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Trabalho de investigação Violencia domestica infantil Iris de Morais

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Escola Superior de Gestão, Ciências e Tecnologia 
Curso de Psicologia 
Disciplina de Métodos de Pesquisa 
 
 Título: Violência doméstica infantil 
 
 
 
Docente: Dra Sara Laísse 
Discente: Iris de Morais 
Código do aluno: 468230 
 
 
 
 
 
 
Maputo, 02 de Maio de 2018 
Problema: Impacto dos programas de assistência social à crianças vitimas de violência doméstica 
em Moçambique. 
Introdução 
A pesquisa pretende compreender a situação das crianças vítimas de violência doméstica partindo 
de uma análise micro da comunidade local em que se encontram inseridas as crianças vitimas que 
se beneficiam ou não dos programas de assistência social. O projecto acima aludido pretende 
dentre vários aspectos compreender a situação das crianças que se beneficiam ou não de assistência 
social tendo em conta as estruturas familiares e as residenciais, as práticas locais das crianças 
vulneráveis tomando em consideração o acesso ou não dos serviços de assistência social bem como 
as necessidades das mesmas. A pesquisa irá focar as concepções de vulnerabilidade através de 
métodos participativos junto das crianças e suas famílias de modo a permitir uma melhor 
compreensão do fenómeno. Assim, o projecto de pesquisa apresenta uma ordenação que inicia 
pela formulação do problema, pergunta de partida, objectivo geral e específicos, hipóteses, 
justificativa, definição de conceitos, metodologia, e por último a bibliografia. 
Tese 
Assim, com a insuficiência de meios para implementar programas de assistência social à crianças 
vítimas de violência doméstica nos propomos a indagar se existe diferença de integração social 
na família entre crianças vitimas de violência doméstica que recebem assistência social e as que 
não recebem? 
Objectivo geral 
 Compreender o papel social dos programas de assistência social para as crianças vítimas 
de violência doméstica. 
Objectivos específicos 
 Caracterizar o perfil das crianças vítimas de violência doméstica; 
 Caracterizar o perfil socioeconómico das crianças vítimas de violência doméstica e de suas 
famílias que se beneficiam ou não da assistência social; 
 Identificar as necessidades e serviços providos as crianças vítimas de violência doméstica 
e as famílias que se beneficiam ou não de assistência social. 
 
Hipótese 
 A diferença na integração social na família pode ser atribuída ao acesso ou não ao programa 
de assistência social. 
 As crianças vítimas de violência doméstica que recebem assistência social apresentam-se 
socialmente integradas na família e superam a condição de vulnerabilidade enquanto que 
as crianças vítimas de violência doméstica que não recebem assistência social apresentam-
se socialmente excluídas e aumenta a sua condição de vulnerabilidade. 
 Entre as crianças vítimas de violência doméstica com ou sem assistência social não existe 
diferença de integração social, prevalecendo a condição de vulnerabilidade em relação a 
família e a sociedade. 
Justificativa 
Nos últimos anos temos acompanhado de forma progressiva casos de violência em crianças. 
Portanto, esta pesquisa é justificada por um lado, pela escassez de literatura atinente à questões 
ligadas a violência doméstica a crianças, Portanto, o fundamento para desenvolver a presente 
pesquisa parte do baixo grau de reflexão académica sobre a violência em crianças em 
Moçambique, são ainda poucas pesquisas vinculadas à esta temática no panorama dos estudos 
sociais. Por outro lado, esta pesquisa é justificada pelo pouco destaque da temática no âmbito dos 
seminários e conferências que os diversos intervenientes da área têm realizado. A partir deste 
entendimento, acreditamos que esta pesquisa, além de inovar, poderá contribuir, de forma mais 
incisiva na compreensão desse fenómeno, trazendo subsídios para solucionar este problema em 
Moçambique. Mais do que isso, de acordo com as nossas indagações, acreditamos que esta 
pesquisa poderá contribuir na melhoria desses programas de assistência social a crianças vítimas 
de violência domestica no que diz respeito ao provimento dos serviços básicos de protecção. 
 Definição de conceitos: Nesta etapa definimos dois (2) conceitos chave que usamos para 
compreender a situação das crianças vítimas de violência doméstica. Deste modo levantamos os 
seguintes conceitos: criança e violência doméstica. 
Criança: Ao falarmos de criança, deparamo-nos com a ideia de que pode encarar duas visões 
diferentes, uma visão subjetiva outra objetiva. A concepção subjetiva de criança que é construída 
pelos atores sociais a partir das suas convivências quotidianas, varia de sociedade para sociedade. 
Mas, há um elemento comum definidor que distingue a criança do adulto: a percepção de (in) 
capacidade biológica e psicológica atribuida a esta (Mauluquela, 2004 p.11). 
A concepção objetiva apresenta um critério universalizante que é a idade, e tende a estabelecer um 
limite objetivo máximo de 18 anos de idade para considerar-se um indivíduo criança, baseado nas 
cartas, convenções, diretrizes e declarações internacionais sobre os direitos das crianças (ibid, 2004 
p.12). 
Nos códigos Civil (1996) e Penal (1972) Moçambicanos, a ideia de criança é apresentada através 
da noção de menor de 16, 18 e 21 anos de idade, isto é, todo menor de 21 anos de idade beneficia, 
pelo menos teoricamente, de uma proteção legal especial. Nesse sentido, são considerados criança 
os menores de 21 anos de idade, até a adesão a convenção sobre os direitos da criança e da carta 
africana sobre os direitos e bem estar da mesma que estabelece o limite de 18 anos. A convenção 
das Nações Unidas sobre o direito da criança no seu artigo primeiro diz que considera-se criança 
todo ser humano menor de 18 anos de idade, salvo se nos termos da lei que lhe for aplicável, a 
maioridade for atingida mais cedo (MMAS, 1999). 
Violência Domestica 
Segundo a obra "Impacto da violência domestica em Moçambique" do autor Golcalves de (Org) 
et al (2011) em 2002, pela primeira vez, a organização mundial da saúde (OMS) se pronunciou em 
relação a violência de forma mais contundente do que a que vinha adoptando ate então, quando 
apenas classificava os efeitos desse fenómeno ou realizava analises e fazia recomendações 
esporádicas sobre o assunto. Por isso divulgou o Relatório mundial sobre violência e saúde, no 
qual define o problema como: 
uso intencional da forca ou poder real ou em ameaça, contra si próprio, 
contra outra pessoa, ou contra um grupo ou comunidade, que resulte ou 
tenha qualquer possibilidade de resultar em lesão, morte, dano 
psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação (KRUG ET AL. 
,2002, p.5). 
 
 
 
 
Bibliografia 
Gil, António Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5°ed. Atlas editora, São Paulo, 1999. 
Ministerio da Mulher a Acao Social. A implementacao da convencao sobre os direitos da 
crianca. Maputo, 1999. 
SILVA, Edna; MENEZES, Estera. Metodologia da Pesquisa e Elaboração da Dissertação, 3.ed, 
Florianópolis, Laboratório de Ensino à Distância da UFSC, 2001. 
ASSIS, Simone Goncalves de (Org), … et al. Impacto da Violência Domestica: Moçambique e 
Brasil. Rio de Janeiro, RJ: Fiocruz/ensp/ Claves, 2011.

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