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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PROFESSORA ME. EDNA MITIKO OTA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III PANORAMA GERAL DA ANÁLISE PROCEDIMENTOS E FERRAMENTAS DE ANÁLISE INDICADORES DE ANÁLISE usuários e tomada de decisão procedimentos para análise indicadores de rentabilidade Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualida- de, novas habilidades para liderança e solução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho. Cada um de nós tem uma grande responsa- bilidade: as escolhas que fizermos por nós e pelos nossos fará grande diferença no futuro. Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar – assume o compromisso de democra- tizar o conhecimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos brasileiros. No cumprimento de sua missão – “promo- ver a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cida- dãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro Universitário Cesumar busca a integração do ensino-pesquisa-extensão com as demandas Reitor Wilson de Matos Silva palavra do reitor Direção UniceSUMar reitor Wilson de Matos Silva, Vice-reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-reitor de administração Wilson de Matos Silva Filho, Pró-reitor de eaD Willian Victor Kendrick de Matos Silva, Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi. neaD - núcleo De eDUcação a DiStância Direção de operações Chrystiano Mincoff, coordenação de Sistemas Fabrício Ricardo Lazilha, coordenação de Polos Reginaldo Carneiro, coordenação de Pós-Graduação, extensão e Produção de Materiais Renato Dutra, coordenação de Graduação Kátia Coelho, coordenação administrativa/Serviços compartilhados Evandro Bolsoni, Gerência de inteligência de Mercado/Digital Bruno Jorge, Gerência de Marketing Harrisson Brait, Supervisão do núcleo de Produção de Materiais Nalva Aparecida da Rosa Moura, Design educacional Nalva Moura, Diagramação José Jhonny Coelho, revisão textual Keren Pardini, Fotos Shutterstock. neaD - núcleo de educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desen- volvimento da consciência social e política e, por fim, a democratização do conhecimento aca- dêmico com a articulação e a integração com a sociedade. Diante disso, o Centro Universitário Cesumar almeja ser reconhecido como uma instituição univer- sitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de com- petências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; consolidação da extensão univer- sitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e adminis- trativa; compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também pelo compromisso e relacionamento permanente com os egressos, incentivando a edu- cação continuada. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância: C397 Análise das Demonstrações Contábeis / Edna Mitiko Ota. Publicação revista e atualizada, Maringá - PR, 2014. 96 p. “Pós-graduação Núcleo Comum - EaD”. 1. Demonstrações contábeis. 2. Controladoria. . 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 657.3 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Comunidade do Conhecimento. Essa é a característica principal pela qual a UNICESUMAR tem sido conhecida pelos nossos alunos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é importante destacar aqui que não estamos falando mais daquele conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas de um conhecimento dinâmico, renovável em minutos, atemporal, global, de- mocratizado, transformado pelas tecnologias digitais e virtuais. De fato, as tecnologias de informação e comunicação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, informações, da edu- cação por meio da conectividade via internet, do acesso wireless em diferentes lugares e da mobilidade dos celulares. As redes sociais, os sites, blogs e os tablets aceleraram a informa- ção e a produção do conhecimento, que não reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em segundos. A apropriação dessa nova forma de conhecer transformou-se hoje em um dos principais fatores de agregação de valor, de superação das desigualdades, propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. Logo, como agente social, convido você a saber cada vez mais, a co- nhecer, entender, selecionar e usar a tecnologia que temos e que está disponível. Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg modificou toda uma cultura e forma de conhecer, as tecnologias atuais e suas novas fer- ramentas, equipamentos e aplicações estão mudando a nossa cultura e transformando a todos nós. Priorizar o conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância (EAD), significa possibilitar o contato com ambientes cativantes, ricos em informações e interatividade. É um processo desafiador, que ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que a EAD da UNICesumar se propõe a fazer. Pró-Reitor de EaD Willian Victor Kendrick de Matos Silva boas-vindas sobre pós-graduação a importância da pós-graduação O Brasil está passando por grandes transformações, em especial nas últimas décadas, motivadas pela estabilização e crescimento da economia, tendo como consequência o aumento da sua impor- tância e popularidade no cenário global. Esta importância tem se refletido em crescentes investimentos internacionais e nacionais nas empresas e na infraestrutura do país, fato que só não é maior devido a uma grande carência de mão de obra especializada. Nesse sentindo, as exigências do mercado de trabalho são cada vez maiores. A graduação, que no passado era um diferenciador da mão de obra, não é mais suficiente para garantir sua emprega- bilidade. É preciso o constante aperfeiçoamento e a continuidade dos estudos para quem quer crescer profissionalmente. A pós-graduação Lato Sensu a distância da UNICESUMAR conta hoje com 21 cursos de especialização e MBA nas áreas de Gestão, Educação e Meio Ambiente. Estes cursos foram planejados pensando em você, aliando conteúdo teórico e aplicação prática, trazendo informações atualizadas e alinhadas com as necessida- des deste novo Brasil. Escolhendo um curso de pós-graduação lato sensu na UNICESUMAR, você terá a oportunidade de conhecer um conjun- to de disciplinas e conteúdos mais específicos da área escolhida, fortalecendo seu arcabouço teórico, oportunizando sua aplicação no dia a dia e, desta forma, ajudando sua transformação pessoal e profissional. Professor Dr. Renato Dutra Coordenador de Pós-Graduação , Extensão e Produção de Materiais NEAD - UNICESUMAR “Promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” Missão apresentação do material Caro(a) aluno(a), Sou a professora Edna Mitiko Ota, sou graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Maringá, especialista em Gerência Contábil, Financeira e Auditoria pela Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana, e mestre em Contabilidade e Controladoria pela Universidade Norte do Paraná. Atuo na área contábil, tanto na área empresarial como na área de ensino, na graduaçãoe pós-graduação. Esse material foi elaborado especialmente para que você possa com- preender a análise das demonstrações contábeis, que pode ser utilizada para determinar o perfil financeiro e econômico da empresa e auxiliar na tomada de decisões. Também são expostas, no material, as ferra- mentas utilizadas pela análise e a sua interpretação. Sabe-se que a conjuntura econômica mundial passa por mudanças rápidas solicitando decisões também rápidas por parte de seus usu- ários, para tanto, é imprescindível a geração de informações claras, objetivas e acertadas para que cada usuário possa sustentar suas de- cisões. Nesse contexto, cabe ressaltar que o processo de geração das informações também deve estar alinhado com o processo decisório, de forma que as informações realmente atendam às necessidades exi- gidas, tendo em vista que estas são elaboradas para os usuários. A análise das demonstrações, que tem por finalidade auxiliar nesse pro- cesso de decisões, fornece, a partir de dados extraídos da contabilidade, conforme já dito, informações sobre a situação econômica e financeira das empresas. Informações essas sobre: a capacidade de efetuar o pa- gamento das dívidas, bem como o nível de endividamento; a geração de lucros para retorno dos recursos investidos aos seus sócios ou para Professora Mestre edna Mitiko ota aplicação em novos investimentos na própria empresa; a adequação da política de prazos médios pelos gestores. Todas essas informações podem ser utilizadas em decisões por usuários como: os gestores, in- vestidores, financiadores e concorrentes. No entanto, para que o analista das demonstrações contábeis faça o seu trabalho, é necessário que a contabilidade elabore os relatórios contábeis, evidenciando que os relatórios elaborados devem atender à legislação vigente, bem como as normas contábeis, demonstrando o que realmente ocorre na empresa, dessa forma, o relatório de análise não incorrerá em erros, que podem comprometer decisões de novos investimentos por parte dos investidores (acionistas), como também a concessão de créditos por financiadores (instituições financeiras, for- necedores de materiais e serviços). Dessa forma, para que as demonstrações contábeis geradas pela con- tabilidade possam transmitir credibilidade e segurança, não incorrendo em prejuízos aos seus usuários, existem órgãos regulamentadores como: Conselho Federal de Contabilidade - CFC; Conselhos Regionais de Contabilidade – CRCs; Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Esses órgãos estão sempre atentos, realizando fiscalizações e implementan- do legislações e procedimentos. Portanto, para a execução do trabalho de análise das demonstrações contábeis, inicialmente devem ser identificados os usuários, para definir as informações a serem geradas, as demonstrações a serem analisadas, bem como o período a ser utilizado. O material a seguir, de forma a facilitar o entendimento, foi dividido em três unidades: Na Unidade I, são apresentados os conceitos básicos de análise das demonstrações contábeis, o conteúdo do relatório de análise, os co- nhecimentos básicos sobre os relatórios contábeis, finalizando com os usuários das informações produzidas pela análise e as decisões que podem ser tomadas. Esta unidade tem o propósito de introduzir os conceitos básicos de análise, mostrando a base na qual será apli- cada a análise, bem como as informações a serem fornecidas para os seus diversos usuários. Também se ressalta a importância de associar os indicadores de análise aos fatores externos à empresa que podem impactar na explicação dos indicadores obtidos. Na Unidade II, são trabalhados os procedimentos necessários e as téc- nicas utilizadas para que a análise possa ser realizada, e finalizando a unidade, serão abordadas a análise horizontal e a análise vertical, tendo como objetivo mostrar como é o processo de análise, que necessita de todo um procedimento preliminar para a aplicação das ferramentas. E na última parte, Unidade III, são apresentados os indicadores de análise econômicos e financeiros, mostrando os mais utilizados, a saber: indi- cadores de liquidez, indicadores de estrutura de capital, indicadores de rentabilidade, indicadores de capital de giro e prazos médios. O objetivo desta unidade é mostrar a utilização de cada grupo de indicadores, pas- sando pelo cálculo e interpretação dos mesmos e as informações por eles geradas para a tomada de decisões. O primeiro grupo, indicadores de liquidez, demonstra a capacidade de pagamento das empresas; o segundo grupo, indicadores de estrutura de capital, permite observar o grau de endividamento, bem como a composição do endividamen- to, se em curto ou longo prazo, e também se o endividamento pode estar associado ao grande investimento no ativo não circulante. O último grupo de indicadores, capital de giro e prazos médios, mostra a política de prazos médios adotada na empresa e o reflexo disso no capital de giro da empresa. Também é apresentada, nesta unidade, a relação existente entre os indicadores, sendo recomendado que os grupos de indicadores sejam utilizados de forma conjunta, para que a informação gerada seja mais real possível. Espero que o material possa atender às suas expectativas, contribuin- do ao aprendizado! Sucesso e bons estudos! su m ár io 01 14 análise das demonstrações contábeis 18 relatórios contábeis 27 parecer do conselho fiscal 29 usuários e tomada de decisão 32 considerações finais PANORAMA GERAL DA ANÁLISE 02 03 42 procedimentos para análise 48 técnicas para análise 50 análise horizontal 53 análise vertical 57 considerações finais 68 indicadores de liquidez 70 aplicação prática:indicadores de liquidez 71 indicadores de estrutura de capital 73 aplicação prática: indicadores de estrutura de capital 74 indicadores de rentabilidade 76 aplicação prática: indicadores de rentabilidade 77 indicadores de capital de giro e prazos médios 79 aplicação prática: indicadores de capital de giro 81 aplicação prática: indicadores de prazos médios 82 considerações finais PROCEDIMENTOS E FERRAMENTAS DE ANÁLISE INDICADORES DE ANÁLISE 1 PANORAMA GERAL DA ANÁLISE Professora Mestre Edna Mitiko Ota Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estu- dará nesta unidade: • Análise das demonstrações contábeis • Relatório de análise • Relatórios contábeis • Usuários e tomada de decisão objetivos de aprendizagem • Propiciar o conhecimento da análise das demons- trações contábeis. • Identificar os itens necessários em um relatório de análise. • Conhecer os relatórios contábeis obrigatórios de divulgação. • Identificar os usuários da análise e as informações que eles necessitam. Com as mudanças no mercado econômico mundial, atu- almente é crescente a concorrência entre as empresas e, por consequência, a exigência dos consumidores. Assim, os gestores dessas empresas, para maximizar seus lucros, precisam tomar decisões rápidas e acertadas; os investi- dores também precisam garantir que seus investimentos terão retorno, bem como os financiadores, garantias de recebimento dos valores cedidos. Para tanto, os gestores necessitam de informações que possam sustentar essas decisões. As demonstrações contábeis de acordo com as normas e procedimentos exigidos por órgãos regulamentadores, bem como a legislação vigente fornecem a base para que a análise em seu relatório apresente o perfil econômico e financeiro da empresa. Dentro desse perfil estão infor- mações sobre o desempenho da empresa aos gestores, como: capacidade de pagamento das dívidas, grau de endividamento da empresa, condições de realizar novos investimentos, retorno dos investimentos realizados pela empresa e pelos investidores.O analista, no cumprimento de seu trabalho, não pode se restringir ao contexto da empresa em si, mas deve também avaliar a representatividade da empresa diante do meio econômico e financeiro em que está inserido, ou seja, é necessário aliar fatores externos que impac- tam na empresa, como: a inflação, a política tributária do governo, poder de compra dos consumidores, variação do dólar, concorrência, entre outros. Análise das Demonstrações Contábeis 14 Entender como as demonstrações contábeis têm auxiliado as empresas em seu processo de adaptação e sobrevivência no mercado requer, também, o entendimento de como começou o uso dessas demonstrações ao longo da história. O surgimento da análise das de- monstrações contábeis está intimamente relacionado com o surgimento da contabili- dade por volta de 4.000 a.C., período em que a principal atividade econômica desenvolvi- da era o pastoreio, e para manter o controle sobre o rebanho, eram realizados inventá- rios dando, assim, informações básicas sobre a evolução deste rebanho criado durante os anos, para isto, eram feitas comparações entre os inventários já anteriormente reali- zados (MARION, 2010). Ainda conforme Marion (2010), o desen- volvimento da análise das demonstrações contábeis intensificou-se com o surgimen- to dos bancos governamentais, interessados pelas informações econômicas das empresas e pela abertura do capital das empresas no mercado de ações, aumentando a necessi- dade de divulgação das demonstrações para os possíveis acionistas que estão em busca de futuros investimentos, proporcionando informações sobre a rentabilidade, situação econômica e financeira da empresa. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Pós-Graduação | Unicesumar 15 A partir de 1968 é que se passou a utili- zar a análise das demonstrações contábeis no Brasil de forma definitiva, nesse mesmo ano, foi criada a SERASA, servindo como uma central de análise de balanços para os bancos comerciais, avaliando as demonstrações das empresas tomadoras de empréstimos ban- cários (MATARAZZO, 2010). E, desde então, a análise das demonstra- ções contábeis vem sendo utilizada como forma de obter informações sobre o desem- penho econômico e financeiro das empresas, relativo à liquidez, endividamento, lucrativi- dade, realização de investimentos. Matarazzo (2010) afirma que a análise é a tradução da escrituração contábil e dos relatórios com uma visão voltada para as informações gerenciais que estão conti- das neles. Seu foco é revelar aspectos que não foram deixados claros pela contabilida- de, com o objetivo de ser utilizada para a avaliação das condições econômicas e finan- ceiras, e para o controle e o gerenciamento das entidades. Portanto, o objetivo não é atender às obrigações legais; este papel é desempe- nhado pela escrituração contábil. O trabalho do analista consiste, com base nas de- monstrações contábeis, em procurar gerar informações úteis e acertadas para atender seus usuários. Assaf Neto (2012) complementa, ainda, que mediante a análise das demonstrações contábeis, extraem-se informações sobre a posição econômica e financeira passada, presente, e pode-se projetar a posição futura da empresa, sendo fundamental que o trabalho da contabilidade tenha sido desempenhado com qualidade e confiabi- lidade, espelhando adequadamente suas atividades econômico-financeiras para que a análise tenha possibilidade de se desen- volver plenamente. Isso implica que, para um bom trabalho do analista, é necessário que a escrituração contábil também faça um bom trabalho, porque os relatórios gerados de forma incor- reta resultam em análises também incorretas. O Sebrae elaborou uma lista de dez erros triviais e perigosos que podem - iso- ladamente ou em conjun- to - contribuir para o fe- chamento de um negócio de pequeno porte. Dentre eles, estão: confundir os gas- tos pessoais com os gastos da empresa; começar uma empresa sem um plano de negócios; ausência de con- trole; adequação dos pra- zos de venda com o capital de giro; acumular dívidas; análise criteriosa a respei- to da situação financeira de quem está comprando; remuneração dos sócios ser incompatível com a situa- ção financeira da empresa e o empresário não buscar capacitação constante. Fonte:<http://www.sebraepr.com. br/PortalInternet/Noticia/ci.Dez -erros-que-podem-levar-qualquer -empresa-%C3%A0-fal%C3%AAn- cia.print>. Acesso em: 1 ago. 2014. Análise das Demonstrações Contábeis 16 Após todas as análises realizadas, o analista conclui em relatório todo o proces- so da análise. Silva (2012, p. 319) cita alguns pontos importantes que devem ser observados na elaboração de um relatório de análise: • a linguagem deve ser acessível para leigos, mesmo que não tendo conhecimento de contabilidade; • as conclusões devem auxiliar os usuários para as suas tomadas de decisões; • os relatórios devem apresentar informações sobre a situação econômica e financeira e também a tendência para o futuro, explicando de forma sintética a causa de tais resulta- dos encontrados, não necessitando de um grande número de informações; • as informações vão variar de acordo com as análises levantadas e a necessidade da orga- nização ao saber a profundidade dos resultados da análise; • Não existe um relatório ideal de análise. relatório de análise Pós-Graduação | Unicesumar 17 então, como não existe um relatório padrão, quanto mais simples e auto-explicativo for o relatório, melhor será sua compreensão; a utilização de quadros, gráficos, tabelas pode auxiliar nesse processo, eles auxiliam para uma leitura fácil e agradável. Hale (apud SILVA, 2012) complementa o assunto, apontando seis regras para ela- boração de um relatório: 1. seja um analista e não um escritor; 2. faça quadros que falem por si; 3. use palavras simples; 4. omita palavras desnecessárias; 5. apresente primeiro o sumário e a conclusão, e, por fim, 6. siga uma estrutura planejada. O relatório de análise, portanto, seria a “cereja do bolo” de todo o processo de análise; deve expressar de forma clara e objetiva as conclusões de todo o pro- cesso de análise, evidenciando fatos relevantes sobre a empresa e o mercado no qual está inserido, de forma a fornecer informações para a tomada de decisão do usuário. A contabilidade elabora os relatórios contábeis a partir de dados passados que podem ser: mês, trimestre, ano. Como relatórios de períodos passados podem auxiliar na tomada de decisões futuras? Fonte: a autora Análise das Demonstrações Contábeis 18 Os relatórios contábeis podem ser definidos como o conjunto de demonstrati- vos elaborados pela contabilidade no seu objetivo de fornecer informações para a tomada de decisões de seus usuários. A contabilidade parte dos fatos que ocorrem nas empresas, fatos esses pos- síveis de registro. Os fatos são registrados, processados e, após, são apresentados em forma de relatórios contábeis. Matarazzo (2010) afirma que as demonstrações contábeis/financeiras são as ma- térias-primas para a análise das demonstrações contábeis, sendo assim, é necessário o conhecimento de suas estruturas e de cada uma das contas representadas por elas. Conforme pode ser observado na lei 6.404/76 (BRASIL, 2014) e suas alterações, as empresas devem elaborar e divulgar: Balanço Patrimonial - BP, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL, Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC (somente para empresas com patri- mônio líquido superiora R$ 2.000.000,00), Demonstração do Valor Adicionado – DVA (somente para empresas que transacionam ações na bolsa de valores), bem como todos os outros relatórios auxiliares como: Notas Explicativas, Parecer da Auditoria, Relatório da Administração e Parecer do Conselho Fiscal. Além da referida lei, outros órgãos normatizam alguns procedimentos para a elaboração e estruturação das demonstrações contábeis, como: o Conselho Federal de Contabilidade – CFC, com as suas resoluções e, principalmente, os princípios fundamentais de contabilidade; Conselhos Regionais de Contabilidade – CRCs, na fiscalização e orientação no cumprimento das normas e resoluções; Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, com a centralização das normas contábeis, adequando-as às normas internacionais; Comissão de Valores Mobiliários – CVM, com a regulamentação das companhias de capital aberto; a Secretaria da Receita Federal ; Secretaria da Receita Estadual e Municipal, que fiscaliza o atendimento das empresas relativamente aos tributos. Na sequência, são apresentados os demonstrativos e relatórios complemen- tares solicitados pela lei 6.404/76 (BRASIL, 2014). relatórios contábeis Pós-Graduação | Unicesumar 19 balanço patrimonial Tem a finalidade de apresentar a situação financeira e patrimonial da empresa em determinado momento. Ele se configura como uma fotografia dos bens, direitos e obrigações de uma empresa em uma data (FAVERO et al., 2011; MARION, 2010). Portanto, trata-se de um demonstrativo estático, no qual são apresentados os saldos das contas naquele exato momento, podendo ser definido como a foto- grafia da empresa naquele momento, tendo como foco os saldos de suas contas. Divide-se em Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, conforme pode ser obser- vado na Figura 1. ATIVO (aplicações) Bens e Direitos PASSIVO (origens de recursos de terceiros) Obrigações PATRIMÔNIO LÍQUIDO (origens de recursos – próprios) Figura 1: Balanço Patrimonial Fonte: A autora No ativo, estão registradas as contas que representam os bens e diretos; seriam os valores dos itens que a empresa possui em seu nome, como exemplos: caixa, bancos, contas movimento, duplicatas a receber, estoques, veículos, entre outros. Análise das Demonstrações Contábeis 20 O ativo se divide em dois grandes grupos: o ativo circulante (bens e direitos que se convertem em dinheiro em um prazo de 360 dias) e o ativo não circu- lante (bens e direitos que se convertem em dinheiro em um prazo após 360 dias). No ativo, as contas devem ser dispostas em ordem de liquidez decres- cente, ou melhor, devem ser dispostas de forma que apresentem primeiro as contas que mais rapidamente se transformam em dinheiro. No Passivo, estão registradas as obrigações ou dívidas com terceiros, seriam os fornecedores, os empréstimos e financiamentos, contas a pagar, impostos a recolher e outros. O Passivo também se divide em dois grandes grupos: o passivo circulante (dívidas que vencem em um prazo de 360 dias) e o passivo não cir- culante (dívidas que vencem em um prazo após 360 dias). No Passivo, as contas são dispostas em ordem de exigibilidade; aquelas que devem ser quitadas com mais rapidez devem estar registradas, primeiramente. No Patrimônio Líquido, registram-se os valores pertencentes aos sócios ou investidores que serão devolvidos a eles quando de seu afastamento da entida- de. O Patrimônio Líquido é composto pelo capital investido pelos acionistas e as suas alterações, por meio de lucros ou prejuízos acumulados, reservas de capital, reservas de lucros. Pode-se dizer que patrimônio líquido contempla o capital dos sócios e as suas alterações, decorrente de lucro ou prejuízo. Outro enfoque para as contas do Ativo é que representam valores aplica- dos na empresa, enquanto as contas do Passivo são as origens de recursos de capital de terceiros que está em poder da empresa, e, finalmente, o Patrimônio Líquido, origens de recursos dos sócios e acionistas em poder da empresa. Por isso, o total do balanço patrimonial deve ser igual para o Ativo e a somatória do Passivo e Patrimônio Líquido, pois a empresa não pode ter mais valores aplica- dos do que as origens de recursos na empresa. Todas as sociedades, independentemente de seu porte ou seu setor, têm a obrigato- riedade de divulgar e publicar as suas de- monstrações contábeis, principalmente as que transacionam ações na bolsa de valores, denominadas de capital aberto. Essas di- vulgam as suas demonstrações contábeis no site da Comissão de Valores Mobiliários e, muitas vezes, em seu próprio site. Você pode visualizar algumas em: <http://investidorpetrobras.com.br/pt/central-de -resultados/4t13.htm>. <http://www.voegol.com.br/pt-br/investidores/ paginas/default.aspx>. <http://www.mzweb.com.br/renner/web/default_ pt.asp?idioma=0&conta=28>. Pós-Graduação | Unicesumar 21 Na figura 2, é demonstrado um balanço patrimonial: BALANÇO PATRIMONIAL - em 31/12/XX ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Passivo Circulante Disponibilidades Obrigações operacionais Caixa Fornecedores Bancos c/ Movimento Obrigações financeiras Créditos Empréstimos Bancários Duplicatas a Receber Obrigações Trabalhistas Outros Créditos Obrigações Sociais e Fiscais Estoques Obrigações Provisionadas Mercadorias para Revenda Outras Obrigações Despesas do Exercício Seguinte Prêmios de Seguros a Apropriar Passivo não Circulante Obrigações financeiras Ativo não Circulante Obrigações Sociais e Fiscais Ativo Realizável a Longo Prazo Créditos PATRIMÔNIO LÍQUIDO Duplicatas a Receber Capital Social Investimentos Capital Social Ações de Outras Companhias (-) Capital a Integralizar Imobilizado Reservas de Capital Imóveis para Uso Reservas de Lucros Veículos Ações em Tesouraria Móveis e Utensílios Prejuízos Acumulados Máquinas e Equipamentos (-) Depreciação Acumulada Intangível Fundo de Comércio Marcas e Patentes (-) Amortização Acumulada Figura 2: Estrutura do Balanço Patrimonial. Fonte: adaptada de Favero et al. (2011, p. 67) Análise das Demonstrações Contábeis 22 demonstração do resultado do exercício (dre) Demonstra de forma ordenada as receitas e gastos (custos, despesas e deduções) de um determinado período, confrontando-os entre si, obtendo como resultado desta equação o lucro ou prejuízo do exercício, conforme pode ser observado na Figura 3. CUSTOS, DESPESAS, DEDUÇÕES Gastos (diminuem o lucro) RECEITAS Ganhos (aumentam o lucro) RESULTADO (lucro ou prejuízo) Figura 3: Contas de Resultado Fonte: a autora Para Matarazzo (2010, p. 30): A Demonstração do Resultado do exercício é uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa. As recei- tas representam normalmente aumento do Ativo, através de ingressos de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro proveniente das transações. Aumentando o ativo, aumenta o Patrimônio Líquido. As despesas representam redução do Patrimônio Líquido, através de um entre dois caminhos possíveis: redução do Ativo ou aumento do Passível Exigível. A demonstração de resultado do exercício é apresentada de forma dedutiva, ou seja, das receitas são retiradas as deduções da receita, os custos e as despe- sas para no final ser obtido o resultado que pode ser lucro ou prejuízo, que será transferido para o balanço patrimonial, compondo o patrimônio líquido da en- tidade (capital dos sócios). Então, tem a finalidade de mostrar o resultado apresentado pela empresa ao final de um determinado período, portanto, um demonstrativo dinâmico que pode se alterar dependendo do período compreendido, expondo as re- ceitas geradas e os gastos para obtenção das mesmas, conforme observadona Figura 4. Pós-Graduação | Unicesumar 23 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - Período de ____/____/____ a ____/____/____ RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS (-) Deduções, abatimentos, devoluções (-) Impostos sobre vendas (=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS (-) Custo dos Produtos Vendidos, Custo das Mercadorias Vendidas, Custo dos Serviços Prestados (=) LUCRO BRUTO (-) Despesas Operacionais (+/-) Outras Receitas / Despesas (=) RESULTADO ANTES DO IR E CS E PARTICIPAÇÕES (-) Imposto de Renda e Contribuição Social (=) RESULTADO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES (-) Participações e contribuições (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO Figura 4: Demonstração do Resultado do Exercício Fonte: Lei 6.404/76 (BRASIL, 2014) demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados ou demonstração das mutações do patrimônio líquido (dmpl) e demonstração dos Fluxos de Caixa(dFC) Enquanto a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) apre- senta as movimentações ocorridas em todo o grupo de contas do patrimônio líquido durante determinado período, a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) visa demonstrar especificamente a movimentação e desti- nação dos lucros ou prejuízos acumulados, no Patrimônio Líquido. A lei 6.404/76 estabelece a obrigatoriedade na divulgação da demonstra- ção dos lucros ou prejuízos acumulados, e não prevê tal obrigatoriedade para a DMPL. Porém, como já verificado, o art. 186 § 2° dispõe que se a DLPA for incluí- da na DMPL, esta poderá ser publicada em substituição à primeira. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) - Sobre o objetivo da DFC, Iudícibus et al. (2010, p. 565) comenta que: Análise das Demonstrações Contábeis 24 O objetivo primário da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é prover informa- ções relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma empresa, ocorridos durante um determinado período, e com isso ajudar os usuários das demons- trações contábeis na análise da capacidade da entidade de gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades para utilizar esses fluxos de caixa. Pode-se dizer que o demonstrativo fornece informações sobre o comporta- mento financeiro da empresa no período, ou seja, a entrada e saída de dinheiro dentro de um determinado período, permitindo verificar todo fluxo financeiro da empresa, tanto operacional, como de investimento e financiamento. É obri- gatória para as companhias abertas e também para demais companhias com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00. Existem dois métodos para elaboração da Demonstração do Fluxo de Caixa, podendo ser: a. Método Direto: o Método Direto, segundo Marion (2010), demonstra as entradas e saídas brutas de dinheiro dos principais componentes das atividades operacionais, atividades como, recebimentos pelas vendas de produtos e serviços e os pagamentos a fornecedores e empregados. O saldo final das operações procura demonstrar o total líquido de caixa provido ou consumido pelas operações durante o período. b. Método Indireto: este método, também conforme Marion (2010), mostra as alterações provocadas pelos aumentos e diminuições no caixa, sem especificar as entradas e saídas de dinheiro. Então, faz a conciliação entre o lucro líquido e o caixa gerado pelas operações. demonstração do valor adicionado Conforme Iudícibus et al. (2010), é uma demonstração contábil que tem por obje- tivo demonstrar o valor agregado que a empresa gerou em determinado período, e se assemelha muito com a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), com a diferença de que a DRE tem o poder de expor o resultado do período em que as informações são basicamente voltadas para os sócios e acionistas, enquanto a DVA complementa essas informações de forma positiva, ou seja, demonstrando a geração de riqueza e sua respectiva distribuição entre os esforços para a obtenção dessas ri- quezas, como: gastos com empregados, gerentes, insumos produtivos, governo etc. Pós-Graduação | Unicesumar 25 Conclui-se que esse demonstrativo revela o valor agregado (riqueza) que a empresa gerou em determinado período, e como essa riqueza foi distribuída, entre funcionários (salários e benefícios), investidores (dividendos), financiadores (juros e encargos sociais) e governo (impostos). Sendo esse demonstrativo obrigatório de apresentação somente para as empresas que transacionam ações na bolsa de valores (companhias abertas). Notas explicativas A Lei nº 6.404/76 (BRASIL, 2014) e suas alterações, em seu art. 176, § 4º, explicitam que: “As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício”. Portanto, não se trata de uma demonstra- ção, mas devem ser apresentadas juntamente com as demonstrações contábeis, e evidenciam dados e informações que devem ser destacados no sentido de auxiliar o usuário das demonstrações financeiras a melhor entendê-las, objetivando detalhar os fatos e eventos que mereçam tratamento especial ou critérios diferenciados particula- res de cada entidade, como: critérios e formas de cálculo utilizados nos registros, bem como informações sobre taxas e datas de vencimento de valores a receber a valores a pagar. Podem ser expressas de forma descritiva ou em forma de quadros e tabelas. parecer da Auditoria A auditoria pode ser externa e interna, sendo a primeira executada por profissional contratado pela empresa, que verifica principalmente as atividades e responsabilida- des operacionais; e a segunda, por um profissional externo que deve ser legalmente habilitado e registrado na Comissão de Valores Mobiliários – CVM, não possuindo qualquer vínculo com a empresa, que vem a verificar a situação econômica e pa- trimonial da empresa. Ambos, após seus trabalhos de análise e verificação, devem emitir opinião sobre os mesmos, o parecer de auditoria. O parecer de auditoria externa deve argumentar sobre a correção e veracida- de das demonstrações financeiras, uma vez emitido traz maior confiabilidade e credibilidade às demonstrações contábeis, pois confirma que os relatórios contá- beis apresentados refletem as normas legais e a situação econômica e financeira da empresa. Dessa forma, traz maior segurança para as decisões a serem tomadas pelos usuários, principalmente para os investidores e financiadores. Análise das Demonstrações Contábeis 26 relatório da Administração É um relatório administrativo, em linguagem mais acessível aos usuários, que deve ser apresentado juntamente com as demonstrações, no qual são apresentadas tendências futuras para a empresa e setor, planos de crescimento, pesquisas em desenvolvimento, enfim, mostra indícios da política da empresa. AuDItorIA InternA De uMA eMpresA De cosMétIcos A equipe de auditoria interna da empresa reporta-se ao comitê de auditoria, gestão de riscos e finanças, em uma estrutura que garante a independência de atuação dos auditores, sem a interferência de qualquer outra área da companhia. Contempla, dentro de sua atuação, testes e procedimentos que avaliam o ambiente de controle, incluindo as possibilidades de fraude e corrupção, sendo em 2013 registrados um total de nove manifestações, ante 15 no ano anterior. Desse total, quatro foram comprovadas e geraram 20 desligamentos de colaboradores, as manifestações trataram, sobretudo, de temas como uso indevido de recursos e desvio de ativos, além de um caso de favorecimento de fornecedor. Ao longo do ano de 2013, foram realizadas 31 auditorias na Cosmética, uma a mais em relação ao ano de 2012. O foco de atuação da auditoria interna foi: os processos terceirizados de manufatura (dentro e fora do Brasil),os centros de distribuição e os processos relevantes no Brasil, tais como: comercialização e relacionamento. Também houve evolução nos processos de prevenção a frau- des, com a intensificação de ambientes cada vez mais transparentes e éticos, em decorrência, especialmente, da implementação de código de conduta ética. Fonte: http://goo.gl/rGg5rn. p. 25. Acesso em: 1 ago. 2014. As empresas que divulgam as demonstrações contábeis também apresentam o relatório de administração que mostra, em uma linguagem bem acessível, como se encontra a empresa, suas tendências de mercado e as perspectivas de ampliação. Nos links a seguir, é possível conhecer o relatório de administração de algumas empresas de capital aberto: <http://static.grendene.mediagroup.com.br/relatorio/886_Relat_ADM_2013.pdf>. <http://ri.marfrig.com.br/port/downloads/demonstracoes/RADM_2013_PORT_08MAR2014_ VFINAL.pdf>. <http://ri.lasa.com.br/upload/anual/00005360.pdf>. Pós-Graduação | Unicesumar 27 parecer do CONSELhO fISCAL Trata-se de um relatório complementar às demonstrações contábeis. Um docu- mento no qual membros da comunidade, sejam da área de atuação da empresa ou não, (conselheiros) eleitos em Assembleia Geral de Acionistas, emitem um parecer concordando que as demonstrações contábeis refletem a situação eco- nômica e financeira da empresa, respaldado no Parecer dos Auditores. Na sequência, um modelo de Parecer do Conselho Fiscal de uma empresa. parecer do conselho fiscal O Conselho Fiscal da empresa, no desempenho de suas atribuições legais, tendo examinado o Relatório Anual da Administração, as Demonstrações Contábeis do Exercício Social de 2006 e as Propostas dos Órgãos de Administração para Destinação do Lucro Líquido do exercício e para Aumento do Capital Social, me- diante incorporação de reservas de lucros e ante os esclarecimentos prestados pela Diretoria da Companhia e pelo representante dos auditores externos, e fun- damentado no Parecer, sem ressalvas, emitido em 07 de fevereiro de 2007, são de opinião que os referidos documentos estão em condições de serem exami- nados e votados pela Assembleia Geral Ordinária. Jaraguá do Sul, 12 de fevereiro de 2007 Conselheiro Fiscal 1 Conselheiro Fiscal 2 Conselheiro Fiscal 3 Conselheiro Fiscal 4 Conselheiro Fiscal 5 Fonte: <http://www.marisolsa.com.br/relacao_investidores/demonstrativo_financeiro_2006.pdf>. Na sequência, a Figura 5 mostra as demonstrações contábeis que ajudam a ex- plicar os saldos do Balanço Patrimonial. Os saldos do disponível, resultado das entradas e saídas de dinheiro são detalhados na Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC. A demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados mostra o detalha- mento da variação do saldo do grupo lucros ou prejuízos acumulados, de um período para o outro. A demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido explica a movimentação, ou seja, as alterações que ocorreram em todas as contas que compõem o elemento Patrimônio Líquido, inclusive o lucro no período. E o lucro líquido é apresentado na Demonstração de Resultado do Exercício, que mostra o detalhamento das receitas e gastos que compõem o resultado no período. Análise das Demonstrações Contábeis 28 Então, todas as demonstrações contábeis têm a sua finalidade no auxílio e ex- plicação dos fatos que ocorreram na empresa. No entanto, duas demonstrações são fundamentais para a análise, o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, que será o foco deste material. ATIVO PASSIVO E P. LÍQUIDO Circulante Ano 1 Ano 2 Circulante Ano 1 Ano 2 Disponível 120 190 Dívidas c. prazo 850 1.000 Dupl. Receber 480 510 Estoques 500 600 Não circulante Total circulante 1.100 1.300 Dividas l. prazo 150 200 Não Circulante Patrimônio Líquido Realizável longo prazo 100 150 Capital 1.000 1.000 Investimentos 200 300 Reservas Capital 400 500 Imobilizado 800 800 Reservas Lucros 100 150 Intangível 300 300 Total não circulante 1.400 1.550 Total P. líquido 1.500 1.650 TOTAL 2.500 2.850 TOTAL 2.500 2.850 A variação da conta de reservas de lucros de R$ 50 é explicada pela DLPA. A principal variável que aumenta o PL. É o Lucro Líquido que é identificado na DRE: Demonstração do Resultado do Exercício. Variação de R$ 70 (do ano 1 para o 2) / (R$ 120 – R$ 190) Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) A variação de todas as contas do PL é explicada na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) Figura 5: Balanço Patrimonial e suas explicações Fonte: adaptado de Marion (2012) Pós-Graduação | Unicesumar 29 Antes de preparar qualquer relatório, é preciso definir qual o propósito que ele pretende alcançar, a quem ele se direciona. Se o objetivo dessas informações é influenciar a tomada de decisões, auxiliar no gerenciamento das organizações e a avaliação das condições econômicas das mesmas, então, no relatório, devem ser apresentadas essas informações de forma a serem entendidas por seus usuários. Para Favero et al. (2011, p. 2), “os usuários são as pessoas ou entidades que neces- sitam de alguma informação contábil para tomarem decisões [...]”. Os relatórios e análises são preparados para beneficiar os usuários da con- tabilidade, visando ao conhecimento sobre seu objeto de estudo, no caso, o patrimônio das entidades e os fatos que geram alterações dentro dele. É possível tanto atender aqueles que estão dentro da entidade, quanto os que estão fora dela. Parte-se da ideia de que o fim é o mesmo, os meios para alcançá-lo podem ser diferentes. Iudícibus et al. (2011, p. 36) concordam que: USUÁRIOS E TOMADA DE DECISÃO Análise das Demonstrações Contábeis 30 O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade, que sejam úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica. Os usuários podem ser internos e externos. Segundo Favero et al. (2011), os usuá- rios internos são aqueles que trabalham na empresa e necessitam de informações direcionadas para suas necessidades. Estas informações são de ordem gerencial, sendo moldadas pelo tipo de informação necessária a cada usuário. Enquanto usuários externos, conforme Favero et al. (2011) e Marion (2010), temos como exemplos: governo, instituições financeiras, fornecedores, que neces- sitam de informações sobre tributação, garantias de recebimento, fornecimento de mercadorias, entre outros. Para atender de forma geral todos esses usuários, a eles são fornecidas informações padronizadas, geralmente os relatórios exigi- dos pela legislação societária. Essas informações serão a base para que os diversos usuários possam tomar decisões. No quadro 1, há alguns exemplos de usuários e as informações por eles requisitadas: USUáRIOS INFORMAÇãO Administradores Acompanhar e avaliar as decisões financeiras tomadas pela empresa, bem como verificar o resultado das suas políticas de investimentos e financiamentos. Fornecedores e Clientes Conhecer a capacidade de pagamento de seus clientes, ou seja, avaliar o risco de crédito de seus clientes. Instituições Financeiras Avaliar a capacidade de a empresa gerar caixa para honrar o compromisso no vencimento, conhecendo a posição de curto e longo prazos da empresa. Acionistas Identificar o retorno de seus investimentos, assim verificando a capacidade da empresa gerar lucros e remunerar os recursos próprios apontados. Investidores Subsidiar decisões sobre compra de ações, títulos ou participação em carteiras de investimen- tos, entre alternativas. Governo Conhecer a posição financeira dos diferentes ramos e setores de atividade como forma de sub- sidiar a formulação de políticas econômicas; controlar empresaspúblicas e privadas; verificar o desempenho empresarial de empresas em processo de concorrência pública. Concorrentes Conhecer melhor o seu mercado e comparar sua posição econômico-financeira com relação ao setor de atividade. Tabela 1: Usuários da contabilidade Fonte: Assaf Neto (2012), Silva (2012) e Matarazzo (2010) Pós-Graduação | Unicesumar 31 Lembrando que os usuários necessitam de informações para respaldar decisões, então, os relatórios e demonstrativos contábeis e de análise devem ser elabora- dos de forma a atender a essas necessidades. Por exemplo: os administradores necessitam de informações sobre a capa- cidade de pagamento, a liquidez de suas empresas e os resultados (lucros ou prejuízos) para traçar novas estratégias para alavancar as vendas, bem como efetuar novos investimentos; os credores, como fornecedores e instituições financeiras, solicitam informações sobre a capacidade de pagamento das parcelas das dívidas geradas pela concessão de créditos; os investidores e acio- nistas, para conhecer em o retorno dos investimentos realizados por eles na empresa; o governo, para conhecer os diversos setores empresariais no objeti- vo de implementar políticas públicas, bem como conhecer o perfil econômico e financeiro das empresas que estão participando de concorrências públicas. A apresentação das demonstrações contábeis obrigatórias pela legislação vigente é suficiente para atender a todas as necessidades de informações dos usuários? Fonte: a autora Venda de medicamentos cresce 13% no acumulado até maio de 2014. As farmacêuticas registraram receita de R$ 25,636 bilhões (valor bruto, sem os descontos concedidos no varejo) entre janeiro e maio, alta de 13% sobre o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da consultoria IMS Health. Desse total, a divisão de genéricos atingiu R$ 6,248 bilhões em vendas, aumento de 12% em relação aos cinco meses do ano de 2013. Fonte: texto extraído de: <http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,venda-de-me- dicamentos-cresce-13-no-acumulado-ate-maio-imp-,1511775>. Acesso em: 1 ago. 2014. Análise das Demonstrações Contábeis 32 considerações finais A análise das demonstrações contábeis tem como objetivo fornecer informações para que seus diversos usuários possam tomar decisões, como investir no capital da empresa, por parte de investidores, conceder créditos por parte dos financia- dores, implementar políticas governamentais por parte do governo, dentre outros. Portanto, antes mesmo do início do processo de análise, existe a necessidade de identificar os usuários da informação, aliando a informação à necessidade do usuário, isso não sendo possível o analista deve apresentar um conjunto básico contemplando informações gerais, de forma que possa atender ao maior número de usuários. As demonstrações contábeis que servirão de base para o trabalho de análise são regidas pela lei 6.404/76, sendo na legislação apresentada a exigência de de- monstrativos e relatórios complementares com as suas devidas estruturas. As empresas de capital aberto devem, além de atender as exigências da lei, atender às normativas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Ressalta-se que o pro- fissional não deve se restringir às exigências da lei, havendo necessidade da elaboração de outros relatórios para atender às necessidades de seus usuários. O processo de análise compreende desde a determinação da amostra, com definição das demonstrações e o período a ser analisado, passando pela padro- nização e atualização das demonstrações contábeis para após aplicar as técnicas de análise: análise horizontal, análise vertical e análise por meio de indicadores econômicos e financeiros: Essas técnicas, bem como os indicadores, devem ser selecionados de acordo com a informação a ser gerada. Efetuados os cálculos dos indicadores, resultados da aplicação das técnicas de análise, esses devem ser avaliados e apresentados de forma clara e objetiva, em linguagem acessível a qualquer usuário, em um relatório, compreendendo também dados da conjuntura econômica e características do setor de atuação da empresa analisada. O relatório será o fruto de todo o processo de análise, portanto a elaboração desse deve merecer especial atenção, pois se o seu conteúdo apresentar erros, pode inviabilizar todo o trabalho da análise. Também deve ser observado que a base para a realização da análise são as demonstrações contábeis, então, essas devem ser elaboradas com cuidado e atenção à legislação e normas legais vigen- tes, de forma a não distorcer as informações apresentadas no relatório de análise. Pós-Graduação | Unicesumar 33 atividades de autoestudo 1. A lei 6.404/76 torna obrigatória a apresentação das demonstrações financeiras pelas empresas. Associe as duas colunas, relacionando as demonstrações contábeis com o seu objetivo: 1. Balanço Patrimonial. 2. Demonstração do Resultado do Exercício. 3. Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. 4. Demonstração de Fluxo de Caixa. ( ) Apresentar o resultado de um determinado período e o seu detalhamento durante um determinado período. ( ) Mostrar os bens, direitos e obrigações em um determinado momento ou data. ( ) Demonstrar as entradas e saídas de caixa e equivalentes, que são distribuídas em atividades operacionais, atividades de investimento e atividades de financiamento. ( ) Apresentar as variações ocorridas na conta de lucros ou prejuízos acumulados, durante um determinado período. A sequência correta dessa associação é: a. (1), (2), (3), (4). b. (2), (1), (3), (4). c. (1), (4), (3), (2). d. (2), (1), (4), (3). e. (3), (2), (1), (4). 2. Associe as duas colunas, relacionando os grupos com as respectivas contas: 1. Ativo. 2. Passivo Circulante. 3. Passivo Não Circulante. 4. Patrimônio Líquido. ( ) Capital de terceiros de longo prazo. ( ) Capital próprio. ( ) Aplicações de recursos, de curto e longo prazo. ( ) Capital de terceiros de curto prazo. Análise das Demonstrações Contábeis 34 A sequência correta dessa associação é: a. (3), (4), (1), (2). b. (2), (4), (1), (3). c. (4), (1), (2), (3). d. (4), (1), (3), (2). e. (1), (4), (3), (2). 2. Por meio da análise das demonstrações e relatórios contábeis elaborados pela con- tabilidade, os usuários extraem informações para a tomada de decisões. Identifique informações que podem ser extraídas da análise das demonstrações contábeis: I. A empresa está endividada em curto prazo. II. A concorrência a cada ano aumenta. III. O preço de venda não é compatível com o praticado no mercado. IV. Os custos dos seus produtos estão a cada ano se elevando. As afirmativas corretas são: a. I e IV. b. I e II. c. I, II e III. d. II, III e IV. e. III e IV. Pós-Graduação | Unicesumar 35 Livro Título: Contabilidade: teoria e prática Autor: Hamilton Luiz Favero, Massakazu Takakura, Mário Lonardoni e Clóvis de Souza Editora: Atlas Sinopse: Os autores buscam um equilíbrio entre a teoria e prática contábil, evidenciando a ligação entre o que fazer, por que fazer e como fazer a Contabilidade, de modo a gerar informações com a qualidade necessária aos diversos usuários. Comentário: Este livro procura mostrar as demonstrações contábeis, sua importância e estrutura, bem como a sua utilização pelos usuários para tomada de decisão. Mostra também os procedimentos ne- cessários para a elaboração dos demonstrativos contábeis. Gestão de Negócios 36 Quer Que Dê QuAnto? porQue As contAs não fechAM? Há algum tempo, uma fabricante nacional de pistões e bronzinas abriu o capital na Bolsa de Valores de São Paulo. Levando em conta o valor do patrimônio da empresa, constante de seu balanço, cadaação teve o preço fixado em $ 2,65. à Moeda da época. Após a abertura do capital, o valor das ações se multiplicou várias vezes até estabilizar na casa dos $15. Esse caso mostra como uma empresa não vale pelo patrimônio que está registrado em seu balanço. Vale pelo que o mercado acredita que ela (ação) pode gerar de lucro no futuro. Toma-se como exemplo uma fabricante americana de equipamentos de teleco- municação e energia que teve seus ativos contabilizados no balanço de 1999 em 14,7 bilhões de dólares, mas é avaliada pelo mercado acionário em mais de 470 bilhões de dólares, ou 32 vezes o valor declarado. A diferença nos valores acontece por um motivo simples: os ativos mais importantes das empresas não são as fábricas ou as máquinas, declaradas como patrimônio no balanço. São as marcas, os clien- tes ou as tecnologias que desenvolvem, conhecidos como ativos intangíveis. Pelos critérios tradicionais, uma marca ou um software não podem ser contabilizados como ativos e mesmo não existindo contabilmente, têm grande valor de mercado. Eis o grande problema da contabilidade convencional aplicada a empresas basea- das no intangível: como registrar no balanço aquilo que o mercado mais valoriza? Uma empresa de software, por exemplo, gastou em determinado 33,2 milhões de dólares em pesquisa de novas tecnologias e produtos e 53,4 milhões em marketing e vendas. A empresa foi obrigada pelas regras contábeis dos Estados Unidos (país onde está sediada) a contabilizar tudo como despesa. Isso contribuiu para seu pre- juízo de 90,7 milhões de dólares, daquele ano. Boa parte do mito que circunda os prejuízos das empresas da Internet pode ser atribuída a essa distorção. O que as empresas gastam com pesquisa, desenvolvimento e marketing pode gerar benefícios por anos, citando exemplos como marcas, bases de clientes, co- nhecimento tecnológico. E as regras contábeis americanas dizem que eles devem ser lançados no balanço como despesas. Isso faz com que muitas vezes, empresas que não confiem em seus balanços elaborados com base em critérios tradicionais, assim o mercado acaba valorizando demais os intangíveis e gera a discrepância exis- tente entre a avaliação das empresas e o que elas representam de fato em termos econômicos. Fonte: <http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0714/noticias/por-que-as-contas-nao- fecham-m0051094>. Acesso em: 1 ago. 2014. Pós-Graduação | Unicesumar 37 relato de caso estuDo DA sItuAção econôMIco-fInAnceIrA DAs eMpresAs InteGrAntes Do ArrAnjo proDutIVo LocAL De tecnoLoGIA DA InforMAção DA cIDADe De VIçosA – MG: uMA AnáLIse coMpArAtIVA DAs eMpresAs IncubADAs e não IncubADAs O estudo apresenta o resultado de uma pesquisa realizada entre os meses de abril e maio de 2008, contemplando 12 empresas, com dados coletados por meio de questionários, e teve como objetivo identificar a situação econômico-financeira das empresas aglomeradas no Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação (APL – TI) da cidade de Viçosa-MG, por meio da técnica do Balanço Perguntado, fazendo uma comparação entre a situação das empresas que já foram, ou estão, incubadas e as que nunca passaram pela incubação. Relativamente à incubação, há necessidade de esclarecer que no sentido de tentar di- minuir o índice de mortalidade das médias e pequenas empresas no Brasil, surgiram as incubadoras de empresas, as quais buscam oferecer a essas, apoio estratégico nos pri- meiros anos de existência. Essas incubadoras têm sido bastante utilizadas no Brasil e no mundo, fornecendo facilidades físicas, rede de conhecimentos pessoais, animação, con- sultorias e diversos outros apoios aos novos empreendedores. Elas permitem acelerar o processo de desenvolvimento empresarial assegurando uma taxa alta de sucesso para as empresas que são incubadas. Também surgiram os Arranjos Produtivos Locais (APL) no intuito de beneficiar os micro e pequenos empreendedores. Através desses Arranjos, as empresas aglomeradas têm menor chance de mortalidade, uma vez que constituem subsídio importante para o desenvolvimento de projetos em determinada área, sendo beneficiadas através de com- partilhamento de atividades comuns; maios acesso à informação tecnológica; maior acesso a sistemas de informação e assistência técnica; melhoria de processos produti- vos; acesso a créditos, entre outros. Para a pesquisa, foi utilizada a técnica do Balanço Perguntado, no sentido de diminuir as dificuldades de obtenção de informações e relatórios contábeis e possibilitando a re- alização de análises de qualidade de desempenho econômico, isso pelo fato de muitas empresas não conhecerem a real situação em que se encontram. A partir do questionamento dos gestores das empresas da amostra, constatou-se que: • a grande maioria tem mais de cinco anos de existência e que a mesma proporção de empresas está aglomerada ao APL-TI há mais de dois anos; • a maior parte das empresas possui dois ou mais sócios e grande parte deles possui bom nível de escolaridade, com graduação e pós-graduação. • a maioria das entidades possui menos de seis funcionários e apenas três contam com os serviços de estagiários. • metade delas não foi incubada; na outra metade, grande parte já foi incubada e as demais estão para ser, o que é um fator positivo, já que a incubação oferece uma gama extensa de benefícios ao empreendimento, diminuindo assim a taxa de mor- talidade das empresas. • muitas empresas possuem dificuldades quanto à contabilização de seus dados, o que foi refletido na falta de informações a algumas questões dessa pesquisa, as empresas apresentam um bom grau de liquidez, no entanto, observou-se que as empresas não incubadas se utilizam mais de capital de terceiros que as incubadas, notando-se, também, que em ambos os casos, as empresas contraem, preferencial- mente, dívidas de curto prazo, especialmente as não incubadas que só se utilizam desse tipo de endividamento. Gestão de Negócios 38 relato de caso • na rentabilidade, observou-se que as empresas não incubadas se encontram em uma situação mais favorável, pois apresentam indicadores satisfatórios. Em contra- partida, as incubadas apresentaram uma rentabilidade insatisfatória, indicando que ações devem ser tomadas para sanar esse problema, como rever os preços e investi- mentos feitos pelas entidades e estudar uma forma de reduzir seus custos e despesas. Observa-se que a utilização de ferramentas de análise pode apontar, por meio de indica- dores, como se encontra a empresa em termos de rentabilidade, liquidez e endividamento. A avaliação dos indicadores obtidos pode mostrar prováveis problemas que a empresa está enfrentando, daí a possiblidade de tomar decisões para sanar esses problemas; ou mesmo, mostrar tendências favoráveis que permitam novos investimentos. Fonte: <http://www.fucape.br/premio_excelencia_academica/upld/trab/11/33.pdf>. Acesso em: 1 ago. 2014. Trata-se de resultado da pesquisa da autora Vanessa de Castro Ferreira apresentado no evento 9º Prêmio de Excelência Acadêmica da FUCAPE. 2 PROCEDIMENTOS EFERRAMENTAS DE ANÁLISE Professora Mestre Edna Mitiko Ota Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Procedimentos para análise • Técnicas para análise • Análise Horizontal • Análise Vertical objetivos de aprendizagem • Apresentar os procedimentos iniciais para a análise. • Conhecer as técnicas utilizadas para análise. • Apresentar a metodologia de cálculo para efetuar a análise horizontal e sua interpretação. • Apresentar a metodologia de cálculo para efetuar a análise vertical e sua interpretação. Caro(a) acadêmico(a)! Nos dias atuais, as informações para auxiliar a tomada de decisão são imprescindíveis, tendo em vista a necessidade das empresas em ge- renciar seus gastos e investimentos com o intuito de cumprir assuas metas de lucros. A análise das demonstrações contábeis auxilia nesse processo de fomentar os usuários, com informações decisoriais. No entanto, antes de iniciar propriamente a análise, é necessária a realiza- ção de alguns procedimentos, como a determinação das demonstrações contábeis a serem analisadas, bem como o período a ser analisado. Definido essa amostra, devem ser padronizadas, atualizadas e apli- cadas as técnicas de análise, que podem ser a análise horizontal, a análise vertical e a análise por meio de indicadores, no caso dessa última, é necessária a seleção dos indicadores a serem utilizados de- pendendo da informação a ser gerada. Lembre-se de que a análise deve sempre utilizar a associação das téc- nicas de análise e os fatores externos que afetam as transações da empresa, isso porque os fatores inflação, demanda, política tributária do governo podem afetar diretamente nos resultados da instuição. Como no caso de empresas automobilísticas, com a redução da carga de impostos sobre os produtos, as empresas diminuem seus custos e podem repassar essa redução nos preços de venda, e consequen- temente aumentar suas vendas; o inverso também pode ocorrer, aumentando-se a carga de impostos, os custos aumentam, o preço de venda também, e as vendas diminuem. Então, para o governo in- centivar a rentabilidade de um determinado setor, pode se valer de políticas tributárias, dentre elas a redução de impostos. Nesta unidade, pretende-se abordar os procedimentos e as técnicas de análise, sendo apresentados os pontos mais importantes de todo o processo de padronização e atualização das demonstrações contábeis, bem como as técnicas de análise utilizadas, e, por fim, dentro dessas téc- nicas, o cálculo e a interpretação da análise horizontal e análise vertical. Análise das Demonstrações Contábeis 42 Para Matarazzo (2010, p. 70), “(...) as demonstra- ções financeiras devem ser preparadas para a análise, da mesma forma que um paciente que vai submeter-se a exames médicos”, portanto, a fim de iniciar a análise das demonstrações financeiras, é necessário submetê-las a proces- sos que tornem possível sua comparabilidade, uma vez que estão atendendo à finalidade de sintetizar o seu conteúdo para os usuários. Matarazzo (2010) evidencia que os motivos que levam à padronização das demonstrações contábeis são: simplificação das contas, comparabilidade com outros de- monstrativos, adequação aos objetivos de análise, precisão nas classificações de contas, descoberta de erros, intimidade do analista com as demonstrações contábeis. As demonstrações devidamente pa- dronizadas devem, no passo seguinte, ser atualizadas para que a inflação não interfi- ra nos indicadores a serem calculados e, por consequência, no parecer de análise. PROCEDIMENTOS pArA ANÁlISe Pós-Graduação | Unicesumar 43 Desta forma, se faz necessária a uti-lização de índices que permitam atualizar os valores com base no per- centual de inflação do período, assim, para a análise das demonstrações contábeis de uma empresa, é necessária a utilização de índice adequado a fim de reajustar os valores das contas, evitando divergências dos resultados. Portanto, índice de inflação é um indicador que revela a evolução dos preços de bens e serviços em determinado período, sendo que cada índice possui um valor direciona- do para o que se deseja avaliar. Indicadores que podem ser utilizados na atualização monetária são: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o Índice Geral de Preços (IGP), Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), entre outros. Em substituição a esses indica- dores, é possível converter as demonstrações para uma moeda forte, como o dólar. Por exemplo, a análise tem como amostra o período de 2012 e 2013; é necessário que os valores sejam trazidos para 2013, isto, para que o fator inflação não interfira na análise. Considerando que o valor de 2012 seja R$ 100.000,00 e o IPCA acumulado seja de R$ 928,3759, então, divide-se R$ 100.000,00 por R$ 928,3759, que será 107,71, multiplicado por 983,2715, totaliza R$ 105.908,17, dessa As demonstrações contábeis devem estar em um padrão para facilitar o trabalho do analis- ta. Assim, é possível efetuar a comparação das contas, bem como saber que prováveis erros de classificação foram sanados. Apresenta-se na sequência o modelo de padronização do balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício. A atualização dos valores das demons- trações contábeis, conforme dito, pode se utilizar de vários indicadores. Os per- centuais de IPCA, utilizados nesse es- tudo, você encontra em:<http://www. portalbrasil.net/ipca.htm>. Acesso em: 1 ago. 2014. forma, os R$ 100.000,00 de 2012 represen- tam R$ 105.908,17. A diferença de R$ 5.908,17 trata-se da inflação do período. Dessa forma, determinada a amostra, todos os valores dos períodos da amostra devem ser estar atualizados para o mesmo período. Caso o exemplo anterior contem- plasse como amostra o período de 2010 a 2013, então, todos os valores de 2010, de 2011 e também de 2012 devem ser atualiza- dos para 2013, para que o fator inflação não influencie no relatório de análise. Análise das Demonstrações Contábeis 44 BALANÇO EM: 31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3 VA AV AH VA AV AH VA AV AH ATIVO ATIVO CIRCULANTE FINANCEIRO Disponível Aplicações financeiras OPERACIONAL Clientes Impostos a recuperar Estoques Despesas antecipadas ATIVO NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO INVESTIMENTOS IMOBILIZADO INTANGÍVEL PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE OPERACIONAL Fornecedores Obrigações fiscais Salários e encargos sociais Provisões FINANCEIRO Empréstimos e financiamentos Dividendos a pagar Duplicatas descontadas PASSIVO NÃO CIRCULANTE TOTAL - CAPITAIS DE TERCEIROS PATRIMÔNIO LÍQUIDO Quadro 2: Modelo de Balanço Patrimonial Padronizado Fonte: adaptado de Matarazzo (2010) Pós-Graduação | Unicesumar 45 No balanço patrimonial, conforme o Quadro 2, os ajustes observados pela padronização con- sistem na divisão do ativo circulante e passivo circulante em: operacional e financeiro. No ativo circulante financeiro, devem ser apresentadas as contas relativas a valores mo- netários disponíveis para utilização, como: caixa, banco conta movimento, aplicações financeiras, dividendos a receber, enquanto no ativo circulante operacional, as contas re- sultam de atividades operacionais que ainda demandam algum tempo para serem conver- tidos em dinheiro, como: duplicatas a receber, estoques de mercadorias, estoques de pro- dutos acabados, impostos a recuperar etc. No passivo circulante financeiro, são clas- sificadas as contas de captação de recursos, como empréstimos, financiamentos, descon- to de duplicatas, debêntures ou contas que não originadas de atividades operacionais, como dividendos a pagar. No passivo circu- lante operacional, já são registradas as contas que representam dívidas decorrentes da atividade operacional, como: fornecedores, duplicatas a pagar, contas a pagar, impostos a recolher, salários a pagar etc. Essa reclassificação permite ao analista verificar as origens e recursosdecorrentes da atividade operacional ou financeira, ou seja, se as aplicações nas atividades opera- cionais da empresa estão sendo financiadas pelas origens de recursos operacionais ou fi- nanceiros do Passivo Circulante. Os demais grupos de contas não ne- cessitam de reclassificação, podendo ser apresentados de forma mais sintética; tudo depende do detalhamento da informação a ser gerada. Então, o Ativo Não Circulante é subdividido em Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível, en- quanto o Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido não precisa ser subdividido. O que precisa ser observado é que deve ser inserida a somatória de Passivo Circulante e Passivo Não Circulante como capital de terceiros, antes do Patrimônio Líquido. Análise das Demonstrações Contábeis 46 DRE EM: 31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3 DEMONSTRAÇãO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO VA AV AH VA AV AH VA AV AH RECEITA OPERACIONAL BRUTA RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (-) CUSTO DAS MERCADORIAS/PRODUTOS/SERVIÇOS (=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO (-) DESPESAS OPERACIONAIS DESPESAS COM VENDAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS (=) LUCRO OPERACIONAL I RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO (-) DESPESAS FINANCEIRAS RECEITAS FINANCEIRAS (=) LUCRO OPERACIONAL II OUTRAS DESPESAS/RECEITAS OPERACIONAIS (+/-) Resultado da equivalência patrimonial (=) LUCRO OPERACIONAL III (=) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO (+/-) OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS (=) RESULTADO ANTES DA PROVISÃO PARA IRPJ E CSLL (-) Provisão para IRPJ e CSLL (=) RESULTADO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES (-) PARTICIPAÇÕES (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO POR AÇÃO Quadro 3: Modelo de Demonstração do resultado do exercício Padronizada Fonte: adaptado de Silva (2012) e Matarazzo (2010) Pós-Graduação | Unicesumar 47 Observa-se, no Quadro 3, a padronização da demonstração do resultado do exer- cício que, segundo Silva (2010), pode dividir o lucro operacional em: • Lucro operacional I: Compreende o desempenho da empresa em sua atividade principal, antes de computar o impacto das despesas e receitas financeiras, e o resultado da equivalência patrimonial. • Lucro operacional II: Compreende o resultado após deduzir todas as receitas e despesas estritamente financeiras da empresa. • Lucro operacional III: Reflete o resultado da empresa após computar o resultado da equivalência patrimonial, que é o reconhecimento da participação no capital social de outras empresas. A estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício quase não sofre alteração até o lucro operacional, somente a partir daí começam as reclassificações. Essa reclassificação permite observar se a empresa tem gastos ou ganhos com ativi- dades que não fazem parte das atividades operacionais da empresa. Isso porque as despesas e receitas financeiras não são decorrentes da atividade operacional (manuseio dos recursos financeiros), nem os investimentos de participações em outras empresas. Não esquecendo que antes da efetiva aplicação das técnicas de análise, há a necessidade de atualizar os valores da amostra para que o fator inflação não afete os índices obtidos e, por consequência, a análise. Análise das Demonstrações Contábeis 48 Para analisar a situação econômica e financeira de uma empresa, não basta apenas visualizar itens das demonstrações contábeis isoladamente, é preciso ter uma base de comparação entre eles. Para estabelecer essa base, as contas do balanço pa- trimonial e da demonstração do resultado são relacionadas umas às outras para que sejam extraídas informações sobre a situação da organização. Dentro da análise das demonstrações contábeis essas relações são amplamen- te utilizadas, recebendo a denominação de índices. Silva (2012, p. 225) conceitua índices como “relações entre contas ou grupos de contas das demonstrações contábeis, que têm por objetivo fornecer-nos informações que não são fáceis de serem visualizadas de forma direta nas demonstrações contábeis”. Com o cálculo desses indicadores, são medidos diversos aspectos econômi- cos e financeiros das empresas, podendo ser mais aprofundados em uma área do que em outra. O analista responsável pela elaboração dos relatórios pode uti- lizar qualquer um dos indicadores, mas para obter informações de qualidade, ele deve avaliar quais são os indicadores que melhor se encaixam na proposta de sua análise e qual o aprofundamento ao qual quer chegar. Os indicadores da empresa, por si só, podem não ser uma medida suficiente sobre o desempenho da mesma. Assaf Neto (2012) afirma que para serem extraídas as melhores conclusões, é necessário que os indicadores sejam comparados com uma média estabelecida mediante a análise de desempenho de outras organi- zações do mesmo ramo de atividade, para verificar se está dentro dos padrões aceitáveis de normalidade para a área, quais os pontos em que se destaca e em quais áreas carece de mais atenção. Também é necessário verificar o contexto econômico no qual está inserida a empresa. PARA ANÁLISE TÉCNICAS Pós-Graduação | Unicesumar 49 Matarazzo (2010) explica que depois de efetuada a avaliação geral da empresa, através dos índices econômico-financeiros, pode-se aprofundar a análise com o uso de técnicas adicionais denominadas: Análise Vertical e Horizontal. Desse modo, o autor concluiu que a sistemática da análise para avaliação de uma empresa, ob- servando que: “a análise de Balanço deve partir do geral para o particular, assim, inicia-se a análise propriamente dita (após o trabalho de preparação – padroniza- ção) com o cálculo dos índices. Em seguida, se aplica a Análise Vertical/Horizontal” (MATARAZZO, 2010, p. 170). A análise das demonstrações contábeis pode contar com as seguintes téc- nicas de análise: • Análise horizontal; • Análise vertical; • Análise por meio de indicadores econômicos e financeiros. A análise horizontal demonstra a evolução de cada conta ao longo do período da amostra, enquanto a análise vertical tem a finalidade de mostrar a participação de cada conta com relação ao seu total e, por fim, a análise por meio de índices apre- senta indicadores específicos da situação econômica e financeira em cada ano. Sendo recomendada a utilização das três técnicas para viabilizar tendências para os próximos períodos, com resultados mais acertados e detalhados dos fatos e, consequentemente, melhorando o nível e a qualidade das informações expressas no relatório de análise. Os indicadores de análise horizontal e vertical podem mostrar o desempenho econômico e financeiro da empresa? Fonte: elaboração própria Análise das Demonstrações Contábeis 50 hORIZONTAL ANÁLISE Assaf Neto (2012) diz que é um processo bastante simples, no qual se toma como base os valores obtidos na data inicial a ser analisada; os valores subsequentes são divididos por esse valor inicial e depois multiplicados por cem, representando, no fim, o valor percentual dessa conta no período em relação ao período anterior. Segundo Matarazzo (2010, p. 172), “baseia-se na evolução de cada conta de uma série de demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ ou em relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série”. A análise horizontal, portanto, pode ser utilizada para
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