.com/2013/05/a-importancia-da-
engenharia-de-producao.html>, e entenda porque a gestão da produção pode 
contribuir – e muito – para o “correto” modo de desenvolvimento das empresas, 
sejam elas de serviços ou de bens materiais! 
 
SÍNTESE 
As empresas, desde os tempos mais remotos, têm sido desafiadas a 
encontrar soluções para reduzir custos, melhorar processos, evitar desperdícios 
e aumentar a produtividade. 
Algumas figuras chave na história da gestão das operações: 
 Eli Whitney (fim do século XVIII): intercambiabilidade de partes; 
 James Hargreaves (1.764): máquina de tear; 
 James Watt (1.764): máquina a vapor; 
 Frederick Winslow Taylor (início do século XX): administração científica; 
 Henry Ford (início do século XX): produção em massa; 
 Alfred P. Sloan, Jr. (década de 1920): planejamento centralizado e 
controle descentralizado. 
 
A história da evolução dos meios de produção mostra o quanto já 
evoluímos e o quanto ainda temos para evoluir. A preocupação com energia, por 
exemplo, está impondo ao setor novas rotinas e a introdução de outras 
tecnologias, com máquinas e equipamentos mais eficientes, novas fontes 
alternativas e a adoção de uma gestão eficaz de recursos. Portanto, esses 
desafios, que vêm surgindo desde a Primeira Revolução Industrial, vão 
continuar. 
 
 
22 
O modelo de transformação precisa evoluir ainda mais, ficar mais 
competitivo e mais eficiente em termos da utilização de recursos naturais, 
especialmente na América Latina e no Brasil. 
A produção, como função básica de transformação, está cada vez mais 
dependente das tecnologias, sob as mais diferentes formas: técnicas de 
produção para o chão de fábrica, tecnologias massivas da informação para 
gestão de serviços – como ocorre com os bancos, ou tecnologias de informação 
para os sistemas de gestão, que vão desde o nível das máquinas, com controle 
de produção e estoque, até os sistemas corporativos que dão suporte às 
decisões tomadas na alta administração das empresas. 
A tecnologia surgida na nova Revolução Industrial abre as barreiras da 
produtividade: nas montadoras de automóveis Toyota, Fiat e Nissan, o tempo de 
desenvolvimento de um novo modelo caiu até 50% a partir do momento que 
designers e engenheiros passaram a usar informações digitalizadas e testes 
virtuais de peças. Na fabricante de aviões Embraer, os operários responsáveis 
pela produção do jato Legacy 500, em São José dos Campos, no interior 
paulista, começaram a treinar, de forma virtual e em 3D, o que fariam no chão 
de fábrica um ano antes do início da produção dos aviões. O projeto teve 12 mil 
horas de testes antes de a aeronave fazer a primeira decolagem. 
Porém, enquanto o mundo se prepara para essa nova Revolução 
Industrial, o Brasil parece não ter se dado conta dos imensos desafios que o 
cercam. Em 2013, o país comprou menos de 1.300 robôs industriais — a Coreia 
do Sul adquiriu 21 mil, e a China, 37 mil. No Brasil, a idade média de máquinas 
e equipamentos é de 17 anos – enquanto que são sete anos nos Estados Unidos 
e cinco anos na Alemanha. Em uma era de imensos ganhos tecnológicos, as 
empresas brasileiras estão presas a tecnologias ultrapassadas, o que afeta 
diretamente a produtividade do país. Essa defasagem tecnológica tem várias 
explicações. Uma delas é que o Brasil ainda tem uma economia fechada. Com 
o mercado doméstico garantido, as indústrias instaladas aqui têm menos 
incentivos para investir em aumento de produtividade (Costa e Stefano, 2014). 
Até a próxima aula! 
 
 
 
 
23 
 
REFERÊNCIAS 
ARAUJO, C. D. Administração da produção e sua evolução histórica. Portal 
educação. Disponível em: 
<http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/21585/administracao-
da-producao-e-sua-evolucao-historica#ixzz4FSQGnu6X>. Acesso em: 13 dez. 
2016. 
GIANESI, I. G. N.; CORRÊA, H. L. Administração estratégica de serviços. 
São Paulo: Atlas, 1994. 
COSTA, M; STEFANO, F. A era das fábricas inteligentes está começando. 
Revista Exame. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/revista-
exame/edicoes/1068/noticias/a-fabrica-do-futuro>. Acesso em: 13 dez. 2016. 
RITZMAN, L. P.; KRAJEWSKI, L. J. Administração da produção e operações. 
São Paulo: Prentice Hall, 2004. 
SLACK, N. et al. Administração da produção. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
TUBINO, D. F. Planejamento e controle da produção: teoria e prática. 2. ed. 
São Paulo: Atlas, 2009.

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