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analise textual 6a10

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Aula 06 	Tipologia textual e gêneros textuais
Conto:
*Ex: A cartomante: No conto de Machado de Assis, podemos contextualizar a situação apresentada, pois o autor apresenta elementos que possibilitam que o leitor constitua a cena: os personagens (como se posicionam, os objetivos de cada um, os gestos etc.), o local e o tempo.
Reconhecemos o conteúdo como um conto, uma narrativa, porque localizamos personagens, fatos, local e tempo. Esses elementos nos remetem a um contexto tal que podemos refazer mentalmente o cenário da história e construirmos o entendimento ou não do que estamos lendo.
O entendimento não será bom se não pudermos refazer mentalmente essa história, Outro aspecto, até curioso, é o fato de podermos contar esta história em qualquer época. O tempo de ocorrência já estará inscrito na narrativa, não é preciso se recorrer a um tempo real. 
Você deve estar se perguntando se não se pode construir contos com fatos reais. Sim, claro que isso é possível! Porém o conto, como tem a função fundamental de contar uma história que poderá ser situada num tempo específico, vai criar uma realidade. Por isso é possível o leitor poder contar a história em qualquer época, porque ela tem contexto próprio.
RECONHECEMOS O CONTEÚDO DO TEXTO COMO UM CONTO, UMA NARRATIVA, PORQUE RECONHECEMOS PERSONAGENS, FATOS, LOCAL E TEMPO. 
UM ASPECTO CARACTERÍSTICO TAMBÉM É O FATO DE PODERMOS CONTAR ESTA HISTÓRIA EM QUALQUER ÉPOCA. O TEMPO DE OCORRÊNCIA JÁ ESTARÁ INSCRITO NA NARRATIVA, NÃO É PRECISO RECORRERMOS A UM TEMPO REAL
Crônica:
O texto “Almoço de Domingo”, por ser uma crônica, conta fatos do cotidiano, fatos reais: necessita que o tempo, as personagens e o local sejam esclarecidos, porque não traz um contexto pronto. Logo, precisa do contexto da situação, exatamente por lidar com fatos do cotidiano. As crônicas também apresentam outro aspecto, como o de analisar, comentar, argumentar, criticar determinadas situações. Assim, um grande propósito do texto da crônica é aproveitar o fato para fazer comentários e até apresentar aspectos divertidos da situação.
*EX: A outra noite: Podemos observar que, na crônica de Rubem Braga, não há um contexto que possa esclarecer o leitor sobre a situação retratada. Assim, o autor apresenta os personagens e os fatos de maneira que sejam facilmente identificados. 
 
Os elementos do texto são apresentados de forma clara, a fim de que o leitor não tenha dificuldades em contextualizar a situação apresentada.
O texto apresenta uma situação cotidiana. A narrativa é informal e a linguagem utilizada é coloquial.
CRÔNICA - ESTRUTURA SIMILAR AO CONTO, A CRÔNICA CONTA FATOS REAIS, QUE NECESSITAM QUE O TEMPO, AS PERSONAGENS, O LOCAL, SEJAM ESCLARECIDOS, PORQUE NÃO TRAZ UM CONTEXTO PRONTO, PRECISA DO CONTEXTO DA SITUAÇÃO.
AS CRÔNICAS TAMBÉM APRESENTAM OUTRO ASPECTO, COMO O DE ANALISAR, COMENTAR, ARGUMENTAR, CRITICAR DETERMINADAS SITUAÇÕES 
Artigo científico
ESTRUTURA DO TEXTO
RESUMO DO TRABALHO
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
Na escrita acadêmica precisamos ter:
CLAREZA
CONCISÃO
IMPESSOALIDADE
PARÁFRASE - ESCREVER COM OUTRAS PALAVRAS (AS PRÓPRIAS) AS PRINCIPAIS IDEIAS DE OUTRO AUTOR, DE OUTRO TEXTO.
RESUMO - EXTRAI AS PRINCIPAIS IDEIAS DE UM TEXTO, É FIEL AO CONTEÚDO ORIGINAL E TAMBÉM AO ORDENAMENTO DO ASSUNTO, NÃO SE EMITE OPINIÃO NO TEXTO DO RESUMO. O RESUMO É ELABORADO COM AS PRÓPRIAS IDEIAS DE QUEM O ESTÁ ORGANIZANDO.
RESENHA- É UMA ESPÉCIE DE RESUMO EM QUE SÃO EMITIDOS JULGAMENTOS, COMENTÁRIOS (RESENHA CRÍTICA).
PARÓDIA- UMA FORMA CÔMICA DE SE REMETER A UM OUTRO TEXTO
TEXTO JURÍDICO - PETIÇÃO
APRESENTAÇÃO DAS PARTES
FATOS (PASSÍVEIS DE SEREM RESOLVIDOS PELA ÁREA JURÍDICA)
FUNDAMENTOS (ARGUMENTAÇÃO FAVORÁVEL AO PEDIDO, COM CITAÇÕES LEGAIS)
VALOR DA CAUSA
- FECHAMENTO
Tipos de organização discursiva nos gêneros textuais
Gêneros:
Notícia de jornal
Receita culinária
Texto de horóscopo
Bula de remédios .......
1-
	Leia os dois fragmentos a seguir, extraídos do mesmo noticiário, e responda o que se pede:
a) "Uma reportagem especial desta edição nasceu do susto causado pela fotografia feita no Rio de Janeiro de um adolescente negro, nu, preso a um poste pelo pescoço por uma trava de bicicleta.
b) "A imagem do adolescente oferecia um enigma. Ou o Brasil não avançara tanto, ou a foto era montada. Duas realidades tão contrastantes não poderiam coexistir. O choque foi constatar que, sim, tudo era real naquela cena, tão desumana que já causara repulsa em meados do século XIX [...]. A barbárie do século XIX, revivida em pleno século XXI nos fez refletir sobre a realidade urbana brasileira atual. Aqui as atrocidades se repetem, mas cada novo episódio de crueldade extrema, em vez de aumentar a indignação, tem impacto decrescente sobre a opinião pública." (Revista Veja, fevereiro de 2014, p.11).
Quanto à tipologia textual, os textos são respectivamente, de forma predominante:
		
descritivo e dissertativo
Observe o texto e marque o item que apresenta o gênero e a tipologia textuais a que pertence:
Relacionamentos (Arnaldo Jabor).
Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa: - Ah, terminei o namoro... - Nossa, estavam juntos há tanto tempo... - Cinco anos.... que pena... acabou... - é... não deu certo... Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
crônica/ narração.
Por favor, leia o texto para, depois, analisá-lo conforme a nossa proposta.
O CABOCLO, O PADRE E O ESTUDANTE (Luís da Câmara Cascudo )
Um estudante e um padre viajavam pelo sertão, tendo um caboclo como bagageiro. Deram a eles, numa casa, um pequeno queijo de cabra. Não sabendo como dividi-lo, mesmo porque daria um pequenino pedaço para cada um, o padre resolveu que todos dormissem e o queijo seria daquele que tivesse, durante a noite, o sonho mais bonito, pensando engabelar todos com os seus recursos oratórios. Todos aceitaram e foram dormir. À noite, o caboclo acordou, foi ao queijo e o comeu. Pela manhã, os três sentaram-se à mesa para tomar café e cada qual teve de contar o seu sonho. O padre disse ter sonhado com a escada de Jacó e descreveu-se brilhantemente. Por ela, ele subia triunfalmente para o céu. O estudante, então, narrou que sonhara já dentro do céu à espera do padre que subia. O caboclo sorriu e falou: - Eu sonhei que via Seu padre subindo a escada e Seu doutor lá dentro do céu, rodeado de amigos. Eu ficava na terra e gritava: "Seu doutor, Seu padre, o queijo! Vosmincês esqueceram o queijo". Então vosmincês respondiam de longe, do céu: "Come o queijo, caboclo! Come o queijo, caboclo! Nós estamos no céu, não queremos o queijo". O sonho foi tão forte que eu pensei que era verdade, me levantei, enquanto vosmincês dormiam, e comi o queijo..."
Enquanto a crônica apresenta uma situação de vida real, cotidiana, num determinado contexto social, referente ao tempo e espaço da sua criação segundo a observação e sentimentos do cronista, o conto pode ser criado de outra forma como gênero textual. Sua tarefa, caro(a) estudante, é assinalar corretamente, numa das opções abaixo, as características encontradas no texto de Câmara Cascudo oferecido acima, típicas de um conto que destoam do gênero crônica:
No conto, personagens, local, tempo e enredo são fictícios, imaginários, frutos de criatividade;
Aula 07 Estrutura do parágrafo
I-Conceito: O parágrafo é uma estrutura superior à frase, que desenvolve, eficazmente, uma única idéia-núcleo. Ele consta, normalmente, sobretudo na dissertação e na descrição, de duas e, às vezes, de três partes: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. A introdução é geralmente constituída de um ou dos períodos curtos iniciais, onde se expressa a idéia principal. É denominada por Othon Moacir Garcia de tópico frasal. Antônio Suárez de Abreu prefere chamá-la detópico de parágrafo.
Parágrafos são as estruturas formadas por unidades autossuficientes de um discurso que compõem um texto, apresentando basicamente uma ideia, pensamento ou ponto principal que o unifica.
Essas unidades são chamadas de tópico frasal, que é acompanhado por detalhes que o complementam. 
A organização do texto em parágrafos permite que o leitor detecte as ideias principais do texto e acompanhe como foram desenvolvidas em seus diferentes estágios.
Geralmente, parágrafos longos são utilizados para manter uma continuidade do raciocínio. 
Em geral, obras científicas e acadêmicas possuem parágrafos mais longos por duas razões:
Já os parágrafos curtos, seguindo esta lógica, são adequados para pequenos textos, e, geralmente, são escritos por quem tem pouca prática na escrita ou pensando-se nos leitores que possuem pouca prática de leitura.
Você já deve ter reparado que as notícias de jornal, por exemplo, possuem parágrafos curtos, distribuídos em colunas estreitas. Ou que os textos escritos para serem lidos por meio da internet seguem esse padrão.
II. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO
	Muito comum nos textos de natureza dissertativa, que trabalham com idéias e exigem maior rigor e objetividade na composição, o parágrafo-padrão, como é normalmente conhecido, apresenta a seguinte estrutura:
introdução: também denominada tópico frasal, é constituída de uma ou duas frases curtas, que expressam, de maneira sintética, a idéia principal do parágrafo, definindo seu objetivo;
desenvolvimento: corresponde a uma ampliação do tópico frasal, com apresentação de idéias secundárias que o fundamentam ou esclarecem;
conclusão: nem sempre presente, especialmente nos parágrafos mais curtos e simples, a conclusão retoma a idéia central, levando em consideração os diversos aspectos selecionados no desenvolvimento.
Exemplo de um parágrafo-padrão:
Até fins da década passada, possuir um tapete oriental no Brasil era privilégio de alguns poucos colecionadores particulares. Com a abertura das importações e conseqüente diminuição das taxas, a oferta dessas peças aumentou significativamente nos anos 90, provocando uma crescente curiosidade sobre o assunto. Por isso, e também pelo quase total desconhecimento dos consumidores brasileiros sobre a matéria, nos sentimos compelidos a elaborar este trabalho.
(MALTAROLLI, Wagner. O caminho dos tapetes orientais. Rio de Janeiro, RBM, 1994. p. 9)
III. TIPOS DE PARÁGRAFO
1) Parágrafo dissertativo: é estruturado a partir de uma idéia que normalmente é apresentada em sua introdução, desenvolvida e reforçada por uma conclusão. É claro que essa divisão não é absoluta. Dependendo do tema proposto e da abordagem que se dê a ele, ela poderá sofrer variações. Mas é fundamental que você perceba o seguinte: a divisão de uma texto em parágrafos (cada um correspondendo a uma determinada idéia) que nele se desenvolve) tem a função de facilitar, para quem escreve, a estruturação coerente do texto e de possibilitar, a quem lê, uma melhor compreensão do texto em sua totalidade. 
2) Parágrafo narrativo: nas narrações, a idéia central de um parágrafo é um incidente, um episódio curto. Nesse tipo de parágrafo, há o predomínio dos verbos de ação que se referem a personagens, além de indicações de circunstâncias relativas ao fato: onde ele ocorreu, quando ocorreu, por que ocorreu etc. nas narrações, existem também parágrafos que servem para reproduzir as falas das personagens. No caso do discurso direto, cada fala de personagem deve corresponder a um parágrafo, para que essa fala não se confunda com a do narrador ou com a de outro personagem.
3) Parágrafo descritivo: a idéia central de um parágrafo descritivo é um quadro, ou seja, um fragmento daquilo que está sendo descrito (uma pessoa, uma paisagem, um ambiente etc.), visto sob determinada perspectiva, num determinado momento. O parágrafo descritivo apresenta as seguintes características: predomínio de verbos de ligação, emprego de adjetivos que caracterizam o que está sendo descrito, ocorrência de orações justapostas ou coordenadas.
Veja os tipos mais comuns de tópicos frasais que auxiliam na hora de iniciar um parágrafo:
Declaração inicial: O autor declara uma opinião por meio de uma frase afirmativa ou negativa.
Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos argumentativos.
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação.
Definição: Trata-se de um bom recurso didático. Define-se algo quando se delimita o seu significado dentro de um campo semântico. Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos dissertativos/informativos.
Exemplo: O jornal é um meio de comunicação periódico constituído por notícias, reportagens, crônicas, entrevistas, anúncios e outro tipo de informação de interesse público.
Divisão: O parágrafo pode se iniciar dividindo o assunto, indicando como será tratado em seu desenvolvimento.
Serve para vários tipos de texto.
Exemplo: As informações tomam dois caminhos para atingir o receptor: o jornal impresso e a televisão.
Interrogação: O autor quer aguçar a curiosidade do leitor acerca do tratamento dado a um determinado tema, mediante uma pergunta.
Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos argumentativos. Exemplo: O crescente uso da internet provocará o fim do jornal impresso?
Alusão/Citação: O autor faz referência a um fato histórico, às palavras de outra pessoa, usa um exemplo, uma lenda ou, até mesmo, uma piada, com o objetivo de prender a atenção do leitor. 
Serve para vários tipos de texto.
Exemplo: Conta a tradição que comer manga e, em seguida, tomar leite tem como resultado morte certa.
Coesão sequencial e a relação com o sentido
O parágrafo não se limita ao tópico, não é mesmo? 
E o texto que se segue ao tópico no espaço do parágrafo chama-se desenvolvimento. Que, de fato, é o desenvolvimento da ideia introduzida no tópico.
A seguir, apresentamos alguns deles para que você se inspire na elaboração de seus textos e para que fique mais atento, sendo capaz de produzir inferências, deduções, quando estiver lendo e produzindo sentidos com suas leituras.
Explanação da declaração inicial: O autor esclarece a afirmação ou negação que fez no tópico.
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. Somos bombardeados todo o tempo por relatos de agressões, via televisão, rádio e jornais. Parece até que o objetivo é tornar normal a barbaridade, repetindo os feitos dos bandidos vezes sem conta, até a exaustão.
Enumeração de detalhes: Trata-se de um tipo de desenvolvimento muito específico, pois é bastante comum em parágrafos descritivos. Nesse sentido, há uma preocupação em apresentar detalhes da afirmação que foi feita, de maneira mais genérica, no tópico.
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. Sendo assim, os jornais só falam de sangue e tragédia. A televisão, por sua vez, prioriza as mazelas como forma de manter a audiência. Até a internet, embora seja um meio jovem, não se diferencia dos seus antecessores, pois é ela também meio de prática de crimes de pedofilia, por exemplo.
Comparação: Há quem faça distinção entre ANALOGIA e CONTRASTE, distinguindo as formas de comparação. Assim, a analogia seria uma comparação entre semelhantes, enquanto o contraste se configuraria pela aproximação de termos acentuando suas diferenças. Para facilitar, trataremos apenas de Analogia.
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. Nos primórdios, as marcações nas rochas feitas pelos povos primitivos indicavam caminhos, perigos, símbolos de sentido restrito etc. Atualmente, a mídia ultrapassou esses limites físicos e permite uma pluralidade de significados que, sem controle ou censura, podem ferir a sociedade.
Causa e consequência: Esse desenvolvimento apresenta uma relação de causas para a declaração feita no tópico ou dela decorrentes. Em outros casos, pode apresentar as consequências ou até mesmoas causas e consequências juntas.
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. Tal uso resulta em uma série de distorções, como a apresentação de cenas chocantes em horários inadequados na televisão, por exemplo. Isso gera nos telespectadores uma espécie de senso comum que aceita a violência como algo natural.
Como fazer uma paráfrase?
Definir o objetivo : Primeiramente, você deve definir o objetivo da paráfrase. Por que você precisa reescrever o texto? Para adequá-lo a novos leitores ou meio de comunicação? Para modernizá-lo? Para utilizá-lo em um trabalho acadêmico?
 Essa análise vai ajudá-lo a decidir qual será a linguagem utilizada na paráfrase.  
Fazer uma leitura cuidadosa: Você deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta, destacando e fazendo anotações, e, a partir daí, decidir se vai apenas reafirmar a ideia apresentada com suas palavras ou se será necessário esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes.
Não distorcer a mensagem: Embora você vá redigir a paráfrase com suas palavras e estilo próprio, deve seguir passos do texto original sem omitir informações que permitam aos seus leitores uma interpretação fiel do texto estudado. Tomando sempre muito cuidado para não distorcer a mensagem.
Unir ideias afim: Você pode unir ideias afins, de acordo com a identidade e evolução do texto-base, reorganizando o texto em blocos de assunto, por exemplo, mas respeitando a evolução dos argumentos do autor.
Substituir as palavras rebuscadas: Consulte o dicionário e substitua as palavras menos usadas, ou muito rebuscadas, por palavras que sejam de conhecimento do público geral, tentando, obviamente, se preocupar com a precisão vocabular.
Reler o seu texto final: Redija o texto buscando a síntese das ideias e a clareza. Preocupe-se com a pontuação, a coesão e coerência. Não faça comentários ou dê sua opinião. Depois, releia a paráfrase para encontrar possíveis erros e corrija-os.
Resumo:
Resumo é, portanto, uma apresentação sintética e seletiva das ideias de um texto, ressaltando a progressão e a articulação delas. 
Nele devem aparecer as principais ideias do autor do texto e devem ser omitidas as nossas impressões e interpretações.
Resumo, diferente da paráfrase que estudamos agora, é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos contidos no texto. 
Significa reduzi-lo ao que é essencial, mas sem perder de vista três elementos:
• Cada uma das partes essenciais do texto;
• A progressão em que elas acontecem;
• A correlação que o texto estabelece entre cada uma dessas partes.
Quem resume deve exprimir somente o que é essencial no texto, por isso, assim como a paráfrase, não podemos fazer comentários ou julgamentos.
Muitas pessoas julgam que resumir é produzir frases ou partes do texto original, construindo uma espécie de “colagem”. Porém, isso não é um resumo. 
Resumir é apresentar, com suas próprias palavras, apenas os pontos que julgamos relevantes no texto, sendo obrigatoriamente menor do que o original.
Lembrando que um resumo deriva da capacidade de leitura daquele que vai realizá-lo. A compreensão de um texto depende da competência do receptor. 
Essa competência envolve recursos culturais, experiência anterior e conhecimento prévio armazenado na memória.
Classificação dos resumos
Resumo indicativo ou fichamento
O resumo indicativo ou fichamento caracteriza-se como sumário narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original. É conhecido também como descritivo. 
Refere-se às partes mais importantes do texto. Pode ser usado, por exemplo, para adiantar o assunto de um anexo de e-mail. 
Indica as principais ideias em torno das quais o texto foi elaborado.
Normalmente é utilizado em propagandas, catálogos de editoras, livrarias e distribuidoras ou ainda em breves exposições de determinadas obras.
Resumo informativo
O resumo informativo, também conhecido como analítico, pode dispensar a leitura do texto original. 
Apresenta o objetivo da obra, métodos e técnicas empregados, resultados e conclusões. 
Nele evitam-se comentários pessoais e juízos de valor. 
Apresenta todas as informações, de forma sintética, que o autor usou para criar o texto.
Indispensavelmente deve conter: 
 • Assunto;
 • Problema e/ou o objetivo;
 • Metodologia;
 • Ideias principais em forma sintética;
 • Conclusões.
É o mais utilizado em universidades.
Para a ABNT
Resumo informativo/indicativo
O resumo informativo/indicativo combina os dois tipos anteriores que acabamos de ver (Resumo indicativo ou fichamento e Resumo informativo).
Este tipo também pode dispensar a leitura do texto original quanto às conclusões, mas não quanto aos demais aspectos tratados.
Resumo crítico ou recensão
O resumo crítico, também denominado recensão ou resenha, é redigido por especialistas e compreende análise e interpretação de um texto. Trata-se de uma espécie de julgamento.
É uma das atividades que pode ser solicitada como exercício no meio acadêmico.
	A televisão, apesar das críticas que recebe, tem trazido muitos benefícios às pessoas, tais como: informação, por meio de noticiários que mostram o que acontece de importante em qualquer parte do mundo; diversão, através de programas de entretenimento (shows, competições esportivas); cultura, por meio de filmes, debates, cursos.
É correto afirmar que tópico frasal do parágrafo acima foi desenvolvido por:
		
enumeração.
Assinale o item em que a identificação do tópico frasal não está correta.
(V)A televisão, um dos veículos de maior alcance da mídia, tem muitas qualidades, entre elas: informação, entretenimento e cultura. (ENUMERAÇÃO)
(V)Dividimos o ensaio em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. A introdução estabelece o objetivo e a idéia central do ensaio, além de indicar como esta idéia central será desenvolvida. O desenvolvimento explana a idéia central enunciada na introdução. Fazem parte do desenvolvimento os parágrafos restantes, exceto o último. Este é ocupado pela conclusão, que retoma a ideia central expressa na introdução e resume a explanação feita sobre ela no desenvolvimento. (MORENO, Cláudio & GUEDES, Paulo Coimbra. Curso básico de redação). DIVISÃO
(V)A primeira geração de adolescentes do século XXI está amadurecendo num país muito diferente daquele das gerações anteriores. O Brasil está pronto, em vários sentidos, para o mundo moderno. Dispõe de um parque industrial evoluído e integrado por um sistema de comunicações por satélite e as disparidades culturais regionais são bem menores que as existentes nas décadas de 60 e 70 (Revista Veja, ano 36, nº24). DECLARAÇÃO INICIAL
(F)Em 1961, o então presidente da república Jânio Quadros condecorou o guerrilheiro esquerdista Che Guevara com a ordem Cruzeiro do Sul. Como Jânio não rezava pela cartilha marxista, na época muitos acharam que, ao tomar a decisão, ele estivesse duas doses a mais do que o resto da humanidade (Ver. Veja, 1999) (DECLARAÇÃO INICIAL)
(V)O crescente uso da internet acabará com a Língua Portuguesa? Há quem advogue que sim, no entanto, há inúmeros fatores que concorrem para a manutenção da norma culta: a escola, a mídia, a sociedade, algumas esferas do mercado de trabalho, enfim o próprio estatus. (INTERROGAÇÃO)
Leia o parágrafo abaixo com atenção e em seguida marque a opção que corresponda ao seu tópico frasal. "Quem examina a atual literatura brasileira reconhece-lhe logo, como primeiro traço, certo instinto de nacionalidade. Poesia, romance, todas as formas literárias do pensamento buscam vestir-se com as cores do país, e não há negar que semelhante preocupação é sintoma de vitalidade e abono de futuro. As tradições de Gonçalves Dias, Porto Alegre e Magalhães são assim continuadas pela geração já feita e pela que ainda agora madruga, como aqueles continuaram as de José Basílio da Gama e Santa Rita Durão. Escusado é dizer a vantagem deste universal acordo. Interrogando a vida brasileira ea natureza americana, prosadores e poetas acharão ali farto manancial de inspiração e irão dando fisionomia própria ao pensamento nacional." In.: ASSIS, Machado de. Instinto de nacionalidade.
Quem examina a atual literatura brasileira reconhece-lhe logo, como primeiro traço, certo instinto de nacionalidade.
Aula 08 Raciocínio Argumentativo
Um pingo de filosofia: raciocínio indutivo
Muitas vezes, para formularmos um ponto de vista, uma opinião, precisamos analisar diversas situações que nos levam a uma conclusão (tese). Nesse caso, estamos tratando de um raciocínio indutivo. A Indução é o princípio lógico segundo o qual se deve partir das partes para o todo. Ou seja, ao fazer uma pesquisa, deve-se ir coletando casos particulares e, depois de certo número de casos, pode-se generalizar, afirmando que sempre que a situação se repetir o resultado será o mesmo.
Por outro lado, também podemos ter uma ideia geral, uma visão geral sob um determinado tema, que será comprovada a partir da verificação de alguns casos particulares. Nesse caso, estamos tratando de um raciocínio dedutivo. A dedução é o princípio lógico segundo o qual devemos partir do geral para o particular. Assim, devemos primeiro criar uma lei geral e depois observar casos particulares e verificar se essa lei não se contradiz. Para os adeptos da dedução, o cientista não precisa de mil provas indutivas. Basta uma única prova dedutiva para que a lei possa ser considerada válida.
Raciocínio Argumentativo Indutivo: Para persuadir o leitor ou ouvinte sobre um argumento que defendemos, podemos utilizar o recurso da indução, o qual consiste em utilizar informações concretas ( exemplos dados estatísticos ou científicos)e transformá-las em uma regra geral que se adapte ao tema de nosso argumento.
O raciocínio indutivo parte de premissas para chegar a uma conclusão .
Premissas são proposições, afirmativas que servem de base para uma conclusão.
Exemplo:
o ferro conduz eletricidade
o ferro é metal
o ouro conduz eletricidade 
o ouro é metal
o cobre conduz eletricidade
o cobre é metal
logo os metais conduzem eletricidade
Podemos deduzir que o raciocínio indutivo resulta de inferências e conclusões a partir de premissas baseadas no real, exatamente para ser construída a conclusão.
Se as premissas não fossem baseadas no real, a conclusão poderia vir pronta.
Raciocínio Argumentativo dedutivo: Em argumentos construídos com base na dedução, ocorre processo inverso do verificado na indução, ou seja, neste caso, parte-se de uma ideia geral, universal(premissa)para uma ideias especifica (conclusão). É preciso, no entanto, que as premissas sejam admitidas como verdadeiras, para que se aceite a conclusão.
Raciocínio que faz uso da dedução para obter uma conclusão a respeito de determinada (s) premissa(s). 
os raciocínios dedutivos se caracterizam por apresentar conclusões que devem, necessariamente, ser verdadeiras caso todas as premissas sejam verdadeiras.
Exemplo
todos os homens são mortais - premissa 1
Sócrates é homem - premissa 2
logo, Sócrates é mortal - premissa conclusão
Silogismo 
Silogismo: "raciocínio";. Aristóteles designou silogismo a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das primeiras duas, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão. 
O exemplo anterior pode ser utilizado para ilustrar a noção de silogismo.
Note que a conclusão só pode ser deduzida a partir das premissas existentes.
A conclusão por dedução é extraída a partir de premissas
A conclusão por indução é construída a partir de particularidades para chegar a uma espécie de ideia geral.
Nos dois tipos de raciocínio, necessitamos de fazer inferências, porém na dedução as inferências são organizadas a partir das premissas, a conclusão é dependente das premissas. se houver premissas falsas, corre-se o risco de haver conclusão falsa.
Na indução as inferências são organizadas a partir do real. pode-se dizer que se examina a informação específica para se chegar à generalização.
Argumentação
Um argumento é um conjunto de afirmações encadeadas de tal forma que se pretende que uma delas, a que chamamos a conclusão (ou tese), seja apoiada por outras afirmações (os argumentos propriamente ditos).
A diferença mais importante entre um argumento e um raciocínio é que em um argumento pretendemos persuadir alguém de que a conclusão é verdadeira, ao passo que em um raciocínio queremos apenas saber se uma determinada conclusão pode ser justificada ou não por um determinado conjunto de afirmações.
Sempre que argumentamos, temos o intuito de convencer alguém a pensar como nós. No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta. Para tal, muitas vezes precisamos usar a lógica indutiva e/ou dedutiva para formularmos nossos argumentos, bem como usar outras estratégias.
Baseado na lógica (ciência do raciocínio), um argumento é um conjunto de uma ou mais proposições ou premissas juntamente com outra conhecida como conclusão.
Um argumento dedutivo afirma que a verdade de uma conclusão é uma consequência lógica das premissas que o antecedem
Um argumento indutivo afirma que a verdade da conclusão é apenas apoiada pelas premissas.
Argumentação informal
Linguagem informal 
Argumentação formal
Linguagem formal
Inferências
Deduções a partir das situações.
Tipos de argumento mais comuns:
*Argumento de autoridade: A conclusão se sustenta pela citação de uma fonte confiável, que pode ser um especialista no assunto ou dados de instituição de pesquisa, uma frase dita por alguém, líder ou político, algum artista famoso ou algum pensador, enfim, uma autoridade no assunto abordado. A citação pode auxiliar e deixar consistente a tese.
Ex. O cinema nacional conquistou nos últimos anos qualidade e faturamento nunca vistos antes. “Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça” - a famosa frase-conceito do diretor Gláuber Rocha – virou uma fórmula eficiente para explicar os R$ 130 milhões que o cinema brasileiro faturou no ano passado. (Adaptado de Época, 14/04/2004.
Argumento por causa e consequência: para comprovar uma tese, você pode buscar as relações de causa ( os motivo, os porquês) e de consequência(os efeitos)
Ex. Ao se desesperar num questionamento em São Paulo, daqueles em que o automóvel não se move nem quando o sinal está verde, o indivíduo deve saber que, por trás de sua irritação crônica e cotidiana, está uma monumental ignorância histórica. São Paulo só chegou a esse caos porque um seleto grupo de dirigentes decidiu, no início do século, que não deveríamos ter metrô. Como cresce dia a dia o número de veículos, a tendência é piorar ainda mais o congestionamento – o que leva técnicos a preverem como inevitável a implantação de perigos.
Argumentos de exemplificação e ilustração: A exemplificação consiste no relato de um pequeno fato ( real ou fictício). Esse recurso argumentativo é amplamente usado quando a tese defendida é muito teórica e carece de esclarecimento com mais dados concretos.
Ex. A condescendência com que os brasileiros têm convivido com a corrupção não é propriamente algo que fale bem de nosso caráter. Conviver e condescender com a corrupção não é, contudo, praticá-la, como queria um líder empresarial que assegurava sermos todos corruptos. Somos mesmo? máquina, papel e tempo que deveriam servir à instituição. Os chefes justificam esses pequenos Os chefes justificam esses pequenos desvios com a alegação de que os salários públicos são baixos. 
Assim, estabelece-se um pacto: o chefe não luta por melhores salários de seus funcionários, enquanto estes, por sua vez, não “funcionam”. O outro exemplo é o do policial que entra na padaria do bairro em que faz ronda e toma de graça um café com coxinha. Em troca, garanteproteção extra ao estabelecimento comercial, o que inclui, eventualmente, a liquidação física de algum ladrão pé-de-chinelo.
Argumentos de provas concretas ou senso comum: Ao empregarmos os argumentos baseados em provas concretas, buscamos evidenciar nossa tese por meio de informações concretas, extraídas da realidade. Podem ser usados dados estatísticos ou fatos notórios (de domínio publico)
São expedientes bem eficientes, pois, diante de fatos, não há o que questionar...
No caso do Brasil, homicídios estão assumindo uma dimensão terrivelmente grave. De acordo com os mais recentes dados divulgados pelo IBGE, sua taxa mais que dobrou ao longo dos últimos 20 anos, tendo chegado à absurda cifra anual de 27 por mil habitantes. Entre homens jovens (de 15 a 24 anos), o índice sobe a incríveis 95,6 por mil habitantes.
A contra argumentação
A contra argumentação nada mais é que uma nova argumentação em que se procura desmontar um raciocínio anteriormente apresentado. Uma forma bastante eficaz de se contra-argumentar é utilizar o senso comum (aquilo que as pessoas usam no seu cotidiano; o que é natural e fácil de entender, o que elas pensam que sejam verdades, geralmente porque ouviram de alguém, que também ouviu de alguém).
Muitas vezes, para formularmos um ponto de vista, uma opinião, precisamos analisar diversas situações que nos levam a uma conclusão (tese). Nesse caso, estamos tratando de um.....
raciocínio indutivo.
Marque Vou F
(V)O argumento por ilustração é normalmente usado quando a tese defendida é muito teórica.
(V) No argumento por autoridade, a tese é sustentada pela citação de uma fonte confiável, especialista no assunto
(V) O argumento é um conjunto de afirmações encadeadas, com vistas ao convencimento de uma tese, apoiada por outras afirmações.
(V) O argumento tem como objetivo convencer alguém a pensar como nós.
(F) No argumento por causa e consequência, busca-se evidenciar uma tese por meio de informações concretas, extraídas da realidade
A economia mundial começa a dar sinais de melhora, mas ainda há muito o que fazer antes de comemorar. Como disse recentemente o primeiro-ministro britânico, "há uma luz no fim do túnel, mas precisamos continuar caminhando até ela". Ou seja, não podemos parar de trabalhar. (Miriam Leitão, in O Globo, página 21,  12/2013)
No texto lido, o autor, ao citar o primeiro-ministro britânico, faz uso de um tipo de argumento. Qual?
Argumento de autoridade
Aula 09 Sentidos metafóricos e metonímico
Recursos para atribuir efeitos de sentido: metáfora e metonímia
As interpretações que acabamos de fazer no exemplo passado foram possíveis porque acionamos vários mecanismos mentais para dar conta do entendimento. Tudo isso serve para mostrar que nem sempre as mensagens estão evidentes e compreendidas somente nos elementos lexicais (nas palavras presentes no texto).
 
	
	
	
	
	Vamos começar a explorar outras possibilidades de produção de sentido falando de dois processos essenciais na linguagem: Metáfora e Metonímia, responsáveis por uma grande quantidade de efeitos de sentido na língua.
	
Metáfora
José Carlos de Azeredo, em sua Gramática (2008, p. 484) assim conceitua: “Metáfora é um princípio onipresente da linguagem, pois é um meio de nomear um conceito de um dado domínio de conhecimento pelo emprego de uma palavra usual em outro domínio. Essa versatilidade faz da metáfora um recurso de economia lexical, mas com um potencial expressivo muitas vezes surpreendente”.
 
A metáfora é o emprego da palavra fora de seu sentido normal. E já que cria uma associação de sentidos de forma figurada, ele é classificada como figura de linguagem.
Ela baseia-se na transferência de um termo para um contexto que não lhe é próprio. Quando isso ocorre, temos um processo metafórico de produção de sentido.
A metáfora entre palavras funciona a partir do estabelecimento de uma relação/ comparação e um elemento comparante.
“ Amor é fogo que arde sem se ver”
Metonímia
José Carlos de Azeredo, em sua Gramática (2008, p. 485) assim conceitua: “Metonímia consiste na transferência de um termo para o âmbito de um significado que não é o seu, processado por uma relação cuja lógica se dá, não na semelhança, mas na contiguidade das ideias”.
Metáfora e metonímia: aproximações e afastamentos
SENTIDO
Quando nos comunicamos, através da língua, produzimos mensagens que possam ser entendidas por quem nos ouve, certo?  Se não fosse assim, a comunicação não seria efetivada, pois nossos pares não entenderiam nosso discurso. E temos de concordar que todos nós queremos ser entendidos, ou melhor, queremos que nossas mensagens tenham SENTIDO.
Daí a importância de percebermos o que, na verdade, buscamos quando fazemos parte de uma conversa ou quando lemos informações em livros, cartazes etc:  procuramos entender o SENTIDO. Em outras palavras, desejamos saber o que o Fulano está dizendo com os enunciados que está produzindo ou o que está escrito no livro, no cartaz, no anúncio, e assim por diante.  Já percebeu que até mesmo quando estamos diante de um quadro, de uma charge, diante de algo que não contenha palavras precisamos entender a mensagem através das figuras? É importante perceber que necessitamos de uma sequência de figuras, gestos, sinais ou palavras que sejam coerentes, que comuniquem uma mensagem.
Logo,  o sentido está presente nas diferentes mensagens  que existem à nossa volta, é assim que entendemos o mundo, não é mesmo?  Desvendando os sentidos daquilo que o compõe,  porém nosso interesse está ligado a mensagens compostas com a linguagem verbal.  
Se o SENTIDO está presente nos enunciados, entendemos algo como:
SENTIDOS IMPLÍCITOS
O sentido é essencial para o entendimento da mensagem, concorda?  Já falamos sobre isso, vimos, também, que esse sentido precisa ser COMPARTILHADO entre o locutor/escritor e o ouvinte/leitor, pois para entender a mensagem o ouvinte/leitor precisa reconstruir o sentido que lhe foi passado.
Portanto, pensemos sobre o seguinte:
Quando o sentido está ESCONDIDO, IMPLÍCITO, ele precisa ser desvendado pelo ouvinte/leitor, que o transformará em uma informação EXPLÍCITA, assim como os sentidos que estão presentes, claramente, nos elementos do enunciado.
Os sentidos IMPLÍCITOS também podem vir através de ironias. Podem vir através de construção com ausência, com mensagens 
aparentemente desconectadas, mas que fazem sentido.
SENTIDO EXPLICITO
Um dos pontos que nos fazem perceber a diferença entre esses sentidos é o esforço em interpretar as mensagens. Quando o sentido esta EXPLICITO nos elementos do enunciado, é mais fácil interpretar a mensagem, concorda?
Ex. O mundo precisa de amor
	Leia o poema de Murilo Mendes e destaque o verso que menciona metaforicamente a morte.
Pré-história
Mamãe vestida de rendas
Tocava piano no caos.
Uma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,
Equilibrou-se no azul,
De tonta não mais olhou
Para mim, para ninguém!
Caiu no álbum de retratos.
	
	
	 
	Caiu no álbum de retratos
	ISSO É QUE DÁ QUERER SER O CERTINHO
 Inversão de valores é a expressão que se usa para descrever a sensação de que está errado quando se faz o que é certo. Hoje em dia, o aluno aplicado é "CAXIAS", o funcionário leal é "PUXA-SACO", quem respeita filas é "TROUXA". E existem pessoas que até se constrangem em devolver um troco recebido a mais. Estamos perdendo o controle sobre o certo e o errado. Ser "CERTINHO" é uma acusação depreciativa. Quando tudo parece dizer "SEJA ERRADO VOCÊ TAMBÉM", "VOCÊ ESTÁ QUERENDO SER O JOÃOZINHO-DO-PASSO-CERTO?", "DEIXE DISSO!", só podemos afirmar uma coisa: Não existirá dignidade - nem qualidade de vida - num mundo em que a honestidade seja motivo de vergonha (propaganda da RBS/TV, Zero Hora, 16/08/92).
Compreender um texto implica apreender os valores que são defendidos por quem o redige. Assinale a opção que apresenta a afirmativa valorizada pelo anunciante.
	
	
	 
	é necessário que as pessoas ajam de maneira correta, mesmo que aos olhos dosoutros isso pareça ingenuidade.
	Dentre as frases a seguir, indique aquela que pode ser entendida como metonímia.
		
	 
	     Devolva o Neruda que você me tomou e nunca leu (Chico Buarque)
Aula 10 Polissemia, duplo sentido e ambiguidade
Como você deve saber, as palavras de uma língua podem possuir mais de um sentido em diferentes contextos de uso. Chamamos esse fenômeno de polissemia , e são raras as palavras que não o apresentam. Em outros termos, todas as palavras "tendem" a ser polissêmicas, justamente pela possibilidade de se tomar um determinado termo em sentido figurado (como na metáfora e na metonímia), entre outras causas.
Homonímia é outro fenômeno: temos palavras que possuem “raízes” distintas, mas que são idênticas na maneira de escrever e de falar. Nesses casos, forma-se um homônimo: dois vocábulos que possuem a mesma configuração fonológica e ortográfica.
Da polissemia para o duplo sentido
Uma das ferramentas discursivas para se explorar o caráter polissêmico das palavras é o duplo sentido. Por esse princípio, podemos definir duplo sentido como a propriedade que têm certas palavras e expressões da língua de serem interpretadas de duas maneiras diferentes em diferentes contextos de utilização da língua.
O duplo sentido é um esforço intencional de se explorar dois sentidos distintos da mesma palavra ou expressão. Em outros termos, o autor do texto intencionalmente apela para a dupla possibilidade de interpretação do leitor e usa tal possibilidade como forma de enriquecer seu texto.
Pata: Animal
Pata De animal
Da polissemia para a ambiguidade
Diferentemente do duplo sentido, a ambiguidade é a indeterminação de sentido que certas palavras ou expressões apresentam, dificultando a compreensão de uma determinada passagem do texto, ou até dele como um todo.
Embora muitas pessoas considerem duplo sentido e ambiguidade sinônimos, eles não são. A ambiguidade não é intencional, já que sua ocorrência é resultado de alguma construção linguística problemática.
Lexical: uso das palvras ou expressões cujos os sentidos podem gerar interpretação indevida
Estrutural: Falha na disposição de palavras ou expressões eu um período, ou uso indevido de referente
A polissemia é um fenômeno muito comum em línguas naturais. Ela é uma extensão do sentido original de uma palavra. Observe um bom exemplo:
Pelé fez um gol de placa.
 A palavra placa originalmente pode significar quadro de metal, lâmina de ferro ou aço, chapa de identificação de veículos, tabuleta de orientação de trânsito nas estradas. Na sentença placa, contudo, pretende-se estender além destes significados.
No exemplo, a ideia é de:
jogada excepcional do futebol que merece uma homenagem física retratada numa peça de metal;
Observe o enunciado:
O computador tornou-se um aliado do homem, mas esse nem sempre realiza todas as suas tarefas.
Para evitar a ambiguidade, a frase deve ser reescrita, por exemplo: Embora seja um aliado do homem, o computador não consegue realizar todas as tarefas humanas.  A frase ficou ambígua devido.
a problema de coesão referencial ( termo ou expressão gramatical que remete a outro usado no texto - o referente).
No ditado popular: QUEM CASA, QUER CASA, temos no uso da palavra CASA um exemplo de:
polissemia

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