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Assim como acontece nos cálculos matemáticos, na lógica, há alguns símbolos e conceitos que são fundamentais para a compreensão e resolução de exercícios. O “raciocínio” que utilizamos pode ser classificado como cálculo proposicional. Uma ideia inicial de lógica consiste em classificar algo como verdadeiro ou falso. Suponha que um amigo lhe contou que “pera é uma fruta”. Se outro amigo lhe disser que “pera não é uma fruta”, ele estará negando o que o primeiro amigo contou. Utilizando operações lógicas, podemos chamar a afirmação “pera é uma fruta” simplesmente de p. Se negamos a afirmação p, podemos utilizar o sinal ~, que indica negação, portanto, o segundo amigo afirmou que ~p (ele negou p). Suponha agora a chegada de um terceiro amigo que acredita que o segundo amigo está errado, como ele poderia negar que “pera não é uma fruta”? Ora, isso pode ser feito pela afirmação de que “pera é uma fruta”, portanto, se eu nego uma negação, eu terei apenas a primeira afirmação, isto é: ~(~p) = p Vejamos uma forma de organizar essas ideias utilizando uma tabela – verdade. p ~p ~(~p) V F V F V F A segunda linha da tabela corresponde à situação hipotética que criamos no parágrafo anterior. Vamos interpretar agora a última linha da tabela. Seja a minha proposição agora falsa, se eu a nego, estou falando uma verdade. Mas se esse eu torno a negar essa verdade, estou novamente falando uma falsidade. Podemos concluir então que. ~V = F e ~(~V) = V ~F = V e ~(~F) = F Vejamos um exemplo: Seja p a proposição “Vermelho é minha cor preferida”, temos então: p: Vermelho é minha cor preferida; ~p: Vermelho não é minha cor preferida ou Não é verdade que vermelho é minha cor preferida ou ainda é mentira que vermelho é minha cor preferida; ~( ~p) : Vermelho é minha cor preferida. Temos também a conjunção, representada pelo símbolo ^, que faz o papel do quando nos remetemos a duas proposições. Por exemplo, se eu tenho “p ^ q”, eu leio “p e q”. Imagine-se em uma máquina da verdade. Se você disser duas afirmações verdadeiras, a máquina apontará que você diz a verdade. Mas se você disser uma verdade e uma mentira ou, ainda, disser duas mentiras, a máquina apontará que você é mentiroso, pois em algum momento você mentiu. Assim como na máquina, ocorre também com a conjunção. Vejamos a tabela verdade: p q p ^ q V V V V F F F V F F F F Há ainda a disjunção. Esta faz o papel de ou e é representada pelo símbolo v. Se houver “p v q”, será lido “p ou q”. Agora se imagine em uma máquina um pouco mais “bondosa” que a anterior. Nessa máquina da verdade, o que você fala é aceito da seguinte forma: se você diz duas proposições verdadeiras, a máquina conclui que você fala a verdade; se você disser uma verdade e uma mentira, a máquina concluirá que você fala a verdade, pois, em algum momento, você disse a verdade, e nós dissemos que essa máquina é mais camarada, não é mesmo? Apenas se você disser duas afirmações falsas que a máquina dirá que você é mentiroso, pois concluirá que você nunca falou a verdade. Aqui também temos uma tabela verdade: p q p v q V V V V F V F V V F F F Vamos analisar algumas sentenças: p: 2 + 2 = 8 (F) q: Brasília é a capital do Brasil (V) p ^ q = F e V = F p v q = F ou V = V p: O avião voa (V) q: O carro possui quatro rodas (V) p ^ q = V e V = V p v q = V ou V = V p: O cachorro é uma ave (F) q: Rio de Janeiro é a capital do Brasil (F) p ^ q = F e F = F p v q = F ou F = F p: 2 + 1 = 3 (V) q: A baleia é um peixe (F) p ^ q = V e F = F p v q = V ou F = V
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