Buscar

Direito Empresarial I P2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Direito Empresarial I – P2-16/04/18
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: O Estado fomenta(incentiva) a 
economia de várias formas, uma delas é atribuindo PERSONALIDADE JURÍDICA para 
que indivíduos possam empreender suas atividades econômicas. É o que acontece com 
as sociedades empresárias.
-Todavia, ao longo da história, nas relações econômicas sempre existia no USO das 
personalidades jurídicas e na consagração da economia patrimonial, ABUSOS!
Com a finalidade de resguardar o princípio da autonomia patrimonial, evitando ABUSOS, 
formulou-se a TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA.
 -Aplicável quando se constata uso abusivo da personalidade jurídica em prejuízo aos 
CREDORES.
HISTORIA DA TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: 
Surgiu de construção jurisprudencial(Inglaterra e E.U.A.). O caso pioneiro ocorreu na 
Inglaterra em 1887(Caso Salomon x Salomon Co. Ltd.). Outros autores também citam o 
caso (STATE X STANDARD OIL Co.), julgado pela Corte Suprema de Ohio em 1892.
Na Doutrina, o principal precursor foi Rolf Serick, que criou a “desregard doctrine”, na sua 
tese de doutorado, defendida em 1953 onde construiu as bases da TEORIA DA 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA com base na jurisprudência 
americana.
O que se afirmou foi: a possibilidade de afastamento dos efeitos da personalização da 
sociedade (autonomia e separação patrimonial) nos casos em que a personalidade 
jurídica fosse utilizada de forma abusiva, em prejuízos aos interesses dos credores.
Permitiu-se a execução do patrimônio pessoal dos sócios por dívidas da da sociedade. 
Tradicionalmente, o abuso de personalidade jurídica exigia prova efetiva da fraude, ou 
seja, da atuação DOLOSA, desonesta e maliciosa dos sócios em prejuízo aos credores 
da sociedade. Por exigir a prova do elemento subjetivo, adotava-se a concepção da 
“desregard doctrine”.
Hodiernamente, adota-se a concepção objetivista da “desregard doctrine”, segundo a qual
o abuso de personalidade pode ser verificado ou caracterizado por meio da análise de 
dados estritamente objetivos (desvio de finalidade e confusão patrimonial).
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA NO BRASIL: Essa teoria chegou
ao Brasil na década de 1960 por intermédio de Rubens Requist que já defendia a sua 
aplicação no país mesmo sem previsão legal.
Somente em 1990 essa teoria foi positivada do Direito brasileiro, sendo regulamentada no
C.D.C.(CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR)(Lei 8.078/90 art.28).
Posteriormente a Lei 8.884/94(Que dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações à 
ordem econômica) também previa a aplicação da teoria.
Em 1998, com a Lei 9.605(que regula os crimes ambientais no art.4°) também previu a 
aplicação da teoria.
OBS.: Tais normas não servem como regra geral de aplicação da DESCONSIDERAÇÃO 
DA PERSONALIDADE JURÍDICA, porque a incidência delas fica restrita às matérias 
disciplinadas pelas referidas normas.
Com o CC/02, a TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
recebeu novo tratamento legislativo, resgatando com fidelidade os ideais originários dessa
teoria(vide art.50 CC/02).
ART. 50, CC/02 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Em caso de ABUSO DE PERSONALIDADE JURÍDICA
 
 SÓCIOS ADMINISTRADORES
CONFUSÃO
PATRIMONIAL
DESVIO DE OU
FINALIDADE
 BENS PARTICULARES
DECISÃO JUDICIAL P/ EFEITOS DE CERTAS E DETERMINADAS
DESCONSIDERAR OBRIGAÇÕES
A PERSONALIDADE JURÍDICA
Direito Empresarial I - 17/04/18 - P2
O Código Civil apesar de ter se mantido fiel aos preceitos fundamentais originários da 
“disregard doctrine”, infelizmente não revogou as regras especiais do tema, o que é objeto
de crítica por parte de alguns autores.
OBS.: Enunciado 51 do C.J.F. (Conselho de Justiça Federal) : “A teoria da 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA fica positivada no novo Código 
Civil, mantido os parâmetros existentes nos microssistemas legais e na construção 
jurídica sobre o tema.”
OBS2.: Atualmente, o Art. 50 CC/02 é a regra matriz, de aplicação obrigatória, em todos 
os casos de DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA, exceto nas 
relações de consumo, aos crimes ambientais e às infrações à ordem econômica, que 
possuem disciplina normativa própria.
TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA x IMPUTAÇÃO 
DIRETA DE RESPONSABILIDADE: Uma das principais críticas ao Art. 28, CAPUT, C.D.C.
(Código de Defesa do Consumidor) e às outras normas especiais que preveem a 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA se deve ao fato de que tais 
normas especiais não fizeram a devida distinção entre as hipóteses de 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA e as de imputação direta de 
responsabilidade pela prática de atos ilícitos. (Vide ENUNCIADO 229 do C.J.F.).
Alguns autores dizem que, diante da existência de normas que previam atribuição de 
RESPONSABILIDADE PESSOAL e DIRETA dos responsáveis pela prática de atos ilícitos,
seria dispensável aplicar a DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA.
TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA e ABUSO DE 
PERSONALIDADE JURÍDICA(elogio ao Art. 50 CC/02).
* A D.P.J.(DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA) só é permitida em 
caso de ABUSO da PERSONALIDADE JURÍDICA.
O CC/02 previa que o ABUSO de PERSONALIDADE se caracteriza por: Desvio de 
finalidade ou confusão patrimonial.
Isso afirma que no Direito Civil brasileiro aplica-se a concepção objetivista da D.P.J.
O S.T.J.(SUPERIOR TRIBUNAL de JUSTIÇA) deixa claro que a D.P.J. é a medida 
excepcional e não ser banalizada.
EFEITOS DA D.P.J.: O principal efeito é a continuidade da Pessoa Jurídica. Em outros 
termos, a D.P.J não acarreta a extinção da Pessoa Jurídica, que não será dissolvida ou 
liquidada. A D.P.J. não visa anular a personificação da sociedade, mas apenas torná-la 
ineficaz para determinados atos.
Significa que a D.P.J provoca efeitos limitados ao caso concreto em que foi requerida.
Implica, tão somente, uma suspensão temporária dos efeitos da personalização.
OBS.: Cuidado com as expressões “DESPERSONALIZAÇÃO” e 
“DESPERSONIFICAÇÃO” utilizadas por alguns autores.
DESCONSIDERAÇÃO DESPERSONALIZAÇÃO OU 
DESPERSONIFICAÇÃO
SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DA 
PERSONALIDADE JURÍDICA NO CASO 
ESPECÍFICO EM QUE FOI REQUERIDA;
EXTINÇÃO DEFINITIVA DA 
PERSONALIDADE JURÍDICA.
Não significa a possibilidade de execução todos os sócios e ou administradores da 
sociedade, indistintamente.
Somente serão atingidos aqueles sócios que se beneficiarem do uso ABUSIVO da 
Pessoa Jurídica. EX.: Quando se verifica a confusão patrimonial entre a sociedade e um 
de seus sócios, no nome de quem são registrados os veículos usados na atividade 
empresária, a decretação da D.P.J deverá recair apenas a esses sócios, recriando a 
execução sobre os bens particulares desse sócio e, principalmente, apenas sobre os bens
que caracterizam confusão patrimonial (os veículos).
DESCONSIDERAÇÃO INVERSA: Até o momento a D.P.J foi aplicada com a finalidade de 
permitir a execução dos bens particulares dos sócios e ou administradores por dívidas da 
sociedade. Com o avanço da Jurisprudência os tribunais têm aplicado a chamada 
DESCONSIDERAÇÃO INVERSA para executar bens da sociedade para satisfação de 
dívidas de um ou mais sócios. EX.: É possível a aplicação da D.P.J nas questões relativas
ao Direito de Família quando um dos cônjuges desvia bens pessoais para o patrimônio da
sociedade(Pessoa Jurídica) com a finalidade de afastá-los da partilha ou frustrar a 
execução de alimentos(vide ENUNCIADO 283 do C.J.F.(é cabível a D.P.J denominado 
inverso para alcançar bens do sócio que se valeu da Pessoa Jurídica para ocultar ou 
desviar bens pessoais, comprejuízo a terceiros).
24/04/18 – P2
ASPECTOS PROCESSUAIS DA APLICAÇÃO DA TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA
PERSONALIDADE JURÍDICA NO CPC/2015:
No Art.50, CC/02 são estabelecidas hipóteses em que o juiz pode decretar a 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA(D.P.J), na forma de incidente 
processual específico(Art.133 – 137).
OBS.: O CPC não criou hipóteses de D.P.J, mas apenas disciplinou o procedimento.
O STJ entende que a D.P.J pode ser decretada nos próprios autos, sem necessidade de 
citação e, nesse caso, o sócio só poderá defender-se após já realizadas as constrições 
dos seus bens pessoais.
A partir da vigência do novo CPC o posicionamento do STJ deverá ser reformulado, uma 
vez que o procedimento específico da .DP.J se instaura, via incidente processual(Art.135).
Efeitos do INCIDENTE : Com a instauração do incidente, o processo será suspenso até 
que seja resolvido por decisão interlocutória da qual caberá agravo de instrumento.
OBS.: O INCIDENTE é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no 
cumprimento da sentença e na execução por título executivo extrajudicial, por fim e 
importante detalhe procedimental é feito pelo Art.134, §2°, ou seja, a hipótese de exceção 
à regra do INCIDENTE PROCESSUAL e da suspensão do processo.
NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA INSOLVÊNCIA
Pergunta-se:
É necessário provar insolvência da Pessoa Jurídica para requerer a 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA?
É possível, como medida punitiva aplicável aos sócios e administradores que abusam do 
uso da Pessoa Jurídica independentemente da comprovação de insolvência.
 
DIVERGÊNCIA: O STJ já decidia de ambas as formas. Todavia existe o enunciado 218 do
CJF que diz: “A aplicação da teoria da DPJ, descrita no Art.50, CC/02, prescinde da 
demonstração de insolvência da Pessoa Jurídica”.
P2 – 05/05/18
Nome empresarial – Já sabemos que estabelecimento é o conjunto de bens corpóreos e 
incorpóreos que permitem o desenvolvimento de determinada atividade empresarial. 
Dentre os bens incorpóreos, temos o nome EMPRESARIAL que integra o conceito de 
estabelecimento.
Conceito – É a expressão que identifica os empresários(empresário individual, EIRELI ou 
Sociedades empresárias), nas relações jurídicas que FORMALIZAREM em decorrência 
do exercício da atividade empresarial.
É o nome que a pessoa Natural ou Jurídica utiliza para individualizar/identificara sua 
atividade. É sinal distintivo que identifica o empresário e o exercício da atividade.
Finalidades ou Funções – Tem por finalidade identificar o sujeito de direitos(empresário) 
fazendo ligação do NOME da empresa(atividade) com o empresário.
Revela ao público o tipo societário optado pelo sócio e se a responsabilidade é limitada ou
não, além do objeto da empresa. EX.: Indústria, comércio, etc.
Finalidade SUBJETIVA – Individualizar e identificar o sujeito de direitos que exerce 
atividade empresarial.
Finalidade OBJETIVA – Garantir ao empresário um renome no mercado, a reputação, o 
crédito, fama, etc.
OBS.: É um direito personalíssimo. Tão importante que o STF já decidiu que, na 
ocorrência de alteração do nome, deverá ser outorgada na procuração aos mandatários 
da sociedade.
*Ocorre pela inscrição do empresário individual ou pelo arquivamento do contrato 
social(sociedade empresária) nos registros competentes. Ocorre também na forma do 
Art.5°, XXIX, CF; pelo Art.1.168, CC/02; pela lei 8.934/95 e pelo Decreto 1.800/96.
*CUIDADO: Não confundir o NOME empresarial com alguns outros importantes 
elementos de identificação do empresário, tais como. MARCA, NOME DE FANTASIA, 
NOME DE DOMÍNIO e os chamados SINAIS DE PROPAGANDA.
a) MARCA – É um sinal distintivo que identifica os produtos ou serviços do 
empresário(Art.122 da lei 9.279/96). A sua regulamentação é restrita ao âmbito do Direito 
de propriedade industrial.
b) NOME DE FANTASIA(TITULO DE ESTABELECIMENTO OU TITULO DE INSIGNIA) – 
É a expressão “informal” que identifica o titulo do estabelecimento.
A grosso modo se equipara ao apelido da pessoa natural(NOME CIVIL).
Em contratos e documentos públicos, é obrigatório que o empresário se identifique pelo 
NOME EMPRESARIAL, sendo vedado usar o NOME DE FANTASIA, que é a forma mais 
chamativa de identificação do empresário perante seus consumidores. Pode usar o 
NOME DE FANTASIA, por exemplo em panfletos, uniforme de funcionários, placas, 
faixadas, etc.
IMPORTANTE: O ordenamento jurídico empresarial não reserva proteção normativa 
específica ao NOME DE FANTASIA ou TITULO DE ESTABELECIMENTO.
No ordenamento CIVIL a proteção é feita com base na regra geral que viola a prática de 
atos ilícitos(Art.168 CC/02) No âmbito penal a proteção geral se da pela Lei de 
Propriedade Industrial(Art.191, 194 e 195, V).
c) NOME DE DOMÍNIO – É o endereço eletrônico dos sites dos empresários na internet.
(Enunciado n°7 da 1ª Jornada de Direito Comercial do CJF): “O NOME DE DOMÍNIO 
integra o estabelecimento empresarial como bem incorpóreo para todos os fins de direito”.
STJ: Já decidiu que o simples fato de um empresário ou sociedade empresária ter 
registrado um NOME EMPRESARIAL que contenha uma determinada expressão não 
significa que ele tenha automaticamente o direito exclusivo de usar essa expressão como 
NOME DE DOMÍNIO na internet é regido pelo princípio “FIRST COME, FIRST SERVED”.
Segundo o qual é concedido o domínio ao 1° requerente que satisfizer as exigências 
registrais no órgão competente que no Brasil é (registro.br).
Exceção: Quando houver comprovado MÁ FÉ daquele que registrou o DOMÍNIO depois 
do registro do NOME EMPRESARIAL.
d) SINAIS ou EXPRESSÕES DE PROPAGANDA – São aqueles que, embora não se 
destinam a identificar especifica e expressamente produtos ou serviços do empresário, 
exercem uma importante função de mercado que é: Atrair e chamar atenção dos 
consumidores. EX.: Bordões, frases, sons, legendas, anúncio, palavra ou combinação de 
palavras, gravura, desenho ou outro sinal que seja ORIGINAL e CARACTERÍSTICO de 
determinado produto ou serviço.
OBS.: Muitas das vezes os slogans se tornam tão fortes quanto as marcas identificadas 
dos produtos e serviços a que se referem. Esse processo decorre da alta distintividade do
slogan acompanhada de uma maciça veiculação em diferentes mídias.
P2 – 08/05/18
Espécies de Nome Empresarial
O Nome Empresarial é gênero do qual são duas espécies:
Firma e Denominação;
a) Firma – Pode ser individual ou social, é espécie de nome empresarial, formada por um 
nome civil do próprio empresário, no caso de firma individual, do titular, no caso de EIRELI
ou de um ou mais sócios no caso de firma social. É mais utilizada no caso do Empresário 
Individual(firma individual) o Art.1.156 determina que na firma do empresário individual 
deverá constar, obrigatoriamente, seu nome de Pessoa Natural, completo ou abreviado, 
podendo ou não ser acrescido para uma designação mais precisa de sua pessoa ou ainda
do ramo de atividade exercida.
 Individual(Empresário individual/EIRELI)
Firma - 
 Social(Sociedade empresária)
*A mesma regra deve ser usada por Sociedade Empresária da qual sejam sócios, 
pessoas com responsabilidade ILIMITADA, devendo constar o NOME CIVIL de, pelo 
menos, um dos sócios.
O Art.1.158 permite que a Sociedade empresarial LIMITADA utilize firma ou denominação,
desde que acompanhada pela palavra “LIMITADA” ou pela abreviação “LTDA”.
OBS.: O núcleo da Firma será sempre um NOME CIVIL.
b) Denominação – Pode ser usada por certas Sociedades ou pela EIRELI. O empresário 
individual somente opera sobre Firma. A Denominação pode ser formada por qualquer 
expressão linguística(o que alguns autores chamam de ELEMENTO FANTASIA) E a 
indicação do objeto social(ramo de atividade) que é obrigatória. Vide Art.1.158, §2º, 1.160 
1.161, CC/02.
Significa que a designação deve ser formada pelo objeto social da SociedadeEmpresária.
*O objeto social deve obrigatoriamente fazer parte da denominação.
Pode ser formada pelo nome de um ou mais sócios ou pode ter um elemento ou 
expressão de fantasia. EX.: Formada pela sigla composta pelas letras iniciais dos nomes 
dos sócios.
OBS.: Grande parte da doutrina diz que a firma é privativa de empresários individuais e 
sociedade de pessoas, enquanto a denominação é privativa de sociedade de capital.
A EIRELI, pode usar tanto firma quanto denominação.
 *Princípios que norteiam a formação do NOME EMPRESARIAL.(Art.34, Lei 8.934/94);
a) Princípio da Veracidade – O nome empresarial não poderá conter nenhuma informação
falsa. É imprescindível que o nome empresarial só forneça dados verdadeiros à aquele 
que negocia com o empresário, sendo a expressão que indicará o empresário em suas 
relações jurídicas.
Em alguns casos pode ser que, seja obrigatória a alteração do NOME EMPRESARIAL.
EX.: Quando se provar posteriormente ao registro, a consistência do nome registrado com
outo já constante nos assentamentos da junta comercial.
EX.: Quando ocorrer a morte ou saída do sócio cujo o nome conste da firma na sociedade
e, nesse caso se mantêm a responsabilidade ilimitada do sócio retirante ou do espólio do 
sócio falecido enquanto não for alterado o NOME EMPRESARIAL.
EX.: Quando houver transformação, incorporação, fusão, cisão da sociedade, etc.
P2 – 14/05/18
Ponto e Fundo de comércio
Também é chamado de ponto empresarial. É um dos mais importantes elementos do 
estabelecimento. Trata-se da localização física(ou virtual) do estabelecimento, que é 
valorizado pelo deslocamento efetuado pelos elementos desde a saída de um local até a 
chegada no ponto para realizarem suas compras. É diferente da propriedade.
OBS.: Quando o proprietário aluga um imóvel para um empresário, o imóvel é do 
proprietário mas o ponto é do empresário. O ponto pode ser físico ou virtual, sendo o 
virtual correspondente ao site por onde os clientes encontram o empresário.
O ponto agrega valor ao imóvel e, por isso o ponto possui valor econômico próprio. Em 
razão do desenvolvimento da atividade empresarial e, pelo discurso do tempo o valor do 
ponto é chamado de fundo de comércio(ou fundo empresarial). É um valor decorrente da 
atuação e trabalho do empresário.
Fundo de Comércio – Significa o resultado da atividade do empresário, que com o 
decorrer do tempo agrega valor econômico ao local onde está estabelecido. Por isso, o 
ponto confere valor próprio ao local(diferente do imóvel) que, claramente pertence ao 
patrimônio do empresário.
Proteção ao ponto de comércio(locação empresarial) – O ordenamento jurídico brasileiro 
confere proteção especial ao ponto, principalmente nos casos de locação não residencial.
Direito de Inerência ao ponto – Quando o empresário se estabelece em um ponto alugado
e permanece naquele local um determinado tempo, ele faz investimento para ganhar o 
respeito dos consumidores, para ser reconhecido, e para adquirir uma clientela fiel. Esse 
esforço lhe confere o chamado direito de inerência ao ponto, ou seja, a prerrogativa de 
permanecer no mesmo local contra a vontade do locador mesmo que esse não pretenda 
renovar o contrato. Ocorre judicialmente, a renovação compulsória do contrato de 
locação.
Ação renovatória(lei 8.245/91 ou lei das locações) – É cabível quando não houver acordo 
para a renovação do contrato de locação; ou quando houver abuso por parte do locador 
referente ao estabelecimento de preço para renovação do aluguel.
Requisitos – É possível a renovação compulsória da locação por um prazo igual ao 
estabelecido no contrato anterior, desde que:
a) Formal – O contrato tenha sido estipulado por escrito e por prazo determinado;
b) Temporal – O prazo máximo de locação tenha sido de 5 anos ininterruptos;
c) Material – O empresário esteja explorando o mesmo ramo de atividades há pelo menos
3 anos ininterruptos.
P2 – 15/05/18
Prazo da ação renovatória – Deve-se ajuizada nos 6 primeiros meses do último ano do 
contrato de aluguel. Ou seja, no penúltimo semestre de vigência do contrato.
EX.: Em um contrato de 5 anos que é composto por 10 semestres a ação deve ser 
ajuizada durante os meses compreendidos dentro do novo semestre.
OBS.: O prazo mínimo de 5 anos pode ser decorrente da soma de 2 ou mais contratos 
com prazo menor, mesmo que tenha havido a mudança de inquilino, desde que tenha 
continuado a explorar o mesmo ramo de atividade nos últimos 3 anos consecutivos.
EX.: Joaquim era empresário no ramo de padarias com um contrato de 2 anos. Joaquim 
passou o ponto para Manoel que continuou a explorar o mesmo ramo por mias 3 anos. O 
tempo de Joaquim será aproveitado em favor de Manoel. 
Sumula 482, STF - O locatário, que não fôr sucessor ou cessionário do que o precedeu 
na locação, não pode somar os prazos concedidos a este, para pedir a renovação do 
contrato, nos termos do Decreto n° 24.150.
OBS.: O Art.13 da Lei 8.245/91, dispõe que a cessão, sublocação e o empréstimo do 
imóvel(total ou parcial) dependem do consentimento prévio e escrito do locador, o que em
tese, também se aplica à locação mercantil.
Exceções a possibilidade de ação renovatória – O direito de inerência não pode aniquilar 
totalmente o direito de propriedade do locador. Assim, o locatário não terá direito a 
renovação compulsória nas seguintes hipóteses.
1ª – É a do locatário fazer uma proposta insuficiente para a renovação do contrato de 
aluguel. Essa insuficiência é apurada em função do valor real da locação do imóvel, 
consideradas as bem feitorias;
2ª – O locador possuir proposta de alugue feita por terceiros em melhores condições que 
a proposta do locatário. Nesse caso o locador deverá reunir provas por escrito da 
proposta do terceiro assinada por este e por duas testemunhas com a identidade clara do 
ramo a ser explorado, que não poderá ser o mesmo do atual locatário.
Em réplica o atual locatário poderá aceitar tais condições para obter a renovação 
pretendida;
3ª – Quando o locador precisar fazer uma reforma substancial no imóvel locado seja por 
determinação do Poder Público ou para fazer modificações que aumentem o valor do 
negócio ou da propriedade. É indispensável a prova da reforma necessária;
4ª – É a de o locador necessitar do imóvel para uso próprio;
5ª – O locador precisar do imóvel para transferência de estabelecimento empresarial 
existente a mais de 1 ano, cujo a maioria do capital seja de sua titularidade, de seu 
cônjuge, de ascendente ou descendente.
OBS.: O locador tem o prazo de 3 meses(salvo caso fortuito ou força maior) a partir da 
entrega do imóvel para dar a distinção que declarou pretender fazer sob pena de 
indenização do locatário pelos prejuízos e lucros cessantes que tiver que arcar com a 
mudança, perda do lugar e desvalorização do estabelecimento.
Efeitos da ação renovatória – Uma vez renovado compulsoriamente o contrato por 
sentença judicial, existe a possibilidade de o locatário pleitear outras vezes a renovação 
do contrato ou ação renovatória novamente, desde que cumpridos os requisitos. O STF já
decidiu que a renovação deve ser feita pelo mesmo prazo do último contrato e que o 
prazo máximo de renovação é de 5 anos.
P2 – 21/05/18
Shopping Center – Com o avanço do atual estágio de desenvolvimento da econômica, é 
comum a proliferação de Shoppings Centers com a finalidade específica de reunir em um 
único local, diversos empreendimentos.
A doutrina diverge sobre a natureza jurídica do contrato de Shopping Center, dados as 
suas características peculiares.
Alguns autores entendem que se trata de contrato de locação sui generis. Quem entende 
dessa forma alega que, apesar de suas características próprias, mantêm a origem 
locatícia. O entendimento majoritário, todavia, entende que se trata de um contrato atípico
misto. A natureza de contrato atípico misto, foi identificado peloSTF, que afirma: Os 
contratos de locação de espaços em Shoppings Centers são contratos atípicos, que 
ensejam a locação de bens e serviços. É falsamente chamado de contrato de locação, 
cujo traço marcante é a forma de remuneração, o chamado aluguel percentual, pois o 
lojista entrega parte do seu valor de faturamento.
Além dessa característica, o que lhe dá a natureza atípica é o propósito principal (relação 
associativa entre empreendedor e lojista).
O que impõe um planejamento estratégico que mistura produtos e serviços buscando 
rentabilidade pela venda de mercadorias da qual ambos participam.
Enunciado 30 da 1ª Jornada de Direito Comercial da CJF: Nos contratos de shopping 
center, a cláusula de fiscalização das contas do lojista é justificada desde que as medidas
fiscalizatórias não causem embaraços à atividade do lojista.
Estas cláusulas são comuns quando o aluguel é contratado em forma de percentual de 
faturamento do lojista.
Ação renovatória – Na ação renovatória de Shopping Center são cabíveis as mesmas 
hipóteses da renovatória de locação não residencial, com exceção da retomada do imóvel
para uso próprio; e, para transferência de estabelecimento empresarial existente a mais 
de 1 ano cujo a maioria do capital seja de titularidade do locador, do seu cônjuge, 
ascendente ou descendente.
Cláusulas de Raio: São Cláusulas que estabelecem um raio de distância mínima para 
fixação de lojas que explorem atividade empresária no mesmo ramo. Sob o enfoque do 
Direito Privado os tribunais entendem que são válidos. Porém, o CADE ao analisar o tema
sob a ótica do Direito Concorrencial, entendeu que em determinados casos a cláusula de 
raio pode violar o princípio de livre concorrência, e, caracterizar prática anticompetitiva.

Outros materiais