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Contestação Direito Processual do Trabalho

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA 19ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ – ALAGOAS
Referência: Proc. n.º: 01217.2018.002.19.00.0
Reclamante: Maria da Silva
Reclamada: Universidade Científica LTDA
	UNIVERSIDADE CIENTÍFICA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ com o nº 17.053.567/0001-71, localizada na Avenida Fernandes Lima, nº 215, Bloco E, Farol, Maceió/AL, por conduto de seus advogados in fine assinados, regularmente constituídos conforme instrumento de mandato em anexo (doc. 01), com escritório jurídico situado na Av. Professor Sandoval Arroxelas, Ponta Verde, Maceió/AL, CEP 57.035-230, local onde deverá receber as notificações e intimações necessárias, vem mui respeitosamente, perante V. Ex.ª apresentar
	CONTESTAÇÃO
Em face da Reclamação Trabalhista proposta por Maria da Silva, já qualificado nos autos do processo acima epigrafado, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:
DA SÍNTESE DA DEMANDA
	 A Reclamante em sua peça inicial alega que foi contratada pela Reclamada em 10.09.2011, para exercer a função de auxiliar de Serviços Gerais (serviço de limpeza e coleta de lixo), recebendo para tal a quantia de R$ 1.050 (um mil e cinquenta reais), salienta que apenas teve o contrato registrado em sua CTPS no 02.02.2012; ter sido demitido sem justo motivo e discriminatoriamente no dia 10.12.2017 em razão da sua gravidez.
	Aduz, que o então chefe da ora Reclamante, na dispensa expôs, com claros tons de discriminação, o motivo pelo qual se findava o contrato de trabalho: narrou que a gestante “fica preguiçosa”; que se ausenta demasiadamente do local de trabalho, uma vez a necessidade de exames e consultas médicas; que a gestação torna a mulher incompetente e que, no caso da reclamante, somente se trata de uma questão agravamento, pois já seria incompetente. 
	
Assevera, ainda, que laborava cumprindo a seguinte jornada de trabalho: trabalhava das 08h00min horas, tendo fim às 19h00min horas, de segunda a sexta-feira (conforme consignado em Convenção coletiva), com intrajornada de 30 minutos. Aos sábados de semanas alternadas, a reclamante realizava plantão das 22h00min horas às 07h00min horas do dia seguinte. Sustenta, ainda, que se utilizando de supostos argumentos para a dispensa realizada, seu superior hierárquico informou que, uma vez os termos da Convenção Coletiva, a estabilidade provisória garantida à gestante, ou seja, à reclamante, poderia ser substituída por indenização pecuniária. 
	Em face do exposto, requer a condenação da Reclamada ao pagamento: a) anotação da CTPS de todo período trabalhado; b) que a ora Reclamada seja obrigada à indenizar a reclamante por perdas e danos no valor de R$ 5.402.79 (cinco mil, quatrocentos e dois reais e setenta e nova centavos); c) o pagamento de horas extras relativas ao período de 10.09.2011 a 10.12.2017, considerando que nunca honrou com tais verbas, no total de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais); d) aviso prévio; e) FGTS incidente sobre aviso prévio; f) horas extras;  g) multa de 40% sobre o FGTS; h) multa do artigo 467 e 477,§6ºe  §8º, ambos da CLT; i) saldo do salário referente ao mês de dezembro; j) indenização por danos morais, no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais); e k) nulidade das cláusulas 1ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 8ª da convenção coletiva.
	Em síntese, é o pedido.
	Diante de tais fatos, vem a Reclamada demonstrar, pontualmente, que a pretensão do Reclamante no presente processo, é por demais inconsistentes, e sem sombra de dúvidas não se coadunam com a verdade material consubstanciada através dos documentos ora apresentados, e ainda, pela legislação trabalhista vigente. Vejamos:
	2 – PRELIMINARMENTE
2.2	DA IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
A lei 13.467/2017 assim disciplinou os critérios de concessão da justiça gratuita nos processo trabalhista:
Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002)
[…]
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (grifo nosso) 
	A Reclamante pleiteia benefícios da assistência judiciária gratuita nos autos acima, alegando, simplesmente nos termos da lei vigente, que é pessoa pobre e que não reúne condições de suportar as despesas processuais e honorárias advocatícias.
	Ocorre que a Reclamante, possui sim, condições financeiras, derivada da atividade autônoma, a qual lhe permite prover o custeamento do processo, tendo em vista ser ela consultora Hinode, muito conhecida nesta cidade, sendo esta promovida e percebendo vencimentos mensais que ultrapassam o teto estabelecido em lei, assim como possui remuneração suficiente para arcar com as custas processuais, assim como honorários sem prejuízo próprio ou de sua família, conforme fazem provas ou documentos anexos. 
2.2	DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
Na remota hipótese de haver a condenação ao pagamento de algumas das verbas postuladas, o que não se acredita, devem as mencionadas verbas ser limitadas ao período posterior a 2016, aplicando-se, para tanto, ao presente caso, a prescrição qüinqüenal, observando-se, para esse fim, a data da propositura da presente Reclamação Trabalhista, à guisa do que consta na alínea “a”, do inciso XXIX, do art. 7º da Constituição Federal de 1988.
2.3	DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ 
Com respaldo na L1305/15, preceitua o art. 80, Inciso II:
 
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. (grifo nosso). 
 
Ora, Ínclito Magistrado, a Reclamante falta com a verdade em sede de exordial no tocante a algumas alegações consoante se verá.
Nesta senda, considera-se litigante de má-fé aquele que alterar a verdade dos fatos, a eleição dessas circunstâncias decorre das obrigações anteriormente explicitadas pelas próprias normas do processo civil que exigem da parte o dever de expor os fatos conforme a verdade; proceder com lealdade e boa-fé, o que se configura no caso em tela, dado que a Reclamante, não se sabe porquê, utilizou-se desse pleito para lançar suas inverdades.
	3. DO MÉRITO
	3.1. DO CONTRATO DE TRABALHO
A Reclamante laborou para a Reclamada em duas oportunidades. Exerceu a função de serviços gerais pelo período de 2005 a 2010, sendo novamente contratada pela reclamada em 02/02/2010 exercendo a função de auxiliar de serviços gerais, tendo o seu contrato de trabalho rescindido com justa causa em 10/12/2017 e recebido o aviso prévio em 10/12/2017, conforme demonstram o contrato de trabalho e termo de rescisão de contrato anexo.
Durante todo o pactolaboral a reclamante recebeu os pagamentos de salário em dia, os quais eram pagos mensalmente, consoante se demonstra nos recibos de pagamento. Ressaltando que sempre foi respeitado o salário base mensal (no valor de R$ 1.050,00), equivalente ao piso da categoria, conforme previsto em convenção coletiva para a referida categoria.
Ocorre que, em virtude da Reclamante passar a apresentar um quadro de stress elevado não se sabe se em razão da gravidez ou se por outro motivo, a mesma ficou impossibilitada de exercer suas funções durante certo período, sendo facilmente perceptível pelos seus colegas obreiros. Sendo assim, recebeu toda a assistência da empresa Reclamada, sendo acompanhada em seu tratamento médico durante a gestação, inclusive comunicando-lhe quanto à possibilidade de afastamento para que este viesse a descansar dado que espontaneamente apresentou atestado médico informando sua gestação de 08 semanas, assinado por seu obstetra, porém a vontade da Reclamante não era esta.
Posto isto, a empresa Reclamada fora demasiadamente compreensiva com o comportamento ora apresentado pela Reclamante, ao tempo que seus colegas obreiros sempre teciam críticas a respeito da falta de empenho e disposição nas atividades desempenhadas, além das constantes faltas, tanto é que antes desta apresentar atestado demonstrando sua gravidez se ausentou por semanas de suas atividades laborais, sem justificativa alguma. 
Assim, não é verdadeiro o argumento da Reclamante de que a Reclamada teria a dispensado utilizando claros tons de discriminação, o motivo pelo qual se findava o contrato de trabalho: narrando que a gestante “fica preguiçosa”; que se ausenta demasiadamente do local de trabalho, uma vez a necessidade de exames e consultas médicas, que a gestação torna a mulher incompetente e que, no caso da Reclamante, se trata de uma questão de agravamento, pois já seria incompetente. Ora, Excelência, muito antes de ser a Reclamada notificada da gestação da Reclamante, esta teria sido questionada a respeito de seu comportamento, que, por muitas vezes fora mal visto pelos seus próprios colegas, além das suas faltas injustificadas que ensejará sua demissão.
Fato é que esta deveria dirigir-se a Diretoria de Recursos Humanos a fim de ter sua CTPS constando o término de trabalho, e, portanto, receber o pagamento das devidas e cabíveis verbas rescisórias e não o fez, ao tempo que alega a sua frustração e sentimento de desonra. 
Registre-se, por oportuno, a existência de recibos que comprovam os pagamentos dos valores que se apresentarão.
	3.2. DO HORÁRIO DE TRABALHO
Ao contrário do que alega a Reclamante, o horário de trabalho iniciava-se às 08h00, com intervalo de uma hora para almoço e encerrava-se às 17h00, de segunda à sexta, com folga aos sábados e domingos. Sendo assim, não é verdadeiro que a Reclamante cumpria a jornada de 08h00 as 19h00, principalmente com relação à este último horário, haja vista a empresa encerra suas funções às 17h00, não ficando ninguém em suas dependências.
Ademais, possuía a reclamante, dois dias de folga semanal e não apenas um. 
Portanto, é improcedente a alegação da reclamante quanto ao horário de trabalho afirmado, devendo assim ser considerado como verdadeiro o período o horário das 8h00 as 17h00.
	3.3. DA COBRANÇA INDEVIDA DE ADICIONAL NOTURNO 
Mais uma vez resta descabida a afirmação da Reclamante, agora com relação aos dias trabalhados no período noturno. Importante ressaltar que a empresa Reclamada não tem expediente aos sábados, não podendo, desta forma, a Reclamante laborar aos sábados, visto que as atividades da UNIVERSIDADE CIENTÍFICA LTDA se encerram às 18hrs na sexta-feira, restando no local apenas o vigilante, a não ser que esta substituísse o vigilante, fato este que a Reclamada desconhece.
Portanto, a reclamante não faz jus ao recebimento de adicional noturno, devendo ser indeferida a sua pretensão. 
Ademais, Excelência, neste ponto a Reclamante faz pedido genérico de adicional noturno, sem especificar quais desses dias trabalhou, o que afronta o art. 286 do CPC que determina que o pedido deve ser certo e determinado e torna inepto esses pedidos do reclamante, nos termos do inciso I do parágrafo único do art. 295 do CPC. 
 
3.4.	DO FGTS + MULTA DE 40%   
Deve-se observar que a reclamante no momento rescisório não recebeu os valores constantes do TRCT para o saque dos valores depositados a título de FGTS devidamente acompanhado a guia CD para habilitar-se aos benefícios do seguro-desemprego, dado que esta depois da sua dispensa jamais retornara a Reclamada a fim de solucionar estas questões. Logo, não desempenhou esforço algum para o recebimento dos documentos para o recebimento das verbas rescisórias.
Ressalta-se ainda que a Reclamada sempre depositou os valores referentes ao FGTS desde o inicio do contrato de trabalho na CEF, não somente nos últimos 12 meses alegados pela Reclamada em sede de exordial. 
Desta forma, cabe ao reclamante provar em juízo suas alegações e demonstrar a existência de eventual diferença, por tratar-se de prova integralmente do reclamante, pois, representa fatos constitutivos do seu direito, consoante prevê os artigos 333, I, do CPC e 818 da CLT.
Portanto, o reclamante ao deixar de apresentar extratos analíticos e demonstrar eventuais diferenças, a seu favor cerceia o direito de defesa da reclamada, onde se limita simplesmente por postular depósitos de FGTS e de multa fundiária, sem ao menos apresentar demonstrativo de cálculos com prova documental a dar suporte a sua pretensão, e decaindo as verbas postuladas o acessório segue a mesma sorte, pelo que, requer o indeferimento do pedido, não havendo como encontrar guarida na pretensão buscada pelo reclamante.
Assim, pelas razões acima e pela prova atreladas a esta defesa, repudia-se a pretensão da Reclamante impugnando o recebimento por não ser devido e pela ausência de demonstrativo aritmético a comprovar o valor pleiteado, merecendo ser indeferido o pedido, por direito adquirido da reclamada.
3.5.	DO 13º SALÁRIO
O 13º exigido pela Reclamante foi devidamente pago, conforme demonstra o comprovante anexo aos autos desta peça. 
É, sem dúvidas, mas um caso de não acolhimento do pedido por parte deste Magistrado.
3.6.	DO DANO MORAL
Se já não bastasse pleitear as verbas que seriam devidamente pagas se não tivesse a Reclamante negligenciado o recebimento das citadas verbas rescisórias, a Reclamante acha por bem exigir que seja a Reclamada compelida a pagar o valor absurdo de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) em danos morais.
Alegou a Reclamante ter sido vítima de humilhação e ato discriminatório em razão da sua dispensa no período gestacional, mas sequer deu-se ao trabalho de especificar o ocorrido. Ora, Excelência, quem é vítima de humilhações não necessariamente precisa provar, mas especificar de que modo se deu dada a postura ética do preposto da Reclamada mostram-se teratológicas as alegações da Reclamante e caso fossem, de fato reais, mereciam ser especificadas quanto aos fatos e circunstâncias que acarretaram tal dispensa, pois desta forma estaria justificando a cobrança de valores quanto aos danos morais.
Contudo, a Reclamante reserva-se apenas a fazer o relato de forma genérica, sem qualquer fundamentação, esquecendo-se de relatar o real motivo deste pedido. 
Mais uma vez Excelência, a Reclamante utiliza-se de fatos infundados e sem qualquer veracidade para recorrer ao pagamento de valores absurdos por parte da Reclamada, não devendo, desta forma, ser o pedido acolhido por este Magistrado, visto a falta de suporte fático. 
3.7.	 DA JORNADA DE TRABALHO – INEXISTÊNCIA DE DÉBITO QUANTO ÀS HORAS EXTRAS 
	Durante o contrato de trabalho, o Reclamante cumpriu a seguinte jornada de trabalho: de segunda à quinta-feira iniciava suas atividades por volta das 07h00min até 17h00min, nos dias de sexta-feira iniciava suas atividades às 07h00min e encerrava às 16h00min, sempre respeitados os 30 minutos estipulados na convençãocoletiva para descanso e alimentação.
	Saliente-se que a Reclamada segue exatamente a jornada prevista na convenção coletiva de trabalho firmada entre os sindicatos do Reclamante e da Reclamada, ou seja, o Reclamante cumpria uma jornada de 9 (nove) horas diárias, de segunda a sexta, conforme se observa da cláusula terceira da convenção, senão vejamos: 
PARÁGRAFO PRIMEIRO:
Restou estabelecido intervalo intrajornada em 30 minutos/dias para os trabalhadores com jornadas superiores a seis horas/dia, bem como a possibilidade de acordo individual sobre o banco de horas anuais. 
	Assim, não cabe ao Reclamante qualquer direito a título de horas extras, assim como reflexo nas demais verbas trabalhistas e rescisórias. Tal pleito não pode prosperar, bastando observar os apontamentos diários devidamente assinados pelo Reclamante e que ora são juntados, para perceber que o mesmo não cumpriu jornadas superiores às horas mínimas estipuladas.
	Portanto, não há direito do Reclamante ao recebimento das horas extras com acréscimos legais ou mesmo de qualquer reflexo nas demais verbas, tendo em vista que as horas extras uma vez prestadas por este foram devidamente pagas e acrescidas para fins de cálculo das demais verbas trabalhistas efetuadas pela Reclamada. Deve-se frisar que todos os apontamentos diários estão reconhecidos pelo Reclamante, desta forma concorda o Autor com relação aos horários ali apresentados.	
	Na remota hipótese de Vossa Excelência acatar o pedido de hora extraordinária requerida pelo Reclamante, o que não se admite dada a vasta documentação anexa à presente defesa, requer-se que seja observado os valores devidamente pagos, constantes dos contracheques do Reclamante, determinando, em caso de condenação, as respectivas deduções. Destaca-se ainda que a jornada mensal é contabilizada a partir do dia 21 de cada mês, encerrando-se no dia 20 do mês subsequente.
	Por fim, informa a Reclamada que os cartões de ponto não anexados aos autos infelizmente foram perdidos ou extraviados.
4. DO AVISO PRÉVIO
Interessante observar que não houve possibilidade do devido pagamento aviso prévio, visto que desde a sua despensa a Reclamante não compareceu mais a Reclamada a fim de fosse recebido o valor devido e assinado pela mesma e homologado pelo Sindicato da categoria. 
Mais uma vez torna-se teratológico o pleito da Reclamante e suas afirmações, pois não houve o efetivo pagamento da verba acima mencionada em razão do seu evidente desinteresse em regulamentar a sua rescisão de contrato para assim, receber as verbas pleiteadas, não devendo ser, desta maneira, o pedido acolhido.
4.1	DA DIFERENÇA DO FGTS E MULTA DE 40%
	Por sua vez, quanto ao FGTS, informa a Reclamada que os depósitos fundiários do Reclamante foram corretamente realizados durante a execução do contrato de trabalho, conforme extrato do FGTS.
	Portanto, não há que se falar em condenação da Reclamada ao pagamento de FGTS e multa de 40%, na medida em que todas as competências foram recolhidas na conta vinculada do Reclamante.
4.2	DA MULTA DO ARTIGO 467 
	Por fim, pleiteia o Reclamante a condenação da Reclamada ao pagamento das multas do artigo 467, §8º e artigo 477, ambos da CLT.
	Em relação à multa do artigo 467, §8º, da CLT, esta é totalmente indevida, pois todos os pedidos do Reclamante foram devidamente contestados, tratando a presente demanda somente de verbas controversas.
	No mais, esclarece a Reclamada que as verbas rescisórias do Reclamante serão quitadas na audiência inaugural designada por este Juízo.
	
4.3	DAS GUIAS DE SEGURO DESEMPREGO
	Outrossim, sobre o seguro desemprego, indevida a condenação da Reclamada, na medida em que as guias serão liberadas na audiência inaugural designada por este Juízo.
	Por sua vez, caso não seja possível à liberação das guias, requer que este Juízo determine a liberação das guias do seguro desemprego por alvará.
Sobre as verbas rescisórias, esclarece a Reclamada que, por motivos de ordem financeira, principalmente pela retenção e atraso no pagamento dos valores pela Caixa Econômica Federal, não foi possível o pagamento das verbas rescisórias no momento da rescisão do contrato de trabalho.
	Contudo, a Reclamada agendou nova data para pagamento da rescisão do contrato de trabalho, porém na data acordada o Reclamante não compareceu no escritório da Reclamada, fato que contribuiu para a falta de pagamento das suas verbas rescisórias.
4.4	DOS PEDIDOS
	Ante o exposto, e com supedâneo nos fatos narrados, nos documentos colacionados, assim como na legislação aplicável à espécie, requer a Reclamada que V. Exa. se digne a julgar PARCIALMENTE PROCEDENTE a Reclamação Trabalhista proposta nestes autos, com o indeferimento de todos os seus pedidos e, por conseguinte, ao pagamento das custas judiciais devidas.
	Caso Vossa Excelência entenda devido e o Reclamante efetivamente não tenha recebido o seguro desemprego, requer-se que a sua liberação seja realizada por alvará.
	Requer, ainda, caso alguma verba venha a ser deferida ao Reclamante, o que se admite apenas para argumentar, se digne V. Exa. determinar a incidência dos descontos atinentes à Previdência Social e ao Imposto de Renda, conforme provimento número 01/96, da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho.
	Requer, em caso de condenação da Reclamada, que sejam deduzidos os valores pagos constantes nos contracheques anexos. 
	Requer-se, por fim, sob pena de nulidade, que todas as intimações dos atos processuais sejam realizadas em nome de JULIA KARYNNE LIMA DE MENDONÇA, inscrita na OAB/AL nº 12.180; JULLIANA MARTINS SANTOS DE CARVALHO RAMOS, inscrita na OAB/AL nº 12.181; EMILY CARLA ALVES DOS SANTOS PEREIRA, inscrita na OAB/AL nº 12.182; ANDREZZA ANACLETO TORRES LOPES, inscrita na OAB/AL nº 12.183; MARIANNY SILVA RAMALHO, inscrita na OAB/AL nº 12.184; MARINA BEATRIZ DE MELO TEIXEIRA, inscrita na OAB/AL nº 12.185; MYRLA CARLA MONTEIRO DOS SANTOS, inscrita na OAB/AL nº 12.186; JULLIANE PATRÍCIA SANTOS SILVA, inscrita na OAB/AL nº 12.187; KATHIA MORGANNA DE ALMEIDA BARROS, inscrita na OAB/AL nº 12.188; BIANCA MARIA CARVALHO DE ALMEIDA, inscrita na OAB/AL nº 12.189
	Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito permitidos, especialmente, documental, pericial e testemunhal, o que desde já fica expressamente requerido.
	Termos em que pede e espera deferimento.
	Maceió/AL, 17 de abril de 2018.

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