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PETIÇÃO RESPOSTA ACUSAÇAO PORTE DE ARMA

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AJC – Assistência Juridica ao Cidadão
	
	Autorizada pela Portaria Ministerial n° 552 de 22 de março de 2001 e publicado no Diário Oficial da União de 26 de março de 2001
Rua Francisco Martins, n° 169 – Ponto Central – Feira – Bahia Endereço Eletrônico www.fat.edu.br
E-mail: fat@fat.edu.br
Telefone (75) 3616-9008 – Telefax: (75) 3616-9466
CNPJ: 01.149.432-00001-21
	
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIME DA COMARCA DE RIACHÃO DO JACUÍPE – ESTADO DA BAHIA
Proc. n.º 0000065-36.2016.8.05.0211
MUNIQUE GONZAGA PEREIRA, já qualificado nos autos em epígrafe, por intermédio do NPJ da FAT, com endereço profissional em timbre acima, vêm, mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar a sua RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fundamento no art. 396-A, do Código Processo Penal, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir delineados:
I – DA SITUAÇÃO FÁTICA QUE ENSEJOU A DENÚNCIA
Fora a acusada denunciada e encontra-se processada por este ínclito Juízo em virtude da ocorrência dos fatos que segundo entendimento do Ministério Público, subsomem-se à norma penal incriminadora inserta no art. 14 da Lei 10.826/03. 
Segundo se recolhe da peça acusatória, a acusada no dia 27 de novembro de 2016, por volta das 23h00m, na rua Álvares Covas, Bairro Alto do Cemitério, neste município , foi abordada por policiais militares, em preventivo, ocasião em que foi constatado que próximo a acusada foi encontrado um revolver de marca Mauser, calibre 6,35, numero de serie 318253, com quatro munições intactas do mesmo calibre, sendo esta de uso permitido. 
Na esteira, constata-se que a acusada foi imputada a prática de condutas que idealmente se ajustariam aos tipos penais acima relevados, eis que se trata de crime de mera conduta.
II – DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
Em que pese à denúncia oferecida pelo representante do Parquet ter embasamento em depoimentos testemunhais ocasionados por flagrante delito, será devidamente comprovado no curso da presente, através de testemunhas que estavam presentes no local no momento da abordagem feito pelos policiais que, a arma acima relatada, não se encontrava na posse da acusada no momento da abordagem, pelo contrário, a referida arma pertencia ao 2º denunciado o qual assume perante o depoimento, no inquérito policial. "Pag. 08 do IP".
No momento da abordagem, a acusada não portava nenhuma arma. Ademais, consoante relato dos autos estava próximo do mesmo, o que via de regra consubstancia gritante irregularidade do Parquet, atribuir fato diverso do existente no caderno processual. 
Neste sentido, em relação ao porte e posse de arma, salienta o ilustre Doutrinador Fernando Capez, em sua obra Comentários à Lei de arma de Fogo (Saraiva, São Paulo, 2012, p. 39/40): 
"O porte consiste em o agente trazer consigo a arma, sem licença da autoridade. É necessário que o instrumento esteja sendo portado de maneira a permitir o seu pronto uso. Assim, a arma deve estar ao alcance do sujeito, possibilitando o seu rápido acesso e utilização." 
Como se pode verificar no conjunto fático, a acusada apenas está em companhia do portador da arma e que acabou sendo envolvida pelo mesmo ao encontrar-se fora do alcance da referida arma, este não tinha condições de pronto uso daquela, não estando, portanto, ao seu alcance, razão pela qual, a conduta praticada pelo mesmo, recai sobre amodalidade "manter sob a guarda", elemento típico contido no art. 12 da Lei 10.823/03,
Assim, repita-se, a arma não estava ao seu alcance que lhe possibilitasse rápido acesso e utilização e não pertencia a mesma. 
Assim sendo, em restando abrigadas as teses oras esposadas, requer, que a acusada, desde já, a desclassificação do delito inserto no art. 14, para o art. 12, ambos da Lei 10.826/03.
III – DOS PEDIDOS
Diante do quanto exposto, REQUER que: 
Seja REPELIDA A DENÚNCIA, e acolhida a tese da ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA, com fundamento no artigo 397, inciso III, do Código de Processo Penal, não se olvidando da tese secundária adstrita a defectibilidade probatória que preside à demanda prova judicializada, impotente em si e por si, para gerar qualquer veredicto condenatório, ABSOLVENDO-SE A RÉ com base no artigo 386, do incisos I ao VII do Código de Processo Penal;
Por extrema cautela, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, observando, ainda, que o rol de testemunhas deixa de ser apresentado, neste momento processual, tendo em vista que a defesa do denunciado está sendo promovida pelo Núcleo de Prática Jurídica de uma Instituição de Ensino Superior, não tendo, pois, contato com o réu, tudo conforme os Princípios Constitucionais da Ampla Defesa e Contraditório. 
Nestes termos.
Pede e espera deferimento. 
De Feira de Santana para Riachão do Jacuípe, 21 de março de 2018.
ALVARO LUIS XAVIER LEITE
ACADÊMICO DE DIREITO
ADVOGADO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA
OAB/BA XX.XXX

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