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Aula X - Antijuridicidade

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Ilicitude (antijuridicidade)
– Conceito: "contrariedade de uma conduta com o Direito, causando efetiva lesão a um bem jurídico protegido." - Nucci.
– Excludentes: sempre quando um sujeito comete um ato antijurídico que o código excluir a ilicitude não haverá crime
Parte Geral – art. 23 CP traz as principais (e não únicas) causas que excluem a ilicitude
Parte Especial – Exemplo: arts. 128, 150, 156 CP)
Legislação Especial
Estado de Necessidade Art. 24 CP
– Conceito: É o sacrifício de um interesse juridicamente protegido, para salvar de perigo atual inevitável o direito próprio ou de terceiros, desde que outra conduta, nas circunstâncias concretas, não era razoável exigir. Art. 24 CP tenho AÇÃO
defensivo: ato contra animal ou coisa que emana o perigo; (o cachorro vai me atacar e eu mato o cachorro)
agressivo: pessoa/coisa diversa daquela que provém o perigo para o bem jurídico; (o cachorro vai atacar minha amiga e eu mato o cachorro)
– Requisitos:
Perigo atual; apenas age, não pensa.
Causado por outrem;
Inevitabilidade do perigo e lesão;
Proteção a direito próprio ou de terceiros;
Proporcionalidade do sacrifício;
Dever legal de enfrentar o perigo;
Diminuição de Pena: art. 24, parágrafo 2° CP – 1 a 2/3 se razoável
Legítima Defesa Art. 25 CP
– Conceito: É a defesa necessária empreendida contra agressão injusta, atual ou iminente, contra direito próprio ou de terceiros, usando meios moderados. Tenho REAÇÃO
Injusta agressão não é injusta provocação.
– Elementos:
Agressão injusta;
Atual ou iminente;
Direito próprio ou de terceiros;
Meios necessários; o que for suficiente para paralisar a ação do agressor
Moderação; independe da quantidade de tiros e sim paralisar a ação do agressor
Legítima Defesa da Honra: a provocação pode ser de alguma forma considerada, para talvez uma redução de pena, mas não absolvição.
Ofendículos: Natureza jurídica - discussão. Objetos de defesa às posses e propriedades ex.: cerca elétrica
Estrito Cumprimento do Dever Legal
– Conceito: Ação praticada em cumprimento de um dever imposto por lei, mesmo que cause lesão a um bem jurídico de terceiros.
– Dever Legal: originário do poder público competente. (não se aplica aos particulares)
– Situações:
– Descriminantes putativas: art. 20, parágrafo 1º
Exercício Regular do Direito
– Estupro de esposa praticado pelo marido
– Gravidez resultante de estupro
– Correção disciplinar dos filhos
– Tratamento médico sem consentimento do paciente para salvar de perigo de morte
– Violação de domicílio
– Violação de correspondência pelos pais dos filhos menores
– Castigo de pais e professores
– Lesões praticadas no esporte
Consentimento do Ofendido
– Conceito: Causa supralegal de exclusão da ilicitude, permitindo que o titular de um bem ou interesse protegido, considerado disponível, concorde, livremente com a sua perda. (honra, liberdade ou patrimônio)
– Ortotanásia:
Excesso nas Excludentes Art. 23, parágrafo único CP
Doloso
Culposo
Exculpante
Acidental
Culpabilidade será afastada quando o código dizer que é isento de pena.
	Culpabilidade
	Não recebe pena
	Diminuição de Pena
	Imputabilidade
	Menores – art. 27
Doentes Mentais – art. 26*
Embriaguez provocada – art. 28
	Em caso de dúvida sobre o estado de doença mental
	Potencial consciência da ilicitude
	Erro de proibição – art. 21 desconhece que seja ilícito
	Erro evitável - diminuição de pena
Erro inevitável - isento de pena
	Exigibilidade de conduta diversa
	Coação irresistível – art. 22
Obediência à ordem não manifestamente ilegal
	
*Não são todos os doentes mentais e sim aqueles que estiverem mentalmente afetados no momento da conduta.
Coação Irresistível é quando não existe a possibilidade de resistir a coação, agir de forma diversa.
Escusas absolutórias são aquelas que não é exigível conduta diversa do familiar. Art. 348, parágrafo 2º, art. 181
Concurso de Pessoas art. 29
A) Conceito: pluralidade de agentes para cometerem crimes. Com divisão de tarefas.
Necessário: é preciso obrigatoriamente que haja mais de uma pessoa para cometer certos crimes – art. 288
Eventual: pode ou não ter mais de uma pessoa para cometer um crime.
B) Requisitos:
2 ou mais pessoas
Pluralidade de condutas
Relevância causal de cada uma das ações essas ações unidas têm que consumar o crime (nexo)
Identidade de fato
Voluntariedade
Liame subjetivo entre os agentes. (Anuência do ilícito)
C) Divide-se:
Autor: idealiza o crime e pratica a ação nuclear
Coautor: ajuda a idealizar e praticar a ação nuclear
Partícipe: auxilia, não fica "dentro" do desdobramento da ação nuclear
Auxílios do partícipe:
Material – entregar a arma, a corda, dirigir o carro da fuga...
Moral – instigação (fica dizendo: vai lá, duvido você fazer tal coisa...), induzimento, incentivar outrem a praticar a ação nuclear
D) Teorias:
Monista/unitária: único e indivisível ainda que praticado por mais de duas pessoas. (Não distingue autor, coautor e partícipe) mais adotada
Pluralista: pluralidade de agentes com ações distintas e pluralidade de delitos, cada um responde por um crime autônomo.
Dualista: um crime para os autores e outro para o partícipe.
E) Autoria:
Teoria restritiva (critério formal objetivo) autor é quem pratica a conduta típica descrita na lei. Realiza a ação nuclear. (Adotada por nós)
Teoria extensiva (critério material objetivo) autor não é só o que realiza a conduta como também aquele que concorre para o resultado.
Teoria domínio final do fato (final objetivo) autor é quem tem poder de decisão sobre a realização do fato e não só o que executa a ação. (Adotada excepcionalmente, como complemento para punir o mandante)
F) Coautoria:
Quem executa conjuntamente com outras pessoas a ação ou omissão que configura o delito.
G) Participação:
Sentido estrito: prática de uma ação que em si mesma não é penalmente relevante, passando a ser importante quando o autor/coautor inicia o ato da execução.
Formas: auxílio e cumplicidade
H) Autoria Mediata:
Execução por meio de outra pessoa, eu mando e ela faz o que eu mandei, consentindo, haverá culpabilidade. Já a imediata, a pessoa que eu mandei cometer o crime não está consentindo com o crime, não sabe do que se trata.
I) Cooperação dolosamente distinta:
Resultado diferente do pretendido. (art. 29, parágrafo 2º)
Participação acessória
 – crime menos grave (não sabia que ele ia matar alguém durante o furto, nem que ele possuía uma arma)
 – previsível - ½ - (eu vi ele com uma arma e ele matou durante o furto, portanto eu pude prever que poderia ocorrer uma morte)
J) Punibilidade no Concurso de Pessoas:
Distinção em cada situação (art. 29, parágrafo 1º)
K) Qualificadoras e agravantes:
L) Circunstâncias do crime - art. 30
Condições de caráter pessoal - não se comunicam
Quando a característica pessoal for fundamental para o cometimento do crime.
O infanticídio, por exemplo, precisa que a mãe mate o filho, ser mãe é um caráter pessoal, se alguém ajudar essa mãe sabendo que é mãe da vítima, ele será punido pelo mesmo crime que a mãe.
A confissão, por exemplo, pertence a penas a quem confessou e não vai atenuar a pena da outra pessoa que participou do crime.
M) Execução do crime:
Não se pune se o crime não foi ao menos tentado
N) Autoria incerta e Autoria colateral:
Incerta: Tenho dois autores mas não sei quem de fato produziu o resultado.
Por exemplo, Paulo, e João querem matar André mas não se conhecem. Os dois atiram em André no mesmo lugar e a perícia não consegue constatar quem de fato matou André.
Nesse caso, será imputado então a tentativa de homicídio tanto para Paulo como para João.
Colateral: tenho dois autores mas é constatado que apenas um matou.
No caso de André, suponhamos que a perícia conseguiu constatar que foi João quem matou André. Daí, João será punido por homicídio e Paulo, por tentativa de homicídio.

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