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PROCESSO PENAL II CASO 01

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ALUNA: LUIZA ABRAHÃO LEITE – 201702474232 
SEMANA 01 
 
Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas 
em região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas redondezas. 
Após alguns solavancos e tortura físico-psicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, 
acabou por admitir a autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado 
mediante sevícia consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora. 
Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado Chumbinho, que 
foi logo localizado e indiciado no inquérito policial instaurado. A vítima do roubo, na 
delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente Chumbinho como aquele que mais a 
agrediu, apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. 
Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o 
propósito de trancar a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. 
Solucione a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos princípios 
constitucionais pertinente 
R: 1- A questão é controvertida na doutrina pátria. Alguns bons proces-
sualistas defendem a aplicação do PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDAD E 
e PRINCI PIO DA RAZO ABILIDADE do bem jurídico em confronto: a 
segurança pública e a paz social de u m lado e do outro lado o ius libertatis 
da pessoa do infrator. Para os adeptos dessa corrente, aproveita-se a prova 
derivada de um a outra conta minada de ilicitude e na origem. 
2ª- Uma segunda corrente defende a admissibilidade da prova subsequente, se 
independente daquela de origem ilícita. Seria a hipótese do caso concreto, em 
que a vítima do roubo fez reconhecimento pessoal dos meliantes na delegacia. 
3ª- Um terceiro posicionamento vem sendo adotado pelo Supremo Tribunal 
Federal ( STF), inadmitindo, de forma absoluta, a prova ilícita quer originária quer 
por derivação. 
 
Questão objetiva 
(OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causandolhe sérias 
lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-
lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que 
presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também 
presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro 
tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca 
apenas para desarmá-lo. Já as testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma 
de fogo em poder de Pedro. Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do 
réu, sustentando que a legítima defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a absolvição 
do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No momento de prolatar a sentença, 
o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação 
de legítima defesa. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
 (A) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz não se 
convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
 (B) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz não se 
convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
 (C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou 
em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu. 
 (D) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a sentença. 
A lei obriga o juiz a esgotar todas as diligências que estiverem a seu alcance para dirimir dúvidas, 
sob pena de nulidade da sentença que vier a ser prolatada.

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