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PROCESSO DO TRABALHO nulidades, representação, petição inicial, respostas do réu

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NULIDADES PROCESSUAIS
Ocorrerá as nulidades quando faltar algum requisito em que a lei prescreve como necessário para validade do ato processual.
Basicamente a lei tem que trazer quais são os requisitos para validade do ato, se aqueles requisitos estabelecidos pela lei não forem obedecidos ocorre a nulidade processual. Que são divididos em nulidades absolutas e relativas.
Nulidade Absoluta: será declarada sempre que o ato processual viciado violar normas de interesse público, podendo ser declarada de ofício pelo juiz, sendo vedada as partes disporem sobre esse interesse.
Exemplo: um juiz do trabalho não é competente para julgar um divórcio, aqui há uma nulidade absoluta por incompetência do juízo, e tem quer ser declarada ou pela parte interessada ou podendo ser declarada ex-ofício, mas é um dever da parte contrária provocar o juízo, e ela pode ser declarada a qualquer tempo, principalmente porque ela viola uma norma de interesse público, assim as partes não podem dispor.
Nulidade Relativa: será declarada quando vício do ato processual violar normas de interesse privado, dependendo sempre de provocação da parte interessada, sendo vedado ao juiz declará-la de ofício. 
Exemplo: o empregado trabalhou em Parnaíba, foi contratado e demitido em Parnaíba, e entra com reclamação trabalhista em Teresina, configura nulidade relativa porque há um incompetência relativa em razão do território. A parte contrária é obrigada a provocar o juízo apresentando uma exceção de incompetência relativa em razão do território, se não for apresentada essa exceção o juiz de Teresina passa a ser competente, o juiz não pode declarar de ofício. 
Art. 794 a 798 da CLT tratam de nulidade, e essa divisão é feito pelos doutrinadores através de princípios.
Princípio do Prejuízo (transcendência): a nulidade só vai ser declarada se houver prejuízo para os litigantes. O que importa é que se não houver prejuízo para as partes, mesmo que havendo nulidade relativa ela não vai ser declarada. Art. 794.
Princípio da Convalidação (preclusão): no caso de haver uma nulidade a parte interessada tem que provocar o juízo na primeira oportunidade que tiver para falar nos autos, se não o fizer vai precluir, ou seja, não vai poder arguir posteriormente. Art. 795.
Princípio da Economia Processual: quando poder suprir a falta ou repetir o ato não vai poder ser declarada nulidade. O juiz que pronunciar que pronunciar qual a extensão dessa nulidade. Art. 796, a e Art. 797.
Princípio do interesse: quem deu causa a nulidade não pode provocar o juízo para requerer a nulidade daquele ato. Art. 796, b.
Princípio da Utilidade: só posso anular os atos que são posteriores a essa nulidade, não os anteriores. Art. 798.
Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
§ 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.
§ 2º - O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão.
Art. 796 - A nulidade não será pronunciada:
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato;
b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa.
Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.
 Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam conseqüência.
PARTES E PROCURADORES
Todos tem capacidade de ser parte, mas nem todos tem capacidade de estar em juízo. A capacidade de estar em juízo tem os plenamente capazes, a partir da maioridade civil e nos casos de emancipação civil adquire-se a capacidade de estar em juízo (art. 5º, CC e 7º do CPC). 
Mas há uma peculiaridade no caso de estar em juízo, que é o jus postulandi: 
Capacidade de o empregado ou empregador postular em juízo sem assistência de um advogado art. 791, limitado pela súmula 425 TST, que é limitado as varas do trabalho e aos TRTs e não alcançam as ações rescisórias, ações cautelares o MS e os recursos de competência do TST.
Art. 133, CF: o advogado é essencial para a administração da justiça. 
O art. 791 CLT vem da década de 1940 e em 1988 veio a CF que trouxe no art. 133 uma questão crucial no que tange ao jus postulandi, que diz que o advogado é essencial a administração da justiça, sendo indispensável. Com a CF os tribunais do final da década de 80 passaram a interpretar que o art. 791 da CLT foi revogado, porque a Constituição estava prevendo expressamente que o advogado não poderia faltar. Posteriormente veio o estatuto da lei 8.906/94, e o estatuto confirmou a mesma redação em lei federal do art. 133 da CF. A lei dos juizados nº 9099/95 trouxe a possibilidade do jus postulandi para causas de até 20 salários mínimos. 
Então veio a ADIN 1.127-8 ajuizado pela AMB ao STF e essa ADIN queria a declaração de inconstitucionalidade do artigo da lei 9099 que previa a possibilidade do jus postulandi e o STF disse que não havia inconstitucionalidade nenhuma, que era possível sim o advogado ser indispensável e concomitante o exercício do jus postulandi nos juizados. 
Então se era permitido o exercício do jus postulandi nos juizados e se interpretou que na justiça do trabalho também era possível.
REPRESENTAÇÃO
Representação é quando alguém figura em um dos pólos do processo em nome e no interesse de outrem. 
Existem dois tipos de representação - A legal: é destinada as pessoas jurídicas de direito público. A convencional: é destinada aos entes de direito privado.
No direito do trabalho há a figura do representante clássico do empregado: é o SINDICATO (previsto art. 513, alínea a) tanto na esfera judicial como na administrativa.
Art. 513. São prerrogativas dos sindicatos: a) representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias os interesses gerais da respectiva categoria ou profissão liberal ou interesses individuais dos associados relativos á atividade ou profissão exercida;
Problema: a lei traz a hipótese de um empregado pode representar outro empregado, previsto art. 843, § 2º: 
Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
A lei usa a expressão representar, a doutrina não admite como representação essa hipótese. Então ela considera esse empregado só tem a função de justificar a ausência desse empregado, é uma formalidade exacerbada. E indiscutivelmente a doutrina considera que o sindicado pode representar o empregado.
* Representação dos Empregados Menores:
A assistência e representação no direito do trabalho se dá da mesma forma que no direito civil, ou seja, a pessoa adquire capacidade plena a partir dos 18 anos, maior de 16 e menor de 18 vai ser assistido e o menor de 16 anos precisa ser representado. 
- os empregados menores são representados pelos pais ou tutores; 
na ausência deles quem vai representar será o MP do Trabalho; 
na falta quem representará será o sindicato da categoria profissional; 
na falta será o MP Estadual; 
na falta o juiz nomeará um curador.
A partir dos 16 anos o menor pode trabalhar, ele só não pode trabalhar em ambientes insalubres, perigosos e no horário noturno. 
A partir de 14 anos o menor pode trabalhar apenas na condição de aprendiz;
O menor de14 anos não pode trabalhar, conforme art. 7, XXXIII, CF/88.
Ex: o caso da Maisa teve uma ação do MP do trabalho de São Paulo entrou com uma Ação Civil Pública contra o SBT, a saída jurídica que encontraram foi dizer que ali não é trabalho e sim arte, e o contrato seria civilista, que ela não está lá como empregada, está lá como uma artista prestando um serviço a cultura e por isso teria essa camuflagem do contrato civil.
* Representação das Pessoal Jurídicas
A CLT trata dessa representação, a reforma alterou o art. 843. 
O parágrafo primeiro diz que é facultado ao empregador fazer-se substituir por um preposto, então ele pode conferir poderes a uma pessoa por meio de carta de preposição onde ela vai fazer o próprio empregador em juízo. Este preposto precisa ter conhecimento dos fatos. Tudo que ele disser vai vincular o empregador. 
Os fatos que o preposto precisa ter conhecimento não precisa ter vivenciado, sim as testemunhas.
Esse preposto não precisa ser empregado, conforme o parágrafo 3º do art. 843 e isso agora depois da reforma, antes da reforma ele tinha que ser empregado de acordo com a súmula 377 do TST que deve ser reformulada.
Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
§ 3o  O preposto a que se refere o § 1o deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada.  
* Representação das Pessoal Jurídicas de Direito Público
União
Estados São seus procuradores (não precisa de preposto)
Distrito Federal
Municípios O procurador e o Prefeito
* As sociedades sem personalidade jurídica: quem estiver na administração de seus bens.
* Os condomínios (tanto residencial quanto comercial): síndicos ou seus administradores.
* O empregador doméstico: qualquer pessoa que resida na residência que foi o local de trabalho.
* Advogados: na justiça do trabalho além da procuração há mais duas outras formas de outorga, que são o mandato tácito: é outorgado pela simples presença do advogado em audiência, porém essa outorga é somente para poderes gerais, não tem poderes especiais em toda a justiça do trabalho – a outra é a procuração apud acta: é um ato formal, onde ele pede a palavra ao juiz para constar na ata os poderes que ele está recebendo da parte. Nessas duas formas de outorga de poderes se limita a justiça do trabalho, se houver necessidade de sair da esfera trabalhista é necessário juntar a procuração nos termos formais.
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA E BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA
Quem dá assistência judiciária aos empregados é o sindicato da categoria profissional a eu pertence o trabalhador, lei nº 5584/70.
O empregado não precisa se filiado ao sindicato.
Esse advogado é pago pelo sindicato, através do honorários de sucumbência, que só cabe quando o empregado for assistido pelo sindicato e for beneficiário da justiça gratuita, conforme súmula 219 TST. Então são 3 requisitos pra receber honorários na justiça do trabalho: 1 ganhar a causa, 2 assistência sindical e 3 ser beneficiário da justiça gratuita.
Súmula nº 219 do TST
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI em decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016 
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (art.14,§1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305da SBDI-I). 
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. 
III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. 
IV – Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90). 
V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º).
VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.
Requisito pra ser beneficiário da justiça gratuita:
Antes da reforma: ganhar até 2 salários mínimos ou declarar que não tem condição de arcar com as custas e honorários.
Depois da reforma: Art. 790. § 3o  É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.  
PROCEDIMENTOS
O processo do trabalho tem dois grandes procedimentos, o comum e o especial (Não veremos o procedimento especial)
O procedimento comum é de aplicação geral e se divide em:
Ordinário – as causas com valor acima de 40 salários mínimos
Sumaríssimo - as causas tem o valor de 2 até 40 salários mínimos
Sumário - as causas com valor de até 2 salários mínimos
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
O princípio da concentração dos atos processuais determina que esses atos sejam concentrados em uma única audiência (art. 849, CLT), mas acaba ocorrendo um desmembramento pela impossibilidade de se conciliar, instruir e julgar em um único momento, mesmo havendo esse desmembramento a audiência continua sendo única, porque é apenas a continuidade da audiência anterior.
Só que para fins de estudo, iremos fazer essa divisão:
 Audiência de conciliação: 
EX: empregado entrou com uma ação trabalhista contra o empregador, o empregador foi devidamente notificado para comparecer a audiência, a audiência não pode ser não pode ocorrer no prazo inferior de 5 dias contados do recebimento da citação. 
Se o reclamante não comparece de forma injustificada a essa audiência: o processo é extinto sem resolução do mérito e é arquivado.
Se o reclamado não comparece de forma injustificada a essa audiência: ocorre revelia (ausência de contestação), porque no processo do trabalho a contestação é apresentada na audiência, se o réu não comparece vai ser revel. A confissão ficta que trata este artigo é uma conseqüência da ausência de contestação.
Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
§ 1o  Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando nova audiência.
§ 2o  Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiçagratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável.
§ 3o  O pagamento das custas a que se refere o § 2o é condição para a propositura de nova demanda.
§ 4o  A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se
I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação;
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
§ 5o  Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados.         
OBS: Teve um ponto da reforma que atacou diretamente uma súmula 122 do TST: Se é marcada uma audiência de instrução, o autor comparece e o réu não (sem justificar), mas o advogado do réu sim, nesse caso não enseja revelia, porque o advogado apresentou a contestação, conforme o § 5º do art. 844, CLT. A penalidade da ausência do réu é a aplicação da confissão ficta aos fatos alegados pelo autor. A súmula diz exatamente o oposto, proibia o juiz de receber a contestação do advogado. 
Se todas as partes comparecerem na audiência: Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. O juiz é obrigado a tentar compor as partes, se houver acordo ele se torna um título executivo judicial irrecorrível para as pastes e recorrível para a previdência no que tange aos seus créditos.
Se não houver acordo na audiência: Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes. Se não acontecer acordo o juiz vai receber a contestação, que pode ser escrita ou oral em 20 minutos. 
OBS: Como a defesa é feita em audiência depois da tentativa frustrada de conciliação, e normalmente nessa defesa há documentos para provar suas alegações, em relação a esses documentos o juiz é obrigado a dar um prazo para o autor falar sobre os documentos juntados pelo réu, o prazo é judicial, ou seja, estipulado pelo juiz. Concedido esse prazo o juiz pode continuar a audiência e já entrar na audiência de instrução, ou ele pode encerrar a audiência e marcado outra data para instruir. 
 Audiência de instrução:
Terminada essa fase o juiz tem duas opções, ou ele daria continuidade à audiência de instrução, ou ele encerraria a audiência e marcaria sua continuidade numa data posterior. 
Quando é marcada audiência em outro dia, chegando nesse dia, o autor não comparece a audiência (injustificadamente) de instrução – não pode arquivar, pois é uma audiência de continuação – a penalidade dada a autor é a confissão ficta, então o juiz vai presumir que são verdadeiros os fatos alegados pelo réu. Se o réu faltou será a mesma coisa.
Pois revelia e arquivamento só acontecem na primeira audiência. Nunca acontece nas audiências de continuação.
Se faltar o réu e o autor, na tem como aplicar a confissão, então o juiz vai julgar o processo no estado em que ele se encontra, ou seja, sem prova.
A produção de prova será apenas na audiência de instrução. 
Em regra o juiz ouve as partes, primeiro o autor, depois o réu; depois de ouvido as partes ele vai ouvir as testemunhas, no rito ordinário podem ser indicados até 3 testemunhas pelas partes, no total de 6, só passa desse número de testemunhas a critério do juiz; 
Nesse momento o juiz pode determinar a realização de perícias, a juntada de novos documentos, e determinar a realização da inspeção judicial (quando o juiz se desloca até onde a prova se encontra);
Terminada a instrução (art. 850, CLT) o juiz ainda pergunta se as partes ainda têm mais prova para produzir, se eles declararem que não têm mais prova para ser produzida nos autos, o juiz vai determinar que as partes façam suas razões finais orais, com 10 minutos para cada uma das partes. 
Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.
Parágrafo único - O Presidente da Junta, após propor a solução do dissídio, tomará os votos dos vogais e, havendo divergência entre estes, poderá desempatar ou proferir decisão que melhor atenda ao cumprimento da lei e ao justo equilíbrio entre os votos divergentes e ao interesse social.
Depois das razões finais o juiz vai renovar a proposta conciliatória;
Não havendo acordo o juiz vai julgar.
 Audiência de julgamento:
O juiz pode adotar três medidas:
Pode julgar na própria audiência, assim as partes já saem cientes da sentença, significa que o prazo recursal começa no primeiro dia útil subsequente;
Encerra a audiência e faz o processo concluso para julgamento – quando vai concluso no dia que ele julgar ele manda intimar as partes para terem ciência e vai ter a contagem de prazo recursal;
O juiz marca o dia que vai julgar. O problema é quando a sentença não sai no dia marcado, a lei diz que o juiz tem 48 horas pós dia marcado para dar essa sentença sem precisar intimar as partes as partes. Se ele proferir dentro das 48 horas para fins de contagem de prazo recursal é como se ele tivesse proferido a sentença no dia que ele marcou. Se já passou das 48 horas a justiça tem quem intimar as partes.
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
Só se aplica para dissídio individual;
Só causas com valor acima de 2 até 40 salários mínimos;
A finalidade principal foi à celeridade processual, para permitir que um processo de um valor menor tenha um tramite mais rápido, então o parágrafo único exclui a fazenda;
As empresas públicas e as sociedades de economia mista, por serem da administração indireta não estão atingidas pela exclusão;
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.
Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 
O pedido deve ser certo e determinado e tem que fazer a indicação correta do valor e do pedido;
Se não indicar o valor correto, o processo vai ser arquivado e condenado ao pagamento de custas sobre o valor da causa;
É proibida a citação por edital, porque o reclamante é obrigado a indicar o endereço correto do réu;
Se não indicar o endereço do réu, o processo vai ser arquivado e condenado ao pagamento de custas sobre o valor da causa;
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo:                       
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente;                             
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado; 
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento. 
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa.
§ 2º As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação. 
Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, mesmo que não requeridas previamente. Ele dispensa que as partes coloquem expressamente que querem a produção de prova oral, documental, etc;
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente.
A audiência é una, com algumas exceções;Uma das exceções: a lei autoriza o desmembramento da audiência quando houver a impossibilidade de falar sobre os documentos apresentados pelo réu, mas a critério do juiz;
Art. 852-H. § 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz.
O limite de testemunhas no procedimento sumaríssimo é de até 2 testemunhas, que devem comparece independentemente de notificação. Se a testemunha se recusar a testemunhar, a parte deve provar que chamou a testemunha através de AR, ou outro meio de prova, aí o juiz vai ter que marcar outra audiência para conduzir essa testemunha coercitivamente.
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação.
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. 
Cabe perícia no procedimento sumaríssimo; 
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito.
No procedimento sumaríssimo é dispensado o relatório na sentença; 
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
 Recurso ordinário no procedimento sumaríssimo
É equivalente a apelação no processo civil;
Só tem relator, não tem revisor. E o relator tem 10 dias para mandar esse processo para julgamento;
Se o Ministério Público do Trabalho quiser dar seu parecer, será oralmente no dia do julgamento;
O acórdão consiste numa certidão de julgamento, onde vai constar a indicação do processo, a parte dispositiva, e as razões de decidido voto vencedor;
Se a sentença for mantida, vai ser apenas certificada essa informação.
 Recurso de revista no sumaríssimo
Só cabe em três hipóteses: se for contrária súmula do TST, for contrária a súmula vinculante do STF ou for violação direta a CF/88.
PROCEDIMENTO SUMÁRIO
Previsto na lei n° 5584/70;
Valor da causa: até 2 salários mínimos;
O depoimento das partes é dispensável, devendo apenas o juiz constar em ata a sua conclusão quanto à matéria de fato;
A sentença é irrecorrível (não há duplo grau de jurisdição), salvo se houver afronta a CF/88;
PETIÇÃO INICIAL
No processo do trabalho é possível ter uma petição escrita ou verbal. A reclamação trabalhista é um exemplo de P.I. que pode ser verbal, o trabalhador vai lá, faz a reclamação e ela é reduzida a termo.
Mas existem P.I. que são proibidas de forma verbal, por exemplo, mandado de segurança, dissídio coletivo, inquérito, procuração de falta grave, esses obrigatoriamente devem ser escritos.
* Art. 786 - A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo.
Primeiro distribui, depois reduz a termo, porque quem reduz a termo é chefe de secretaria da vara, e só se tem como saber pra qual vara esse processo vai depois que ele é distribuído.
* Parágrafo único - Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no art. 731.
A jurisprudência e a doutrina interpretam que o retorno do empregado é pra ele assinar/subscrever essa petição inicial. 
* Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.
Se o empregado não comparecer no prazo de 5 dias para assinar/subscrever a petição inicial, o processo vai ser arquivado e ele vai perder a oportunidade de ele ajuizar uma nova ação nos mesmos termos por um período de 6 meses – é a perempção provisória. A penalidade é pra matéria que está sendo discutida nessa reclamação verbal.
* Art. 732 - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844. 
Quando o empregado por duas vezes seguidas der causa ao arquivamento do processo, por exemplo, ele reclama férias vencidas aí ele não comparece para assinar, depois faz a mesma coisa. Então incorre também a perempção provisória, que é a perda do direito de ação durante 6 meses.
 Requisitos da petição inicial
A designação da autoridade judiciária a quem será dirigida (endereçamento);
A qualificação das partes. 
Breves exposições dos fatos, que são extremamente importantes porque são eles que geram a causa de pedir;
A CLT não obriga o direito, mas é essencial para a peça.
O pedido deverá ser certo, determinado e com a indicação do valor.
Não precisa pedir a notificação do réu, porque o art. 741 já obriga o chefe de secretaria a fazer essa notificação no prazo de 48 horas;
Não precisa de protesto de provas, porque as provas serão produzidas independentemente de requerimento;
O valor da causa serve para saber o rito. Só que a CLT não dispõe sobre a obrigatoriedade, mas sim a doutrina e jurisprudência.
Local, data e assinatura. A CLT só diz data e assinatura.
Não arrola testemunha no processo do trabalho.
Assinatura: é do subscritor, porque o empregado pode estar exercendo o jus postulandi.
 
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1o  Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.            
§ 2o  Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo.
§ 3o  Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito.  
A emenda da petição inicial pode ser até a audiência – antes de o réu apresentar a sua defesa. Se a contestação já tiver sido entregue eu posso emendar se o réu autorizar.
RESPOSTAS DO RÉU
 EXCEÇÃO: é uma defesa indireta.
(Excipiente: réu - Excepto: autor)
A exceção pode ser de suspensão, impedimento e incompetência relativa, que se divide em incompetência relativa de lugar (território) e valor da causa. Só que a exceção de valor da causa não usamos, porque o juiz do trabalho tem competência para julgar ações de qualquer valor, não há a distinção de juízes de causas de valor x ou valor y.
Há incompetência relativa só em relação ao território, ao lugar. Que tem o critério básico da fixação do território no processo do trabalho.
Art. 799 - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência.
§ 1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa. 
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final. 
O artigo fala que apresentada a exceção vai acontecer a suspenção do processo até o julgamento da exceção. O artigo também não fala expressamente do impedimento, mas porque a CLT é de 46, o CPC vigente a época era o de 39, e nele não fazia distinção de suspeição e impedimento, para ele os dois eram 1 só coisa. 
Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.
§ 1. Protocolada a petição, será suspenso o processo e não serealizará a audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção.
§ 2. Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias.
§ 3. Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado como competente.
§ 4. Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo competente.
A exceção de incompetência agora é apresentada num prazo de 5 dias contados do recebimento da citação, antes da reforma a apresentação de incompetência era feita ao juiz excepcionado no dia da audiência, inclusive na contestação, agora se perder esse prazo de 5 dias o juiz passa a ser territorialmente competente. Essa mudança veio para evitar as ações do mal intencionado.
O parágrafo primeiro: Se for apresentada a incompetência suspende o processo, a audiência marcada não vai acontecer, pois deve ser julgada essa incompetência para saber se essa ação vai ser julgada lá onde o empregado entrou ou onde o réu (excipiente) está arguindo que seja o competente. 
O parágrafo segundo: o processo é concluso pro juiz, e o juiz vai dar um prazo de 5 dias pra parte adversa (excepto) se manifestar sobre a exceção é apresentada. 
O parágrafo terceiro: se houver a necessidade da instrução para se verificar exceção de incompetência, o juiz vai expedir uma carta precatória para o juiz do local ouvir as testemunhas do excipiente. Essa novidade veio com a intenção de otimizar e diminuir o custo.
Incompetência relativa ainda pode ser de suspeição ou impedimento.
(Excepto: autor ou réu - excipiente: juiz)
A suspeição tem um critério subjetivo e o impedimento critério objetivo.
Art. 144.  Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
§ 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz.
§ 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz.
§ 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo.
Art. 145.  Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.
§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I - houver sido provocada por quem a alega;
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.
O momento processual para se arguir uma exceção de suspeição ou impedimento: o juiz pode declarar de oficio a sua suspeição ou impedimento, mas o prazo para a parte é na primeira oportunidade de declarar nos autos após a ciência da suspeição ou impedimento. 
O problema aqui é quando o juiz resiste a essa exceção e solicita prova da sua suspeição ou impedimento para quem alegou. 
Art. 801 - O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes:
a) inimizade pessoal; SUSPEIÇÃO
b) amizade íntima; SUSPEIÇÃO
c) parentesco por consanguinidade ou afinidade até o terceiro grau civil; IMPEDIMENTO
d) interesse particular na causa. SUSPEIÇÃO
Parágrafo único - Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na pessoa do juiz, não mais poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A suspeição não será também admitida, se do processo constar que o recusante deixou de alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se originou.
Para as hipóteses de suspeição ou impedimento iremos usar os 3 artigos, o 144 e 145 do CPC e 801 do CLT.
O procedimento dessa suspeição está no art. 802: 
Art. 802 - Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou Tribunal designará audiência dentro de 48 (quarenta e oito) horas, para instrução e julgamento da exceção.
§ 1º - Nas Juntas de Conciliação e Julgamento e nos Tribunais Regionais, julgada procedente a exceção de suspeição, será logo convocado para a mesma audiência ou sessão, ou para a seguinte, o suplente do membro suspeito, o qual continuará a funcionar no feito até decisão final. Proceder-se-á da mesma maneira quando algum dos membros se declarar suspeito.
§ 2º - Se se tratar de suspeição de Juiz de Direito, será este substituído na forma da organização judiciária local.
Apresentada a suspeição ou impedimento o juiz vai marcar uma audiência dentro de 48 horas para instrução e julgamento da exceção. O juiz impedido ou suspeito é quem julga sua própria exceção.
* mas a jurisprudência e a doutrina defendem: que ao ser apresentada a suspeição ou impedimento, se o juiz não reconhecer a sua suspeição ele TEM que encaminhar os autos pra o juiz hierarquicamente superior fazer a instrução desse processo. Porque aqui o juiz é parte. 
 RECONVENÇÃO:
Reconvenção não é defesa. É uma ação ajuizada pelo réu na ação em que ele está sendo demandado. Inclusive ele pode optar em entrar com uma reconvenção em uma ação autônoma. 
Pressupostos para reconvenção: 
1º - O juiz da causa principal não deve ser absolutamente incompetente para processar e julgar a reconvenção - o juiz da causa principal ele não pode analisar matéria que não seja competência da justiça do trabalho;
2º - tanto a ação principal quanto a reconvenção precisam tramitar no mesmo procedimento, mesmo rito procedimental;
3º - tem que haver um processo pendente;
4º - tem que haver conexão - mesmas partes, mesma causa de pedir.
É proibido a apresentação de reconvenção no processo executório.
Não cabe reconvenção de reconvenção.
O momento de se apresentar a reconvenção é naaudiência junto com a contestação, ela pode até vir como preliminar de contestação, ou em peça apartada, mas ela tem que ser apresentada na audiência juntamente com a contestação.
Se for apresentada uma reconvenção o juiz tem que remarcar a audiência num prazo de no mínimo 5 dias para que o autor apresente a defesa, porque agora o autor virou réu. 
Quem apresenta a reconvenção é o RECONVINTE e a parte contrária é o RECONVINDO.
O juiz marcou uma outra data para o reconvindo apresentar a defesa da reconvenção, se ele não apresentar defesa ele será revel. 
Se o réu entrar com uma reconvenção, o autor analisando a reconvenção e vendo que ele não vai se dar bem e pretende desistir da sua ação, mas como agora ele é réu não tem como ele desistir de ser réu, somente pode desistir da sua ação principal. § 2º do art. 343 do CPC (§ 2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.)
As duas ações precisam ser julgadas em uma única sentença.
 CONTESTAÇÃO
No processo do trabalho a contestação pode ser escrita ou verbal, é apresentado em audiência após a tentativa frustrada de conciliação. Pois o juiz antes de receber a defesa ele deve propor a conciliação, se houver acordo entre as partes o juiz sequer recebe a contestação. Se não houver acordo o juiz recebe a contestação, que pode ser escrita ou pode verbal no prazo de 20 minutos (Art. 847, CLT).
Hoje há uma discursão muito grande em relação a exigência do PJE de que a contestação seja apresentada com 1 hora de antecedência da audiência, para que possa ficar registrado no sistema. O problema é que isso é uma resolução do TST e não tem como se sobrepor a um texto de lei federal, e tem juízes que seguem essa resolução, sendo que a contestação só vai ser apresentada após a tentativa frustrada de conciliação.
A contestação segue um princípio básico da impugnação especificada, então ele precisa impugnar todos os pedidos da inicial, sob pena de presunção de veracidade dos fatos que não forem impugnados na defesa, É VEDADA NEGAÇÃO GERAL no processo do trabalho.
A doutrina classifica a contestação em duas:
1. Contestação contra o processo – o réu atacará o processo ou a ação, e não a lide, o pedido, a pretensão, ou o bem da vida almejado pelo autor. Não ataca o mérito e sim a forma. Por exemplo, ele alega a legitimidade do autor.
2. Contestação contra o mérito, se subdivide em duas:
2.1 Contestação indireta do mérito: o réu reconhece o fato constitutivo do direito do autor, todavia ele apresenta um fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Exemplo, o autor alega que trabalhava horas extras, o réu alega que essas horas extras foram compensadas por banco de horas.
2.2 Contestação direta do mérito: o réu nega o fato constitutivo. Exemplo, o autor alega que trabalhava horas extras, o réu alega que ele nunca trabalhou horas extras.
PROVAS
As provas, em regra, só podem ser produzidas na audiência de instrução. 
A audiência de instrução só tem o fim de produzir prova, se o juiz entender que não há necessidade de produzir provas ele simplesmente não instrui o processo.
Princípios probatórios:
1. Princípio do contraditório e ampla defesa:
Determina que as partes tenham direito de se manifestar reciprocamente sobre todas as provas apresentadas no autos. É vedada a prova surpresa.
2. Princípio da necessidade da prova:
Determina que é necessário que a parte faça prova de suas alegações, uma vez que os fatos não provados serão considerados inexistentes. A regra básica é que: alegou, tem que provar.
3. Princípio da unidade da prova:
Determina que a prova deverá ser examinada em seu conjunto, uma vez que não se deve apreciá-la isoladamente. 
4. Princípio da proibição da prova obtida ilicitamente:
A prova produzida de forma ilícita é vedada no direito processual. Prevista na constituição art. 5º, inciso LVI: são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.
Hoje há muito a relativização desse princípio, em casos de assédio sexual o TST já aceitou gravações de celular.
5. Princípio do livre convencimento:
Determina que o juiz formará a sua convicção apreciando livremente valor das provas dos autos. Não há prova que valha mais do que a outra.
6. Princípio da oralidade:
Determina que preferencialmente as provas serão produzidas oralmente em audiência. Isso porque no processo do trabalho só há uma audiência. 
7. Princípio da imediação:
Determina que o juiz deverá ter um contato direto com as provas produzidas nos autos.
8. Princípio da aquisição processual:
Determina que a prova produzida, independentemente de quem a produziu pertence ao processo, sendo vedada a sua retirada ou desentranhamento.
9. Princípio do in dubio pro misero (operarium)
Quando houver um dúvida razoável sobre a prova o juiz nesse caso, pode interpretar essa prova em favor do empregado.
OBJETO DA PROVA: em regra são os fatos controvertidos. 
É possível exigir a prova do direito, o art. 376 do CPC: A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.
Na justiça do trabalho os direitos que eu tenho que provar: o ônus é da parte que alega, por exemplo, um acordo coletivo de trabalho.
AULA DE SÁBADO – 8
O art. 818 da CLT diz que a prova das alegações incumbem a quem as fizer, o art. 373 do CPC:
Art. 373.  O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
O autor tem que provar o fato constitutivo do seu direito, quando o réu reconhece o fato constitutivo autor ou ele paga ou ele tem alegar um fato que impeça, modifica ou extingue o direito do autor, e o réu tem que provar.
Quem que tem que provar hora extra? Cada caso é um caso (depende): 
Primeira coisa: se a empresa tiver mais de 10 funcionários ela é obrigada a fazer controle de entrada e saída de funcionários. Ex - Se a empresa tem 5 funcionários, e o empregado alega que trabalhou 2 horas extras por dia, a empresa nega esse trabalho de 2 horas, nesse caso quem tem que provar é o autor, pois o fato constitutivo do autor foi negado pelo réu e a empresa não tem obrigatoriedade de controlar entrada e saída do empregado. Se a empresa tivesse mais de 10 funcionários aí sim o réu teria que provar.
Outra situação: a empresa tem mais de 10 funcionários, o empregado alega que registrava o ponto e voltava pra trabalhar, nesse caso o autor tem que provar é o autor, porque é um fato constitutivo. 
Súmula 338 TST: I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003)
MEIOS DE PROVA
Depoimento pessoal
Tem o objetivo de que haja a confissão real das partes, ele quer que a parte que está mentindo confesse. Se autor confirma tudo que está na inicial e o réu confirma tudo que está na contestação não gera prova nenhuma, o contrário seria quando acontece uma confissão.
Art. 385 CPC:  Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.Art. 848 CLT: Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes. 
Confissão real: é quando há uma confissão expressa, quando a própria parte confessa do fato controvertido, a doutrina chama ela de rainha das provas.
Confissão ficta: essa gera uma presunção de veracidade, ocorre quando há ausência do preposto ou no caso da parte não responder.
Prova testemunhal
Só pode ser testemunha o plenamente capaz;
Não podem testemunhar: os incapazes, os impedidos e os suspeitos;
Art. 829 CLT - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.
Se a testemunha já estiver litigando em outra ação contra o mesmo empregador ele não se torna suspeito, de acordo com a súmula 357 do TST.
Súmula 357 TST: Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador.
No rito ordinário a parte pode indicar até 3 testemunhas, no sumaríssimo pode indicar até 2, em inquérito para apuração de falta grave pode indicar até 6.
O juiz pode ouvir tantas testemunha quiser, extrapolando o limite da lei.
Art. 461 CPC: O juiz pode ordenar, de ofício ou a requerimento da parte:
I - a inquirição de testemunhas referidas nas declarações da parte ou das testemunhas;
 Testemunha no processo do trabalho não se arrola formalmente, elas comparecerão espontaneamente.
Art. 825 CLT - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.
Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.
 Surdo-mudo que não sabe escrever, o estrangeiro que não fale a língua portuguesa podem testemunhar, mas precisarão de intérprete. 
Art. 819 CLT - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente.
 A testemunha que comparece em audiência para testemunhar, não pode ter seu dia de trabalho descontado no seu emprego.
Art. 822 - As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas.
 A lei obriga que as testemunhas não escutem o depoimento umas das outras.
Art. 824 - O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no processo.
 Se a testemunha for suspeita, impedida ou incapaz o advogado tem que dizer pra o juiz, isso é a chamada contradita, o momento é após a qualificação e antes de prestar compromisso.
Art. 457 CPC - § 1o É lícito à parte contraditar a testemunha, arguindo-lhe a incapacidade, o impedimento ou a suspeição, bem como, caso a testemunha negue os fatos que lhe são imputados, provar a contradita com documentos ou com testemunhas, até 3 (três), apresentadas no ato e inquiridas em separado.
Prova documental
Existe um momento processual próprio para a apresentação das provas documentais:
 O autor tem a obrigação de apresentar os documentos na propositura da ação;
 Já o réu tem que apresentar as provas na apresentação da defesa em audiência. 
 Em virtude do princípio do contraditório e da ampla defesa, como o autor apresenta seus documentos na inicial o réu já deve impugnar esses documentos na contestação. E como o réu apresenta seus documentos na audiência o juiz tem que dar um prazo para o autor falar sobre os documentos apresentados pelo réu, lembrando que é um prazo judicial. 
 A regra é que não pode apresentar documento na fase recursal. Mas há exceções na súmula 8 do TST: A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença.
 A lei autoriza que o juiz determine a exibição de um documentos, só que a parte que vai requerer deve atender três requisitos:
A individuação tão completa quanto possível do documento. 
A finalidade da prova indicando os fatos que se relacionam com o documento.
As circunstancias em que se funda o requerente para afirmar que o documentos existe e se encontra em poder da parte contrária.
 Pode haver a recusa da exibição, mas há hipóteses em que não pode haver a recusa na apresentação do documento, o juiz não aceitará recusa na apresentação do documento:
Se o requerido tiver obrigação legal de exibir.
Se o requerido aludiu ao documento no processo como intuito de constituir prova.
Se o documento, por seu conteúdo, for comum as partes.
 Se o juiz determina a exibição de documento e a parte contrária não apresentar, juiz vai considerar como verdadeiros os fatos alegados por quem requereu a apresentação dos documentos.
 Natureza da decisão que determina a exibição de documentos: decisão interlocutória. Assim ela é irrecorrível de imediato, só podendo atacado no final.
Art. 397.  O pedido formulado pela parte conterá:
I - a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa;
II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou com a coisa;
III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.
Art. 398.  O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua intimação.
Parágrafo único.  Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à verdade.
Art. 399.  O juiz não admitirá a recusa se:
I - o requerido tiver obrigação legal de exibir;
II - o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de constituir prova;
III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.
Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar se:
I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398;
II - a recusa for havida por ilegítima.
Parágrafo único.  Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido.
Prova pericial
Tem o objetivo de esclarecer um aspecto técnico. O juiz não fica adstrito ao laudo, não se limita ao laudo pericial. O advogado pode trazer outro elemento que demonstre que aquela perícia não tende a realidade.
A perícia pode ser requerida tanto pelas partes como pelo próprio juiz.
Quem vai pagar a perícia é quem pede o objeto da perícia: Art. 790-B: A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.
§ 3º O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias. 
Ou seja, essa perícia só será paga ao final. Se algum juiz obriga a empresa a fazer o deposito antecipado dos honorários periciais é só entrar com um mandado de segurança.
Após a nomeação do perito judicial as partes terão um prazo para apresentar os quesitos e nomear seu assistente técnico, que é pago pelas partes.
Após o laudo pericial o juiz vai dar um prazo para que as partes se manifestem sobre os laudos. 
Inspeção judicial 
É quando o juiz entende que há necessidade do seu deslocamento até onde se encontra a pessoa ou a coisa.
Na inspeção o juiz não faz juízo de valor; quando é feita inspeção é lavrado um auto circunstanciado, onde ele relata o que constatou, que serve como prova.
Art. 483.  O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa quando:
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar;
II - a coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis despesas ougraves dificuldades;
III - determinar a reconstituição dos fatos.
Parágrafo único.  As partes têm sempre direito a assistir à inspeção, prestando esclarecimentos e fazendo observações que considerem de interesse para a causa.
Art. 484.  Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, mencionando nele tudo quanto for útil ao julgamento da causa.
Parágrafo único.  O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia.

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