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Relatório_Atividade Estruturada 1

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO ESPECIAL 
 
 
ANA ELISABETE RODRIGUES DE CARVALHO LOPE 
 
 
PESQUISA E ANÁLISE DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA 
INCLUSIVA. 
 
 
LAÍS SILVEIRA VIDAL 
 
 
 
 
 
 
ACARAÚ/CE 
OUTUBRO DE 2014 
Com o objetivo de identificar as barreiras físicas, atitudinais e comportamentais que a escola 
deve superar para a construção do projeto inclusivo de educação, foram realizadas duas 
entrevistas, em escolas distintas para melhor compreensão sobre o papel do educador na 
construção de uma proposta inclusiva de educação. 
A primeira entrevista foi realizada com uma professora da rede municipal de ensino do 
município de Acaraú/CE onde atende e dá suporte educacional a alunos que apresentam 
autismos (clássicos, moderados), síndrome de Down, déficit mental (leve e moderado), 
esquizofrenia. Mesmo com algumas dificuldades, os discentes são atendidos individualmente 
e recebem apoio pedagógico especifico dependendo da sua deficiência. 
Na segunda entrevista, a professora de educação física da rede estadual de ensino do 
município de Acaraú/CE encontra algumas barreiras para trabalhar com alunos com déficit de 
atenção e com uma aluna cadeirante com dificuldades de locomoção – com enfermidade: 
paralisia cerebral. Mesmo sendo ponto negativo a ausência das famílias da comunidade na 
escola, a professora modificou sua proposta curricular para melhor atender esses alunos e 
tornar as aulas fonte de respeito ao diferente, melhor aprendizado e compreensão; no intuito 
de tornar esse um grande ponto positivo. 
A Educação Especial se ocupa do atendimento e da educação de pessoas com deficiência em 
instituições especializadas, tais como escolas para surdos, escolas para cegos ou escolas para 
atender pessoas com deficiência mental. Dependendo do país, a educação especial é feita fora 
do sistema regular de ensino. Nessa abordagem, as demais necessidades educativas 
especiais que não se classificam como deficiência não estão incluídas. No caso do Brasil, 
possuímos uma Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva 
(2008) que inclui outros tipos de alunos, além dos que apresentam deficiências. 
A educação especial é uma educação organizada para atender especifica e exclusivamente 
alunos com determinadas necessidades especiais. Algumas escolas dedicam-se apenas a um 
tipo de necessidade, enquanto outras se dedicam a vários. O ensino especial tem sido alvo de 
criticas por não promover o convívio entre as crianças especiais e as demais crianças. Por 
outro lado, a escola direcionada para a educação especial conta com materiais, equipamentos 
e professores especializados. O sistema regular de ensino precisa ser adaptado e 
pedagogicamente transformado para atender de forma inclusiva. 
 
 
 
 
ENTREVISTA 01. 
 
Professoras: Manoela dos Santos Vidal e Carliane Maria de Freitas. 
Escola: Professora Teresa de Jesus Silva/ Sala Multifuncional e Sala de AEE (Atendimento 
Educacional Especializado) 
Pesquisa e análise de práticas pedagógicas na escola inclusiva. 
01. Qual a sua formação enquanto professor na área de educação especial? 
R: Manoela é formada em licenciatura em Matemática, já tenho oito anos que ensino sendo 
dois na educação especial, faço no momento dois cursos um de libras composta de cinco 
módulos estou já no quarto e outro de AEE que engloba várias disciplinas sobre as 
deficiências, esses cursos com duração de dois anos e meio. Também todo o mês participa de 
uma formação pedagógica da educação especial na construção do conhecimento e dos jogos 
pedagógicos e estruturados e dois cursos sobre autismo. Carliane formada em letras já ensina 
a turma da educação especial há seis anos e realiza os mesmos cursos libras, AEE e as 
formações pedagógicas. 
02. Quais as características e necessidades especiais que os alunos incluídos na sua 
turma apresentam? 
R: Temos 22 alunos divididos em dois turnos manhã e tarde e por níveis como: EJA II e III 
avançados, EJA I intermediário, nível primário. Temos alunos com as seguintes deficiências: 
autismos (clássicos, moderados), síndrome de Down, déficit mental (leve e moderado), 
esquizofrênica. 
03. Como você realiza as adaptações necessárias no planejamento da aula? 
Nossos planos são de acordo com a deficiência de cada aluno e seu nível de escolaridade, são 
trabalhados jogos estruturados e pedagógicos e as disciplinas como: matemática, português, 
ciências, história, motricidade fina, educação física. Nossos planos são individuas para cada 
aluno. Trabalhamos muito com o método TEACCH, onde é realizada uma rotina diária. 
04. Quais recursos adaptados estão disponíveis e quais adaptações no currículo são 
realizadas para adequar sua prática pedagógica às necessidades específicas do aluno 
incluído? 
Nossas adaptações são na maneira do ensinar cada aluno, pois cada um segue um plano uma 
rotina diferente de acordo com sua necessidade especial, fazemos adaptações nos jogos na 
hora da construção do mesmo, nas atividades escritas nos cadernos, pois para chamar atenção 
do aluno escrevemos atividades escritas a punho com canetinhas e com gravuras recortes 
montado uma atividade auto- visual, trabalhamos com cada aluno atividades no individual 
professor-aluno e no independente onde o aluno realiza seu jogo ou atividade sozinha. 
Utilizamos o computador com jogos apropriados para cada um. 
05. As atividades desenvolvidas mobilizam os saberes, as habilidades e as interações 
entre os diferentes alunos da turma? 
 Nossas aulas são diárias de terça a sexta de 07h30min as 11h00min, e de 13h30min ás 
17h00min divididos em dois turnos. Nossas atividades são baseadas nas necessidades de cada 
aluno verificando o nível de aprendizagem de cada um e vendo o seu nível de compreensão. 
Nossos jogos estruturados são realizados pelos próprios professores da sala especial com 
materiais de baixo custo como: garrafas pet, tampinhas de garrafas, caixas de leite, papelão, 
isopor, etc. Jogos que evolvam a matemática, português, ciências, atividades de escrita e 
leitura, raciocino lógico, nossos alunos são capazes, agora faltam serem incentivados a buscar 
a realizar. 
06. O tempo e os recursos são adequados? Quais as limitações encontradas para atingir 
o objetivo proposto de aprendizado para cada aluno? 
Nosso tempo com os alunos é maravilhosa troca de experiências, carinhos e conhecimentos, 
mais assim nosso tempo de planejar é corrido, pois cada aluno tem um plano diário e um 
plano mensal, realizamos estudos de caso de cada um, fazemos a avaliação semestral, 
confecção de cadernos diários de classes e casa. Limitação ainda se tem, pois ainda se falta 
muito pra essas crianças um espaço amplo com todos os equipamentos que eles precisam com 
médicos, terapeuta ocupacional e psicólogo está num passo lento pra termos uma inclusão de 
verdade desses alunos. 
07. Ocorrem parcerias entre professor, aluno, a equipe pedagógica, gestor da escola e a 
família do aluno incluído? 
Sim temos um vínculo muito grande com a família, pois são sempre presentes em sala, temos 
uma agenda diária onde nos comunicamos todo dia com os pais onde lá escrevemos o dia do 
aluno em sala e em casa os pais nos avisam como eles passaram o resto do dia, já com a 
escola temos um bom convívio, os alunos são inseridos em tudo numa apresentação da escola, 
sempre presentes, nossa relação com os alunos é maravilhoso eles são carinhosos, nos 
respeitam, fazemos nossos passeios diários eles têm segurança na gente. 
08. Como a avaliação da aprendizagem do aluno com necessidades educacionais é 
realizada? 
Nossa avaliação é feita de duas formas uma avaliação semestralonde se realiza uma avaliação 
escrita com todo o conteúdo passado naquele período e verificando o desempenho da 
resolução do aluno. Já a outra é feita pelo professor avaliando o aluno o seu desempenho 
durante todo o semestre verificando o que aprendeu e o que precisa melhorar. 
09. Quais os maiores desafios enfrentados pelo professor na construção de uma 
proposta inclusiva de educação? 
Ainda são o preconceito e falsa inclusão por que incluir é fazer aquele aluno especial 
participar e interagir com o grupo em sala. Precisamos mostrar dentro da escola que esses 
alunos são capazes sim e inseridos em sala eles vão fazer histórias os professores precisam 
abrir os olhos e o coração pra essa realidade de receber esses anjos, precisam buscar 
conhecimentos. 
 
 
ENTREVISTA 02. 
Professora: Júlia Vane 
Escola Ensino Médio Vicente de Paulo da Costa 
Pesquisa e análise de práticas pedagógicas na escola inclusiva. 
 
01. Qual a sua formação enquanto professor? 
Licenciatura em Educação Física 
02. Quais as características e necessidades especiais que os alunos incluídos na sua 
turma apresentam? 
Aluna cadeirante com dificuldades de locomoção – com enfermidade: paralisia cerebral. 
Alunos com déficit de atenção. 
03. Como você realiza as adaptações necessárias no planejamento da aula? 
Procuro sempre atentar para atividades que exijam a participação oral dos alunos, para evitar 
qualquer dispersão. O trabalho desenvolvido com slides e vídeos também é uma excelente 
ferramenta neste sentido. Nas aulas práticas meu olhar sempre se volta à aluna cadeirante da 
turma, para que ela possa participar das atividades sem se submeter a qualquer risco de se 
machucar. Neste mesmo sentido nas aulas em que são propostas atividades recreativas, 
sempre faço a inclusão de jogos como xadrez, dama e bocha, jogos estes que são 
mundialmente utilizados por cadeirantes. 
04. Quais recursos adaptados estão disponíveis e quais adaptações no currículo são 
realizadas para adequar sua prática pedagógica às necessidades específicas do aluno 
incluído? 
Todos os professores da escola em que trabalho se preocupa com os alunos que apresentam 
déficit de atenção, e por isso se utilizam as mais variadas propostas de atividades para evitar a 
dispersão destes alunos. Todas estas atividades foram propostas no currículo escolar do aluno 
desde a semana pedagógica que norteou as nossas atividades do ano. Porém ainda não 
tínhamos tido nenhum aluno cadeirante na escola, e isso me desafiou bastante, já que pelo 
menos uma vez na semana elaboro alguma atividade prática alternativa, que deve ser 
realizada pelos alunos. Por isso mesmo me preocupei em ampliar a minha proposta 
pedagógica, acrescentando diferentes atividades que estimulem a participação de todos. Uma 
das mudanças fundamentais em minha proposta curricular para a inclusão desta aluna 
cadeirante foi inclusão de atividades isométricas, exercícios de alongamento e atividades de 
relaxamento que podem livremente serem realizadas por qualquer pessoa independentemente 
de possuírem alguma deficiência, o que não é o caso de outras atividades como as 
modalidades de esportes coletivos ou práticas de lutas, por exemplo. 
05. As atividades desenvolvidas mobilizam os saberes, as habilidades e as interações 
entre os diferentes alunos da turma? 
Em partes. Mesmo que tenhamos nossos olhos voltados para a aprendizagem integral de todos 
os alunos, é possível identificar que alguns alunos, talvez por não se aterem na perspectiva de 
melhoras e por apresentarem falta de interesse, acabem por não alcançar os objetivos 
desejados. Coloco a questão da falta de interesse porque não buscamos desenvolver apenas os 
aspectos cognitivos, mas também o espírito de responsabilidade com os estudos. 
06. O tempo e os recursos são adequados? Quais as limitações encontradas para atingir 
o objetivo proposto de aprendizado para cada aluno? 
Não necessariamente. Costumo dizer que o saber pode ser disseminado de diversas maneiras e 
que os nossos adolescentes também aprendem de diversas maneiras, hoje, principalmente pelo 
uso da tecnologia parece que eles estão esperando novidades na forma de aprendizagem, e 
aquela aula na sala de aula, escrevendo e ouvindo exposições, vem se tornando a pior maneira 
de tomar a concentração do aluno. Em contra partida os recursos midiáticos em nossa escola 
ainda é insuficiente para a demanda, poucos computadores, uma TV, um multimídia e 15 
turmas que totalizam mais de quatrocentos alunos para o uso destes recursos. Quanto ao 
tempo para as aulas, tenho duas aulas por semana nas turmas de 2ºs e 3ºs anos, considero este 
tempo razoável, já que se trata do tempo previsto em lei. Porém nas turmas de 1ºs anos, tenho 
apenas uma aula por semana, tempo insuficiente para fazermos o estudo dos conteúdos 
previstos na proposta. 
07. Ocorrem parcerias entre professor, aluno, a equipe pedagógica, gestor da escola e a 
família do aluno incluído? 
Em partes. A presença das famílias de nossa comunidade na escola é pouco constante, de 
maneira geral. Porém quanto às articulações de necessidades do aluno incluído em relação ao 
transporte, saúde, compreensão por não conclusão de atividades, saídas para tratamento, 
mobilidade na escola, entre outras necessidades, a escola (professores e gestores) sempre 
busca manter-se como parceira no desenvolver da resolução destes problemas para que não se 
venha prejudicar a vida escolar do aluno incluído. 
08. Como a avaliação da aprendizagem do aluno com necessidades educacionais é 
realizada? 
De maneira formativa. Além de serem avaliados os aspectos cognitivos do aluno em um 
processo de avaliações escritas, também incluímos a avaliação da participação, da 
assiduidade, da pontualidade e da responsabilidade do aluno para com atividades propostas. 
09. Quais os maiores desafios enfrentados pelo professor na construção de uma proposta 
inclusiva de educação? 
Acredito que o maior desafio seja a percepção da importância da proposta inclusiva quando se 
trata de uma minoria. Fomos ensinados a atender a maioria e não a todos, e isso pouco politiza 
a nossa proposta de inclusão. Nos vemos buscando melhorias para aqueles que achamos que 
poderão alcançar um certo objetivo ( hoje o principal deles, a entrada na universidade) e 
esquecemos de formar para a vida em sociedade. A preocupação de formar profissionais 
cobriu os nossos olhos para a formação do cidadão, e isso nos faz procurar os melhores, 
inclusive destacando as incapacidades físicas e cognitivas de alguns. Esta realidade 
problematiza o desenvolvimento das políticas de inclusão e nos leva a uma situação social 
cada vez mais individualista e desumana.

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