Tempo d tr t t N Q t Dr ano ano* * * tr * = tempo ótimo entre revisões; tano = número de dias no ano. Q d t t Q Q Q Qr f p r s Qf = quantidade de saldo final em estoque; Qp = quantidades pendentes de entrega; Qr = quantidade solicitada e não atendida; Qs = estoque de segurança. 13 Controle pelo MRP – Cálculo das Necessidades de Material O MRP é um sistema (informatizado ou não) de controle de inventário e produção que apoia a otimização da gestão de forma a minimizar os custos, mas mantendo os níveis de material adequados e necessários para os processos produtivos da empresa. Esse sistema possibilita às empresas calcularem os materiais dos diversos tipos que são necessários e em que momento, assegurando que sejam providenciados no tempo certo, de modo a que se possa executar os processos de produção. O MRP utiliza como informação de entrada os pedidos em carteira, assim como a previsão das vendas que são provenientes da área comercial (vendas) da empresa. Os modelos de ressuprimento de estoques, com base na lógica do MRP, ou do cálculo das necessidades de materiais, são modelos normalmente incorporados a um sistema de informações gerenciais mais amplo, conhecido como MRPII (Manufacturing Resource Planning), que busca, via informatização do fluxo de informações, integrar os diversos setores da empresa, como marketing, engenharia e finanças, ao sistema de produção. É possível implantar este modelo sem necessariamente envolver o MRPII. Partindo-se das quantidades de produtos acabados (itens pais) a serem produzidas período a período, determinadas no PMP, passamos a calcular as necessidades brutas dos demais itens dependentes (itens filhos) de acordo com a estrutura do produto. Os sistemas MRP são usualmente implementados quando uma ou mais condições das seguintes se verificam: Quando a utilização (procura) de material é descontinua ou altamente instável durante o ciclo normal de operação de uma empresa. Essa situação é tipicamente classificada como produção intermitente ou operação job shop, ao contrário de um processo contínuo de produção ou mesmo produção em série; Quando a procura de material depende diretamente da produção de produtos acabados ou de outro inventário 14 específico. O MRP pode ser visto como componente primário do planejamento da produção, no qual a procura pelos componentes ou materiais depende da procura do produto final; Quando o departamento de compras e os seus fornecedores, bem como as próprias unidades de produção da empresa, possuem a flexibilidade para satisfazer encomendas e entregas semanalmente. Visando facilitar o tratamento das informações, é utilizada uma tabela, de certa forma semelhante à empregada na elaboração do PMP, para armazenar e operacionalizar o cálculo dos dados necessários ao controle de estoques. Na tabela acima, é possível ver os campos que compõem as informações necessárias para a correta aplicação do MRP, em destaque para: Na linha 1, da esquerda para a direita: O item que está sendo planejado, neste caso o Quadro com o código 1100; O tamanho do lote de ressuprimento: Q = 300 unidades; O Estoque de Segurança, Qs = 15 unidades; O Lead time (tempo de processamento / entrega / compra). Na linha 2 é possível ver o Período, que neste caso, supostamente está em semanas. Como estamos falando de programação da produção, poderia ainda ser Dias. Na linha 3 temos as Necessidades Brutas, ou seja, o que se deve produzir, segundo o PMP. Na linha 4 se vê as Reposições, que são necessidades fora da produção, por exemplo, para peças de lojas, revendas, etc. 15 Na linha 5 os Recebimentos Programados, que foram planejados em períodos anteriores. Na linha 6 se tem os Estoques Projetos, ou o que não foi utilizado. O valor de 50 unidades, mais à esquerda, significa que restam 50 peças do último período analisado, neste caso o 17. Na linha 7 estão as Necessidades Líquidas, sabendo que: NL = NB – RP – EP NL = Necessidades Líquidas NB = Necessidades Brutas RP = Recebimentos Programados EP = Estoques projetados E finalmente, na linha 8, faz-se a Liberação De Ordens, segundo as Necessidades Líquidas, respeitando-se o Lead time. Já no sistema de puxar a produção, as atividades de programação da produção (administração de estoques, sequenciamento e emissão de ordens) são operacionalizadas pelo emprego do sistema kanban (que será estudo à frente). TEMA 3: CONTROLE DA CAPACIDADE O objetivo do controle da capacidade é fornecer uma ligação entre o planejamento e a execução das atividades operacionais, identificando os desvios, sua magnitude e fornecendo subsídios para que os responsáveis pelas ações corretivas possam agir. Apesar de teoricamente os recursos necessários para a execução dos planos de produção terem sido planejados e programados pelo PPCP, na prática, infelizmente, a ocorrência de desvios entre o programa de produção liberado e o executado é a situação mais comum. 16 Quanto mais rápido os problemas forem identificados, ou seja, quanto mais eficiente forem as ações do controle da capacidade produtiva, menores serão os desvios a serem corrigidos, menor o tempo e as despesas com ações corretivas. A rotina sugerida para a análise da capacidade produtiva pode ser entendida em 4 passos principais: 1. Identificar os grupos de recursos a serem incluídos na análise; 2. Obter o padrão de consumo: (horas/unidade) de cada família incluída no plano para cada grupo de recursos; 3. Multiplicar o padrão de consumo de cada família para cada grupo de recursos pela quantidade de produção própria prevista no plano para cada família; 4. Consolidar as necessidades de capacidade para cada grupo de recursos. TEMA 4: CONTROLE DE ESTOQUES As empresas trabalham com estoques de diferentes tipos que necessitam ser administrados. Visam: Garantir a independência entre etapas produtivas; Permitir uma produção constante; Possibilitar o uso de lotes econômicos; Reduzir os lead times produtivos; Como fator de segurança; Para obter vantagens de preço. Como os estoques não agregam valor aos produtos, quanto menor o nível de estoques com que um sistema produtivo conseguir trabalhar, mais eficiente este sistema será. Mas se os estoques não agregam valor aos produtos, por que precisamos de tantos estoques? Vamos responder esta pergunta observando a gestão de estoques do ponto de vista do varejo. Veja o vídeo a seguir da Associação Brasileira de 17 Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD), que indicamos no início da aula. E então, entendeu o conceito de Perda Dupla, quando não temos estoque de suprimento? Se não, reveja o vídeo para compreender! O conceito de perda dupla é muito importante! Controlar um estoque de alto giro é tão importante quanto ter produtos a serem vendidos. Não importa quanto tenha em estoque, mas sim o giro do seu estoque. O giro do estoque demonstra a sua rotatividade, ou seja, quanto tempo cada item do estoque permanece na empresa antes de ser vendido. O correto controle dos estoques é de vital importância para a saúde financeira das empresas, uma vez que grande parte do capital das empresas está nos materiais envolvidos na produção, sendo comum representarem a maior parcela de todo o seu capital. Assim, reduções no montante estocado se traduz na liberação de grande volume