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sistema de produção de bens e serviços aula 1

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de consumidores 
 Transformação das propriedades físicas (cabelereiros, cirurgiões 
plásticos). 
 Estocam ou acomodam (hotéis). 
 Localização (linhas aéreas, ônibus etc.). 
 
 
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 Estado fisiológico (hospitais, clínicas). 
 Estado psicológico (música, teatro, televisão). 
 
Exemplo: 
Função produção: transporte de pessoas. 
A função Produção transforma insumos em transporte de pessoas por meio do 
processo de conversão. 
Entradas/insumos Conversão Saídas 
Ônibus 
Mão de obra (motoristas e 
cobradores, manutenção) 
Combustível 
Transporte 
de pessoas 
Transporte de 
pessoas 
 
Figura 4 – O processo de transformação 
 
Fonte: Slack et al., 1997. 
 
Saídas do processo de transformação – Outputs 
A saída, claro, é o propósito do processo de transformação: são bens e 
serviços geralmente vistos como diferentes. 
 É importante destacar a situação específica da agregação de valor: qual 
a necessidade de transformarmos insumos (entradas) em produtos ou serviços 
sem gerarmos mais valor? Isso significa que quanto mais criamos valor no 
processo de transformação, mais agregamos valor ao produto da empresa, seja 
este um bem material ou um serviço. A saída – o produto – deve ser muitas 
 Recursos 
transformados 
Input 
Recursos de 
transformação 
Input 
Materiais 
Informações 
Consumidores 
Instalações 
Pessoal 
INPUT 
Processo de 
transformação 
Ambiente 
Ambiente 
OUTPUT 
Bens e 
serviços 
Slack et all , 1997. 
 
 
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vezes mais valioso que a soma dos itens de entrada. Quanto maior a agregação 
de valor, maior a competitividade de uma empresa. E o que as empresas buscam 
é a manutenção de uma alta capacidade de competição, pois somente assim 
conseguirão se manter vivas, vendendo e distribuindo seus produtos e serviços. 
Um ponto importante dessa discussão está ligado à gestão (ou não) dos 
preços dos produtos ofertados ao mercado: 
 
Preço = custo + lucro (economias fechadas ou monopólios) 
Lucro = preço - custo (globalização – ampla concorrência) 
 
Quanto mais livre e dinâmico esse mercado for, mais forte e resistente tais 
empresas serão, pois terão de conviver diariamente com oportunidades e 
ameaças ao seu desempenho produtivo. 
Segundo Tubino (2009), a perda do poder de competitividade das 
empresas nacionais se deve em grande parte à obsolescência das práticas 
gerenciais e tecnológicas aplicadas aos seus sistemas produtivos, em especial 
no processo de transformação e consequente agregação de valor, tendo sua 
origem atribuída a cinco pontos básicos, que são: 
 Deficiência nas medidas de desempenho; 
 Negligência com considerações tecnológicas; 
 Especialização excessiva das funções de produção sem a devida 
integração; 
 Perda de foco dos negócios; 
 Resistência e demora em assumir novas posturas produtivas. 
 
TEMA 4 – BENS E SERVIÇOS 
Até 1950, a indústria de transformação era a que se destacava no cenário 
político e econômico mundial. As chaminés das fábricas eram símbolos de poder; 
as indústrias empregavam um grande número de pessoas e eram responsáveis 
por 90% do Produto Interno Bruto (PIB) dos países industrializados. 
Os manuais acadêmicos sobre produção referiam-se ao chão de fábrica 
– termo usado para designar os trabalhadores ou os processos relativos à fase 
de produção propriamente dita – e abordavam temas relativos à fabricação de 
bens tangíveis: arranjo físico, processos de fabricação, planejamento e controle 
da produção, controle de qualidade, manutenção das instalações fabris, 
 
 
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manuseio e armazenamento de materiais. A gestão de todos esses elementos 
era denominada Administração da Produção. A indústria de transformação tinha 
total destaque (fábricas-chaminés) e a ênfase dos estudos está na fabricação de 
bens tangíveis. 
Na década de 1980, a administração da produção foi o campo fértil para 
a teoria da qualidade: tudo era uma questão de processo. Aumenta a produção 
de serviços e, assim, a produção deixa de ser exclusivamente da fábrica. 
 
Figura 5 – Bens e serviços 
 
Fonte: adaptado de Administração da Produção, Slack et alli, Atlas, 1997. 
 
Os serviços representam a maior parcela do PIB da maior parte das 
nações e empregam o maior número de pessoas. Dessa maneira, todas as 
técnicas utilizadas na administração industrial tradicional foram transportadas 
para a administração de serviços. Houve uma ampliação do conceito de 
produção, que passou a incorporar os serviços. Hoje o termo “operações” é 
considerado amplo e compõe o conjunto de todas as atividades da empresa 
relacionadas com a produção de bens e/ou serviços. No Brasil, os autores 
costumam abordar esse conjunto de técnicas como Administração da Produção 
e Operações ou Administração de Bens e Serviços. 
 
 
 
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As empresas mundiais necessitam cada vez mais de esquemas de 
distribuição rápidos e eficazes. A logística empresarial, parte integrante da 
Administração de Operações, constitui um conjunto de técnicas de distribuição 
e transporte de produtos. Um bom exemplo disso são os automóveis fabricados 
por multinacionais, que são idênticos a despeito de produzidos em países 
diferentes. 
 
Tabela 2 – Fluxos 
 Fluxo de serviços: o volume tende a ser ainda maior que o de materiais, 
devido à melhoria dos meios de comunicação. 
 Fluxo de capitais: os fluxos de dinheiro, como uma “nuvem”, vagam sobre 
o mundo, à procura de locais onde possam “descer” e obter o máximo de 
rendimento possível. 
 
A saída é o propósito do processo de transformação: são bens e serviços 
geralmente vistos como diferentes. 
 
Tabela 3 – Elementos relacionados à saída de bens 
 Tangibilidade (bens  tangíveis; serviços  intangíveis) 
 Estocabilidade (bens  estocáveis; serviços  não estocáveis) 
 Transportabilidade (bens  transportáveis; serviços  não transportáveis) 
 Simultaneidade (bens  produzidos antes do consumo; serviços  produzidos 
simultaneamente ao consumo) 
 Contato com o consumidor (bens  baixo nível de contato na produção; serviços  alto 
nível de contato na produção do serviço) 
 Qualidade (bens  julgarão qualidade com base nos próprios bens; serviços  julgarão 
qualidade pela percepção) 
 
A saída da maioria dos tipos de operações é um composto de bens e 
serviços. Gianesi (1994) destaca sete fatores que propiciam o aumento da 
demanda por serviços: 
1. Desejo de melhor qualidade de vida; 
2. Mais tempo de lazer; 
3. A urbanização, tornando necessários alguns serviços (a segurança, 
por exemplo); 
 
 
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4. Mudanças demográficas que aumentam a quantidade de crianças e/ 
ou idosos, os quais consomem maior variedade de serviços; 
5. Mudanças socioeconômicas, como o aumento da participação da 
mulher no trabalho remunerado e pressões sobre o tempo pessoal; 
6. Aumento da sofisticação dos consumidores, levando a necessidades 
mais amplas de serviços; 
7. Mudanças tecnológicas (como o avanço dos computadores e das 
telecomunicações), que têm aumentado a qualidade dos serviços, 
ou ainda criado serviços completamente novos (Gianesi, 1994, p. 
17). 
 
Os serviços possuem uma interatividade maior com os clientes. Por sua 
proximidade com o público, os serviços atualmente são considerados os maiores 
responsáveis pela conquista e fidelização daqueles. 
Gianesi (1994) destaca três papéis dos serviços na indústria: 
 Diferencial competitivo; 
 Suporte às atividades de manufatura; 
 Geradores de lucro. 
 
O serviço agregado ao produto adiciona valor à oferta final, o que significa 
diferencial competitivo para as empresas e seus produtos.
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