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* Evolução do Direito Comercial (3 fases): Relação direta com o incremento da atividade mercantil - 1ª fase: Corporações de ofício - Critério Subjetivo - 2ª fase: Teoria dos atos de comércio - Critério Objetivo - 3ª fase: Teoria da Empresa * 1ª fase: Corporações de ofício - Critério Subjetivo - Período: Idade Média(século XII - XVIII) - Contexto: poder centralizado nos senhores feudais, inexistência de poder central organizado. * 1ª fase: Corporações de ofício Critério Subjetivo - Incremento da atividade mercantil, aumento do número de comerciantes. - Força da classe dos comerciantes. - Organização dos comerciantes em Corporações de ofício (filiação). * 1ª fase: Corporações de ofício Critério Subjetivo Corporações de ofício: - Disciplina das relações comerciais entre os filiados à Corporação. - Direito próprio: regras, usos, costumes, não solene, informal, prático, ágil. - Atividade judicante privada. * 1ª fase: Corporações de ofício Critério Subjetivo Corporações de ofício: - Caráter subjetivo, pois o direito era aplicável aos membros filiados. - Caráter privatista, sem o poder público. - Direito dos comerciantes para os comerciantes. * Segunda fase: Teoria dos Atos de Comércio - Critério objetivo - Século XVIII: comércio mais intenso - Aumento do número de corporações - Desenvolvimento das cidades, estado monárquicos, absolutistas. * Segunda fase: Teoria dos Atos de Comércio e Critério objetivo - Estado passa a regular o comércio. - Direito posto x Dir. das corporações - Sistema jurídico estatal (CC 1804 e CCom 1808) * Segunda fase: Teoria dos Atos de Comércio e Critério objetivo - Como separar? Dir. Civil e Comercial - Teoria dos atos de comércio, rol taxativo. - Critério subjetivo pelo objetivo * Segunda fase: Teoria dos Atos de Comércio e Critério objetivo Adoção por vários países ocidentais. Código Comercial de 1850: adoção da teoria dos atos do comércio - Críticas e insuficiência do critério * Terceira Fase – Teoria da Empresa - Teoria da Empresa – Direito Italiano CC italiano de 1942 (CC/2002 BR) Unificação formal x autonomia material Como definir empresa? - Alberto Asquini – fenômeno poliédrico * Terceira Fase – Teoria da Empresa Conceito econômico, não jurídico. Perfil subjetivo (sujeito titular da atividade) Perfil objetivo (conjunto de bens destinados a desenvolver tal atividade) Perfil funcional (atividade econômica organizada pelo titular da atividade, dos bens e das pessoas) - Perfil corporativo (corporação hierárquica) Empresa como atividade econômica organizada * CC 2002 – Teoria da Empresa Adoção da teoria pelo CC/2002. Abandono da teoria dos atos de com. Não definição pelo CC do conceito de empresa. Qual o conceito de empresa ? Análise dos textos postados no sistema! * Teoria da Empresa Significado de “Empresa”: modo de desenvolver atividade econômica. Requisitos: definidos pela doutrina. Com a caracterização do exercício de empresa: incidência do Dir. Empresarial. * Conceito de Empresa Noção inicial advém da economia: Organização dos fatores de produção (capital, trabalho, natureza). O conceito jurídico de empresa advém do conceito econômico. * Requisitos da “Empresa” Atividade: conjunto de atos destinados a fazer circular bens e serviços. Não é um ato isolado. Economicidade: criação de riqueza, não atividades de mero gozo. Organização: atos coordenados e programados (de bens e de pessoas). Organização de trabalho próprio e alheio, não seria somente trabalho pessoal e autônomo. * Requisitos da Empresa Organização (e sua relevância): Ex.: médico x sociedade de médicos Ex.: atividades intelectuais, científicas e literárias x modo empresarial. Finalidade: produção ou circulação de bens ou serviços. Dirigida ao mercado. * Empresa - Empresa como atividade econômica organizada. Empresa não é pessoa jurídica. Empresa não é o complexo de bens. Empresa não possui pers. Jurídica. O Titular da empresa é o empresário! * Waldirio Bulgarelli: “a atividade econômica organizada de produção ou circulação de bens e serviços, para o mercado, exercida pelo empresário, em caráter profissional, através de um complexo de bens.” * Carvalho de Mendonça: “é a organização técnico-econômica que se propõe a produzir, mediante a combinação dos mais diversos elementos, natureza, trabalho e capital, bens ou serviços destinados à venda, com a esperança de realizar lucros, correndo os riscos por conta do empresário (sociedade empresária), isto é, daquele que reúne, coordena e dirige esses elementos sob sua responsabilidade.” * Quem exercer a Empresa, recebe a denominação de EMPRESÁRIO (gênero) ESPÉCIES DE EMPRESÁRIO: Empresário Individual Sociedade Empresária EIRELI * DEFINIÇÃO DE EMPRESÁRIO Análise das seguintes normas: ART. 966 ART. 966 §ÚNICO * QUAL A CONSEQUÊNCIA DE SER EMPRESÁRIO OU NÃO EMPRESÁRIO? * Fontes legais Livro II do CC, Direito de Empresa Lei das Sociedades Anônimas, Lei Uniforme dos Títulos de Crédito, Lei de Falência e Recuperação Judicial, Lei de Registros Mercantis, Lei dos Cheques. * OBJETO DO DIR. EMPRESARIAL “direito comercial é a designação tradicional do ramo jurídico que tem por objeto os meios socialmente estruturados de superação dos conflitos de interesse entre os exercentes de atividades econômicas.” (Fábio Coelho) * 5 – Autonomia e Desafios Qual o principal problema/desafio? Manter a autonomia do D.E, União formal x autonomia material Características: Um profissional, não um ingênuo, trabalha com riscos... * Princípios do Direito Comercial Enunciados da I Jornada de DCOM - Dizem qual princípio deve prevalecer? Trazem luzes e critérios Orientam o intérprete Valorizam a iniciativa privada e a liberdade de iniciativa Limitações excepcionais * Principais Enunciados 19. Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor às relações entre sócios/acionistas ou entre eles e a sociedade. * 20. Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor aos contratos celebrados entre empresários em que um dos contratantes tenha por objetivo suprir-se de insumos para sua atividade de produção, comércio ou prestação de serviços. contrato entre dois empresários: A B A VENDE UM INSUMO PARA O B > O B INTRODUZ DENTRO DE OUTRA MERCADORIA QUE ELE PRODUZ > A MERCADORIA É VENDIDA PARA UM CONSUMIDOR. NÃO EXISTE RELAÇÃO DE CONSUMO ENTRE A E B. NÃO SE APLICA O CDC. * 21. Nos contratos empresariais, o dirigismo contratual deve ser mitigado, tendo em vista a simetria natural das relações interempresariais. MAIOR EMPRESÁRIO COM MENOR EMPRESÁRIO – DEVE-SE PENSAR NUMA SIMETRIA QUE IGUALE A RELAÇÃO * 25. A revisão do contrato por onerosidade excessiva fundada no Código Civil deve levar em conta a natureza do objeto do contrato. Nas relações empresariais, deve- se presumir a sofisticação dos contratantes e observar a alocação de riscos por eles acordada. * 28. Em razão do profissionalismo com que os empresários devem exercer sua atividade, os contratos empresariais não podem ser anulados pelo vício da lesão fundada na inexperiência.
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