Buscar

Uma mente brilhante resenha

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Acadêmica: Thabata Vieira
Filme: Uma Mente Brilhante Direção: Ron Howard Lançamento: 2001
Gênero: Drama/Romance
Resenha do Filme
Uma mente Brilhante se baseia em uma historia real que é a biografia de John Nash, interpretado pelo ator Russell Crowe, e escrita por Sylvia Nasar. Esse drama começa com a chegada do jovem Nash à Universidade de Princenton, em 1947. Isolado de todos e tudo, Nash se recusa a participar nas atividades básicas da Universidade, tais como assistir às aulas e conviver com os colegas, até porque ele era hostilizado pelos demais. O seu objetivo era a procura de uma “Ideia Original”. Incentivado pelo colega Charles a procurar a sua “Ideia Original" fora das quatro paredes do seu quarto, Nash inspira-se em fontes estranhas, como o movimento dos pombos no parque, os movimentos de uma equipe de futebol e até do roubo de uma carteira. Nenhum destes três estudos o ajuda. Será numa conversa de bar que Nash encontra inspiração para a sua “Ideia Original”, uma teoria revolucionária com aplicação à economia moderna e que contradizia 150 anos do reinado de Adam Smith na área. O reconhecimento pelo seu trabalho acontece em 1953, após ter Nash realizado alguns trabalhos no Pentágono a decifrar códigos russos. Ao mesmo tempo, Nash é Professor. Conhece uma aluna, Alicia, com a qual viria a casar e ter um filho. Tudo parecia correr bem com o casal, até que Nash começa a apresentar alterações comportamentais, sendo então diagnosticado com Esquizofrenia paranoide, um tipo mais homogêneo de esquizofrenia e o menos variável em comparação com outras esquizofrenias. É caracterizada por alucinações e ideias delirantes, principalmente de conteúdo persecutório, o que ficou claro durante todo o filme. Vale ressaltar que a esquizofrenia é um transtorno mental complexo que dificulta na distinção entre as experiências reais e imaginárias, interfere no pensamento lógico, nas respostas emocionais normais e comportamento esperado em situações sociais. É uma doença crônica, complexa e que exige tratamento por toda a vida, pois não tem cura. Entretanto, o indivíduo aprende a conviver com a doença, sendo de fundamental importância o tratamento medicamentoso, que vai diminuir ou até mesmo extinguir a sintomatologia apresentada. No caso de Nash, ele aprendeu a identificar o que é real do imaginário, e isso não o impediu de seguir sua vida de forma natural, tanto que o mesmo voltou a dar aulas. O curioso é que durante o início do filme não fica claro que parte da vida de Nash ali retratada era um conteúdo imaginário. Como é difícil pra quem está assistindo identificar isso de início, da mesma forma aconteceu com ele. Foi difícil aceitar que muita coisa fazia parte de um mundo que existia apenas em sua mente, até porque pra ele as coisas realmente aconteciam ou existiam, ou seja, ele realmente via e acreditava em tudo aquilo. O que é característico da doença, viver em dois mundos, um que todos nós compartilhamos e sentimos, ou seja, real, e outro mundo imaginário. Faz-se necessário citar que o apoio da família é de extrema importância, pois foi muito bem retratado no filme que o apoio que Nash teve da sua esposa o impulsionou e o mesmo reconhece isso no final. O filme nos faz repensar sobre a importância de tratar qualquer tipo de enfermidade com antecedência para que os agravos não comprometam tanto a nossa rotina, bem como perceber que mesmo no caso das doenças incuráveis existem possibilidades de conviver com algumas delas de forma normal, respeitando suas limitações e criando estratégias para lidar com o fato. O filme termina o reconhecimento pelo qual Nash tanto ansiava: o Prêmio Nobel de Economia em 1994, pela sua contribuição na Teoria dos Jogos, sendo importante mostrar que, o precursor da Teoria dos jogos foi John Von Neumann e que o próprio J. Nash era bastante crítico à teoria de Neumann.

Outros materiais